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quarta-feira, 6 de junho de 2018

Garça-vaqueira Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) aquela que acompanha o gado

Garça-vaqueira(Bubulcus ibis) com plumagem nupcial.

   Ave conhecida popularmente como Garça-vaqueira, Garça-boiadeira, Garça-do-gado, Garça-carrapateira, Garça-companheira e Tratoreira, entretanto seu nome científico é único, Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758).
  Cada indivíduo adulto apresenta comprimento de aproximadamente 50cm e peso médio de 350 gramas. "Totalmente branca com o bico, íris e tarsos amarelos, dedos pardacentos; durante a reprodução, de vértice, peito e costas cor de ferrugem, bico e pernas fortemente avermelhadas. Imaturos de bico, tarsos e dedos anegrados, às vezes já se reproduzem nesta fase. Indivíduos subadultos com bico amarelo, tarsos e dedos pretos e solas dos pés amareladas(SICK, H.,1997)." Parece com a garça-branca-pequena(Egretta thula), podendo ser diferenciada desta por apresentar bico amarelo de formato mais cônico, pés bem escuros, pescoço relativamente mais grosso. Alimenta-se principalmente de pequenos artrópodes, como moscas, grilos, gafanhotos, aranhas, mas as vezes pode incluir também pequenas rãs em sua dieta.
Bando de Garça-vaqueira(Bubulcus ibis)
    É encontrada em área de campos secos, áreas de cultivo e criação de gado e também as margens de rios e lagos. Pode ser encontrada ao lado de outras espécies de garças geralmente na época de migrações. Com frequência é observada acompanhando a movimentação do gado que esteja pastando, o que facilita o encontro de suas presas. Pode ser vista em grandes bandos, formados até por milhares de indivíduos em dormitório por exemplo.  Tanto o pai como a mãe constroem o ninho sobre arbustos ou árvores as margens de porções de água, onde a "fêmea põe de 2 a 5 ovos que são incubados pelos pais num período de até 26 dias".
   Originária da África atravessou o Oceano Atlântico por volta do final do século 19 chegando as Américas, sendo hoje encontrada em todo continente americano. No Brasil foi registrada pela primeira vez em 1964 na Ilha do Marajó associada a população de búfalos, tendo sua reprodução confirmada no Brasil em 1965, imigrando da região Norte brasileira para as outras regiões do país, sendo hoje encontrada em todo território nacional(SICK, H.,1997).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do estado: Leste Potiguar, Agreste Potiguar,Central Potiguar e Oeste Potiguar.


Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

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