Nossa página

domingo, 9 de dezembro de 2018

Sapo-de-verruga Rhinella granulosa (Spix, 1824)

   Anfíbio anuro conhecido popularmente como Sapo-de-verruga, Sapo granuloso ou Sapo cururu pequeno, entretanto seu nome científico é Rhinella granulosa (Spix, 1824). Pertence a família Bufonidae, da qual também faz parte o famoso Sapo cururu(Rhinella jimi).
   O macho da espécie Rhinella granulosa atinge em média 48,1mm de comprimento rostro-cloacal enquanto que a fêmea é maior alcançando em média 52,9mm. A origem do nome(granuloso) deve-se a presença de grânulos na região dorsal do corpo, esta apresenta ao fundo diferentes tons de marrom com algumas manchas mais escuras. Enquanto que a coloração da região ventral do corpo varia de esbranquiçada a creme com pontos negros, sendo que nos machos a região gular fica amarela-esverdeada na época reprodutiva. Suas glândulas de veneno(paratóides) são pouco aparentes. Apesar de apresentar essas glândulas(pequenas), se as pessoas não manusearem e nem apertarem elas não haverá risco  de envenenamento em contato com mucosas, sendo essa espécie importante predadora de insetos assim como outros sapos que ajudam a manter o "equilíbrio ambiental", não devem ser perseguidos ou mortos pelo ser humano.
   Espécie terrestre de hábito noturno que vive em lagoas, margens de riachos e poças. Ela apresenta reprodução explosiva, podendo em uma desova conter cerca de 900 ovos que são depositados na superfície d’água em um cordão gelatinoso. Havendo corpos de água pode se reproduzir durante todo ano, porém na estação chuvosa há um aumento na taxa reprodutiva. Alimenta-se de insetos como formigas e cupins, colaborando assim no controle das populações desses animais.
   O Sapo-de-verruga(R. granulosa) é encontrado principalmente na Caatinga, mas também ocorre em áreas do bioma Mata Atlântica, sendo sua distribuição restrita ao Nordeste e parte do Sudeste do Brasil. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte já observei essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar e, acredito que também ocorra na mesorregião Oeste do estado.

Referências
Albertina Pimentel Lima ...[et al.]. Guia de sapos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central. Manaus : Áttema Design Editorial, 2005.

Ednilza Maranhao dos Santos , Geane Limeira da Silva & Thamires Freitas Campos. Predação de Rhinella granulosa (Anura, Bufonidae) por Liophis poecilogyrus (Serpentes, Dipsadidae) na Caatinga, Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de Zoociências 12 (2): 195-198. 2010.

Hauanny Rodrigues Oliveira& Fernanda A. S. Cassemiro. Potenciais efeitos das mudanças climáticas futuras sobre a distribuição de um anuro da Caatinga Rhinella granulosa (Anura, Bufonidae). Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, 103(3):272-279, 30 de setembro de 2013.

 Tavares, Robson Victor Ecologia e diversidade da herpetofauna associada à bromélia Encholirium spectabile Mart. ex Schult. & Schult. f. em uma área de Caatinga, Nordeste do Brasil – Patos, 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais).

domingo, 2 de dezembro de 2018

Guabiraba Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.

   Planta conhecida popularmente como Guabiraba,Guabiraba-de-rama,Guabiroba ou Candeia-brava, entretanto seu nome científico é único, Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.. Pertence a família Myrtaceae, da qual também fazem parte por exemplo, a Jabuticabeira, a Ubaia azeda e o Camboim.
    A Guabiraba(Campomanesia aromatica) é uma espécie nativa de porte arbustivo podendo atingir cerca de 5m de altura,ela apresenta flores brancas e seus frutos maduros são arroxeados e comestíveis. Geralmente floresce em novembro e frutifica de fevereiro a setembro. De acordo com a literatura na medicina popular a infusão das folhas do "olho da planta" é usada contra diarréia, dor na barriga, catarro no peito, pneumonia e gripe no Piauí.
   Sua distribuição geográfica é disjunta desde Trinidad e Tobago ao Brasil e também na Bolívia.  Em território brasileiro tem registros nos biomas da Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, ocorrendo nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. 

Referências
CHAVES, E.M.F.; BARROS, R.F.M. Diversidade e uso de recursos medicinais do carrasco na APA da Serra da Ibiapaba, Piauí, Nordeste do Brasil. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.14, n.3, p.476-486, 2012.

Marla Ibrahim U. de Oliveira, Ligia Silveira Funch & Leslie R. Landrum. Flora da Bahia: Campomanesia (Myrtaceae). Sitientibus série Ciências Biológicas 12(1): 91– 107. 2012.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1976.

domingo, 11 de novembro de 2018

Piru-piru Haematopus palliatus Temminck, 1820

   Ave conhecida popularmente como Piru-piru, Batuíra-do-mar-grosso, Ostraceiro-pirupiru, Cã-cã-da-praía, Bejaquí e baiacu, entretanto seu nome científico é único, Haematopus palliatus Temminck, 1820.
   Um indivíduo adulto atinge cerca de 46cm de comprimento e peso médio de 520 gramas. Ave pernilonga robusta, de bico e pálpebras escarlates; íris amarela e pernas cor-de-rosa. Larga faixa na asa e uropígio brancos. Não evidencia dimorfismo sexual.
  Alimenta-se de cracas, gastrópodes, lamelibrânquios e outros animais invertebrados presentes na costa onde é encontrado, pois é uma ave marinha que ocorre em praias,manguezal e formação rochosa exposta a ação do mar. Se reproduzem em bancos de areia, onde são depositados em média dois ovos.
   Espécie americana sendo confirmada desde a América do Norte ao sul da América do Sul, incluindo toda a costa brasileira, onde nidifica. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie apenas na região conhecida como "Costa Branca" principalmente nos municípios de Macau, Guamaré e Galinhos. Atualmente encontra-se na categoria de “Quase Ameaçado” (“NT”) segundo o Plano de Ação Nacional Para Conservação das Aves Limícolas Migratórias(MMA, 2016). 


Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 28 de outubro de 2018

Cravo-do-mato Tillandsia recurvata (L.) L. , uma bromélia que pode ser encontrada na rede elétrica das cidades.

  Planta conhecida vulgarmente como Cravo-do-mato e cientificamente como Tillandsia recurvata (L.) L., esta faz parte da família Bromeliaceae( das bromélias).
    As raízes de T. recurvata sofreram modificações estando adaptadas para se fixar a diferentes substratos, como por exemplo a cabos da rede elétrica ou de telefonia e postes, podendo ser vista grandes populações dessa espécie na fiação em algumas cidades, o que mostra a sua enorme capacidade de sobreviver independentemente do solo e em ambientes extremos. Apresenta flores e frutos o ano todo, esses são do tipo cápsula e apresentam grande quantidade de sementes com alta capacidade de germinação, que podem ser dispersas pelo vento, colaborando com a colonização de outras áreas e dispersão da espécie. 
   Espécie de porte herbáceo, essa epífita rupícola é nativa e distribui-se no continente Americano desde o Chile e Argentina, na América do Sul, ao Caribe e América Central, chegando até o sudeste norte-americano. No Brasil tem ocorrência confirmada nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, ocorrendo nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Norte (Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).

Agradeço a Edweslley de Moura pela ajuda na identificação em nível de espécie.

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.
Piazzetta, Karime Dawidziak. Avaliação do potencial de tillandsia recurvata (L.) L., bromeliaceae, como bioindicadora da poluição atmosférica urbana. Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental, Curitiba, 2015.

domingo, 21 de outubro de 2018

Marimbondo Tatu Synoeca surinama (Linnaeus, 1767)

  Vespa social conhecida popularmente como Marimbondo Tatu, tendo recebido esse nome vulgar porque o revestimento do seu ninho parece a couraça de um Tatu, entretanto seu nome científico é único, Synoeca surinama (Linnaeus, 1767).
   Essa espécie é típica das Américas com distribuição desde o México até a Argentina, ocorrendo principalmente no interior de florestas tropicais(Richards, 1978). No Brasil ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. 

Referências
Carpenter, J.M. &O.M. Marques. 2001. Contribuição ao estudo dos vespídeos do Brasil (Insecta, Hymenoptera, Vespoidea, Vespidae). Publicações Digitais 2: 1–147.

Daniel Oliveira Freire. Atividade Antimicrobiana do novo peptídeo Synoeca-MP isolado da peçonha de Synoeca surinama frente a bactérias resistentes. Programa de Pós- graduação em Biologia Animal da Universidade de Brasília. 2014.

Francisco Virgínio, Tatiane Tagliatti Maciel e Bruno Corrêa Barbosa. Novas contribuições para o conhecimento de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) para Estado do Rio Grande do Norte, Brasil

domingo, 14 de outubro de 2018

Arapaçu-de-cerrado Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818)

   Ave conhecida popularmente como Arapaçu-de-cerrado, Arapaçu-de-supercílio-branco,Cutia-de-pau, Cata-barata e pica-pau-marrom, entretanto seu nome científico é único,Lepidocolaptes angustirostris (Vieillot, 1818).
   Um individuo adulto alcança os 20cm de comprimento, peso de aproximadamente 30 gramas e bico de 3,2cm em média. Apresenta como características morfológicas marcantes uma grande faixa supra-ocular branca e região ventral(inferior) do corpo de cor branca acentuada.
   Usa geralmente ocos de árvores como local de nidificação, onde reveste com alguns materiais de origem vegetal, na qual a fêmea põe em média dois ovos. Geralmente é visto formando casais em ambientes campestres com árvores esparsas, voando de uma árvore a outra e escalando seus troncos a procura de alimento. Alimenta-se de pequenos animais artrópodes, especialmente de insetos. No Brasil é uma espécie relativamente comum no Cerrado e na Caatinga e tem demonstrado adaptação a ambientes alterados, podendo até ser encontrado em área urbana.
 Sua distribuição geográfica estende-se pela Argentina, Bolívia, Paraguai, Suriname, Uruguai e Brasil, neste ocorrendo desde o Marajó ao resto do Brasil extra-amazônico. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie principalmente na mesorregião Central Potiguar, sempre associada a áreas abertas do bioma Caatinga.
Referências
BirdLife International. 2017. Lepidocolaptes angustirostris (amended version of 2016 assessment). The IUCN Red List of Threatened Species 2017: e.T22703155A110909882. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2017-1.RLTS.T22703155A110909882.en. Downloaded on 14 October 2018.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 30 de setembro de 2018

Melosa-vermelha Ruellia asperula (Mart. ex Nees) Lindau

   Planta conhecida popularmente como Melosa, Melosa-vermelha ou Melosa-roxa, entretanto seu nome científico é único, Ruellia asperula (Mart. ex Nees) Lindau.
   Essa espécie é de porte subarbustivo ou arbustivo sendo recoberta por "pelos(tricomas)", apresenta folhas opostas e ásperas, flores vermelhas e frutos do tipo cápsula. As flores da Melosa(Ruellia asperula) são visitadas por diversas espécies de animais como: abelhas(Xylocopa sp., Xylocopa aff. viridis, Trigona spinipes), borboletas( Phoebis sennae, Phoebia sp.) e especialmente beija-flores das seguintes espécies: Eupetomena macroura, Hylocharis sapphirina, Amazilia versicolor, Amazilia lactea, Chrysolampis mosquitus e Chlorostilbon lucidus, onde alguns desses provavelmente atuam em sua polinização.
   A Melosa(Ruellia asperula) é de origem nativa e endêmica do Brasil, com ocorrência confirmada apenas para o bioma Caatinga, sendo encontrada em ambientes relativamente mais úmidos dos seguintes estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar, especificamente na região do Seridó Potiguar em áreas mais elevadas.

Referências
Castro, Antonio Sérgio e Arnóbio Cavalcante. Flores da caatinga. Campina Grande: Instituto
Nacional do Semiárido, 2010.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.


Raphael MATIAS & Hélder CONSOLARO. Polinização e sistema reprodutivo de acanthaceae juss. no Brasil: uma revisão. Biosci. J., Uberlândia, v. 31, n. 3, p. 890-907, May/June. 2015.

domingo, 23 de setembro de 2018

Caboré-de-orelha Megascops choliba (Vieillot, 1817)

  Ave conhecida popularmente como Corujinha-do-mato,Coruja-do-mato,Corujinha-de-orelha,Corujinha-orelhuda,Caboré-de-orelha e Piré-cuí, entretanto seu nome científico válido atualmente é Megascops choliba (Vieillot, 1817). Ela pertence a família Strigidae, da qual também fazem parte por exemplos, a coruja-buraqueira(Athene cunicularia) e o caburé(Glaucidium brasilianum).
   Um indivíduo adulto da espécie tem o comprimento variando de 21 a 30cm, peso de até 160 gramas e envergadura média de 54cm. Há duas variedades na plumagem dessa espécie, uma que é cinza e outra avermelhada(ferrugínea), em ambas na fase adulta, ocorre dois tufos de penas chamados vulgarmente de "orelhas" nos lados da cabeça,estes são relativamente pequenos. Outra característica notável as vezes é a íris amarela.
  Alimenta-se principalmente de insetos como mariposas e gafanhotos,mas inclui também outros artrópodes em sua dieta como aranhas e escorpiões. Além disso, há registros de captura de pequenos mamíferos, outras aves, anuros e pequenas serpentes.
   A corujinha-do-mato(Megascops choliba) usa qualquer cavidade de baixa altura como ninho, como ocos de árvores e buracos de cupinzeiros, onde põe até 7 ovos brancos. Enquanto a fêmea fica responsável pela incubação(cerca de 26 dias) o macho se ocupa de trazer alimento para ela durante esse período.
   Pode ser observada e principalmente ouvida a noite, em diversos ambientes desde bordas de matas, matas de galerias, savanas e até no entorno de construções humanas da zona rural e urbana, onde ocorram árvores, não sendo comum no interior de floresta densa.
   Sua distribuição geográfica estende-se em toda a América do Sul e em parte da América Central, na Costa Rica e Panamá. No Brasil ocorre em todos os estados. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar,Central Potiguar e Oeste Potiguar, ou seja em todo o território potiguar, sendo uma das corujas mais comuns no RN.
  Segundo estudos etnozoológicos ela é comercializada como animal de estimação em alguns estados do país(PB,PE,MG e RJ) e até o momento felizmente não está ameaçada de extinção. Sendo necessário maior investimento em práticas de Educação Ambiental, incentivo a cultura da ciência cidadã e fiscalização a fim de acabar com esse comércio criminoso e essa cultura ultrapassada de criação de aves silvestres como animais de estimação.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

Menq, W. (2018) Corujinha-do-mato (Megascops choliba) - Aves de Rapina Brasil. Disponível em: < http://www.avesderapinabrasil.com/megascops_choliba.htm > Acesso em: 23 de Setembro de 2018.

POLICARPO, Iamara da Silva. Uso de Aves Silvestres no Brasil: aspectos etnozoológicos e conservação. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e Saúde,2013.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 16 de setembro de 2018

Alcaçuz Periandra mediterranea (Vell.) Taub.

   Planta conhecida popularmente como Alcaçuz sendo seu nome científico Periandra mediterranea (Vell.) Taub.. Espécie de porte arbustivo que pode atinger 3,5m de altura e que apresenta inflorescências terminais ou axilares, corola azul-violácea e seus frutos são do tipo legume. As suas pétalas modificadas apresentam um estandarte que atua como plataforma de pouso para os visitantes interessados em néctar ou pólen, como as abelhas Xylocopa frontalis, Acanthopus excellens e Epicharis sp., que atuam na polinização da espécie. 
   Outras espécies também visitam as flores da Alcaçuz(Periandra mediterranea) como o beija-flor Phaethornis pretrei, algumas vespas do gênero Polybia e ainda o esingídeo Urbanus simplicius, porém estas atuam frequentemente nesta planta como pilhadores de néctar e não como polinizadores.
   Alcaçuz(P. mediterranea) é citada na literatura como uma espécie que apresenta propriedades anti-inflamatórias além de ser indicada para ajudar na recuperação de áreas degradadas.
   Ela é uma espécie nativa que no Brasil tem ocorrência confirmada nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Cerrado, ocorrendo nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Norte (Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nos municípios de Espírito Santo e Baía Formosa.

Referências
Andressa Cavalcante Meireles, Joel Araújo Queiroz & Zelma Glebya Maciel Quirino. Mecanismo explosivo de polinização em Periandra mediterranea (Vell.) Taub. (Fabaceae) na Reserva Biológica Guaribas, Paraíba, Brasil. Revista Biotemas, 28 (4), dezembro de 2015. Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/biotemas/article/view/2175-7925.2015v28n4p71 Acesso em 16 de setembro de 2018.

Maurilio Assis Figueiredo, Adriana Pedrosa Diniz, Adriana Trópia de Abreu , Maria Cristina Teixeira Braga Messias and Alessandra Rodrigues Kozovits. Growing Periandra mediterranea on post-mining substrate: native Fabaceae with potential for revegetation of degraded rupestrian grasslands in Brazil. Acta Botanica Brasilica - 32(2): 232-239. April-June 2018. Disponível em http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/9828/1/ARTIGO_GrowingPeriandraMediterranea.pdf Acesso em 16 de setembro de 2018.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 9 de setembro de 2018

Borboleta estaladeira Hamadryas chloe (Stoll, 1787)

    Esta espécie de borboleta da família Nymphalidae é conhecida como Estaladeira, mas seu nome aceito pela ciência é Hamadryas chloe (Stoll, 1787).
   Ela geralmente é observada tanto no interior de florestas como na borda de matas e clareiras, principalmente pousada com asas abertas e de "cabeça para baixo" em troncos de árvores.
Sua distribuição geográfica está confirmada na América do Sul ocorrendo desde a Colômbia até a Bolívia.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie apenas nos fragmentos de Mata Atlântica, especialmente nas matas do litoral sul do RN, como por exemplo no município de Baía Formosa.
Quer saber mais? Acesse:http://www.learnaboutbutterflies.com/Amazon%20-%20Hamadryas%20chloe.htm Acesso em 09 de setembro de 2018.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mata-rato Psychotria bracteocardia (DC.) Müll.Arg.

   Planta conhecida popularmente como Mata-calado, Mata-rato ou Beijo-de-moça, entretanto seu nome científico é Psychotria bracteocardia (DC.) Müll.Arg.
   Espécie nativa de porte arbustivo que no Brasil tem ocorrência confirmada nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Cerrado, ocorrendo nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros:Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins),Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nos municípios de Espírito Santo e Baía Formosa. De acordo com estudo etnobotânicos parte da entrecasca de Psychotria bracteocardia é usada tradicionalmente como veneno para matar ratos(por isso o nome popular).

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Flora da Fazenda Morim, São José da Coroa Grande, Pernambuco, Brasil. Recife-Agosto-2009. Projeto Apoio a Criação de Unidades de Conservação na Floresta Atlântica de Pernambuco. Disponível em http://mobic.com.br/clientes/cepan1/uploads/file/arquivos/bbffe4c32739b2623816149076f72c92.pdf Acesso em 01 de setembro de 2018.

Renata Kelly Dias Souza, Ana Cleide A. Morais Mendonça e Maria A. Pessoa da Silva. Aspectos etnobotânicos, fitoquímicos e farmacológicos de espécies de Rubiaceae no Brasil. Rev Cubana Plant Med vol.18 no.1 Ciudad de la Habana ene.-mar. 2013 Disponível em http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1028-47962013000100016 Acesso em 01 de setembro de 2018.

domingo, 26 de agosto de 2018

Juriti Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855

   Ave conhecida popularmente como Juriti, Juriti-pupu ou Pupu(origem no canto), entretanto seu nome científico é único, Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855. Pertence a família Columbidae, da qual também fazem parte por exemplo, a Arribaçã(Zenaida auriculata), a Rolinha-branca(Columbina picui) e a Rolinha-roxa(Columbina talpacoti).
   Um individuo adulto pode alcançar de 26 a 30 cm de comprimento e seu peso variar de 135 a 215 gramas. Apresenta coloração geral pardo-acinzentada, alguns tons metálicos violeta e verde na cabeça e nuca,enquanto que a fronte, garganta e barriga são claras. Também possui um anel alaranjado em volta dos olhos. Quando está voando, é possível observar as pontas brancas das retrizes laterais e o acanelado da face inferior das asas. Alimenta-se de grãos, sementes, frutos e vegetais. Constrói o ninho em plantas arbustivas ou em grutas usando pequenos gravetos, onde põe em média dois ovos.
   Habita em florestas como a restinga, caatinga e cerrado, mas também pode ser vista em bordas de matas, campos e capoeiras em busca de grãos no chão. Ao perceber a presença de intruso ou possível ameaça, foge rapidamente caminhando ou voa para o interior da mata. Vive sozinha ou aos pares.
   Apresenta ampla distribuição geográfica nas Américas, ocorrendo do sul dos Estados Unidos a  Argentina e Uruguai e em todos os estados brasileiros. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas  mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar. Apesar das populações dessa espécie em diferentes partes do Brasil sofrer com a caça ilegal, ela não é considerada ameaçada de extinção.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 11 de agosto de 2018

Tilesia baccata (L.f.) Pruski

    Planta da família Asteraceae sendo seu nome científico Tilesia baccata (L.f.) Pruski. Ela é de porte arbustivo ou subarbustivo e apresenta folhas ovais, lanceoladas ou raramente elípticas, flores amarelas no centro e fruto do tipo cipsela(frutos seco, indeiscente). Estes quando maduros apresentam polpa carnosa apreciada por aves que colaboram na dispersão das sementes. Suas flores são muito visitadas por abelhas, como por exemplo Apis mellifera e Melipona spp, estas participam da polinização da espécie.
   Espécie naturalizada com ampla distribuição nas Américas, no Brasil ocorre nos biomas da Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado principalmente na borda de florestas e trilhas, assim como próxima a cursos d'água. Nesse país sua distribuição estende-se pelas seguintes regiões e estados brasileiros: Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).

Referências

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Tilesia baccata-Flora de Santa Catarina. Disponível em: https://sites.google.com/site/biodiversidadecatarinense/plantae/magnoliophyta/asteraceae/tilesia-baccata Acesso em 28 de julho de 2018.

sábado, 28 de julho de 2018

Pernilongo-de-costas-negras Himantopus mexicanus

   Ave conhecida como Perna-longas, Pernilongo ou Pernilongo-de-costas-negras, sendo seu nome científico Himantopus mexicanus(Statius Muller, 1776). Um individuo adulto dessa espécie apresenta 38cm de comprimento, pernas longas de cor rosa, bico preto com 6cm, plumagem da região ventral geral branca, enquanto na parte dorsal é preta. 
   Alimenta-se de insetos adultos pequenos, vermes e larvas que são capturados  próximo a superfície da água ou diretamente no lodo nos ambientes aquáticos, tais como: lagoas, pântanos, rios, e estuários ou seja em áreas úmidas costeiras ou interioranas. Podem ser vistos em pequenos ou grandes bandos com até mais de 100 indivíduos.
  Essa espécie apresenta ampla distribuição geográfica nas Américas, ocorrendo do sul dos EUA ao sul do Peru e Caribe, tendo sido registrado também em todas as regiões do Brasil, exceto na região Sul. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie em todas as mesorregiões do estado: Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Olho-de-boi Dioclea violacea Mart. ex Benth.

  Planta conhecida popularmente como Olho-de-boi, Cipó-mucunã, Coroanha Estojo-de-luneta, Mucunã-peluda, Cipó-de-imbiri,Micunã, Mucunã-assú, Pó-de-mico e Dinheiro-de-índio, entretanto seu nome científico é único, Dioclea violacea Mart. ex Benth.
  Espécie de liana nativa que apresenta pétalas de cor violácea perfumadas, fruto do tipo legume lenhoso com duas a 4 sementes. Geralmente floresce de janeiro a março e frutifica de julho a agosto.
Seu uso na medicina popular é indicada principalmente no combate a gripe e asma, além de apresentar propriedades químicas com ação antioxidante. 
  No  Brasil ocorre nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa tendo sido confirmada nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Nordeste (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe), Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).

Referências

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Balança-rabo-de-chapéu-preto Polioptila plumbea (Gmelin, 1788)

  Ave conhecida popularmente como Balança-rabo-de-chapéu-preto, Tiú, Caga-sebo, Miador, Gatinha, entretanto seu nome científico é único, Polioptila plumbea (Gmelin, 1788).
   Essa espécie quando adulta atinge cerca de 11cm de comprimento e pode pesar aproximadamente 6 gramas. Apresenta dimorfismo sexual, onde o macho destaca-se com a cabeça negra parecendo um boné, enquanto na fêmea é acinzentada. De maneira geral a parte inferior de ambos os sexos varia de branco a cinza-claro.
 
   Espécie comum muito ativa durante o dia, movimentando com frequência sua longa cauda em meio a vegetação de porte herbáceo e arbustivo, onde procura seu alimento predileto: insetos. Vive aos pares ou solitário, geralmente em áreas com vegetação esparsa, bordas de matas, campos, caatingas,manguezais e restingas. Seu ninho é semelhante ao do beija-flor Eupetomena macroura sendo construído em arbustos, no qual ela põe até 3 ovos.
   Apresenta ampla distribuição geográfica nas Américas, sendo que no Brasil ocorre na maior parte da região Norte, em toda região Nordeste e também em Minas Gerais. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie em todas as mesorregiões do estado: Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
BirdLife International. 2016. Polioptila plumbea. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T103882288A94303370. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T103882288A94303370.en. Downloaded on 09 July 2018.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

terça-feira, 3 de julho de 2018

Borboleta-emilia Leptotes cassius (Cramer, 1775)

   Borboleta da família Lycaenidae, a espécie Leptotes cassius (Cramer, 1775) apresenta distribuição geográfica desde os Estados Unidos até a Argentina.
   Ocorre nas bordas de florestas, campos e área urbana com muitas plantas herbáceas. Nesses habitats ela põe os ovos sobre os botões florais das plantas que as larvas(lagartas) irão comer. Estas se relacionam com algumas formigas, onde as mesmas se alimentam de secreções açucaradas das lagartas e em compensação a presença das formigas ajuda a inibir a presença dos predadores das larvas.

Referências
Leptotes cassius Cassius. Disponível em http://museunacional.ufrj.br/hortobotanico/Lepidopteros/leptotescassius.html Acesso em 30 de junho de 2018.

Cassius Blue Leptotes cassius (Cramer, 1775). Disponível em https://www.butterfliesandmoths.org/species/Leptotes-cassius Acesso em 30 de junho de 2018.

domingo, 24 de junho de 2018

Erva-de-passarinho Psittacanthus dichroos (Mart.) Mart.

 Planta conhecida popularmente como Erva-de-passarinho(Psittacanthus dichroos), tendo recebido esse nome por causa da relação direta de dependência das aves para perpetuar a sua espécie, o que acontece pois as aves que se alimentam dos seus frutos, regurgitam ou defecam suas sementes sobre os galhos de outras plantas. Quando essas sementes encontram condições ideais na planta hospedeira, há o surgimento de uma raiz do tipo haustório que penetra no xilema da planta hospedeira, retirando parte da seiva bruta(água e sais minerais), sendo por isso a Erva-de-passarinho considerada hemiparasita.
   A espécie Psittacanthus dichrous apresenta porte herbáceo, atua como hemiparasita sobre espécies arbóreas das famílias Anacardiaceae, Lauraceae, Melastomataceae, Myrtaceae e Vochysiaceae. Suas flores bicolores são muito visitadas por aves, especialmente os beija-flores, saíras e cambacica.
    Erva-de-passarinho(Psittacanthus dichroos) é nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Amazônia,estando distribuída nas seguintes regiões e respectivos estados: Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná e Santa Catarina).

Referências
Bianca Alsina Moreira e Cecilia Maria Rizzin. AS FAMÍLIAS LORANTHACEAE E VISCACEAE DA APA DE MARICÁ, RIO DE JANEIRO, BRASIL. Disponível em http://arquivos.proderj.rj.gov.br/inea_imagens/downloads/pesquisas/APA_Marica/Moreira_Rizzini_1997.pdf

Benjamin Leonardo Alves White, Adauto de Souza Ribeiro, Larissa Alves Secundo White, Jose Elvino do Nascimento Junior. ANALISE DA OCORRÊNCIA DE ERVA-DE-PASSARINHO NA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, CAMPUS SÃO CRISTÓVÃO. Disponível em https://www.cabi.org/isc/FullTextPDF/2011/20113189094.pdf

Psittacanthus in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8699>. Acesso em: 09 Jun. 2018.

sábado, 16 de junho de 2018

Seleção Brasileira de Aves, um time de campeões

    A Copa do Mundo de futebol masculino na Rússia já começou e, se o Brasil irá ser campeão não é possível afirmar. Porém em termos de biodiversidade o nosso país é campeão absoluto, apresentando a maior diversidade biológica do mundo, tendo sido registrada até o presente cerca de 103.870 espécies animais e 43.020 espécies vegetais, além de um grande número de espécies ainda não descritas por cientistas. Em termos de riqueza de aves, o Brasil é 2ºlugar com 1919 espécies registradas, o que representa uma das maiores variedades de aves do planeta Terra. No Rio Grande do Norte temos pelo menos 380 espécies destas aves registradas em terras potiguares, das quais eu selecionei 11 para representar simbolicamente a nossa seleção brasileira, levando em consideração especialmente aquelas que apresentam a cor amarela predominante e também pelo fato de muitas delas serem comuns na área urbana dos nossos municípios. 

NOSSA SELEÇÃO BRASILEIRA DE AVES FICOU ASSIM:

1-Bem-te-vi(Pitangus sulphuratus), alimenta-se de insetos, frutos e até pequenos vertebrados.
2-Ferreirinho-relógio(Todirostrum cinereum), alimenta-se de insetos.
3-Suiriri-cavaleiro(Machetornis rixosa), alimenta-se de insetos.
4-Periquito-da-caatinga(Eupsittula cactorum), alimenta-se de frutos e sementes.
5-Canário-do-mato(Myiothlypis flaveola), alimenta-se de pequenos invertebrados.
6-Bentevizinho-de-penacho-vermelho(Myiozetetes similis), alimenta-se de insetos.
7-Gaturamo(Sicalis luteola), alimenta-se de grãos.
8-Bico-chato-amarelo(Tolmomyias flaviventris), alimenta-se de insetos.
9-Canário-da-Terra(Sicalis flaveola), alimenta-se de grãos.
10-Jandaia-verdadeira(Aratinga jandaya),alimenta-se de frutos e sementes.
11-Vem-vem(Euphonia chlorotica), frugívora, atua como dispersora de sementes.


quarta-feira, 13 de junho de 2018

Bibrinha-da-Caatinga Lygodactylus klugei (Smith, Martin & Swain, 1977)

Bibrinha-da-Caatinga(Lygodactylus klugei) sobre folhas de "bromélia".
  Lagarto conhecido como Bibrinha-da-Caatinga,Bribinha-de-pau, Briba ou Calanguinho, entretanto seu nome científico é único, Lygodactylus klugei (Smith, Martin & Swain, 1977). Pertence a família Gekkonidae.
    É uma espécie relativamente pequena atingindo cerca de 5cm de comprimento total, de hábito diurna, arborícola e insetívora, alimentando-se de pequenos artrópodes. Ela está adaptada a viver sobre troncos de plantas,pois apresenta lamelas adesivas nos dedos e cauda, o que proporciona grande aderência no substrato lenhoso.
Bibrinha-da-Caatinga(Lygodactylus klugei) camuflada em tronco de árvore. 
    É brasileira e típica da Caatinga, mas também tem ocorrência confirmada no Cerrado(Goiás). Durante as minhas excursões tenho observado essa espécie geralmente bem camuflada sobre troncos de arbustos ou árvores, especialmente nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar.

Referência
LANNA, Flávia Mól. História Evolutiva dos lagartos anões(Lygodactylus,Gekkonidae) no continente Sul Americano. Dissertação-Mestrado-Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2017. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/23450/1/FlaviaMolLanna_DISSERT.pdf  Acesso em 09 de junho de 2018.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Garça-vaqueira Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) aquela que acompanha o gado

Garça-vaqueira(Bubulcus ibis) com plumagem nupcial.

   Ave conhecida popularmente como Garça-vaqueira, Garça-boiadeira, Garça-do-gado, Garça-carrapateira, Garça-companheira e Tratoreira, entretanto seu nome científico é único, Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758).
  Cada indivíduo adulto apresenta comprimento de aproximadamente 50cm e peso médio de 350 gramas. "Totalmente branca com o bico, íris e tarsos amarelos, dedos pardacentos; durante a reprodução, de vértice, peito e costas cor de ferrugem, bico e pernas fortemente avermelhadas. Imaturos de bico, tarsos e dedos anegrados, às vezes já se reproduzem nesta fase. Indivíduos subadultos com bico amarelo, tarsos e dedos pretos e solas dos pés amareladas(SICK, H.,1997)." Parece com a garça-branca-pequena(Egretta thula), podendo ser diferenciada desta por apresentar bico amarelo de formato mais cônico, pés bem escuros, pescoço relativamente mais grosso. Alimenta-se principalmente de pequenos artrópodes, como moscas, grilos, gafanhotos, aranhas, mas as vezes pode incluir também pequenas rãs em sua dieta.
Bando de Garça-vaqueira(Bubulcus ibis)
    É encontrada em área de campos secos, áreas de cultivo e criação de gado e também as margens de rios e lagos. Pode ser encontrada ao lado de outras espécies de garças geralmente na época de migrações. Com frequência é observada acompanhando a movimentação do gado que esteja pastando, o que facilita o encontro de suas presas. Pode ser vista em grandes bandos, formados até por milhares de indivíduos em dormitório por exemplo.  Tanto o pai como a mãe constroem o ninho sobre arbustos ou árvores as margens de porções de água, onde a "fêmea põe de 2 a 5 ovos que são incubados pelos pais num período de até 26 dias".
   Originária da África atravessou o Oceano Atlântico por volta do final do século 19 chegando as Américas, sendo hoje encontrada em todo continente americano. No Brasil foi registrada pela primeira vez em 1964 na Ilha do Marajó associada a população de búfalos, tendo sua reprodução confirmada no Brasil em 1965, imigrando da região Norte brasileira para as outras regiões do país, sendo hoje encontrada em todo território nacional(SICK, H.,1997).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do estado: Leste Potiguar, Agreste Potiguar,Central Potiguar e Oeste Potiguar.


Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Marimbondo-chapéu( Apoica sp.) a única vespa social ativa a noite

    Vespa da subfamília Polistinae que pertence ao gênero Apoica sendo conhecida popularmente como Marimbondo-chapéu, exatamente porque seu ninho parece um chapéu. 
   Essas vespas sociais são as únicas ativas durante a noite, daí a presença de olhos muito grande nas espécies do gênero Apoica. Elas ocorrem nas Américas do Sul e Central, com distribuição estendendo-se do México a Argentina, sendo que no Brasil ocorrem as 8 espécies do citado gênero.


Referências
Carpenter, J.M. &O.M. Marques. 2001. Contribuição ao estudo dos vespídeos do Brasil (Insecta, Hymenoptera, Vespoidea, Vespidae). Publicações Digitais 2: 1–147.

Francisco Virgínio, Tatiane Tagliatti Maciel e Bruno Corrêa Barbosa. Novas contribuições para o conhecimento de vespas sociais (Hymenoptera: Vespidae) para Estado do Rio Grande do Norte, Brasil

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Marreca-toicinho Anas bahamensis Linnaeus, 1758

    Ave conhecida popularmente como Marreca-toicinho, Paturi-do-mato ou Queixo-branco, entretanto seu nome científico é único, Anas bahamensis Linnaeus, 1758.
   Um indivíduo adulto dessa espécie apresenta comprimento total estimado em 40cm e peso médio de 400 gramas. O macho é maior que a fêmea, ele tem a mancha vermelha da base do bico(azulada) mais extensa e mais vívida, mas ambos tem os lados(inferiores) da cabeça  e garganta de cor branca e dorso marrom com manchinhas pretas. Alimenta-se principalmente de larvas de cracas(Balanus sp.), folhas e sementes, mas inclui também em sua dieta, vermes e larvas de insetos.
   Vive associada a áreas úmidas como lagos ou lagoas, rios, brejos e manguezais. Espécie de ampla distribuição geográfica,  ocorrendo no Caribe e grande parte América do Sul, sendo que no Brasil ela ocorre principalmente nas regiões  Nordeste, Sudeste e Sul. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie principalmente nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar.


Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.
LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.
LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 13 de maio de 2018

Cabeça-de-frade Melocactus ernestii Vaupel

    Planta que pertence a família Cactaceae(dos cactos), sendo conhecida popularmente como Cabeça-de-frade, enquanto que seu nome científico é Melocactus ernestii Vaupel.
   Essa espécie apresenta caule globoso ou subgloboso, cada aréola composta por 14 a 20 espinhos, onde o central é maior e flores róseas na parte central(cefálio) e fruto do tipo baga. Floresce quase o ano inteiro, sendo suas flores muito visitadas por borboletas e beija-flores.
  A Cabeça-de-frade(Melocactus ernestii) é nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo na Caatinga e Brejos de Altitude principalmente sobre afloramentos rochosos com altitude de até 1.100m. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie até o momento apenas em Monte das Gameleiras e Serra de São Bento.

Referências
Emerson Antonio Rocha e Maria de Fátima Agra. FLORA DO PICO DO JABRE, PARAÕBA, BRASIL: CACTACEAE JUSS. Acta bot. bras. 16(1): 15-21, 2002.
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 6 de maio de 2018

João-chique-chique Synallaxis hellmayri Reiser, 1905

   Ave conhecida popularmente como João-chique-chique, Tatac, Maria-macambira ou Sis-tré, entretanto seu nome científico é único, Synallaxis hellmayri Reiser, 1905. O individuo adulto dessa espécie atinge cerca de 19cm de comprimento, apresenta plumagem de cor predominantemente acinzentada, coberteiras da asa castanha, garganta com mancha negra e uma cauda longa.
    "O período reprodutivo inicia-se no mês de fevereiro e os ovos eclodem em meados de março e maio. Durante a corte, o macho oferece alimento à fêmea, e em seguida eles se acasalam.Os ovos são de cor esverdeada, suave e lustrosa. A postura consta de dois a três ovos que medem, em média, 23 mm x 17 mm e pesam 3.4g, sendo que a casca do ovo pesa 0,2538g o que equivale a 7,5 % do peso do ovo. Tanto o macho quanto a fêmea se alternava na incubação dos ovos e no aquecimento dos filhotes nos primeiros dias de vida. O ninho mede em média 700 mm, incluindo o tubo de entrada que mede 110 mm e a boca que mede 60 mm. O ninho é forrado interiormente com lã de cacto “chique-chique” onde os ovos são postos. Encontramos também ninhos que não eram forrados e os ovos eram postos diretamente sobre os gravetos(Lima et al,2008,p.34)."
   Alimenta-se de pequenos artrópodes como por exemplo, aranhas. Vive associada a vegetação herbácea e arbustiva fechada da Caatinga, não sendo fácil a sua observação. Ocorre apenas no Brasil, especificamente na região Nordeste do país e em Minas Gerais, sendo considerada uma espécie endêmica da Caatinga.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar, quase sempre em meio a vegetação arbustiva bem emaranhada.

Referências
Lima ,Pedro Cerqueira;Neto, Thyers Novaes de C. L. & Silva,Luiz Eduardo S. Primeiro registro documentado (Gyalophylax hellmayri Reiser, 1905) na pátria da da reprodução do João-chique-chique Anodorhynchus leari. Atualidades Ornitológicas Nº 144 - Julho/Agosto 2008.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 29 de abril de 2018

Pacotê Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng

   Planta conhecida popularmente como Pacotê, algodão-do-mato, árvore-algodão, árvore-de-botão-de-ouro,Botão-de-ouro e Ranúnculo, entretanto seu nome científico é único, Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng.
   Espécie nativa de porte arbustivo ou arbóreo que apresenta folhas com limbo contendo 5 lobos, elípticos ou obovados, margem inteira a serreada, estípulas e inflorescências em panículas. Sua flores amarelas são muito chamativas, atraindo polinizadores que se fartam com a grande quantidade de pólen, sendo as mesmas procuradas especialmente por abelhas nativas dos gêneros Xylocopa e Centris. A beleza de suas flores qualifica ela como ornamental e como espécie pioneira de crescimento rápido é indicada para projetos de reflorestamentos. Floresce geralmente de julho a janeiro e frutifica de novembro a março.
   Sua distribuição estende-se pelas América Central e do América do Sul, ocorrendo no Brasil nas seguintes regiões e respectivos estados: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima) e Sudeste (Minas Gerais). Sendo assim, tem ocorrência confirmada nos biomas da Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. 

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas : visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Rayane de Tasso Moreira Ribeiro e Maria Iracema Bezerra Loiola. Flora do Ceará, Brasil: Bixaceae.
Rodriguésia vol.68 no.4 Rio de Janeiro July/Sept. 2017. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602017000601313

domingo, 22 de abril de 2018

Choca-do-Nordeste Sakesphorus cristatus (Wied, 1831).

   
    Ave conhecida popularmente como Choca-do-Nordeste, porém seu nome científico é Sakesphorus cristatus (Wied, 1831).
   Um individuo adulto pode atingir 15cm de comprimento total e peso de aproximadamente 18g. Essa espécie apresenta dimorfismo sexual no qual o macho apresenta a plumagem dorsal parda,garganta,pescoço(anterior) e topete negros,este que na fêmea é ferrugínea, em ambos a parte ventral apresenta coloração esbranquiçada predominante.
   "O ninho dessa espécie tem a forma de um cesto fixado em uma forquilha, na vegetação arbustiva, tendo a entrada um diâmetro  de 60 mm x 50 mm, altura 50 mm e profundidade de 45 mm, forrado com líquen por fora.  A postura consta de dois ovos pesando em média 3,3 g, que são incubados pelos pais(Lima et al,2010)".
  A Choca-do-Nordeste(Sakesphorus cristatus) ocorre exclusivamente no Brasil, especificamente na região Nordeste e Minas Gerais, sendo considerada espécie endêmica da Caatinga. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar,sempre em meio a vegetação típica do bioma Caatinga.

Referências
Lima,Pedro Cerqueira; Rolf Grantsau; Rita de Cássia F. da Rocha Lima; Thyers N. de Cerqueira Lima Neto & Luiz E. Souza Silva. Ninhos de espécies ameaçadas, endêmicas e outras de comportamento reprodutivo pouco conhecido, na pátria da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) (Psittaciformes: Psittacidae), destacando-se novos dados sobre o comportamento reprodutivo do besourinho-de-cauda-larga (Phaethornis gounellei) (Apodiformes: Trochilidae) a descrição do ninho da choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) (Passeriformes: Thamnophilidae) e do jacucaca (Penelope jacucaca) (Galliformes: Cracidae). Atualidades Ornitológicas On-line Nº 153 - Janeiro/Fevereiro 2010 - www.ao.com.br

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves da pátria da Leari. 1.ed. - Salvador: AO, 2004

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 15 de abril de 2018

Pau-ferro Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & Barneby

  Planta conhecida popularmente como Pau-ferro ou Jaúna, entretanto seu nome científico é Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & Barneby. Pertence a família Fabaceae.  Espécie de porte arbustivo a arbóreo, podendo atingir até 6m de altura; suas folhas são compostas, paripenada e alternas; as flores dela são amarelas(corola) e seus frutos são do tipo legume que ao amadurecerem ficam amarronzados.
   O Pau-ferro(Chamaecrista ensiformis) é uma espécie nativa encontrada no Brasil principalmente nas restingas, mas também ocorre em outras formações vegetais como Cerrado, Floresta de Terra firme e Mata Ciliar. Sendo assim, ha registros dela nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado,Caatinga e Amazônia, com ocorrência confirmada nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: 
Norte (Amazonas, Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo).
   "O nome popular pau-ferro acredita-se que tenha origem pelo fato de que a sua madeira é muito dura, resistente como "ferro" ao corte, sendo assim procurada por madeireiros do interior do estado para confecção de estacas,sendo usada em cercas. É importante lembrar que o corte de árvores como esta é crime ambiental se não for feita com autorização do IBAMA".

Referência
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.