Ave conhecida popularmente como Fura-barreira,
rapazinho dos velhos, macuru, apara-bala, bico-latão e joão-bobo, recebendo
esse nome devido ao fato de confiar em sua camuflagem em meio à vegetação
ficando parado ao ponto de passarmos próximo dele e às vezes não expressar nenhuma
reação (por exemplo, voar). Entretanto para a ciência ele tem apenas um nome, Nystalus maculatus, sendo essa espécie
da família Bucconidae, da qual fazem
parte aves que escavam túneis em barrancos, no solo ou em cupinzeiros
arborícolas.
Possui cabeça grande em relação ao seu
tamanho, bico longo parcialmente vermelho, uma mancha amarela abaixo da cabeça,
que forma uma colar em torno do corpo nessa região. Na altura do peito e
barriga apresenta manchas escuras, uma das características que o diferencia do
João bobo (Nystalus chacuru). Indivíduos adultos atingem 22 cm de comprimento e
pesam aproximadamente 44g. Fazendo uso mais uma vez da sua camuflagem, ficando
em repouso empoleirado, ele espera suas presas e ao perceber a sua presença e
aproximação, voa em sua direção conseguindo capturar insetos em voo, em seguida
volta para onde estava pousado terminando sua “refeição”.
Alimenta-se
também de escorpiões, aranhas, pequenos vertebrados como anfíbios e pequenas
frutas. Seu nome vulgar Fura-barreira é porque ele cava um túnel (com até 1m de comprimento) geralmente em barrancos que termina numa
câmara onde põe de 2 a 3 ovos. O Macho e a fêmea revezam para cuidar do
ninho, dos ovos e dos filhotes. A entrada dos ninhos é
camuflada pela vegetação ao redor e pelo hábito de espalharem a terra vinda da
escavação. O período reprodutivo é marcado pelas vocalizações (cantos) em dueto
principalmente nos meses de setembro a dezembro.
Vive
no bioma Caatinga, Cerrados, nos Campos, em matas baixas e secas. “Quando se
fazem ver é porque estão pousados em fios
ou galhos que se destacam das plantas." Ao sentir-se ameaçado(assustado) movimenta a
cauda lateralmente e com movimentos circulares. Tem também o hábito de fingir-se
de morto após captura e em seguida após distração do coletor(pesquisador) foge rapidamente.
É considerada uma espécie relativamente abundante(pouco
preocupante),apresentando ampla distribuição geográfica, tendo registro de sua
ocorrência nas regiões Nordeste,Centro-Oeste e Norte(norte do Amazonas,Ilha de
Marajó) do Brasil, como também na Argentina, Bolívia e Paraguai.
Em minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, visualizei a espécie Nystalus maculatus em territórios dos municípios de São Rafael e Jucurutu, mas sei que é facilmente encontrado na região do Seridó do estado.
BIBLIOGRAFIA
Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do
Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio
Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal:
EDUFRN, 1997
Neto, Miguel Rocha. Guia ilustrado: fauna da escola das
dunas de Pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos, 2001.
Rapazinho-dos-velhos. Disponível em:http://www.natal.rn.gov.br/parquedacidade/paginas/ctd-553.html Acesso em: 07/07/2013.
Rapazinho-do- velhos. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/rapazinho-dos-velhos Acesso em: 07/07/2013.
otimo texto.
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