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domingo, 9 de junho de 2019

Garrinchão-de-bico-grande Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) a ave que encanta com sua variedade de sons

Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) em perfil
  Ave conhecida popularmente como Garrinchão-de-bico-grande,garrincha-açu, rouxinol, cambaxirra-grande, corruíra-açu, corruiraçu, corruiruçu e papa-taoca, entretanto seu nome científico é único,  Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819). Pertence a família Troglodytidae, da qual também fazem parte por exemplo, o rouxinol(Troglodytes musculus) e o uirapuru-verdadeiro.
   O Garrinchão-de-bico-grande(C. longirostris) como o nome indica apresenta bico bem longo com cerca de 2,5cm, enquanto que o comprimento total da ave é de aproximadamente 19 cm e seu peso pode variar de 18 a 22 gramas. Sua coloração é "ferrugem", sendo o dorso mais escuro que o ventre, porém as suas asas e cauda tem  barras escuras. 
  De hábito alimentar insetívoro, o Garrinchão-de-bico-grande(C. longirostris) alimenta-se principalmente de insetos, mas também inclui outros pequenos artrópodes em sua dieta, encontrando-os na folhagem, galhos e na serrapilheira. Geralmente é observado se movimentando bastante na vegetação de porte pequeno a médio na borda e sub-bosque de mata secundária, em florestas como a Mata Atlântica(restinga e manguezal) e Caatinga. Essa espécie é  famosa pela diversidade de manifestações sonoras que emite, apresentando variações tanto do canto como do chamado.
   Seu ninho é construído com fibras vegetais, sendo simples com formato de bola. geralmente são feitos em locais de acesso difícil como em espécies de urtiga ou cactos, além disso próximo a ninhos de marimbondos. Põe geralmente de 2 a 3 ovos(LIMA et al., 2010). 
  Espécie residente e endêmica do Brasil, tendo ocorrência confirmada do Piauí a Santa Catarina.  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do território potiguar( Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA,Pedro C.; Rolf Grantsau; Rocha Lima ,Rita de C. F. da; Neto, Thyers N. de C. Lima & Silva, Luiz E. Souza. Ninhos de espécies ameaçadas, endêmicas e outras de comportamento reprodutivo pouco conhecido, na pátria da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) (Psittaciformes: Psittacidae), destacando-se novos dados sobre o comportamento reprodutivo do besourinho-de-cauda-larga (Phaethornis gounellei) (Apodiformes: Trochilidae) a descrição do ninho da choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) (Passeriformes: Thamnophilidae) e do jacucaca (Penelope jacucaca) (Galliformes: Cracidae). Atualidades Ornitológicas On-line Nº 153 - Janeiro/Fevereiro 2010.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

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