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domingo, 27 de janeiro de 2019

Quiriquiri Falco sparverius Linnaeus, 1758

   Ave conhecida popularmente como Quiriquiri, Gavião-quiriquiri, Falcão-quiriquiri,falcão-americano, Gavião-mirim e gavião-rapina, entretanto seu nome científico é único, Falco sparverius Linnaeus, 1758. Pertence a família Falconidae, da qual também faz parte por exemplo, o Carcará(Caracara plancus).
    Um indivíduo adulto apresenta comprimento total médio de 26cm e cerca de 100 gramas de peso. "Possui dimorfismo sexual, onde o macho tem uma coroa de cor cinza no alto da cabeça, o espelho das asas é na cor cinza e a cauda tem uma barra negra na parte terminal com cerca de 10 mm de largura. A plumagem da fêmea tem uma tonalidade ferruginosa e a cauda é riscada por diversas listas negras." É um grande predador de lagartos de maneira geral, mas também inclui em sua dieta grandes insetos como gafanhotos, e ocasionalmente pode predar pequenos mamíferos e aves.
   Utiliza diversos locais de reprodução como cavidades em árvores, cupinzeiros, buracos em barrancos, ninhos abandonados e até fendas em ambientes urbanos, onde põe  geralmente até 5 ovos que são incubados por cerca de 30 dias. Essa espécie mantem-se ativa durante todo o dia em regiões campestres e cerrados, ou seja preferindo ambiente abertos,como pastagens e margens de estradas, mas é incomum em áreas urbanas. 
   Ela apresenta ampla distribuição geográfica ocorrendo desde o Alasca e Norte do Canadá até à ponta Sul da América do Sul (Terra do Fogo), sendo encontrada em todas as regiões do Brasil. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie principalmente nas  mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar, entretanto já existe registros dela em todo território potiguar.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Cabacim-bravo Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini

   Planta conhecida popularmente como Cabacim-bravo, enquanto seu nome científico é Matelea ganglinosa (Vell.) Rapini.. Pertence a família Apocynaceae. Espécie trepadeira que pode atingir 3m de altura, floresce geralmente de junho a setembro e frutifica de junho a novembro.
   Cabacim-bravo(Matelea ganglinosa) é nativa e endêmica do Brasil, sendo encontrada nos biomas da Mata Atlântica e Caatinga, ocorrendo nas seguintes regiões do país e respectivos estados: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro).

Referência
Souza, Júnior , Jaerton Carvalho de. Apocynaceae Juss. Na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte,Brasil. Natal,2016. Dissertação(Mestrado). UFRN.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Mangue-branco Laguncularia racemosa (L.) C.F.Gaertn.


   Planta conhecida popularmente como Mangue-branco, Mangue-manso,Mangue-verdadeiro, Mangue-de-sapateiro e Tinteiro, entretanto seu nome científico é único, Laguncularia racemosa (L.) C.F.Gaertn.. Ela pertence a família Combretaceae, sendo a única espécie do gênero Laguncularia que ocorre no Brasil. 
   Mangue-branco(Laguncularia racemosa) é uma espécie nativa que apresenta porte arbustivo ou arbóreo(raramente ultrapassa 10m de altura) com raízes adventícias e pneumatóforos(raízes respiratórias que afloram do sedimento).
   Suas folhas arredondadas são opostas e possuem um pecíolo vermelho contendo nectários extraflorais(par de glândulas arredondadas) em sua base que também apresentam glândulas para exclusão do excesso do sal, proporcionando grande tolerância à salinidade. As suas inflorescências são do tipo espigas com flores branco-esverdeadas sésseis. Segundo a literatura as folhas e ou caules de Mangue-branco(Laguncularia racemosa) são usadas na medicina popular para confecção de chás e infusões contra a disenteria, febre e escorbuto.
    Ela geralmente ocorre na região da interface entre o manguezal e a terra firme, com distribuição no litoral meridional da Flórida, México, América Central e na América do Sul desde o litoral do Equador ao Brasil. Neste, ocorre nos biomas da Mata Atlântica e Amazônia associada aos ecossistemas de restinga e manguezal, sendo confirmada nas seguintes regiões e estados brasileiros respectivamente: Norte (Amapá e Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo) e Sul (Paraná e Santa Catarina). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie sempre no ecossistema de manguezal em toda costa potiguar, desde Baía Formosa até Grossos.

Referências

Organizadores Marcelo Antonio Amaro Pinheiro e Ana Carolina Biscalquini Talamoni. Educação Ambiental sobre Manguezais. São Vicente: Campus do Litoral Paulista – Instituto de Biociências, 2018.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1976.