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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Jurema-branca Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke

plantas da caatinga
   Planta conhecida popularmente como Jurema-branca, Jurema-malícia-da-serra, Jurema,Calumbi, Cassaco, Carcará, Unha-de-gato, Toca-d’onça, entretanto seu nome científico é único, Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. Pertence a família Fabaceae, da qual também fazem parte por exemplo, o Pau-brasil, o Angico e o Mororó.
   A Jurema-branca(Piptadenia stipulacea) apresenta porte arbustivo podendo atingir em média 4m de altura.  "Suas folhas são bipinadas com 6 a 11 pares de pinas e 27 a 30 pares de folíolos. As flores estão reunidas em espigas isoladas, de cor alva, na extremidade dos ramos, onde se encontram até três espigas por axila de folha. O fruto é uma vagem de cor castanho pálida, com superfície ondulada nas áreas onde ficam as sementes. Contém de 2 a 12 sementes pequenas, ovais, de cor marrom. A madeira é de cor clara(p. 78, Costa,2002)". A floração acontece principalmente durante o período chuvoso, enquanto que os frutos se desenvolvem geralmente de abril a agosto.
   A Jurema-branca(P. stipulacea) naturalmente apresenta diversos usos, tais como: sua folhagem é apreciada pelos animais como os caprinos, suas flores fornecem néctar e pólen para as abelhas e outras espécies que as visitam, enquanto que sua madeira é usada na construção civil, em marcenaria, para produção de estacas,vara, como lenha e carvão(por ser espécie nativa deve-se ter autorização ambiental para uso). Segundo a literatura na medicina popular é usada no tratamento de queimaduras e problemas de pele. Além disso ela apresenta substâncias com propriedades antimicrobiana, antitérmica, analgésica, regeneradora de células e adstringente peitoral (Maia, 2004). Essa espécie também é indicada para recuperar solos sendo usada na restauração florestal ou nos sistemas agroflorestais, ajudando a combater a erosão, sendo recomendada durante a recomposição florestal mista de  áreas degradadas (Costa,2002; Maia, 2004).
flora do RN
    P. stipulacea é  nativa e endêmica do Brasil sendo encontrada no bioma Caatinga com ocorrências confirmadas apenas na região Nordeste(Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas  mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Oeste Potiguar e principalmente na Central Potiguar.

Referências
Costa, Jorge Antonio Silva. Leguminosas forrageiras da caatinga: espécies importantes para as comunidades rurais do sertão da Bahia... [et al.]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, SASOP, 2002.

Iran da Costa Leite Neto; Anderson dos Santos Ramos; Helena Rayssa Nunes Batista; Gilbevan Ramos de Almeida¹; Sergio de Faria Lopes. Potencial terapêutico de espécies arbustivas-arbóreas de um fragmento de caatinga na Paraíba. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/conidis/trabalhos/TRABALHO_EV064_MD1_SA10_ID554_22102016002431.pdf Acesso em 29 de set. 2019

MAIA, N. G. Caatinga:árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z. Computação Gráfica e Editora, 2004. 413 p.

Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. Banco de dados de plantas do Nordeste. Disponível em: http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=4033 Acesso em 29 de set. 2019.

Piptadenia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83593>. Acesso em: 29 Set. 2019.

SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO. Inventario Florestal Nacional: principais resultados: Rio Grande do Norte. Brasília, DF: MMA, 2018. 64 p. (Série Relatórios Técnicos - IFN). Disponível em: http://www.florestal.gov.br/documentos/informacoes-florestais/inventario-florestal-nacional-ifn/resultados-ifn/3991-resultados-ifn-rn-2018/file Acesso em: 29 Set. 2019.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Gibão-de-couro Hirundinea ferruginea (Gmelin, 1788)

     Ave conhecida popularmente como Gibão-de-couro, Birro, Bentevi-de-gamela e João-pires, entretanto seu nome científico é Hirundinea ferruginea(Gmelin, 1788). Pertence a família Tyrannidae da qual fazem parte por exemplo, a lavadeira-mascarada, o suiriri e a guaracava-de-barriga-amarelaH. ferruginea como seu nome específico indica apresenta de maneira geral plumagem de cor ferrugem, sendo o dorso mais escuro incluindo a cabeça, asas e cauda. Ela atinge cerca de 17,5cm de comprimento total e não apresenta dimorfismo sexual, sendo macho e fêmea morfologicamente semelhantes.  
   Alimenta-se de artrópodes, especialmente de insetos que são capturados até em voos curtos. Habita em ambiente de formações rochosas ou serranas onde também nidifica, construindo um ninho simples aberto em forma de tigela ou taça rasa, feito com gravetos, raízes e palha, onde a fêmea põe de dois a três ovos elípticos, brancos e com manchas avermelhadas. Também adapta-se a ambientes antrópicos onde também é encontrada, nidificando em parapeitos no alto das construções. Tanto no ambiente rochoso como nas cidades pode ser observado formando grupos pequenos.
 
   Gibão-de-couro(H. ferruginea) é espécie nativa e residente no Brasil ocorrendo em todas as regiões do país, mas também é encontrada em outros países da América do Sul, como na Guiana, Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
BirdLife International 2016. Hirundinea ferruginea. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22699738A95076112. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22699738A95076112.en. Downloaded on 15 November 2019.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LAGOS,Adriano Rodrigues... [et al.] . Guia de aves: da área de influência da Usina Hidrelétrica de Batalha. Rio de Janeiro : FURNAS, 2018.

LOPES,Leonardo Esteves, Helberth José Cardoso Peixoto & Diego Hoffmann. Notas sobre a biologia reprodutiva de aves brasileiras. Atualidades Ornitológicas On-line Nº 171 - Janeiro/fevereiro 2013. 

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 23 de novembro de 2019

Uruba Monotagma cf. plurispicatum (Körn.) K. Schum

Planta conhecida como Uruba ou Maranta, entretanto seu nome científico é Monotagma cf. plurispicatum (Körn.) K. Schum.
Espécie de porte herbáceo com até 1m de altura, caracteriza por apresentar "pecíolo e pulvino separados por um anel piloso,folhas com margens minutamente ciliadas, profilo da florescência unicarenado ou carena ausente e címulas com uma flor"(p. 263,Luna, N.K.M. et al.,2016).
Monotagma sp.
Pode ser encontrada no interior de florestas sobre solo siltoso e encharcado, apresentando ampla distribuição na região neotropical, ocorrendo na Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Guiana Francesa, Honduras, Nicarágua, Suriname,Peru e Brasil. Neste, ocorre nas corre nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

Referências
Costa, Flávia R. C.; Fábio Penna Espinelli, Fernanda O. G. Figueiredo. Guia de marantáceas da Reserva Ducke e da Reserva Biológica do Uatumã. Manaus : INPA, 2008.

Fundação SOS Mata Atlântica/ Prefeitura Municipal de João Pessoa. PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA. Disponível em https://www.sosma.org.br/wp-content/uploads/2014/04/pmma_joao_pessoa.pdf Acesso em 02 de nov. 2019.

Luna,Naédja Kaliére Marques de, Edlley Pessoa & Marccus Alves. Flora da Usina São José, Igarassu, Pernambuco: Zingiberales. Rodriguésia 67(1): 261-273. 2016

Mariana Naomi Saka. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Marantaceae. Rodriguésia 68, n.3 (Especial): 987-990. 2017.

sábado, 2 de novembro de 2019

Surucuá-de-barriga-vermelha Trogon curucui Linnaeus, 1766

    Ave conhecida popularmente como Surucuá-de-barriga-vermelha, Surucuá-de-coroa-azul, perua-choca, dorminhoco, maria-teresa, Barra-do-dia, peito-de-moça e cancão-de-fogo, entretanto seu nome científico é único, Trogon curucui Linnaeus, 1766. Essa espécie pode atingir 25cm de comprimento e peso aproximado de até 60 gramas. Apresenta dimorfismo sexual, onde o macho tem pálpebras amarelas, topo da cabeça azulada,dorso esverdeado e peito vermelho, enquanto a fêmea tem partes superiores e barriga de cor cinza.
    Alimenta-se de pequenos artrópodes, especialmente de insetos que as vezes são capturados em pleno voo. Incluem em sua dieta também vários frutos. O ninho é construído pelo casal em ocos de árvore, onde a fêmea poe de 2 a 4 ovos e tanto o macho quanto a fêmea cuidam da prole. Mas também usam cupinzeiros arborícolas para fazer o ninho.
   O Surucuá-de-barriga-vermelha(Trogon curucui) é uma espécie tipicamente florestal, ocorrendo na copa das árvores da restinga, da caatinga, brejos de altitude, nas matas ciliares e de cerrado. É espécie nativa e residente, apresentando ampla distribuição na América do Sul, ocorrendo na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Brasil, onde tem ocorrência confirmada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
BirdLife International 2018. Trogon curucui. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22682816A130083709. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22682816A130083709.en. Downloaded on 20 October 2019.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

SESC - Guia de Aves do Pantanal. Trogon curucui. disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/148.htm Acesso em 20 Out. 2019

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

Silva, M.; B.R.A. França; J.B. Irusta; G.H.B.O. Souto; T.M. Oliveira Jr.; M.C. Rodrigues & M. Pichorim. 2012. Aves de treze áreas de caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia 20(3):312-328.

Vários autores/Associação Caatinga. Guia Reserva Natural Serra das Almas. Fortaleza. Gráfica LCR,2012.

domingo, 20 de outubro de 2019

Beldroega-da-praia Sesuvium portulacastrum (L.) L.

  Planta conhecida popularmente como Beldroega-da-praia, Beldroega-miúda, Beldro-da-praia, Capim-salgado ou Vídrio, entretanto seu nome científico é único,Sesuvium portulacastrum (L.) L..  Ela pertence a família Aizoaceae.
   Espécie perene de porte herbáceo, podendo atingir em média 5cm de altura, apresentando folhas oposta lineares ou oblanceoladas, gineceu com 2 a 5 estiletes, flores de cor variando de vermelho a rosa, incluindo lilás, seu fruto é do tipo pixídio. Sua floração e frutificação geralmente ocorre de janeiro a outubro.
   Beldroega-da-praia(S. portulacastrum) é nativa, porém não é endêmica do Brasil, apresentando ampla distribuição geográfica em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil ocorre em diversas formações vegetais desde a Restinga até a Caatinga, sendo mais comum em solos arenosos e bem salinos e ou solos úmidos ou frequentemente inundados, mas também pode ser encontrada em solos mais secos. Sendo assim, já foi confirmada sua presença nos biomas da Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, ocorrendo nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Norte (Amazonas, Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina).
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar e Central Potiguar.

Referências
Couto, R.S.; Cardoso, L.J.T. Aizoaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4256>. Acesso em: 05 Out. 2019.

Dores Melo, Maria das & Berta Lange de Morretes. ANATOMIA ECOLÓGICA DE Sesuvium portulacastrum L. (AIZOACEAE) OCORRENTE NA RESERVA BIOLÓGICA DO ATOL DAS ROCAS, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em: https://periodicos.unifacex.com.br/Revista/article/view/27/8 Acesso em 05 de out. 2019.

Lima ,Laura Cristina Pires; Reyjane Patrícia de Oliveira & Ana Maria Giulietti. Flora da Bahia: Aizoaceae. Sitientibus série Ciências Biológicas 12(2): 189–192. 2012.

Couto,Ricardo Sousa; Aluisio José Fernandes Junior & Rosana Conrado Lopes. Flora do Rio de Janeiro: Aizoaceae. Rodriguésia 68(1): 013-015. 2017.

sábado, 5 de outubro de 2019

Casaca-de-couro-amarelo Furnarius leucopus Swainson, 1838

  Ave conhecida popularmente como Casaca-de-couro-amarelo,Amassa-barro,Oleiro,Maria-de-barro,João-de-barro e Maria-de-barro-de-pés-brancos, entretanto seu nome científico é único, Furnarius leucopus Swainson, 1838. 
  Essa espécie quando na fase adulta atinge comprimento total médio de 17cm e peso de aproximadamente 35 gramas. Apresenta uma faixa branca do loro até a nuca, plumagem da cabeça marrom escura, enquanto que no dorso geral é marrom-avermelhada, a garganta esbranquiçada, pernas e bico geralmente rosados, diferença de Casaca-de-couro-da-lama(Furnarius figulus) que tem pernas e bico geralmente acinzentados. Casaca-de-couro-amarelo(F. leucopus) alimenta-se principalmente de insetos e ocasionalmente de anfíbios anuros(sapos).
   Constrói um ninho parecido com um forno, mas também ocasionalmente ocupa ninho de Furnarius rufus e de Pseudoseisura cristata, neste põe em média dois ovos. Ela ocorre principalmente em capões, áreas semiabertas, florestas de galeria, interior de matas próximo à água, como riachos, bordas de rios e lagos, onde geralmente é visto apenas um individuo ou dois andando no chão a procura de alimento.
   Sua distribuição geográfica estende-se pela Bolívia, Equador, Guiana, Peru e Brasil, neste ocorre em áreas abertas da Amazônia(mais ao oeste), parte da região Central do país, Minas Gerais e em todos os estados da região Nordeste. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste potiguar.

Hoje,05 de Outubro é comemorado no Brasil o dia das AVES! Vamos ajudar a preservar a nossa avifauna?

Referências
BirdLife International 2016. Furnarius leucopus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T103670881A95026700. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T103670881A95026700.en. Downloaded on 18 August 2019.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 29 de setembro de 2019

Alamanda-roxa Allamanda blanchetii A.DC.

   Planta conhecida popularmente como Alamanda-roxa, Alamanda-rosa ou Sete-patacas-roxa, entretanto seu nome científico é único, Allamanda blanchetii A.DC.. Pertence a família Apocynaceae, da qual também fazem parte por exemplo, a Mangabeira(Hancornia speciosa), o Pereiro( Aspidospermapyrifolium) e a Mandevila(Mandevilla moricandiana).
   Essa espécie apresenta porte arbustivo podendo atingir 2m de altura, tem folhas verticiladas,variando de 3 a 5 folhas por nó, suas flores são de cor rosa a arroxeada, elas  apresentam néctar em um tubo delgado proporcionando o acesso ao mesmo apenas de animais com língua longa, como por exemplo, abelhas da tribo Euglossini que são as principais polinizadoras da A. blanchetii. Espécimes com flores foram encontradas geralmente na estação chuvosa. Pode ser considerada uma espécie ornamental devido a beleza das suas flores, sendo indicada em projetos de jardinagem, além de ser importante para a conservação das espécies de abelhas nativas da tribo Euglossini.
  Alamanda-roxa(A. blanchetii) é nativa e endêmica(ocorre exclusivamente) do Brasil, sendo encontrada principalmente nos biomas Caatinga e Cerrado, estando distribuída pelas seguintes regiões e respectivos estados do país: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás) e Sudeste(Minas Gerais).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas mesorregiões Central Potiguar e Agreste Potiguar, sendo os últimos registros nos municípios de Acari,Equador e Monte Alegre.

Referências
Allamanda in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB15539>. Acesso em: 22 Set. 2019.

Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Souza Júnior, Jaerton Carvalho de. Apocynaceae Juss. na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. 2016. Dissertação (Mestrado em Sistemática e Evolução) – UFRN. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/22150/1/JaertonCarvalhoDeSousaJunior_DISSERT.pdf Acesso em: 22 Set. 2019.

domingo, 15 de setembro de 2019

Cobra-rainha Taeniophallus occipitalis (Jan, 1863 )

   Serpente conhecida popularmente como Cobra-rainha, Cobra-capim, Corredeira-pintada e Corre-campo, entretanto seu nome científico é único, Taeniophallus occipitalis (Jan, 1863). Ela pertence a família Dipsadidae, da qual também fazem parte por exemplo, a Falsa Coral(Oxyrhopus trigeminus), a Cobra verde(Philodryas olfersii) e a Cobra-preta(Boiruna sertaneja).
   T. occipitalis apresenta coloração geral pardo-clara, geralmente tem manchas escuras(dorso próximo a cabeça) e uma linha lateral desde o focinho até a cauda. Quando adulta atinge em média 55cm de comprimento total e possui dentição do tipo áglifa, sendo não peçonhenta, inofensiva ao ser humano.
   T. occipitalis é uma espécie ovípara, terrestre e diurna encontrada geralmente na serapilheira de floresta primária ou secundária, onde busca por exemplo se alimentar principalmente de anuros(sapos e afins) e lagartos.
  Sua distribuição geográfica estende-se pela Colômbia, Peru e Argentina a leste dos Andes, Guiana Francesa e Brasil. Em território brasileiro ela ocorre na região Nordeste principalmente no bioma Mata Atlântica desde a Bahia até o Ceará, também no sudeste do Piauí, na Amazônia e áreas abertas ao sul do país.

Referências
BÉRNILS, R. S.; COSTA. H. C. (ORG.). Répteis do Brasil e suas Unidades Federativas: Lista de espécies. Herpetologia Brasileira - Volume 8 - Número 1 - Fevereiro de 2018. Disponível em : http://sbherpetologia.org.br/wp-content/uploads/2018/04/hb-2018-01-p.pdf acesso em 31 ago. 2019.
Diva Maria Borges-Nojosa Cristina Arzabe. Diversidade de anfíbios e répteis em áreas prioritárias para a conservação da Caatinga. Disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/12_Biodiv_12_caps6e7_000gda8vxm602wx5ok0rofsmqek1btke.pdf
LAGOS, Adriano Rodrigues. Guia dos anfíbios e répteis: da área de influência da Usina Hidrelétrica de Batalha. – Rio de Janeiro: FURNAS, 2017.
Maschio,Gleomar Fabiano. História natural e ecologia das serpentes da floresta nacional de Caxiuanã e áreas adjacentes, Pará, Brasil. Tese. Belém, Pará,2008.
Santos-Jr,Alfredo P. Revisão taxonômica do grupo de Taeniophallus occipitalis e o relacionamento filogenético da tribo Echinantherini (serpentes, dipsadidae, xenodontinae). Tese de doutorado Porto Alegre – RS – Brasil, 2009.

domingo, 1 de setembro de 2019

Louro-preto Cordia glabrata (Mart.) A.DC.

   Planta conhecida popularmente como Louro-preto, Frei-Jorge,Freijó e Claraíba, entretanto seu nome científico é único, Cordia glabrata (Mart.) A.DC.. Pertence a família Boraginaceae.
    Louro-preto(C. glabrata) é uma espécie de porte arbustivo a arbóreo, atingindo altura de 4 a 10m, caule e ramos externamente acinzentados com casca sulcada, suas folhas são elípticas, ovais a orbiculares com tricomas simples, enquanto a inflorescência(com flores alvas que posteriormente ficam amarronzadas) é do tipo panícula terminal e o fruto é uma drupa com uma semente globosa. Pode florescer de junho a setembro, sendo suas flores visitadas por várias espécies de animais em busca néctar ou pólen, como por exemplo, abelhas, vespas, mariposas e também beija-flores. As suas sementes são dispersas pelo vento.
   Sua madeira é considerada moderadamente pesada e bem decorativa, sendo usada para diversos fins, como confecção de tábuas, janelas, portas, móveis, cabos de ferramenta entre outros. Além disso, devido beleza das suas flores é indicada para arborização.
  No Brasil ela é encontrada nos biomas Caatinga e Cerrado, apresentando distribuição nas seguintes regiões e respectivos estados: Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar, sendo os últimos registros na Serra das Queimadas em Equador e também nos municípios de Cerro Corá e Parelhas.

Agradecimento ao amigo Leonardo Jales Leitão que ajudou na identificação em nível de espécie.


Referências

LORENZI, H. 2008. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 5a ed. Nova Odessa (SP): Instituto Plantarum de Estudos da Flora, v.1. 

MOULIN, J.C.; Rodrigues,B. P.; Oliveira, J. T. da S.; Rosa, R. A. & Oliveira,José G. L. de, 2016. Propriedades tecnológicas do lenho de louro-preto. Pesquisa Florestal Brasileira, v.36, n.88, p.415-421.

VIEIRA, D.D; Conceição,A. S.; Melo, José I. M.; Stapf,María N. S. de. A família Boraginaceae sensu lato na APA Serra Branca/Raso da Catarina, Bahia, Brasil. Rodriguésia vol.64 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2013.

domingo, 18 de agosto de 2019

Pica-pau-verde-barrado Colaptes melanochloros (Gmelin, 1788)

    Ave conhecida popularmente como Pica-pau-verde-barrado ou Pica-pau-carijó, entretanto seu nome científico é único, Colaptes melanochloros(Gmelin, 1788). Pertence a família Picidae, da qual também fazem parte, por exemplo, o Picapauzinho-anão(Veniliornis passerinus) e o Pica-pau-anão-canela(Picumnus fulvescens).
   Essa espécie é relativamente grande, alcançando 28cm de comprimento total e peso médio de 73 gramas. De maneira geral apresenta plumagem dorsal amarelo-esverdeada com barras escuras, enquanto na região ventral predomina a coloração creme com manchas arredondadas, na cabeça é notável a nuca vermelha e a testa negra, destacando-se uma faixa branca onde ficam os olhos. O macho possui uma mancha vermelha na maxila-base do bico.
    Alimenta-se principalmente de formigas, cupins e larvas de alguns outros insetos, ocasionalmente também inclui frutos em sua dieta. Nidifica em ocos de árvores que ele mesmo perfura ou em árvores mortas, palmeiras, cactos ou ainda em postes de madeira.  Ali põe de dois a quatro ovos de cor branca pura, sendo estes incubados pelo macho e fêmea que se reversam. Habita em  áreas abertas, bordas de mata, matas de galeria, cerrado, caatinga e também em áreas antrópicas, pois se adapta bem a ambientes alterados com árvores esparsas.
   Espécie residente com ampla distribuição geográfica no leste da América do Sul, ocorrendo no Brasil em parte da Amazônia(leste) e demais partes(regiões) do país, além do centro da Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 10 de agosto de 2019

Borboleta Nymphidium mantus (Cramer, 1775)

Essa borboleta é da espécie Nymphidium mantus (Cramer, 1775), na qual a mesma pertence a família Riodinidae.
Ela tem ocorrência confirmada na Costa Rica,Venezuela, Trinidad, Suriname, Guiana e Brasil.
O exemplar das fotos foi fotografado na borda de floresta da Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba,RN.

terça-feira, 30 de julho de 2019

Cravo-de-urubu Chresta martii (DC.) H.Rob.


   Planta conhecida popularmente como Cravo-de-urubu, sendo seu nome científico Chresta martii (DC.) H.Rob.. Ela pertence a família Asteraceae, da qual também fazem parte parte por exemplo, o girassol e a Tilesia baccata (L.f.) Pruski.
  Cravo-de-urubu(C. martii) é uma planta de porte subarbustivo que vive sobre afloramentos rochosos, sendo por isso considerada uma espécie rupícola.  Segundo a literatura é usado na medicina popular para tratar algumas doenças associadas ao trato gastrointestinal.
   É uma espécie nativa e endêmica do bioma Caatinga, tendo ocorrência confirmada apenas para os estados do nordeste(Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) do Brasil e também em Minas Gerais. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar, sendo os últimos registros na Serra das Queimadas em Equador e também nos municípios de Parelhas,Carnaúba dos Dantas e Acari.

Referências
Franco,Eryvelton de Souza. Estudo do efeito gastroprotetor de extratos e de frações semipurificadas de Chresta martii (DC.) H. Rob. e identificação do seu composto majoritário. Tese. Recife,2014.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Batuíra-de-coleira Charadrius collaris Vieillot, 1818

  Ave conhecida popularmente como Batuíra-de-coleira ou Batuíra-da-costa, entretanto seu nome científico é Charadrius collaris Vieillot, 1818. Ela pertence a família Charadriidae.
   Um individuo adulto dessa espécie apresenta comprimento total de aproximadamente 15cm e peso estimado em 28 gramas. Característica notável nela é a presença de uma "coleira negra" freqüentemente estreitada na parte mediana da plumagem; coloração geral de cor ferrugínea no dorso sem branco na nuca, enquanto que seu bico é preto, as pernas são altas e rósea-claras.
  A Batuíra-de-coleira(C. collaris) põe em média dois ovos em uma cavidade na areia. Ao nascerem os filhotes apresentam um plumagem com manchas que ajudam a camufla-los no ambiente. Ela não vive em bandos mas geralmente ocorre aos pares, habitando áreas úmidas da costa, praias, dunas, lamaçais de manguezais, margens arenosas de rios e áreas úmidas interiores. 
   A Batuíra-de-coleira(C. collaris) é residente no Brasil, ocorrendo em todas as regiões do país e também está distribuída do México ao Chile. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em todo nosso litoral a beira mar, como também as margens de lagoas mais interiores, geralmente aos pares. Sendo as minhas últimas observações dessa espécie nos municípios de Nísia Floresta, Baía Formosa, Galinhos, Macau e Guamaré.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 6 de julho de 2019

Homalolepis trichilioides (A.St.-Hil.) Devecchi & Pirani

    Planta da espécie Homalolepis trichilioides (A.St.-Hil.) Devecchi & Pirani, a qual pertence a família Simaroubaceae, a mesma da cajarana-de-macaco(Simaba ferruginea).
   Homalolepis trichilioides geralmente apresenta porte arbustivo com altura variando de 1 a 4m, bem ramificada com folhas discolores, ou seja, que possui faces de cores diferentes, sendo a  face adaxial verde-escura e abaxial verde mais claro, opaca; suas flores com pétalas esverdeadas possuem odor desagradável que atrai por exemplo vespas conhecidas como cavalo-do-cão; seu fruto quando maduro é de cor alaranjado.
   H. trichilioides é espécie nativa com ocorrência confirmada nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, apresentando distribuição no Brasil nas seguintes regiões e respectivos estados do país: Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) e Sudeste (Minas Gerais). Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na Mesorregião Leste Potiguar, sendo as últimas vezes registradas nos tabuleiros dos municípios de Espírito Santo,Goianinha,Canguaretama, Baía Formosa,Macaíba,São Gonçalo do Amarante,Natal e Parnamirim.

Agradeço a Marcelo Devecchi pela ajuda na identificação em nível de espécie.

Referência
Devecchi, M.F.; Pirani, J.R.; Thomas, W.W. Simaroubaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB604275>. Acesso em: 30 Jun. 2019

domingo, 23 de junho de 2019

Enxu ou vespa do mel Brachygastra lecheguana (Latreille 1824)

    Vespa social conhecida popularmente como Enxu,Marimbondo-do-pasto,Marimbondo-do-campo,vespa do mel ou Lixiguana, entretanto seu nome científico é único,Brachygastra lecheguana (Latreille 1824). Pertence a subfamília Polistinae, da qual também fazem parte por exemplo, o marimbondo-caboclo(Polistes canadensis), marimbondo fura-olho(Polybia occidentalis), marimbondo-tatu(Synoeca surinama) e o marimbondo-chapéu(Apoica sp.).
   É uma espécie de vespa relativamente pequena de coloração predominante negra, destacando mancha amarela no tórax e bandas(manchas) amarelas intercaladas por pretas no final do abdome. Seu ninho apresenta forma globular e geralmente é construído na vegetação rasteira ou herbácea. Nesse ninho é onde elas vivem, cuidam das crias e também onde armazenam néctar, o que ao ser visto parece mel, por isso é conhecido vulgarmente como vespa-do-mel. Porém ha relatos de intoxicação por ingestão dessa substância chamada popularmente de "mel".
   B. lecheguana é importante no controle biológico de diversas outras espécies, atuando como predadora de " insetos pragas" da horticultura, predando por exemplo, a Traça-do-tomateiro(Tuta absoluta), o bicho-mineiro-do-cafeeiro(Leucoptera coffeella) e pragas do algodoeiro. Além disso, B. lecheguana atua como potencial polinizadora de várias plantas como por exemplo, juazeiro(Ziziphus joazeiro),quixabeira(Sideroxylon obtusifolium) e canola(Brassica napus).
   Brachygastra lecheguana é considerada uma espécie muito agressiva quando se sente ameaçada ou é agredida, logo trabalhadores do campo,trilheiros ou outras pessoas que realizam atividades em ambientes naturais, devem ter atenção dobrada ao se deslocar em áreas abertas com vegetação herbácea nas regiões onde ela ocorre. No Brasil a espécie ocorre nos seguintes estados: AM, AP, BA, GO, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, RN,RO, RS, SC e SP. Durante as minhas expedições pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste e Central Potiguar.

Referências
Carpenter, J.M. &O.M. Marques. 2001. Contribuição ao estudo dos vespídeos do Brasil (Insecta, Hymenoptera, Vespoidea, Vespidae). Publicações Digitais 2: 1–147.

Francisco Virgínio, Tatiane Tagliatti Maciel e Bruno Corrêa Barbosa. Novas contribuições para o conhecimento de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) para Estado do Rio Grande do Norte, Brasil.

FORTES, Alice; Fortes, Elenice, FERNANDES, Lêda G.. Avaliação de diferentes atrativos na coleta de vespas (Hymenoptera: Vespidae) em área de produção de hortaliças. Cadernos de Agroecologia – ISSN 2236-7934 – Anais do VI CLAA, X CBA e V SEMDF – Vol. 13, N° 1, Jul. 2018.

Nelson Wanderley Perioto. Rogéria Inês Rosa Lara e Eduardo Fernando dos Santos. ESTUDO REVELA PRESENÇA DE NOVOS INIMIGOS NATURAIS DE PRAGAS DA CAFEICULTURA – II. VESPAS PREDADORAS. Pesquisa & Tecnologia, vol. 8, n. 2, Jul-Dez 2011.

Oliveira, Rosana Halinski de. POLINIZADORES DE CANOLA: PERSPECTIVAS PARA O MANEJO SUSTENTÁVEL DE INSETOS, PRODUTIVIDADE DE GRÃOS E MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Disponível em :http://tede2.pucrs.br/tede2/bitstream/tede/7667/2/TES_ROSANA_HALINSKI_DE_OLIVEIRA_COMPLETO.pdf

Tarcila de Lima Nadia , Isabel Cristina Machado e Ariadna Valentina Lopes. Partilha de Polinizadores e Sucesso Reprodutivo de Spondias tuberosa e Ziziphus joazeiro, Espécies Endêmicas da Caatinga. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 357-359, jul. 2007.

domingo, 16 de junho de 2019

Baraúna Schinopsis brasiliensis Engl., uma das árvores mais alta da Caatinga

   Planta conhecida popularmente como baraúna, baúna, braúna, braúna-do-sertão, braúna-parda, quebracho, quebracho-colorado, quebracho-moro, coração-de-negro, maria-preta-da-mata, maria-preta-do-campo, ubirarana, pau-preto, ibiraúna, guaraúna e parova-preta. Entretanto seu nome científico aceito atualmente é único, Schinopsis brasiliensis Engl.. Ela pertence a família Anacardiaceae, da qual também fazem parte por exemplo, o Cajueiro( Anacardium occidentale), a Aroeira( Myracrodruon urundeuva) e o Imbu( Spondias tuberosa).
   A Baraúna(Schinopsis brasiliensis) apresenta porte arbóreo atingindo até 15m de altura, sendo umas das árvores mais altas do bioma Caatinga e seu diâmetro pode chegar a 60cm. Seu caule se apresenta com tronco reto e ramos(com espinhos de até 3,5cm) que gradativamente formam galhos espessos e bem distribuídos dando origem a uma copa subglobosa. A casca do tronco tem espessura de até 3cm apresentando fendas,constituindo assim pequenas placas quadradas. Suas folhas aromáticas(se maceradas) são do tipo compostas, apresentando cada uma de 7 a 17 folíolos e são mais longas que largas,pois tem de 3 a 4cm de comprimento por 2cm de largura.
Suas flores brancas e  aromáticas são pequenas(3 a 4mm), elas formam inflorescências do tipo panícula com tamanho de até 12cm de comprimento e aparecem no final da estação chuvosa. Já o fruto da Baraúna(S. brasiliensis) é classificado como seco e do tipo drupa alada com até 3,5cm de comprimento, sendo seu mesocarpo composto por uma massa esponjosa-farinácea, onde se encontra uma semente amarelada. A frutificação ocorre geralmente de agosto a setembro e a dispersão é feita pelo vento, ou seja, anemocórica.
   Essa espécie(S. brasiliensis) apresenta uma madeira bem dura e resistente à deterioração, sendo explorada para usos diversos, como mourões, postes, viamentos de casas de farinha (prensa), cabos para ferramentas, esquadrias, portais, soleiras, frechais, vigamentos e mão-de-pilão (Carvalho, 2009; Lorenzi, 2008). É considerada árvore ornamental, podendo ser usada em projetos de arborização e também é pioneira, podendo ser usada com intuito de ajudar na recuperação de áreas degradas. Suas flores são melíferas, inclusive são polinizadas por diferentes espécies de abelhas, enquanto suas folhas podem servir de alimento para caprinos e ovinos em condições específicas. Das cascas são extraídas tanino que é usada no curtimento de couro, enquanto que algumas substâncias presentes nas folhas apresentarem ação moluscicida e larvicida e outras moléculas extraídas da planta também demonstraram ação bactericida, além disso, a baraúna é  rica em bioflavonoides, importantes agentes antioxidantes.
  Espécie decídua(planta cujas folhas caem em certa época), heliófita(aquela que exige exposição total ao sol) e seletiva higrófila(planta de solos mais úmidos). A Baraúna(S. brasiliensis) é nativa(não endêmica do Brasil) típica dos biomas Caatinga e Cerrado, onde na região semiárida ela prefere ambientes de várzea, sendo frequente em solos calcários, mas pode ser encontrada até mesmo em afloramentos pedregosos. Essa espécie ocorre nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso) e Sudeste(Minas Gerais). Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Central e do Alto Oeste potiguar, entre os municípios onde vi essa espécie, estão: Florânia, Acari, Currais Novos, Cerro Corá, Baraúna, Carnaúba dos Dantas e Equador.

Referências
BRAGA, R. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: Depto. Nacional de Obras Contra as Secas, 1960. 540 p.

CARDOSO, M.P.; LIMA, L.S.; DAVID, J.P.; MOREIRA, B.O.; SANTOS, E.O.; DAVID, J.M.; ALVES,C.Q. A New Biflavonoid from Schinopsis brasiliensis (Anacardiaceae). Journal of the
Brazilian Chemical Society, 26(7), 1527-1531, 2015.

CARVALHO, P.E.R. Braúna-do-sertão - Schinopsis brasiliensis. Colombo, Paraná: Embrapa Florestas. Comunicado Técnico, 222, 2009. 9p.

FLORA DO BRASIL. Anacardiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico
do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB4396>. Acesso em: 16 jun. 2019.

GUIMARÃES, P.G.; MOREIRA, I.S.; CAMPOS-FILHO, P.C.; FERRAZ, J.L.; NOVAES, Q.S.; BATISTA,R. Antibacterial activity of Schinopsis brasiliensis against phytopathogens of agricultural
interest. Revista Fitos, 9(3), 167-176, 2015.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Instituto Plantarum, v. 1, ed. 5, 2008.

SANTOS, C.C.S. et al. Evaluation of the toxicity and molluscicidal and larvicidal activities of Schinopsis brasiliensis stem bark extract and its fractions. Revista Brasileira de Farmacognosia,24, 298-303, 2014.

domingo, 9 de junho de 2019

Garrinchão-de-bico-grande Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) a ave que encanta com sua variedade de sons

Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) em perfil
  Ave conhecida popularmente como Garrinchão-de-bico-grande,garrincha-açu, rouxinol, cambaxirra-grande, corruíra-açu, corruiraçu, corruiruçu e papa-taoca, entretanto seu nome científico é único,  Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819). Pertence a família Troglodytidae, da qual também fazem parte por exemplo, o rouxinol(Troglodytes musculus) e o uirapuru-verdadeiro.
   O Garrinchão-de-bico-grande(C. longirostris) como o nome indica apresenta bico bem longo com cerca de 2,5cm, enquanto que o comprimento total da ave é de aproximadamente 19 cm e seu peso pode variar de 18 a 22 gramas. Sua coloração é "ferrugem", sendo o dorso mais escuro que o ventre, porém as suas asas e cauda tem  barras escuras. 
  De hábito alimentar insetívoro, o Garrinchão-de-bico-grande(C. longirostris) alimenta-se principalmente de insetos, mas também inclui outros pequenos artrópodes em sua dieta, encontrando-os na folhagem, galhos e na serrapilheira. Geralmente é observado se movimentando bastante na vegetação de porte pequeno a médio na borda e sub-bosque de mata secundária, em florestas como a Mata Atlântica(restinga e manguezal) e Caatinga. Essa espécie é  famosa pela diversidade de manifestações sonoras que emite, apresentando variações tanto do canto como do chamado.
   Seu ninho é construído com fibras vegetais, sendo simples com formato de bola. geralmente são feitos em locais de acesso difícil como em espécies de urtiga ou cactos, além disso próximo a ninhos de marimbondos. Põe geralmente de 2 a 3 ovos(LIMA et al., 2010). 
  Espécie residente e endêmica do Brasil, tendo ocorrência confirmada do Piauí a Santa Catarina.  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do território potiguar( Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA,Pedro C.; Rolf Grantsau; Rocha Lima ,Rita de C. F. da; Neto, Thyers N. de C. Lima & Silva, Luiz E. Souza. Ninhos de espécies ameaçadas, endêmicas e outras de comportamento reprodutivo pouco conhecido, na pátria da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) (Psittaciformes: Psittacidae), destacando-se novos dados sobre o comportamento reprodutivo do besourinho-de-cauda-larga (Phaethornis gounellei) (Apodiformes: Trochilidae) a descrição do ninho da choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) (Passeriformes: Thamnophilidae) e do jacucaca (Penelope jacucaca) (Galliformes: Cracidae). Atualidades Ornitológicas On-line Nº 153 - Janeiro/Fevereiro 2010.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 26 de maio de 2019

Bromélia Aechmea patentissima (Mart. ex Schult. & Schult.f.) Baker

  A espécie Aechmea patentissima pertence a família Bromeliaceae("bromélias"), da qual também faz parte por exemplo, a Macambira-de-flecha.
  A. patentissima apresenta porte herbáceo e se desenvolve tanto no substrato terrestre como também pode viver sobre outras plantas, ou seja pode ser epífita. 
  Essa bromélia é nativa e no Brasil ocorre apenas no bioma da Mata Atlântica, estando distribuída nas regiões Nordeste(Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste(Espírito Santo, Rio de Janeiro) do país.
  Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte já observei essa espécie no Parque das dunas(Natal), na Mata do Pilão(Espírito Santo) e em um fragmento de mata atlântica de Baía Formosa.

Referência
Maciel, Jefferson Rodrigues. Estudos taxonômicos, filogenéticos e biogeográficos em Aechmea (Bromeliaceae). Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Biociências. Biologia Vegetal, Recife, 2017.

domingo, 19 de maio de 2019

Proceratophrys cristiceps (Müller, 1884), o popular sapo-boi ou sapo-bezerra

   Anfíbio anuro conhecido popularmente como Sapo-boi ou Sapo-bezerra, entretanto seu nome científico é Proceratophrys cristiceps (Müller, 1884). Essa espécie pertence a família Odontophynidae.
   O Sapo-boi(P. cristiceps) apresenta pequeno porte podendo atingir 5cm de comprimento total. A coloração dessa espécie é bem diversificada, apresentando-se sua região dorsal em castanho claro, castanho escuro, negro, ou até alaranjado, podendo ainda alguns indivíduos apresentarem uma faixa triangular claro no dorso. Seus olhos são relativamente grandes, seu tímpano não é visível, o saco vocal é simples, seus dedos não tem membranas interdigitais e não há discos nos artelhos nem crista craniana (MAGALHÃES Jr., 2009).
   Durante a estação seca indivíduos de P. cristiceps foram encontrados enterrados na areia no entorno de cursos de água, ou seja, estivando. Com as primeiras chuvas se desenterram, tornando-se ativos a noite vocalizando as margens de porções de água como riachos, onde formam casais em amplexo, se reproduzem de forma "explosiva", sendo os ovos depostos em ninhos de espuma nas águas lênticas, a partir dos quais surgem os girinos(Diva Borges-Najosa , 2004; MAGALHÃES Jr., 2009). Quando importunada pode inflar o corpo e estender os membros na tentativa de parecer maior do que realmente é, além de abrir a boca e vocalizar a fim de impressionar o intruso invasor ou até possivelmente alguns predadores. Alimenta-se de pequenos animais artrópodes.
   P. cristiceps é endêmica da região Nordeste do Brasil e apresenta ampla distribuição no bioma Caatinga. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte, observei essa espécie apenas na mesorregião Central do estado, sendo as últimas vezes nos municípios de Florânia,Equador e Cerro corá.

Referências
Ana Carolina Carnaval, Diva Borges-Najosa 2004. Proceratophrys cristiceps. The IUCN Red List of Threatened Species 2004: e.T57299A11605470. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2004.RLTS.T57299A11605470.en. Downloaded on 18 May 2019.
Caldas, Francis L. Santos; Costa, Taís Borges; Laranjeiras ,Daniel Orsi; Mesquita ,Daniel Oliveira and Garda, Adrian Antonio. Herpetofauna of protected areas in the Caatinga V:Seridó Ecological Station (Rio Grande do Norte, Brazil). Check List 12(4): 1929, 17 July 2016 doi:
http://dx.doi.org/10.15560/12.4.1929
Diva Maria Borges-Nojosa Ednilza Maranhão dos Santos. Herpetofauna da área de Betânia e Floresta, Pernambuco. Disponível em : https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/19100/1/Caatinga.pdf Acesso em 18 de maio de 2019.
MAGALHÃES-JÚNIOR, A. J. C. Anurofauna de áreas da Caatinga de Pernambuco. Dissertação de Mestrado- Universidade Federal de Pernambuco-UFPE. Departamento de Zoologia, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/625 . Acesso em 18 de maio de 2019.

domingo, 28 de abril de 2019

Icó Neocalyptrocalyx longifolium (Mart.) Cornejo & Iltis.

   Planta conhecida popularmente como Icó, Yco,Incó, Icó-liso, Umbuzeiro, entretanto seu nome científico é único, Neocalyptrocalyx longifolium (Mart.) Cornejo & Iltis. Ela pertence a família Capparaceae, da qual faz parte por exemplo, o feijão-bravo(Capparis flexuosa) e o Trapiá(Crateva tapia).
  Icó(Neocalyptrocalyx longifolium) apresenta porte geralmente arbustivo com até 2,5m de altura, folhas simples com lâmina foliar estreita (0,7−1,5 cm de largura), são alternas, lineares ou lanceoladas e  o botão floral forma uma caliptra e  fruto anfisarca. 
    Essa espécie é nativa e endêmica do Brasil, sendo espécie típica do bioma  Caatinga, ocorrendo apenas na região Nordeste do país, nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie principalmente na mesorregião Central Potiguar, em áreas de Caatinga de maior elevação, como por exemplo nos municípios de Equador, Cerro Corá e Campo Redondo.

Referências
Neto, R.L.S & Jardim, J.G. . Capparaceae no Rio Grande do Norte, Brasil. Rodriguésia 66(3): 847-857. 2015. DOI: 10.1590/2175-7860201566312

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.