Planta conhecida popularmente como Jurema-branca, Jurema-malícia-da-serra, Jurema,Calumbi, Cassaco, Carcará, Unha-de-gato, Toca-d’onça, entretanto seu nome científico é único, Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. Pertence a família Fabaceae, da qual também fazem parte por exemplo, o Pau-brasil, o Angico e o Mororó.
A Jurema-branca(Piptadenia stipulacea) apresenta porte arbustivo podendo atingir em média 4m de altura. "Suas folhas são bipinadas com 6 a 11 pares de pinas e 27
a 30 pares de folíolos. As flores estão reunidas em espigas isoladas, de cor alva, na extremidade dos ramos, onde se encontram
até três espigas por axila de folha. O fruto é uma vagem de cor
castanho pálida, com superfície ondulada nas áreas onde ficam
as sementes. Contém de 2 a 12 sementes pequenas, ovais, de
cor marrom. A madeira é de cor clara(p. 78, Costa,2002)". A floração acontece principalmente durante o período chuvoso, enquanto que os frutos se desenvolvem geralmente de abril a agosto.
A Jurema-branca(P. stipulacea) naturalmente apresenta diversos usos, tais como: sua folhagem é apreciada pelos animais como os caprinos, suas flores fornecem néctar e pólen para as abelhas e outras espécies que as visitam, enquanto que sua madeira é usada na construção civil, em marcenaria, para produção de estacas,vara, como lenha e carvão(por ser espécie nativa deve-se ter autorização ambiental para uso). Segundo a literatura na medicina popular é usada no tratamento de queimaduras e problemas de pele. Além disso ela apresenta substâncias com propriedades antimicrobiana, antitérmica, analgésica, regeneradora de células e adstringente peitoral (Maia, 2004). Essa espécie também é indicada para recuperar solos sendo usada na restauração florestal ou nos sistemas agroflorestais, ajudando a combater a erosão, sendo recomendada durante a recomposição florestal mista de áreas degradadas (Costa,2002; Maia, 2004).
P. stipulacea é nativa e endêmica do Brasil sendo encontrada no bioma Caatinga com ocorrências confirmadas apenas na região Nordeste(Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Oeste Potiguar e principalmente na Central Potiguar.
Referências
Costa, Jorge Antonio Silva. Leguminosas forrageiras da caatinga: espécies importantes para as comunidades rurais do sertão da Bahia... [et al.]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana, SASOP, 2002. Iran da Costa Leite Neto; Anderson dos Santos Ramos; Helena Rayssa Nunes Batista; Gilbevan Ramos de Almeida¹; Sergio de Faria Lopes. Potencial terapêutico de espécies arbustivas-arbóreas de um fragmento de caatinga na Paraíba. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/conidis/trabalhos/TRABALHO_EV064_MD1_SA10_ID554_22102016002431.pdf Acesso em 29 de set. 2019
MAIA, N. G. Caatinga:árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z. Computação Gráfica e Editora, 2004. 413 p.
Piptadenia stipulacea (Benth.) Ducke. Banco de dados de plantas do Nordeste. Disponível em: http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=4033 Acesso em 29 de set. 2019.
Piptadenia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB83593>. Acesso em: 29 Set. 2019.
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