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segunda-feira, 27 de março de 2017

Canário-da-terra-verdadeiro Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766)

    

   Ave conhecida popularmente como Canário-da-terra-verdadeiro, Canário-do-campo, Canário-do-chão (Bahia), Canário-da-horta, Canário-da-telha (Santa Catarina), Chapinha (Minas Gerais), Coroinha e Cabeça-de-fogo. Entretanto seu nome científico Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766). Um indivíduo adulto da espécie atinge cerca de 13,5cm de comprimento e peso de aproximadamente 20 gramas. A plumagem do macho é amarelo-olivácea com estrias enegrecidas no dorso,as asas e cauda é de cor cinza-oliva e as pernas são rosadas, enquanto a fêmea tem o dorso de cor olivácea e a parte ventral com muitas estrias pardas. 
   Alimenta-se principalmente de grãos(sementes), mas pode  também incluir insetos em sua dieta em alguma ocasião. 
   Durante o período reprodutivo de agosto a novembro pode nidificar em uma variedade imensa de cavidades, como: ocos de árvores, entre plantas epífitas, em espaços abaixo de telhas, caixas de madeira, tubos de PVC, cavidades em bambus, caveiras de boi(cultura do interior), no qual o formato do ninho lembra uma pequena cesta, onde a fêmea põe de dois a cinco ovos esverdeados com várias pintas na cor marrom, sendo estes chocados por aproximadamente 15 dias. Comumente utiliza ninhos abandonados de outras aves, especialmente espécies do gênero Furnarius, mas também pode ser visto competindo com espécies do gênero Machetornis e Passer.
  Habita ambientes abertos, como campos, cerrado, caatinga, bordas de florestas, pastagens, plantações e gramados, sendo observado frequentemente em grupos fora do período reprodutivo,enquanto neste é visto geralmente aos casais ocupando um território. 
   Ave de canto belíssimo, sendo esse dos principais motivos da captura ilegal dessa espécie para criação em gaiolas, como também é muito procurada para rinhas de briga de canários, atividade criminosa e maléfica para os animais, sendo essas provavelmente as principais causas de desaparecimento dessa espécie em algumas regiões onde era comum. 
   Atualmente é encontrado em todas as regiões do Brasil, sendo encontrada em outros países, como: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Trinida e Tobago, Uruguai e Venezuela. Além disso foi introduzida em Cuba, na Jamaica e Estados Unidos.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie apenas nas Mesorregiões Leste Potiguar e Central Potiguar, sendo minhas ultimas observações in loco, no município de Natal.

Referências

BirdLife International. 2016. Sicalis flaveola. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T22723346A94813025. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22723346A94813025.en. Downloaded on 26 March 2017.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 19 de março de 2017

Marmeleiro-da-caatinga Croton cf. blanchetianus Baill.

   Planta conhecida popularmente como Marmeleiro ou Marmeleiro-da-Caatinga, entretanto seu nome científico é Croton blanchetianus Baill.
   Espécie de porte arbustivo a arbóreo, mas comumente visto com cerca de 2,5m de altura em solos arenosos ou pedregosos da Caatinga, podendo ser vista ocupando grandes áreas desmatadas de maneira homogênea. "Suas folhas são discolor, face adaxial verde, abaxial verde claro, membranácea; Casca acinzentada, flor branca e frutos verdes".
   Segundo FRANCO & BARROS, 2006 vem sendo usada na medicina popular pra combater o inchaço via oral e também a dor de estômago, vômitos, hemorragia uterina e diarréia (MATOS, 1999). 
  Além de ser uma espécie nativa, ela é endêmica do Brasil ocorrendo nas regiões do Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste (Minas Gerais) do país.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as "regiões" onde se encontra o Domínio das Caatingas,especialmente nas Mesorregiões Central Potiguar e Agreste Potiguar.

Referências
Croton in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB25478. Acesso em: 19 Mar. 2017

FRANCO, E. A. P.; BARROS, F. R. M. Uso e diversidade de plantas medicinais no Quilombo Olho D’água dos Pires, Esperantina, Piauí. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 8:: 78-88. 2006.

MATOS, F.J. A. Plantas da medicina popular do Nordeste: propriedades atribuídas e confirmadas. Fortaleza: Ed.UFC. 1999.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Borboleta Hemiargus hanno (Stoll, 1790)

  Borboleta da família Lycaenidae, uma das maiores famílias de lepidoptera do mundo, estimando-se em torno de 6.500 espécies para ela, sendo uma destas a da foto, Hemiargus hanno (Stoll, 1790). Essa borboleta ocorre em ambientes abertos, áreas antropizadas, bordas de florestas e de estradas,geralmente é observada visitando as flores da vegetação herbácea, em busca do seu alimento, o néctar das flores.

Para saber mais:
Butterflies of Cuba Hanno Blue. Disponível em: http://www.learnaboutbutterflies.com/Cuba%20-%20Hemiargus%20hanno.htm
Acesso em 09 de março de 2017.
Marcelo Duarte. Morfologia externa do adulto de Hemiargus hanno (Lepidoptera, Lycaenidae, Polyommatinae, Polyommatini). II. Região cervical, tórax e abdome. Link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-47212007000200009