Ave conhecida popularmente como Encontro-de-ouro, Canto-de-ouro, Encontro, Xexéu-de-bananeira, Pega, Primavera e Soldadinho. Entretanto seu nome científico é único, Icterus pyrrhopterus (Vieillot, 1819).
Essa espécie pode atingir cerca de 21cm de comprimento total e peso médio de 31 gramas, possui corpo delgado de coloração negra com faixa amarela na área de encontro entre a asa e o corpo, cauda longa e bico fino.
O Encontro(Icterus pyrrhopterus) é uma ave onívora, pois a mesma alimenta-se de invertebrados( ex.: cupins, baratas, formigas, vespas, gafanhotos, besouros e etc), frutos, flores( ex.: Ipês e Mulungu), néctar e seiva. Essa espécie pode ser observada sozinha, aos casais e eventualmente em bandos. Curiosamente é conhecida pelo seu belo canto, mas também é capaz de imitar chamados de outras aves, como por exemplo anu-branco e gavião-carijó. Ela é capturada e comercializada de maneira ilegal como animal de estimação, ou seja, suas populações principalmente na região do Nordeste Brasileiro, sofrem o impacto da cultura de criação em gaiolas.
O período reprodutivo geralmente é entre outubro e abril, onde cada casal constrói seu ninho com fibras vegetais, este se assemelha a uma bolsa e fica pendente em um galho de uma planta. Ali a fêmea põe uma média de 3 ovos que são incubados durante cerca de 15 dias, em seguida há eclosão dos filhotes, os quais geralmente ficam até 15 dias no ninho sendo alimentados pelos pais.
Espécie residente, semi-dependente de ambientes florestais, a qual habita em florestas, bordas de matas, áreas abertas arborizadas, sendo observada também em áreas rurais. O Encontro(Icterus pyrrhopterus) ocorre na Bolívia, Paraguai, Argentina e Brasil, onde ocorre em todas as regiões do país, exceto na maior parte da região Norte(Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Acre). Ela não está classificada como espécie ameaçada de extinção em nível nacional. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.
Referências
POLICARPO, I. da S. Uso de aves silvestres no Brasil: aspectos entomológicos e conservação. 2013. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2013.
SILVA, M. da et al. Aves de treze áreas de caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil,. Revista Brasileira de Ornitologia. n.20, p.312-328, 2012.
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