Planta conhecida popularmente como cana-do-brejo, cana-de-macaco, cana-do-mato, cana-roxa, cana-roxa-do-brejo, canarana, jacuacanga, caatinga, ubacayá, ubacaia, paco-caatinga e periná. Entretanto seu nome científico é único, Costus spiralis (Jacq.) Roscoe. Ela pertence a família Costaceae.
A cana-do-brejo(Costus spiralis) é uma espécie de porte predominantemente herbáceo com tamanho variando de 50cm a 2m de altura. Ela apresenta colmo roliço, folhas alternas(com até 35cm de comprimento e 8cm
de largura) de cor verde, inflorescências racemosas em forma de espiga com cerca de 40 flores vermelhas, cada uma em uma bráctea, frutos em cápsulas contendo algumas sementes e raízes rizomáticas(Araujo & Oliveira, 2007; Pimentel, 1994). Ela floresce quase o ano inteiro(varia de acordo com a região do país), sendo uma ótima fonte de néctar para animais como beija-flores que são seus principais polinizadores, mas também é visitada por alguns insetos.
Na medicina popular á cana-do-brejo(Costus spiralis) é citada na literatura com usos como agente diurético, antimicrobiano, antifúngico, antioxidante, agente na atividade anti-inflamatória citotóxica e imunomoduladora, além de ser relatado o uso dela no tratamento da diabetes, hipertensão arterial ou distúrbios do ritmo cardíaco principalmente por populações nativas da Amazônia.
A cana-do-brejo(Costus spiralis) é uma espécie nativa(não é endêmica do Brasil) que vive em diversos tipos de vegetação como por exemplos na Floresta ciliar, Floresta Ombrófila, Restinga e Floresta de Terra Firme, ocorrendo em todas as regiões do Brasil nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.
Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na Mesorregião Leste Potiguar, principalmente nas proximidades de riachos no município de Baía Formosa.
Agradeço a Nilce Bravo pela ajuda na identificação em nível de espécie.Referências
André, T. Costaceae in Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB110658>. Acesso em: 07 mai. 2023.Araújo FP, Oliveira PE. Biologia floral de Costus spiralis (Jacq) Roscoe (Costaceae) e mecanismos para evitar a autopolinização. Rev. Bras. Bot. 2007; 30(1): 61-70. ISSN: 0100-8404.
Coelho-Ferreira, M. ; LAMEIRA, O. A. ; MEDEIROS, A. P. R. ; BARBOSA, R. K. C.. Costus spiralis - Canarana. In: Lidio Coradin; Julcéia Camillo; Ima Célia Guimarães Vieira. (Org.). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro: região norte. 53ed.Brasília: MMA, 2022, v. , p. 1041-1046.
Duarte RC, Andrade LA, Oliveira T. REVISÃO DA PLANTA COSTUS SPIRALIS (JACQ.) ROSCOE: Pluralidade em propriedades medicinais. Rev Fitos [Internet]. 9º de janeiro de 2018 [citado 7º de maio de 2023];11(2):231-8. Disponível em: https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/486
Pimentel, A.A.M.P. Cultivo de plantas medicinais na Amazônia. Belém: FCAP, 1994. 114p.
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