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domingo, 7 de julho de 2013

Fura-barreira Nystalus maculatus; Fauna do RN.

         Ave conhecida popularmente como Fura-barreira, rapazinho dos velhos, macuru, apara-bala, bico-latão e joão-bobo, recebendo esse nome devido ao fato de confiar em sua camuflagem em meio à vegetação ficando parado ao ponto de passarmos próximo dele e às vezes não expressar nenhuma reação (por exemplo, voar). Entretanto para a ciência ele tem apenas um nome, Nystalus maculatus, sendo essa espécie da família Bucconidae, da qual fazem parte aves que escavam túneis em barrancos, no solo ou em cupinzeiros arborícolas.           
       Possui cabeça grande em relação ao seu tamanho, bico longo parcialmente vermelho, uma mancha amarela abaixo da cabeça, que forma uma colar em torno do corpo nessa região. Na altura do peito e barriga apresenta manchas escuras, uma das características que o diferencia do João bobo (Nystalus chacuru). Indivíduos adultos atingem 22 cm de comprimento e pesam aproximadamente 44g. Fazendo uso mais uma vez da sua camuflagem, ficando em repouso empoleirado, ele espera suas presas e ao perceber a sua presença e aproximação, voa em sua direção conseguindo capturar insetos em voo, em seguida volta para onde estava pousado terminando sua “refeição”.
       Alimenta-se também de escorpiões, aranhas, pequenos vertebrados como anfíbios e pequenas frutas. Seu nome vulgar Fura-barreira é porque ele cava  um túnel (com até 1m de comprimento)  geralmente em barrancos que termina numa câmara onde põe de 2 a 3 ovos.  O Macho e a fêmea revezam para cuidar do ninho, dos ovos e dos filhotes. A entrada dos ninhos é camuflada pela vegetação ao redor e pelo hábito de espalharem a terra vinda da escavação. O período reprodutivo é marcado pelas vocalizações (cantos) em dueto principalmente nos meses de setembro a dezembro.
           Vive no bioma Caatinga, Cerrados, nos Campos, em matas baixas e secas. “Quando se fazem ver é porque estão pousados  em fios ou galhos que se destacam das plantas." Ao sentir-se ameaçado(assustado) movimenta a cauda lateralmente e com movimentos circulares. Tem também o hábito de fingir-se de morto após captura e em seguida após distração do coletor(pesquisador) foge rapidamente.
    É considerada uma espécie relativamente abundante(pouco preocupante),apresentando ampla distribuição geográfica, tendo registro de sua ocorrência nas regiões Nordeste,Centro-Oeste e Norte(norte do Amazonas,Ilha de Marajó) do Brasil, como também na Argentina, Bolívia e Paraguai. 
Em minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, visualizei  a espécie Nystalus maculatus em territórios dos municípios de São Rafael e Jucurutu, mas sei que é facilmente encontrado na região do Seridó do estado.


BIBLIOGRAFIA
Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997
Neto, Miguel Rocha. Guia ilustrado: fauna da escola das dunas de Pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos, 2001.
Rapazinho-dos-velhos.  Disponível em:http://www.natal.rn.gov.br/parquedacidade/paginas/ctd-553.html Acesso em: 07/07/2013.
Rapazinho-do- velhos. Disponível em: http://www.wikiaves.com.br/rapazinho-dos-velhos Acesso em: 07/07/2013.

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