Planta conhecida popularmente como Açucena,
Tulipa, Cebola-do-mato, cebola-berrante e Amarílis, entretanto seu nome
científico é Hippeastrum stylosum(Herb.).
O Nome do gênero Hippeastrum vem do latim
e significa “estrelas de cavaleiro”.
A Açucena (Hippeastrum stylosum) é uma
espécie de valor ornamental que pertence à família Amaryllidaceae e esta abrangem cerca de 70 espécies excluindo-se a
quantidade de híbridos que surgem a cada ano, quase todas originárias da
América do Sul, muitas delas nativas do Brasil. Muitos dos seus híbridos e
variedades comerciais apresentam grande importância econômica no mercado
mundial de plantas ornamentais (DUTILH, 2005). Essa Planta cultivável alcança cerca
de 60 cm de altura.
Hippeastrum stylosum tem ampla distribuição na região nordeste do
Brasil, ocupando desde paredões rochosos costeiros na restinga(Mata Atlântica) até afloramentos rochosos na caatinga. Ocorre em áreas abertas, sob arbustos,
ilhas de solo em “inselbergs” e gretas de rochas. Em diferentes populações
acompanhadas, foi observada uma grande variação morfológica com relação à
coloração das tépalas, presença ou não de faixa verde longitudinal nas mesmas,
tamanho das flores, número de flores por escapo e coloração das folhas. Floresce
em condições naturais entre novembro e janeiro, com botões em diferentes
estádios de desenvolvimento simultaneamente. É facilmente reconhecida pelos
estames e estilete exsertos. Para diferenciar facilmente as espécies Hippeastrum puniceum e Hippeastrum stylosum é só observar se a
planta em análise não possui anel alvo a creme na região mediana das tépalas,
tampouco as tépalas superiores são fortemente reflexas, sendo assim é da
espécie Hippeastrum stylosum.
Durante as minhas excursões pelo estado
do Rio Grande do Norte, visualizei a Açucena (Hippeastrum stylosum) nos
seguintes municípios: Baía Formosa, na restinga da Praia da Cotia em 2009,
próxima a Mata Estrela e no interior da RPPN Mata Estrela, em Tibau do Sul no Santuário
Ecológico de Pipa no ano de 2006.
Informações técnicas de Identificação da
espécie Hippeastrum stylosum:
“Bulbo
subterrâneo a parcialmente exposto, ovado a orbicular; colo 9–50 mm compr. Folhas
(36,1–)52(–64,4) × (2,1–)3,6 (–5,9) cm, decíduas, dísticas, eretas a levemente
prostradas, ensiformes, fortemente canaliculadas, nervura central não
conspícua, verde-claras a escuras em ambas as faces, base vinácea, ápice agudo,
margens inteiras, retas. Inflorescência 2–7-flora, umbeliforme; escapo 43,5–97
cm compr., verde-escuro a vináceo, base vinácea; brácteas 4–7,2 cm compr.,
espatáceas, verdes, róseas a vináceas. Flores declinadas, infundibuliformes,
hipanto 1–2 cm compr., paraperigônio fimbriado, pedicelo 2,3– 5,8 cm compr.;
tépalas-6, magenta a vermelhovivo, por vezes com raio longitudinal verde ao
longo da tépala, verdes, magentas ou vermelhas na base, ausência de anel
mediano, tépala externa superior (6,1–) 8,1(–9) × (1,5–)2,7(–3,3) cm, tépalas
externas laterais (6–)7,9(–9) ×
(1,4–)2,8(–3,6) cm, tépala interna inferior (6–) 7,8(–8,9) × (1–)1,7 (–2,4) cm,
tépalas internas laterais (6,2–)7,8 (–9) × (1,2–)1,7(2,5) cm; estames
isodínamos, eretos, 7–10,2 cm compr.,dialistêmone, filetes magenta a vermelhos,
máculas vináceas, anteras creme com faixas vináceas, pólen amarelo-intenso;
ovário 9–10 mm compr., verde-claro, 56–60 óvulos por lóculo; estilete 8–13,5 cm
compr., magenta a vermelho, base branca, estigma trilobado, vermelho a vináceo.
Frutos depresso-globosos, verdes, 3-sulcados.
Sementes aladas,arredondadas a deltóides, negras.”
Referências:
Anderson
Alves-Araújo, Julie Henriette Antoinette Dutilh & Marccus Alves. AMARYLLIDACEAE
S.S.E ALLIACEAE S.S. NO NORDESTE BRASILEIRO. Disponível em http://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig60_2/06-010-08.pdf Acesso em: 02/01/2013.
Hippeastrum
stylosum Herb. Disponível em http://www.brazilplants.com/amaryllidaceae/hippeastrum-stylosum.html Acesso em: 02/01/2013.
Pellegrini,
Monalisa Benevides Queiroz. CARACTERIZAÇÃO E SELEÇÃO DE AMARILIS MELHORADOS PELO INSTITUTO AGRONÔMICO - IAC
PARA FLOR DE CORTE. Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre
em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Tecnologia
da Produção Agrícola.
Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará.
Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg: 9-10.
Rodrigues, Bruno
Rafael Monteiro&Meiado,Marcos Vinicius& Simabukuro, Eliana Akie. Influência da luz e do tegumento na germinação
deHippeastrum stylosum Herb. (Amaryllidaceae).