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domingo, 28 de abril de 2019

Icó Neocalyptrocalyx longifolium (Mart.) Cornejo & Iltis.

   Planta conhecida popularmente como Icó, Yco,Incó, Icó-liso, Umbuzeiro, entretanto seu nome científico é único, Neocalyptrocalyx longifolium (Mart.) Cornejo & Iltis. Ela pertence a família Capparaceae, da qual faz parte por exemplo, o feijão-bravo(Capparis flexuosa) e o Trapiá(Crateva tapia).
  Icó(Neocalyptrocalyx longifolium) apresenta porte geralmente arbustivo com até 2,5m de altura, folhas simples com lâmina foliar estreita (0,7−1,5 cm de largura), são alternas, lineares ou lanceoladas e  o botão floral forma uma caliptra e  fruto anfisarca. 
    Essa espécie é nativa e endêmica do Brasil, sendo espécie típica do bioma  Caatinga, ocorrendo apenas na região Nordeste do país, nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie principalmente na mesorregião Central Potiguar, em áreas de Caatinga de maior elevação, como por exemplo nos municípios de Equador, Cerro Corá e Campo Redondo.

Referências
Neto, R.L.S & Jardim, J.G. . Capparaceae no Rio Grande do Norte, Brasil. Rodriguésia 66(3): 847-857. 2015. DOI: 10.1590/2175-7860201566312

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 14 de abril de 2019

Bico-chato-amarelo Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831)

  Ave conhecida popularmente como Bico-chato-amarelo, Mosqueteiro-de-peito-amarelo,Tesoura-de-peito-amarelo e Papa-mosca-de-peito-amarelo, entretanto seu nome científico é único, Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831). Pertence atualmente a família Rhynchocyclidae, da qual também fazem parte por exemplo, o Ferreirinho-relógio(Todirostrum cinereum ), o Sebinho-de-olho-de-ouro(Hemitriccus margaritaceiventer) e Ferreirinho-de-testa-parda(Poecilotriccus fumifrons).
   Um indivíduo adulto dessa espécie apresenta cerca de 12cm de comprimento e peso médio de 11 gramas, sendo assim considerada uma ave de pequeno porte. De maneira geral a plumagem da região dorsal é de cor oliva-amarelada, enquanto na região ventral(anterior) é amarela bem intensa, seu bico achatado é preto e possui olho escuro com anel periocular amarelado em volta, isso tanto em macho como na fêmea, pois a espécie não apresenta dimorfismo sexual. Ave insetívora, ou seja, alimenta-se de insetos.
   Seu ninho na forma de bolsa é suspenso e apresenta entrada na parte inferior, sendo construído com fibra vegetal de cor preta, marrom e as vezes mais clara. Nesse, a fêmea põe de 1 a 3 ovos brancos com manchinhas castanhas avermelhadas, estes são incubados por ela durante cerca de 17 dias. Frequentemente os ninhos dessa espécie são encontrados próximo a ninhos de vespas, sendo estas uma proteção adicional contra alguns predadores.
   Vive no estrato médio e alto de vários tipos de matas, tanto úmidas como secas, como nas restingas,  florestas de várzea, cerrados, florestas de galeria, caatingas e buritizais.
   Apresenta ampla distribuição geográfica na América do Sul, do norte da Colômbia e Venezuela, assim como em Trinidad e Tobago, no Brasil só não ocorre na região Sul do país. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do território potiguar( Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
CAZAL,S.R.A.L., Severino M. de A. Júnior , Wallace Telino-Júnior, Rachel M. de L. Neves, Cláudio C. de A. L. Filho, Maria E. Larrazábal & Joaquim O. Branco. Biologia de Tolmomyias flaviventris (Wied, 1831) (Passeriformes, Tyrannidae) em Mata Atlântica, Pernambuco, Brasil. Ornithologia 3 (2):67-72, dezembro 2009.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, L. M. Aves da Mata Atlântica: riqueza, composição, status, endemismos e conservação. 2013. 513f. Dissertação (Mestrado em Ciências) - Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.