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sábado, 29 de janeiro de 2011

Marizeira ou Umari Bravo Calliandra spinosa (Ducke); Flora do RN














Planta conhecida popularmente como Umari Bravo ou Marizeira, mas cientificamente recebeu o nome de Calliandra spinosa. Essa espécie pertence a família Mimosaceae, a mesma família das espécies Espinheiro(Acacia farnesiana) e Jurema branca(Acacia bahiensis).
A sua distribuição geográfica se restringe ao Nordeste do Brasil, tendo sido confirmado sua ocorrência apenas nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte até o momento. É muito cultivada como bonsai no Nordeste do País.
 
















Planta de porte arbustivo, galhos tortuosos, ramificados , com pequenas folhas, com flores brancas e róseas. Suas folhas são utilizadas como forraginosas e suas madeira é utilizada principalmente para lenha. Umari Bravo se desenvolve principalmente em terrenos impermeáveis e pobres do Sertão.

REFERÊNCIAS:
Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg:468.
Vários colaboradores. Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo. Parque da cidade: um convite a preservação ambiental / Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo; Natal: Departamento de Informação, Pesquisa e Estatística, 2008.     

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Macambira Bromelia laciniosa Mart. ex. Schult.f.; Flora do RN















Planta conhecida popularmente como Macambira e cientificamente como Bromelia laciniosa, pertencendo a família Bromeliaceae,a mesma família da conhecida Abacaxi. Espécie de porte herbáceo,acaule. suas folhas são sésseis,invaginantes,linear-lanceoladas,resistentes,estriadas,geralmente de cor róseo acima da base,verdes com com estrias róseas na parte restante,podendo medir cerca de 1,50m de comprimento sobre 22mm de largura, terminada em ponta acerada, com as margens providas de acúleos muito fortes, de até 8mm de comprimento, os inferiores recurvados para baixo e os superiores para cima. Suas flores arroxeadas se apresentam dispostas em inflorescências alongadas,usualmente paniculadas, erguidas no centro das folhas,densas. O seu fruto é do tipo baga, angulosa,medindo cerca de 6cm de comprimento. 
Autor: APNE/CNIP
A Macambira é aproveitada na alimentação dos animais e da espécie humana, durante longos períodos sem chuvas, ela se torna um recurso primordial, do qual se utiliza o sertanejo quando já não há na região ao seu alcance, a farinha de mandioca e outros alimentos. A massa comestível de que se fabrica o pão é extraída da base das folhas que, na parte de inserção, no mangará(nome vulgar dado ao caule reduzido), são alargadas e dispostas em roseta. Superpondo-se, formam o que se chama cabeça. Para formar a cabeça cada folha se dilata quase bruscamente,constituindo uma base de mais ou menos 10cm de comprimento e 8cm de largura,convexa na parte ventral e côncava na dorsal, a qual recebe o nome vulgar de capa. É nas capas que se encontra a substância amilácea, tanto mais abundante quanto mais próxima da inserção no mangará.(...) no final do processo, as capas são piladas,operação que tem por fim facilitar a separação da fécula do material não aproveitável,constituído principalmente de fibras. A massa bruta é lavada em água três ou quatro vezes. Lavada e decantada, a massa envolta em pano é levada para enxugar a uma prensa rudimentar. Depois de enxuta, a massa é posta ao sol para secar. Com ela se faz, em cuscuzeira, um pão semelhante ao do milho. Este é comido com leite,com carne, em forma de pirão e, finalmente, com água,como é mais comumente usado. Com "água no sal", é intolerável e dizem até que comido por meses consecutivos faz inchar.

Autor: APNE/CNIP
   Quando a macambira destina-se aos burros de carga,cavalos e animais novos, as cabeças são divididas longitudinalmente em talhadas que compreendem o próprio mangará, as quais são cortadas transversalemente em pequenos pedaços. para a alimentação dos bovinos, em geral, os fazendeiros menos prudentes ateiam fogo nos aglomerados de macambira, e aí pasta o gado diretamente. Com o fogo queimam-se as folhas e as cabeças ficam assadas, desprendendo-se as capas com relativa facilidade quando puxadas pelos animais. há, todavia, um desperdício imenso, além do que destruição quase total das formações de macambiras, não esquecendo de destacar o grande impacto ambiental destrutivo em decorrência das "queimadas". O nome é uma corrutela de mã-cambira, o molho pungente, cheio de espinhos. A Macambira é uma planta típica da Caatinga e tem ampla distribuição geográfica na região Nordeste do Brasil, ocorrendo do estado do Piauí a Bahia.
REFERÊNCIAS:
Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pgs:325-328.
Revista da FAPERN. Ciência Sempre. ANO 5- abril/ junho 2009. O Conhecimento da Caatinga potiguar e o desafio do desenvolvimento sustentável. por Ramiro Gustavo Valera Camacho. pg:53.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rã Pimenta Leptodactylus vastus (Lutz, 1930); Fauna do RN















Animal anfíbio anuro, conhecido popularmente como Rã Pimenta e cientificamente Leptodactylus vastus. Espécie da família Leptodactylidae. Ela possui hábitos aquáticos, podendo ser encontrado em alguns momentos nas margens de porções de água doce. L. vastus é uma espécie relativamente grande, medindo cerca de 18cm e podendo pesar 850g.

                              

                                                                                  Alimenta-se de insetos,pássaros,ratos,rãs,lagartos,serpentes,morcegos e filhotes de Timbú. Esta espécie é geralmente restrita a partes do nordeste do Brasil. Ela está associada a formações abertas tropicais, incluindo a caatinga e a parte adjacente do norte do cerrado (Heyer 2005). A Rã Pimenta possui ampla distribuição, presumindo-se existir uma grande população. Não se sabe se esta espécie está presente em todas as áreas protegidas. Estudos adicionais são necessários para a história natural e as ameaças a esta espécie.   
     Durante minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte vi essa rã as margens da lagoa de coca cola na RPPN Mata da Estrela,município de Baía Formosa, e em outra mata particular no município de Monte Alegre.


REFERÊNCIAS:
Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.
Ronald Heyer 2008. Leptodactylus vastus. In: IUCN 2010. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2010.4. www.iucnredlist.org Downloaded on 16 January 2011.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mero Epinephelus itajara (Lichtenstein, 1822); Fauna do RN

Photo by Don DeMaria
   O Mero(Epinephelus itajara) faz parte da família Serranidae, a mesma a qual faz parte também a Garoupa, sendo o Mero o maior representante dessa família. O Mero(Epinephelus itajara) ocorre em águas tropicais e subtropicais dos oceanos Atlântico e Pacífico Oriental. No Atlântico ocidental, os intervalos de espécies de North Carolina (EUA) a região sudeste do Brasil (Francesconi e Schwartz, 2000), e é pego muito no Golfo do México e na maior parte do Caribe. Relata-se no Atlântico oriental do Senegal ao Congo. No Pacífico Oriental, ocorre desde o Golfo da Califórnia ao Peru (Heemstra e Randall, 1993).
Disponível:http://www.indoviajar.com.br/img/fotos/3639/3639_84g.jpg 
    A abundância global ou regional dos adultos é desconhecida. A abundância é rara hoje em dia onde outrora era abundante (Sadovy e Eklund, 1999). Os meros são encontrados principalmente em águas rasas tropicais, entre corais e recifes artificiais em profundidades de até 165 pés (50 m). Os jovens Meros podem viver em ambientes estuarinos, canais e manguezais. A espécie se alimenta de uma grande diversidade de peixes e invertebrados (Sadovy e Eklund, 1999). Essa espécie alcança 2,5 m e pode pesar 363 kg, apesar de existir registros raros de espécimes com 400 Kg.
© 2000 / WWW.CBCS.COM.BR
    Na estação reprodutiva que ocorre entre junho e dezembro, com pico de atividade indicada a partir de julho a setembro no leste do Golfo do México (Bullock et al. 1992), os indivíduos se agregam em número de até 100 para desovar em momentos e locais específicos. E. itajara é muito vunerável a sobrepesca, e aparentemente a estresses causados por água fria ou maré vermelha. outro fator que tem dificultado a recuperação da população dessa espécie é a destruição dos mangues que é um habitat frequente dos jovens meros.  Uma espécie criticamente em perigo de extinção, por esse motivo é protegido por lei em vários países, como por exemplo nos EUA desde 1990 e no Brasil desde 2002.

REFERÊNCIAS:
Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar.Natal:EDUFRN,1997.
Petrobrás. Sercom. Espécies da Fauna Brasileira/Species of Brazilian Fauna. 1. Ed. Rio de Janeiro,1992. Pg:86-87.
Chan Tak-Chuen, T. & Padovani Ferreira, B. 2006. Epinephelus itajara. In: IUCN 2010.Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Versão 2.010,4. <>.Transferido em 19 de janeiro de 2011.

Crédito das Fotos: 
Mero. Disponível em: http://www.cbcs.com.br/fotos/mero.htm Goliath Grouper (Epinephelus itajara). Disponível em:  http://www.bio.fsu.edu/coleman_lab/goliath_grouper.php Mergulho em Paraty. Disponível em:  http://www.indoviajar.com.br/brasil/rj/parati/mergulho-em-paraty.htm 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Moréia Myrichthys ocellatus (Lesuer, 1825); Fauna do RN

Foto: Adam Carvalho.
 Peixe ósseo conhecido popularmente como Moréia,Murucutuca Ocelada,Mutuca,Moriango ou Mututuca, mas recebeu o nome científico de Myrichthys ocellatus. Essa espécie pertence a família Ophichthidae. A Moréia possui o corpo cilíndrico bastante alongado, o que o torna parecido com uma serpente. não apresentam nadadeiras ventrais e peitorais. Possuem o dorso com coloração variando do bege ao amarelo-claro com manchas arredondadas marrom-escuro ou mesmo negras espalhadas por toda a extensão do corpo, ventre esbranquiçado. Medem de 50cm a 1,20 m de comprimento. É encontrada em águas rasas, mas podem ocorrer em águas profundas também. Vivem em fundos coralinos e rochosos, onde ficam entocadas e costumam atacar principalmente peixes, polvos e crustáceos que se circulam nesse ambiente, alimentando-se desses. 
Foto: athilapeixe.com 
  São animais cujo manuseio é bastante perigoso, pois sua mordida, embora não seja venenosa, costuma ser dolorida, dilacerante, e com grande probabilidade de infecção, por conta de bactérias presentes na boca do animal, decorrentes de restos de sua alimentação. A carne desse peixe é bastante apreciada na culinária. Mergulhadores e curiosos que por azar "tomarem um bote" de uma moréia devem ficar atentos pois o animal costuma prender-se à toca, e no susto, as pessoas costumam puxar o membro mordido, o que torna a ferida ainda mais extensa. Deve-se segurar o corpo do animal e tentar puxá-lo, sair da água com o mesmo, assim é mais fácil soltar o animal sem danos maiores. sua distribuição se estende desde o Atlântico Ocidental, das Bermudas a Santa Catarina, incluindo as ilhas oceânicas brasileiras.

REFERÊNCIAS:
Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal:EDUFRN,1997.
Sampaio,Cláudio Luis Santos & Nottingham,Mara Carvalho. Guia para Identificação de Peixes Ornamentais-Volume I: Espécies Marinhas. Brasília:Ibama,2008. 205 p.
Disponível em:  www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/.../moreia.htm  Acesso em:14/01/11.
Crédito das fotos:
Foto de Adam Carvalho. Disponível em: http://www.flickr.com/photos/sickilla/35411281 Acesso em:14/01/11.
 Disponível em:  http://www.brasilreef.com/viewtopic.php?f=34&t=16269 Acesso em:14/01/11.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Gafanhoto Mané magro Stiphra robusta (Mello-Leitão,1939); Fauna do RN













Animal da Classe Insecta(inseto) e da ordem Orthoptera, conhecido popularmente como Mané Magro ou "Bicho pau", mas Stiphra robusta não é da ordem Phasmida, que é o grupo dos verdadeiros Bichos Paus. essa espécie pertence a família Eumastacoidea.
 











O Stiphra robusta assim como a maioria das espécies de gafanhotos se alimenta de vegetais, e passou ao status de praga no Nordeste, desfolhando cajú e algaroba totalmente, em áreas do Rio Grande do Norte em 1992. Essa espécie possui forma alongada que lembra um graveto em meio a vegetação. Quando adulto podem medir em média 8 cm de comprimento. No dorso do tórax, possui uma mancha marrom-escura do mesotórax ao metatórax, terminando esta última parte em amarelo-claro.
 












Pernas anteriores e medianas de tamanho quase semelhante e, posterior quase duas vezes maior. Tíbia posterior com duas fileiras de espinhos fortes, sendo menores em tamanho e número nas pernas anteriores e medianas. Eclosão - ocorre nas primeiras chuvas, sobem nas árvores e arbustos. Os adultos são ápteros semelhantes aos saltões,eles acasalam em maio e as fêmeas ovipositam em agosto. Os ovos passam à época seca em diapausa.

REFERÊNCIAS:
Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.
Eurico Santos. Os Insetos(Vida e Costumes) Tomo I. Belo Horizonte. Itatiaia,1982. Pg:47.
Chagas MCM, Moreira MAB, MFP Barreto. Aspectos biológicos de pallens Schistocerca, STIPHRA robusta e Tropidacris gafanhotos collarisespécie no RIO GRANDE DO NORTE,BRASIL.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Jacaré do Papo Amarelo Caiman latirostris (Daudin, 1802); Fauna do RN











Réptil conhecido popularmente como Jacaré do papo amarelo e cientificamente como Caiman latirostris. Ele pertence a ordem Crocodylia e a família Alligatoridae. Sua distribuição geográfica no Brasil vai desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, ocorrendo entre outros países da América do sul como Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia. No estado do Rio Grande do Norte, encontrei registros dessa espécie no rio Pitimbu, lagoa de Genipabu e recentemente mais um espécime foi flagrado atravessando a BR-101, próximo a entrada de Pium, em Parnamirim. Esta é a segunda vez, em menos de 60 dias, que aparece jacaré em Parnamirim. Isso é causado devido a expansão da cidade de Parnamirim sem um planejamento prévio, não deixando nenhuma grande área preservada onde passa os principais riachos e lagoas da cidade, fazendo com que os animais fiquem isolados em pequenas lagoas, e tenham que atravessar pistas algumas vezes em busca de outras porções de água, onde possam encontrar alimento e refúgio. Espécie altamente aquática que habita lagos, rios, riachos, brejos, mangues, represas,diques,canais, associada com vegetação aquática, preferindo correntes lenta com abundante vegetação ciliar. machos adultos geralmente chegam a 2m de comprimento, enquanto as fêmeas são menores, atingindo 1,5 m em média, mas já registraram um individuo adulto com 3,5m.
 










Animal carnívoro que se alimenta de peixes,aves,pequenos mamíferos e invertebrados como caranguejos, caramujos e insetos. Desova entre 17 e 50 ovos por postura, que eclodem após 70 a 80 dias de incubação. Pode viver aproximadamente 50 anos. Os jacarés, juntamente com seus primos crocodilos e aligátores, surgiram na face da Terra há pelo menos 200 milhões de anos. Contemporâneos dos grandes dinossauros, também atingiram tamanhos gigantescos. O Purussaurus brasiliensis, um jacaré que viveu a 20 milhões de anos atrás, na região onde hoje fica a Bacia Amazônica, atingia cerca de 14 metros de comprimento, rivalizando em tamanho com o famoso Tyranossaurus rex. O jacaré-do-papo amarelo, juntamente com os outros crocodilianos, se destaca entre os répteis por apresentar cuidados com a sua prole. O macho forma uma harém e após a cópula, que ocorre no verão, a fêmea constrói o ninho próximo à água usando folhas secas e fragmentos de plantas, cobrindo-o com folhas e areia. Em média são postos de 25 a 30 ovos, e nesta época, a fêmea se torna mais agressiva permanecendo perto do ninho para evitar o ataque de predadores como o lagarto teiú e o quati. O sol e a fermentação dos vegetais no ninho proporcionam o calor necessário à incubação que varia de 70 a 90 dias. Próximo à eclosão é possível ouvir a vocalização dos filhotes, ainda dentro dos ovos, chamando a mãe. Ela então, desmancha o ninho usando os membros anteriores e posteriores, e o focinho.
Foto: De-Carvalho
  Caso algum filhote tenha dificuldade ao nascer, a mãe o ajuda e posteriormente ela carrega cada um na boca até a água, cuidadosamente. O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e ambos os pais permanecem próximos aos filhotes, protegendo-os, ainda por um período de tempo. Apesar de toda essa proteção, os filhotes precisam se alimentar sozinhos e quando pequenos comem insetos e invertebrados. Ao contrário dos mamíferos, quanto mais velho, torna-se maior e mais forte. Embora os jacarés assustem as pessoas pelo seu tamanho e aspecto pré-histórico, são animais extremamente importantes para o equilíbrio ecológico, pois agem na cadeia alimentar controlando as espécies que fazem parte da sua dieta, além de controlarem a população dos caramujos transmissores de doenças, como a esquistossomose (barriga d’ água). Além disso, suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres aquáticos. A caça ilegal e a perda de habitat são as principais ameaças a sua sobrevivência.
REFERÊNCIAS:
Rueda-Almonacid, J.V., L. Carr, R. A. Mittermeier, J. V. Rodrígues-Mahecha, R. B. Mast; R. C. Vogt, A. G. J. Rhodin, J de la Ossa-Veláquez, J. N. Rueda & C. G.Mittermeier. 2007. Las tortugas y los cocodrilianos de los países andinos del trópico. Serie de guías tropicales de campo Nº 6.Cpnservación Internacional Editorial Panamericana, Fomas e Impresos. Bogotá, Colombia.Pgs:215-216.
Aldan Nóbrega Borges. IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PITIMBU (RN) DECORRENTES DAS DIVERSAS FORMAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NATAL(RN). MARÇO DE 2002.
Disponível em:> www.zoologico.sp.gov.br/.../jacaredepapoamarelo.htm < Acesso em: 07/01/2011.
Disponível em: http://blogfm87.blogspot.com/2010_03_01_archive.html  Acesso em: 07/01/2011.
Crédito das Fotos: 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Gavião Caramujeiro Rostrhamus sociabilis(Vieillot, 1817); Fauna do RN


      Ave de rapina conhecida popularmente como Gavião Caramujeiro, devido ao seu hábito de se alimentar principalmente de caramujos, mas cientificamente recebeu o nome científico de Rostrhamus sociabilis. O Gavião caramujeiro pertence a ordem Falconiforme, que inclui as famílias de aves de rapina diurnas e da família Accipitridae, sendo esta a família a qual fazem parte as Águias e Gaviões. O Gavião Caramujeiro mede cerca de 41 cm de comprimento. O macho é todo preto e a fêmea tem a parte superior amarronzada, a região frontal da cabeça esbranquiçada e a parte inferior creme com manchas e listras marrons. Alimenta-se quase exclusivamente de grandes caramujos aquáticos chamados aruás. Utiliza o bico curvo para retirar as partes moles dos caramujos, deixando cair a casca vazia. Captura os aruás executando um vôo rasante sobre os pântanos, pegando-os no chão com apenas um dos pés e empoleirando-se para comer. Ocasionalmente, em algumas regiões, como no Pantanal de Mato Grosso e na Venezuela, alimenta-se também de pequenos caranguejos. Seus ninhos, feitos em colônias, são plataformas frágeis localizadas entre 1 e 4 m de altura, em arbustos ou árvores sobre a água. Põe 2 ou 3 ovos brancos com manchas marrons.
      O Gavião Caramujeiro(Rostrhamus sociabilis) tem ampla distribuição geográfica no continente americano esde a Flórida nos EUA, ao Uruguai. No Brasil estar presente em todas as regiões onde hajam pantanais e alagados, nos quais é localmente comum, além de grandes rios onde ofereça sua principal alimentação: caramujos(Sick, 1997). A origem do nome específico Sociabilis vem do fato de ser um gavião extremamente sociável, congregando-se em pousos noturnos, onde até centenas podem chegar a passar a noite. Ao amanhecer dirigem-se em grupos para seus poleiros de caçada, ali mantendo-se afastado um dos outros(Antas,2005). É uma espécie abundante, por isso classificada como um animal de baixo risco de extinção. Em minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, lembro-me de ter visto essa espécie as margens de uma lagoa no município de Monte Alegre,nas adjacências da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves no município de Itajá,sobrevoando um rio raso e pousado numa estaca em Felipe Guerra(foto),próximo a BR-101 pousado em um fio acima de um riacho em Parnamirim e sobrevoando uma lagoa temporária na RPPN Mata Estrela,em Baía Formosa.

REFERÊNCIAS:

Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande doNorte-IDEMA. 20p.
Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/gaviao-caramujeiro Acesso em: 06/01/2010.

Disponível em: http://www.avesderapinabrasil.com/rostrhamus_sociabilis.htm Acesso em: 06/01/2010.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Besouro Coelosis bicornis Leske, 1779. Fauna do RN




      Coelosis bicornis é uma espécie de besouro que tem uma ampla distribuição na América do Sul, ocorrendo desde a Colômbia até o Sul da Argentina. Caracteres diagnósticos que identificam a espécie Coelosis bicornis são: a presença de dois cornos subparalelos, clípeo com dois dentes, mandíbulas tridentadas e processo prosternal com um espinho na região central. A cor dessa espécie é pardo avermelhado escuro opaco. A largura dos machos varia de 13,68 à 15,07 mm e o seu comprimento varia de 26,18 à 30,50 mm. enquanto que as fêmeas são um pouquinho menores, variando sua largura de 13,13 à 15,05 mm e o comprimento de de 23,63 à 25,05.
       Informações biológicas dessa espécie são quase inexistentes, a maioria das informações até o momento se referem a uma espécie do mesmo gênero, Coelosis biloba. Acredita-se que as larvas se alimentam de matéria orgânica se desenvolvendo em troncos apodrecidos(lannuzi & Marinoni, 1995). Na Amazônia C. bicornis esta associada a ambientes de floresta ombrófila, áreas de vegetação degradada que são áreas inundáveis estabelecidos desde o nível do mar até 200 m de altitude. Essa fotos foram tiradas no município de Monte Alegre-RN, numa estrada carrosável próximo a uma lagoa.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA: Classe: INSECTA; Ordem: COLEOPTERA; Subordem: POLYPHAGA; Superfamília: SCARABAEOIDEA Latreille, 1802.; Família: SCARABEIDAE Latreille, 1802; Subfamília: DYNASTINAE Macleay, 1819; Tribo: ORYCTINI Mulsant 1842; Gênero: Coelosis ; Espécie: Coelosis bicornis Leske, 1779.

REFERÊNCIAS:
Gasca Alvarez, Héctor Jaime. Diversidade, taxonomia e distribuição da tribo Oryctini(Coleoptera:Scarabaeidae: Dynastinae) para a Amazônia brasileira.- Manaus,2008. Pgs:37-39. Dissertação(mestrado) - IMPA/UFAM.
Disponível em:> http://www.goliathus.cz/en/coelosis-bLocalidade:icornis-leske-70.html  
IDENTIFICADOR DA ESPÉCIE: Agradeço a Ricardo Andreazze, professor de Entomologia da UFRN que identificou a espécie citada.