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sábado, 23 de outubro de 2010

Alga vermelha Bryothamnion triquetrum(S.G.Gmelin) M. Howe

Foto: Enrique Peña
Foto: Ryan Fikes
"Alga de cor verde vermelho-vinácea,com ramos principais irregularmente ramificados,râmulos espinescentes curtos e dispostos em três fileiras longitudinais,dando a alga um aspecto triangular". Essa alga marinha pertence ao Filo(grupo) Rhodophyta(algas vermelhas). Bryothamnion triquetrum habita o litoral de calcário irregulares na direção do mar,em áreas protegidas e outras superfícies duras com até 5m de profundidade(Cabrera & Peña,PASI 2009). Apresenta uma ampla distribuição geográfica pelo o mundo,veja:Ilhas do Atlântico (Cabo Verde), América do Norte (Flórida, México), América Central (Costa Rica, Panamá), Ilhas do Caribe (Bahamas, Barbados, Cuba, Antilhas Hispaniola, Jamaica, Antilhas, Holanda, Porto Rico, Trinidad & Tobago , Ilhas Virgens), América do Sul (Brasil-inclusive em nosso litoral, Venezuela), África (Angola, São Tomé e Príncipe). Trabalhos realizados com alga da espécie Bryothamnion triquetrum (Gmelin) Howe, demonstraram que a mesma apresenta ação antioxidante, tendo sido eficiente no sequestro do radical DPPH, além de inibição da peroxidação lipídica, com uma atividade comparável ao ácido ascórbico e ao α-tocoferol. Outro estudo também mostrou que proteínas da classe das Lectinas(bs-lec, e bt-lec) que foram extraídas dessa espécie de Alga,apresentam atividade analgésica comprovada. Com a utilização de práticas possíveis de engenharia genética, estariam abertos os caminhos para o isolamento e clonagem dos genes que codificam para estas proteínas, e desta forma, estas drogas poderiam ser produzidas em grandes quantidades e a baixo custo. Novas formulações seriam preparadas e utilizadas como potentes analgésicos.
REFERÊNCIAS:
Soriano,Eliane Marinho&Carneiro,Marcella A. do A.&Soriano,Jean Paul. Manual de Identificação das Macroalgas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Norte.-NATAL,RN:EDUFERN-Editora da UFRN,2008. 
 
 
 

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Camboim Myrciaria tenella (DC.) O.Berg











Planta conhecida popularmente como Camboim,Cambuí de Cachorro,Cambuí de Restinga ou Cambuí da Praia. Mas os cientistas a denominaram Myrciaria tenella (DC.) O.Berg.
 Essa espécie pertence a família Myrtaceae,a mesma família da Goiaba e Araçás por exemplo. O nome Cambiom é uma "variação" de caá-mboy, a planta ou folha que se desprende. O Camboim é uma planta geralmente de porte arbustivo, de folhas pequenas,opostas,curto-pecíoladas,elíticas ou lanceoladas,glabras,crenuladas.














 Enquanto que as suas flores são alvas, dispostas em racemos(tipo de inflorescência). O seu fruto é uma pequena baga de cor roxa a avermelhada,doce, é comestível. Uma pesquisa inédita realizada pelas alunas do curso de Nutrição da FARN, Heleni Aires Clemente e Nataly Jacomeli revelou que esse fruto, possui maior concentração de carboidratos do que a acerola, a mangaba e o caju. As alunas verificaram que 100g da fruta suprem 5%, 0,2%, 0,6% das necessidades diárias de carboidratos, lipídios e proteínas, respectivamente, e 19 unidades (em média 114g) são suficientes para suprir uma porção de 70Kcal, das três recomendadas pela Pirâmide Alimentar Brasileira adaptada.
 










As amostras de camboim foram coletadas no município de Rio do Fogo (RN) e analisadas no Laboratório de Bromatologia da FARN, com orientação da professora Bruna Leal Lima Maciel. “O fruto é uma alternativa saudável e barata para os moradores da cidade, cuja alimentação a base de peixe é pobre em carboidratos. O consumo é feito in natura, sucos, geléias e chás”, explica Heleni. confesso que já comi muito in natura, e realmente é muito gostoso. A madeira do Camboim é utilizada como lenha,para se fazer carvão,estacas e moirões. Essa planta é típica da região litorânea do nordeste do Brasil até São Paulo, ocorrendo no ecossistema de tabuleiros.

REFERÊNCIAS:

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

Pesquisa de alunas de Nutrição tem destaque na mídia local. Disponível em: > http://www.farn.br/portal/noticias.php?pagina=8&id=727 < Acesso em: 22/10/2010.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Lagarto de folhiço(Coleodactylus natalensis Freire,1999; Fauna do RN.












   Animal conhecido popularmente como Lagarto de folhiço,que foi descrito pela Bióloga Eliza Maria Xavier Freire em 1999,através de pesquisas realizadas no Parque das dunas, e recebeu o nome científico de Coleodactylus natalensis Freire,1999. Ele pertence a família Sphaerodactylidae. Esse lagarto é endêmico de remanescentes de Mata Atlântica do Rio Grande do Norte,ou seja ele só foi encontrado aqui no estado,em nenhum outro "lugar" do mundo esse pequeno ''réptil'' é encontrado naturalmente. Nos resquícios de Mata Atlântica do RN,ele foi encontrado no Parque das dunas inicialmente e depois no Parque da cidade também em Natal,e no Parque Estadual da Mata da Pipa,em Tibau do Sul.
  Foi observado que o Coleodactylus natalensis põe apenas um ovo por ninhada,são diurnos e se alimentam de pequenos invertebrados de folhiço, especialmente isópodos, aranhas, grilos e colêmbolos. É considerado o menor lagarto da América do Sul, medindo até 24mm de comprimento da ponta do focinho à base da cauda. Encontra-se ameaçada de extinção, sendo a destruição dos hábitats a principal ameaça. O Lagarto de folhiço recebeu esse nome, porque realmente vive no folhiço de florestas,onde há pouca incidência solar,e prefere o folhiço de cor mista que coincide com sua cor,e a folha de tamanho médio, que o recobre,ficando assim bem camuflado,dificultando o ataque de predadores. A média de temperatura do substrasto onde C. natalensis foi encontrado ficou em 27,4 ºC. Levando-se em consideração que esta espécie não é heliotérmica e,por isso, a temperatura corpórea é mantida através do calor absorvido pelo contato com o substrato(VITT et al. 2008),pode haver uma temperatura ideal do substrato para espécies desse gênero. Constatada a utilização preferencial por habitats mais amenos do Parque das Dunas,tais como as matas alta e baixa,aliada à tendência à regressão destes,se faz necessária uma política para tentar amenizar a destruição das áreas de mata,evitando assim o risco de extinção dessa espécie.











  Essa política já deu os primeiros passos através do Programa Regional de Pós - graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – PRODEMA / UFRN, com a pesquisa intitulada "Participação social e espécie bandeira: instrumentos e estratégias complementares à conservação de um Parque Estadual em área urbana", no caso, o Parque Estadual das Dunas do Natal / RN. O estudo é realizado pela Jornalista, Tecnóloga Ambiental e mestranda do PRODEMA / UFRN, Daisy do Carmo Sousa, orientada pela profa. Dra. Eliza Maria Xavier Freire, Bióloga docente do Departamento de Botânica, Ecologia e Zoologia e do PRODEMA / UFRN. A pesquisa visa à interação entre Comunicação Social e Conservação Ambiental, priorizando a participação social como forma complementar no processo de conservação. Objetiva Avaliar a percepção ambiental e possível inserção da comunidade que mantém relação direta com o Parque Estadual das Dunas do Natal / RN no processo de conservação, utilizando uma espécie biológica como bandeira. Trabalha-se com a proposta de utilização da espécie endêmica do RN e principalmente descrita para o Parque, o lagartinho-de-folhiço, como bandeira. Espécies-bandeira são aquelas que por razões ecológicas ou sociais, são valiosas para entender, proteger e conservar ambientes naturais.’’ A idéia é chamar a atenção da sociedade, para a importância de preservar a biodiverdade local e do Parque da dunas, sendo esse, o ''principal'' ambiente onde o Lagarto de folhiço ocorre hoje.
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino: Animalia; Filo: Chordata; Classe: Repitilia; Ordem: Squamata; Família: Sphaerodactylidae; Gênero: Coleodactylus; Espécie: Coleodactylus natalensis Freire,1999.

REFERÊNCIAS:
CAPRISTANO, Mariana Tomaz &FREIRE,Eliza Maria Xavier. Utilização de hábitats por Coleodactylus natalensis Freire, 1999 (Squamata; Sphaerodactylidae) no Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte. PublICa IV (2008) 48 – 56. Pg:6-7. 

Relação Preliminar da Fauna do Parque Estadual Dunas de Natal
“ Jornalista Luiz Maria Alves”. Disponível em: http://www.parquedasdunas.rn.gov.br/fauna.asp Acesso em: 18/10/2010.
Disponível em:http://www.natal.rn.gov.br/parquedacidade/paginas/ctd-533.html Acesso em: 18/10/2010.
Disponível em: http://www.meioambiente.ufrn.br/blogdadma/?paged=2 http://paradaecologica.blogspot.com/ Acesso em: 18/10/2010.
Disponível em: http://agenciauniverso.blogspot.com/2010/03/um-biologo-descobre-lagarto-em-mata-de.htmAcesso em: 18/10/2010.
Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Coleodactylus_natalensis Acesso em: 18/10/2010.
Fotos de divulgação: bio-m.blogspot.com ; tribunadonorte.com.br

domingo, 17 de outubro de 2010

Barbeiro(Triatoma brasiliensis Neiva,1911.); Fauna do RN

Autor da foto: Rodrigo Mexas.
   Inseto conhecido popularmente como Barbeiro e cientificamente como Triatoma brasiliensis, essa espécie foi descrita, em 1911,por Neiva que examinou espécimes provenientes de Caicó, Rio Grande do Norte. Triatoma brasiliensis mede de 22 a 25mm de comprimento. Sua cor varia de quase preto, com manchas amareladas. Essa espécie é encontrada na região nordeste do Brasil e também em Minas Gerais. No ambiente silvestre, o Triatomínio vive nas rochas e se alimenta do sangue de roedores. O ciclo de vida de ovo a adulto leva em média 120 dias e os adultos podem viver cerca de um ano. O Triatomínio, em qualquer estágio depois da eclosão do ovo, se alimenta de sangue. Por isso, tem um rostro do tipo picador-sugador, que fica em repouso dobrado em baixo da cabeça quando não estar se alimentando. Como nas outras espécies do gênero Triatoma, a fêmea tem a extremidade do abdômen aguda, enquanto o macho a tem redonda. Já estar provado que muitas espécies de barbeiros são parasitados por um protozoário denominado inicialmente como Schizotrypanum cruzi e posteriormente de Trypanosoma cruzi, que é causador de uma doença denominada esquizatripanose, que por ser descoberta pelo Dr Carlos Chagas, ficou conhecida como Doença de Chagas. T. brasiliensis, que era considerada de importância secundária no que diz respeito à capacidade vetorial e às medidas de controle, tornou-se, atualmente, uma das prioridades dos órgãos executivos do Ministério da Saúde, por ser considerada o principal vetor da doença de Chagas nas zonas semi-
áridas do Nordeste do Brasil. O grande motivo dela ser considerada o principal vetor da região, é devido a sua capacidade de infestar o peridomicílio(galinheiro, curral, etc) e colonizar o interior das casas geralmente de barro. A transmissão do protozoário não se dá através da picada do percevejo, mas através de suas fezes.



REFERÊNCIAS:

Crédito da foto: Rodrigo Mexas. Disponível em: http://www.ioc.fiocruz.br/ce/index_arquivos/image154.jpg Acesso em: 06 de julho de 2015.

JURBERG,JOSÉ...[ et al.]. Uma Iconografia dos Triatomíneos.-Rio de Janeiro: Co-edição IRD Editions e Editora Gama Filho,2005. pgs:7-8;16.

SANTOS,EURICO. Os Insetos(Vida e Costumes) tomo 1.-Belo Horizonte. Itatiaia,1982. pg:135.

Jane Costa. Distribuição e caracterização de diferentes populações de Triatoma brasiliensis Neiva, 1911 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae). Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(Sup. 2):93-95, 2000.

sábado, 16 de outubro de 2010

Jatobá( Hymenaea Courbaril L.); Flora do RN.



Planta conhecida popularmente como Jatobá,Jataí ,Jutaí e cientificamente como Hymenaea Courbaril L. . O Jatobá pertence a família Caesalpiniaceae, a mesma a que pertence o Pau brasil,Jatobá roxo e Mororó. Essa árvore atinge mais de 10m de altura e até 2m de diâmetro e apresenta folhas compostas,flores esbranquiçadas ou avermelhadas,bastante grandes,em pequenas panículas terminais,que florescem durante os meses de setembro a dezembro.


Seu fruto é uma "vagem",castanho-avermelhada,que apresenta de 3-6 sementes,cobertas de polpa amarelo-pálida,adocicada.


 



  








Essa polpa farinácea e adocicada,serve de alimento as pessoas na época de penúria. Madeira de cerne avermelhado ou castanho escuro,dura,pesada,resitente,difícil de ser trabalhada,boa para moirões,linhas,esteios,portas,estacas,implementos agrícolas,estrutura de embarcações,lenha etc. 
O tronco,galhos e raízes exsudam resina transparente,amarelo-pálida ou avermelhada,tida com excelente peitoral,hemostática e útil nas afcções urinárias. A casca tem as seguintes propriedades medicinais: tônica,estomacal,adstringente,balsâmica,vermífuga e ainda ação hemostática. H. Courbaril é muito utilizada em programas de reflorestamento e na arborização de parques e grandes jardins. Apresenta a seguinte distribuição geográfica: Antilhas,América Central e América do Sul. ocorre nos seguintes estados brasileiros:Alagoas,Amazonas,Bahia,Ceará,Goias,Maranhão,Mato Grosso,Minas Gerais,Pará,Paraíba,Pernambuco,Piaui,Sergipe,Tocantins e Rio Grande do Norte(registros no Parque das dunas-Natal e no município de Martins,Luís Gomes). Habita em ambientes que apresentam os seguintes tipos de vegetação: Caatinga,Caatinga arborea,Cerrado e Mata de altitude.

REFERÊNCIAS:

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.pg.300-301.


LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DO PARQUE ESTADUAL DAS DUNAS DE NATAL  Disponível em: > http://www.parquedasdunas.rn.gov.br/flora.asp < Acesso em: 16/10/2010.


Disponível em:http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=7297  Acesso em: 16/10/2010.

sábado, 9 de outubro de 2010

Fungo Staheliomyces cinctus E. Fischer. ; Fungos do RN














O ser vivo da foto é conhecido popularmente como Fungo. Os fungos são organismos unicelulares(leveduras) ou pluricelulares(bolores e cogumelos), desprovidos de clorofila,são portanto heterótrofos. Eles são importantes na reciclagem da matéria orgânica vegetal. Esse fungo recebeu o nome científico de Staheliomyces cinctus. 
Ele pertence a ordem(grupo taxinômico) Phallales,composta por 330 espécies(Kirk et al. 2001),elas possuem interessantes estratégias na dispersão dos esporos,utilizando, na maioria das vezes,insetos como agentes polinizadores(Oliveira & Morato2000; Shaw & Roberts 2002). Staheliomyces cinctus ocorre apenas nas regiões neotropicais. Ela foi registrada apenas no Suriname,Guiana,Bolívia,Costa Rica,Equador,Panamá,Peru e no Brasil (Dennis1970; Calonge et al. 2005b).
Essa espécie lembra um Phallus,mas difere pela presença de uma forte constrição na porção superior média do pseudoestipe,recordando um cinto,onde a gleba é encontrada e tem odor agradável. No Rio Grande do Norte essa espécie foi registrada no Parque das Dunas,mas eu a fotografei também numa mata na APA Piquiri-Una,no município de Espírito Santo. Como pode-se observar na primeira foto,ele estava caído sobre a serrapilheira e no seu interior havia muitas formigas.
 Palavras chave: Fungos no RN; Phallales no RN;Staheliomyces cinctus no RN; 

REFERÊNCIAS:
LEITE, Anileide Gomes; SILVA, Bianca Denise Barbosa; ARAUJO, Ricardo Souza and BASEIA, Iuri Goulart. Espécies raras de Phallales (Agaricomycetidae, Basidiomycetes) no Nordeste do Brasil. Acta Bot. Bras. [online]. 2007, vol.21, n.1, pp. 119-124. ISSN 0102-3306. doi: 10.1590/S0102-33062007000100011.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pintor Verdadeiro(Tangara fastuosa Lesson, 1831); Registro histórico

Foto: João Quental.
Ave conhecida popularmente como Pintor Verdadeiro,Saíra Pintor,Saíra sete cores ou Pintor e cientificamente como Tangara fastuosa Lesson, 1831. Podemos observar que todos os seus nomes populares fazem referência a sua coloração e não é para menos, a plumagem dessa espécie mais parece uma pintura,é composta por sete cores,observe nas fotos: verde metálico, preto, amarelo ouro, laranja, azul marinho, azul celeste e azul royal. Infelizmente devido a beleza de suas cores,muitas pessoas capturam,vendem e criam ilegalmente essa ave,que é considerada em via de extinção por causa disso e também por ter uma área restrita de dispersão, sendo endêmica da região nordeste do Brasil,vivendo nos resquícios de Mata Atlântica dos seguintes estados: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Há dimorfismo sexual colocando-se as aves sob a luz do sol, e olhando-se atentamente de cima nota-se a tonalidade azul-clara metálica da cabeça do macho,diferente da fêmea que possui tonalidade verde amarelada-metálica. Outro aspecto a ser observado é que quase sempre os machos possuem cabeça maior que a das fêmeas. 
Foto: Sandro Henrique
A alimentação básica na natureza consiste de frutos,bagas,insetos,brotos e pequenos vermes. Se reproduzem geralmente de setembro a dezembro. O ninho dessa espécie é em forma de taça,onde ele põem de 2 a 3 ovos,tendo duas ou três ninhada por temporada. estes ninhos geralmente são construídos dentro de bromélias epífitas em árvores relativamente altas. Os filhotes e imaturos apresentam plumagem de coloração verde oliva uniforme. é uma ave agressiva e territorialista. O Pintor Verdadeiro é uma ave da ordem Passeriforme,da família Emberizidae e subfamília Thraupinae,a qual faz parte também o Azulão,Sanhaçu,Sanhaço de Coqueiro e o Vem Vem. 
Ave considerada extinta no RN!

REFERÊNCIAS:

Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.
Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande doNorte-IDEMA. 
Ornitologia Brasileira. Volume Único, Editora Nova Fronteira.

sábado, 2 de outubro de 2010

Salamanta(Epicrates cenchria Linnaeus, 1758); Fauna do RN.

Epicrates cenchria Linnaeus, 1758. (Photo-Jairo Maldonado Alonso Quevedo). 
    Serpente Conhecida popularmente como Salamanta,Cobra-de-viado,limpa-mato,Jibóia-vermelha ou Cobra Arcoíris. Mas para a ciência ela têm apenas um nome, é a espécie Epicrates cenchria. Temida pela população do interior como uma serpente das mais peçonhentas,mas na verdade ela não é peçonhenta,sua dentição é do tipo áglifa(não têm dentes inoculadores de veneno), matando suas presas por constrição,assim como a Sucuri e a Jibóia, sendo as três da mesma família,Boidae. 

   Alimenta-se de pequenos mamíferos,aves e lagartos. É uma serpente terrestre,de hábitos tanto diurno como noturno e pode atingir cerca de 1,2m de comprimento quando adultas. É vivípara, nascendo de 6 a 20 filhotes,com acasalamento entre maio e julho(VANZOLINI et al.,1980), os nascimentos acontecem de dezembro a abril(FREITAS,2003). A Salamanta é endêmica da região neotropical,ocorrendo nas porções continentais das Américas Cental e do Sul. Encontra-se em todos os habitats do Brasil,desde Campos,Florestas,Cerrado e Caatinga. 

   Segundo a literatura essa espécie ocorre no estado do Rio Grande do Norte. Uma de suas características é apresentar a pele com iridescência, que não é causado por pigmentação, mas pelas propriedades físicas da luz, que quando incide sobre as escamas se decompõe em vários espectros e cada comprimento de onda produz uma cor diferente, produzindo este efeito. Veja vídeo no you tube de uma Salamanta atacando um rato: http://www.youtube.com/watch?v=CnY4_Qa6_xw .


REFERÊNCIAS:
Cobra Salamanta - Epicrates cenchria crassus. Disponível em: http://www.biologados.com.br/especiais/instituto_butantan_turismo/cobra_salamanta_nome_cientifico_epicrates_cenchria_crassus_boidae_fotos.htm. Acesso em: 02/10/2010.

Costa, Thaís Barreto Guedes da. Estrutura da comunidade de Serpentes de uma área de Caatinga do
Nordeste brasileiro. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Natal, RN, 2006.

Crédito da foto: Jairo Maldonado Alonso Quevedo. Disponível em: http://reptile-database.reptarium.cz/species?genus=Epicrates&species=cenchria Acesso em: 06 de julho de 2015. 

Estudo de impacto ambiental-EIA Ferrovia Transnordestina. Tomo III Diagnóstico ambiental-Meio Biótico. Herpetofauna. Disponível em: http://licenciamento.ibama.gov.br/Processo%20PNMA/EIA's%20CGTMO/COTRA/EIA_TRANSNE_MVT_LP_LI/EIA_TOMO_III_MEIO_BIOTICO.pdf Acesso em: 02/10/2010.
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.
Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.

Morcego Vampiro(Desmodus rotundus E. Geoffroy 1810); Fauna do RN.

Foto: Samuel Eurich Betkowski
  Esse morcego é conhecido popularmente como Morcego Vampiro e cientificamente como Desmodus rotundus. Das 1200 espécies de morcegos registradas até o momento no mundo,apenas 3 são hematófagas(se alimentam de sangue), e são neotropicais. A espécie acima é uma delas,preferindo o sangue de mamíferos de grande porte como cavalos,bovinos e suínos. as demais espécies(1197) são classificadas quanto ao habito alimentar em:onívoros,carnívoros,piscívoros,polinívoros,nectarívoros,frugívoros,que desempenham importante papel na dispersão de sementes e ainda os "insetívoros'' que são importantíssimos controladores de insetos. 
   Desmodus rotundus é a espécie mais comum e abundante de morcego. Ocorre desde o norte do México até o norte da Argentina e no Brasil de norte a sul do país,há registros dessa espécie no Rio Grande do Norte. A raiva é comum nos morcegos vampiro,mas segundo CONSTANTINE(1970) a transmissão dessa doença ao homem raramente ocorre. Como são transmissores da raiva nos herbívoros,esta espécie pode trazer prejuízos para a pecuária da América latina. O Morcego Vampiro habita em áreas florestas com também em regiões desérticas,abrigando-se em ocos de árvores,cavernas,bueiros,mias abandonadas e construções civis.
   Têm cerca de 35cm de envergadura(distância entre as pontas das asas abertas) e pesa entre 25 e 40g. Habitualmente as colônias são pequenas e contêm de 10 a 50 indivíduos,mas há relatos de colônias com até 300 indivíduos. Eles caçam e forrageiam em grupo. Parece que são mais ativos no intervalo entre 19 e 23 horas. Estudos revelam a existência de dimorfismo sexual. 
  Essa espécie pode acasalar durante todo ano,não tendo um período definido de acasalamento. a gestação dura em média 7 meses,com o nascimento de um filhote por vez,ocasionalmente podendo ocorrer gêmeos. O filhote tornar-se independente dos cuidados da mãe aos 5 meses. Desmodus rotundus não estar ameaçado de extinção.

REFERÊNCIAS:

Jocy Brandão CRUZ, Diego de Medeiros BENTO, Darcy José dos SANTOS, José Iatagan Mendes de FREITAS, Uilson Paulo CAMPOS. COMPLEXO ESPELEOLÓGICO DA FURNA FEIA (RN): UMA PROPOSTA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. ANAIS do XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia. Montes Claros MG, 09-12 de julho de 2009 - Sociedade Brasileira de Espeleologia. Pg:5. 

Nelio Roberto dos Reis. Morcegos do Brasil. Londrina, 2007. pg:21-24 e 40-42.