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domingo, 11 de julho de 2010

Pepino-do-mar(Isostichopus badionotus); Fauna do Rio Grande do Norte.


O animal da foto é conhecido popularmente como pepino-do-mar e cientificamente como Isostichopus badionotus. Ele pertence ao filo dos Equinodermos e a classe Holoturóide. Essa espécie é de cor alaranjada escura, sensível, com corpo delgado, cilíndrico, alongado em um eixo oral-aboral. A boca é circundada por 10 a 30 tentáculos que são modificações de pés ambulacrários bucais encontrados em outros equinodermos.possuindo na região ventral muitos pés ambulacrários e, no dorso, vários tubérculos. Na região anterior está a boca circundada por muitos tentáculos. Na região posterior fica a abertura da cloaca.
O sistema digestivo é completo. Não possuem coração nem mesmo sistema circulatório típico. Existe, porém, um reduzido sistema de canais (canais pseudohemais), com disposição radial, onde circula um líquido incolor contendo amebócitos. a respiração desses animais ocorre por difusão no sistema ambulacrário. Na cloaca do pepino-do-mar existem túbulos ramificados as árvores respiratórias ou hidropulmões,que acumulam água para as trocas gasosas. Não existe nenhum órgão especializado em excreção.Os catobólitos são levados por amebócitos aos pés ambulacrários, hidropulmões ou a qualquer estruturas exposta à água, que os elimina por difusão. Não possui gânglios, mas sim um anel nervoso próximo à região oral, de onde saem nervos radiais. Na superfície do corpo existem células táteis. De alto valor comercial no mercado asiático. Encontrada desde o Caribe até Santa Catarina, mas de distribuição restrita no RJ, em Cabo Frio e na região de Ilha Grande e Angra dos Reis e ocorre em águas potiguares também.
Dominantes nas partes mais profundas dos oceanos, geralmente, vive semi-enterrado na areia, próximo às rochas, na zona entre-marés. quando as condições do ambiente não são favoráveis, ou diante de um predador, ele elimina grande parte de suas vísceras. O mais notável é que ele pode, depois, regenerar os órgãos eliminados. Movem-se como lesmas no fundo do mar ou cavam no lodo ou areia da superfície deixando somente as extremidades do corpo expostas, quando perturbadas, contraem-se lentamente. Se alimenta de material orgânico dos detritos do fundo, que é empurrado para a boca ou o plâncton aprisionado em muco nos tentáculos.
Animais de sexos separados e de fecundação externa. Os órgãos sexuais são simples, existindo, geralmente, apenas gônadas sem ductos genitais. O desenvolvimento é indireto, aparecendo uma larva auriculáriade simetria bilateral que passa a radial nos animais adultos. A reprodução assexuada aparece em algumas larvas que se autodividem e possuem a capacidade de regenerar partes perdidas. Reflita: estão ameaçados de extinção principalmente porque são capturados para consumo, depois de desidratados, como iguaria da culinária oriental, especialmente, em restaurantes orientais. A contínua extração pode afetar sua população local, como acontece em outras partes do mundo com equinodermos de interesse comercial. Poluição e destruição do habitat também são outos fatores que contribuem para o desaparecimento da espécie. se essa espécie desaparecer repentinamente,poderá afetar todo o ecossitema onde vivem.
 
BIBLIOGRAFIA:

Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.

Texto disponível em: www.vivaterra.org.br  

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