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domingo, 26 de setembro de 2010

Borboleta Castanha Vermelha(Heliconius erato phyllis(Fabricius); Fauna do RN



   Essa belíssima borboleta é conhecida popularmente como Castanha-vermelha e cientificamente como Heliconius erato phyllis(Fabricius). É uma borboleta tropical com muitas variações e que ocorre em todo o Brasil. Ela alcança 70mm de envergadura. Voa durante o dia,e à noite reúne-se em pequenos grupos,pousando num mesmo galho. Alimenta-se de néctar e de pólen, sendo potenciais polinizadoras, participam dessa forma do processo reprodutivo de algumas espécies vegetais. Além de participarem do processo reprodutivo de algumas plantas e de fazerem parte da cadeia alimentar, elas embelezam nossas matas e jardins.  
   A vida média do indivíduo adulto é de aproximadamente 180 dias. A fêmea adulta depois do acasalamento coloca seus ovos nos brotos ou nas gavinhas de diversas espécies de maracujazeiros. A lagarta, espinhosa, alcança até 40 mm e se alimenta das folhas dos maracujazeiros. Pode ocorrer canibalismo entre essas lagartas. As borboletas são insetos que pertencem a ordem dos Lepidópteros(do grego lépido,"escama",e ptero,"asa"), essa espécie pertence a família Heliconiidae,a mesma família das borboletas Pingos-de-prata e a Maria-boba. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte sempre tenho visto essa espécie, principalmente nos seguintes municípios: Nísia Floresta, Baía Formosa, Goianinha, Monte Alegre e Natal.

REFERÊNCIAS:
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997. Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.

Petrobrás. Sercom. Espécies da Fauna Brasileira/Species of Brazilian Fauna. 1. Ed. Rio de Janeiro,1992.

Disponível em: > file:///D:/Minhas%20imagens/borboletas%20fio%20cruz.htm < Acesso em: 26/09/2010.

Disponível em: http://www.fafism.com.br/borboletario/inicio2.php?link=7 Acesso em: 26/09/2010.

sábado, 25 de setembro de 2010

Calango-cego(Polychrus acutirostris Spix,1825); Fauna do RN.

Foto: Paula H. Valdujo.
   Animal conhecido popularmente como Calango-cego, Papa-vento, Calango-preguiça, devido aos seus hábitos, como sua locomoção, entretanto podendo ser capaz de apresentar movimentos rápidos para fugir de predadores(VITT & LACHER,1981). Mas para a ciência ele têm outro nome, que é único em qualquer parte do mundo, é a espécie Polychrus acutirostris (Spix,1825). Esse réptil pertence a família Polychrotidae. Muitas pessoas acreditam que esse belo lagarto é cego e venenoso, o que não é verdade.
  É um lagarto arbóreo(que vive em árvores),com apenas sua postura ocorrendo no solo(VITT AND LACHER,1981), que se locomove lentamente sobre a vegetação, utilizando também sua cauda preênsil para se segurar nos galhos. Alimenta-se de vegetação e sementes(VITT & LACHER,1981;VITT 1995;VANZOLINI et al. 1980) além de larvas de insetos, vespas, louva-a-deus, grilos, gafanhotos entre outros artrópodes. O Calango-cego é uma espécie diurna, que passa a maior parte do tempo imóvel, camuflada em meio a vegetação. Seus movimentos são bastantes lentos, inclusive na captura de presas. Ocorre dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores que o macho, o comprimento rostro-anal varia de 38 mm até 150 mm.
   A reprodução é sazonal, com oviposição ocorrendo no começo da estação chuvosa e o nascimento dos filhotes acontecendo no fim da estação chuvosa e início da estação seca. As fêmeas põem ninhadas que variam de 7 a 31 pequenos ovos, sendo a média em torno de 18 ovos, dependendo do tamanho delas. O período de incubação dos ovos é de cerca de 4 meses. Os filhotes nascem com cerca de 40 mm de comprimento rostro-anal e atingem a maturidade sexual perto dos 75 mm, no seu primeiro ano de vida. Os machos defendem território com "displays", podendo chegar à luta(TRIVERS,1972). Sendo os mais frequentes: balançar a cabeça, estender a região gular("papo"),apresentação de lateral do corpo, expansão da lateral do corpo, mudança de cor, abertura da boca e mordida.

   Durante os displays o lagarto dominante adquire uma coloração mais clara, no caso de machos em períodos reprodutivos aparecem duas ou três manchas negras perto dos ombros, manchas amarelas claras aparecem ao longo dos cotovelos e ao redor das manchas escuras; além de faixas amarelas que também aparecem na região labial, podendo funcionar para aumentar aparentemente o tamanho da boca. Já no caso dos indivíduos dominados, tendem a apresentar coloração mais escura para se camuflar com o ambiente e provavelmente escapar dos predadores, achatando seu corpo contra os galhos.
   Apresenta distribuição bastante ampla na caatinga e em formações abertas da América do sul (VANZOLINI et a.l, 1981; RODRIGUES, 2003). Sua distribuição geográfica é a seguinte: ocorre na Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai Uruguai. No Brasil ocorre nas regiões Nordeste(inclusive no RN),Sul e Centro-Oeste, encontrando-se também nos estados de São Paulo, Minas Gerais e no sul do Pará. As duas últimas fotos foram tiradas no município de Cerro Corá, Rio Grande do Norte, veja o vídeo:http://www.youtube.com/watch?v=fDrGxmgp_44

REFERÊNCIAS

Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997
Neto, Miguel Rocha. Guia ilustrado: fauna da escola das dunas de Pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos, 2001.
Disponível em: http://vsites.unb.br/ib/zoo/grcolli/guia/pacutirostris.htm Acesso em: 25/09/2010
Disponível em: http://www.redeapasul.com.br/publicacoes/amaserra_n6_setembro_2009_ano2.pdf < Acesso em: 25/09/2010.
Disponível em: http://mapas.mma.gov.br/mapas/aplic/dadosdoc/chesf/fauna_itaparica/2%C2%BA%20relat.%20trim.%207140%20prelim%20parte%205a.doc Acesso em: 25/09/2010.

Foto:http://animalia.xpg.uol.com.br/fotos/lagartos/Polychrotidae/Polychrus_acutirostris.html

domingo, 19 de setembro de 2010

Lacraia(Scolopendra viridicornis Newport, 1844.); Fauna do RN.















   A espécie da foto é conhecida popularmente como Lacraia ou Centopéia e cientificamente como Scolopendra viridicornis. Essa espécie de Lacraia ocorre no estado do Rio Grande do Norte. Possue corpo quitinoso dividido em cabeça e tronco articulado achatado, filiforme ou redondo, permitindo fácil locomoção. As lacraias apresentam um par de pernas em cada segmento do tronco, sendo esta uma importante característica para diferenciá-las dos piolhos de cobra ou Embuás (Diplopodos), que possuem dois pares de pernas nos segmentos do tronco.
   Essa espécie apresenta 21 pares de pernas,sendo o primeiro par modificado em grandes garras de veneno(chamadas de forcípulas ou maxilípedes) e mantidas sob a cabeça(vê foto),como peças bucais. É importante saber que, a picada até mesmo da mais perigosa Lacraia não é fatal para humanos,mas o veneno pode causar uma reação semelhante àquela que se segue a uma picada de vespa(‘’maribondos’’) ou escorpião. Mas para as presas(alimentação) dessa espécie, como pequenos invertebrados(vermes,insetos e outros artrópodes) e até alguns vertebrados,como sapos,lagartos e camundongos o veneno é muito efetivo.
   É interessante observar que o último par de pernas da Lacraia é bem grande, e estende-se para trás não sendo utilizado para a locomoção,mas podendo ser usada talvez para segurar uma possível presa. As lacraias estão distribuídas por todo o mundo em regiões temperadas e tropicais. Os esconderijos proporcionam proteção não apenas contra possíveis predadores, mas também contra a desidratação.      
    De hábitos noturnos, saem à procura de alimento ou de novas moradias, alojando-se sob pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição, ou constroem um sistema de galerias, contendo uma câmara onde o animal se esconde. Apresentam também hábitos peridomiciliares e domiciliares, sendo encontradas em: hortas, canteiros de jardins, vasos, entulhos, sob tijolos ou qualquer compartimento da moradia onde coexistam ausência de luz solar e presença de umidade.

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino:Animalia; Superfilo:Arthropoda; Filo:Uniramia ; Superclasse:Miriapoda; Classe: Chilopoda; Subclasse:Epimorpha; Ordem: Scolopendromorpha; Família:Scolopendridae; Gênero: Scolopendra ; 
Espécie: Scoloprendra viridis.


REFERÊNCIAS:
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.

Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.

CANTER, H.M.; KNYSAK,I.; Candido, D.M. Aranhas e escorpiões e lacraias. 2008. Artigo em Hypertexto. Disponível em:> <http://www.infobibos.com/Artigos/2008_1/MD4/index.htm>.< Acesso em: 18/9/20102/7/2010.

BRUSCA, R. C; BRUSCA, G. J. Invertebrados. Editora Guanabara Koogan. RJ. 2007.

sábado, 18 de setembro de 2010

Gafanhoto-de-Coqueiro(Tropidacris collaris); Fauna do RN.


  Animal conhecido popularmente como Gafanhoto-de-Coqueiro,Tucurão ou Gafanhotão, e cientificamente como Tropidacris collaris (Stoll, 1813). Essa espécie é facilmente encontrada nos ecossistemas de tabuleiros do Rio Grande do Norte. Pelo fato de se alimentarem de folhas(fitófagos), são nocivos a vegetação,chegando as vezes a ser considerados como praga. Pode atacar muitas espécies vegetais de interesse econômico, como:coqueiro,abacateiro,algodoeiro.arroz,bananeira,cana-de açúcar,citros,carnaúba,mandioca,mamona,eucalipto outras.
   O Gafanhoto-de-Coqueiro é um inseto da ordem Orthoptera que pertence a família Acrididae, a qual compreende os gafanhotos propriamente ditos. Esta família estar dividida em dois grupos,de acordo com seu comportamento: sedentários,com hábito solitário e pouco nocivos e migratórios que podem formar as chamadas "nuvens de gafanhotos",capazes de devastar plantações inteiras e causar grandes prejuízos(Gallo et al. 1988),pelo fato de se multiplicarem rapidamente e migrarem para diferentes ambientes(Borror & Delong,1988).

   Por incrível que pareça para alguns,a espécie humana come gafanhotos desde tempos remotos,prova disso é só vermos alguns trechos de livros antiguíssimos como a Bíblia e o Corão. vejamos na Bíblia no livro de Levítico,capítulo 11 e versículo 22:"Deles comereis estes:(...) o gafanhoto devorador segundo a sua espécie,o grilo segundo a sua espécie, e o gafanhoto segundo a sua espécie."Ainda na Bíblia,agora no evangelho segundo escreveu Mateus,no capítulo 3 e versículo 4 diz que a alimentação de João Batista era gafanhotos e mel silvestre. No Corão diz:"Aquele que não come de meus gafanhotos, e de meus camelos e de minhas tartarugas,não é digno de mim,diz o profeta." Ainda hoje, em vários países do Oriente há pratos com gafanhotos. As fotos acima foram tiradas na RPPN Mata Estrela,localizada no município de Baía Formosa,Rio Grande do Norte. 

Palavras chave:Fauna do RN; Insetos no RN;Orthoptera no RN; Acrididae no RN;Gafanhoto no RN.

REFERÊNCIAS
Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.
Neto, Miguel Rocha. Guia ilustrado: fauna da escola das dunas de Pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos, 2001.
Eurico Santos. Os Insetos(Vida e Costumes).Vol.9. Belo Horizinte:Itatiaia.1982.
Revista Árvore, Viçosa-MG, v.27, n.1, p.105-107, 2003.
Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Acai/SistemaProducaoAcai_2ed/paginas/pragas.htm Acesso em: 18/09/2010.

sábado, 11 de setembro de 2010

Calango-cobra(Diploglossus lessonae Peracca, 1890. ); Fauna do RN.

















   Imagine que você estar cavando num terreno e de repente surgisse no solo esse lagarto, o que que faria? matava-o? saia do local dizendo para as pessoas que ali ocorre um "lagarto venenoso", ou coletava-o para saber realmente se esse réptil é venenoso ou não, através de um especialista? Não sei qual a sua resposta, mas o fato é que, recentemente um homem da zona rural da comunidade de Pium, município de Nísia Floresta, Rio Grande do Norte, ao manipular o solo viu um lagarto dessa espécie, coletou-o e posteriormente descobriu através de sua filha(bióloga) que esse animal é totalmente inofensivo para o ser humano. 

   Infelizmente muitas pessoas no Brasil continuam acreditando que algumas espécies de "lagartos" como esse, que ocorrem no país são venenosos. o que é uma grande mentira! No Brasil não existe nenhuma espécie de lagarto(definição comum) venenoso. Em relação ao Diploglossus lessonae, a crença de que ele é venenoso, deve ter surgido pelo fato de que quando tem pressa, ele mantém as patas bem juntas do corpo e, com movimentos laterais do corpo roliço, desliza pela areia como se fosse uma cobra. Essa espécie é conhecida popularmente como Calango-cobra, Lagarto-coral e Briba e cientificamente como Diploglossus lessonae

   Esse é o único representante da família Anguidae no bioma de Caatinga. Os filhotes dessa espécie apresentam o corpo totalmente rajado com listras brancas e pretas. Quando adulto, apresentam um colorido castanho, com o ventre avermelhado e a cabeça levemente amarelada. É bom observar que, a coloração jamais deve ser considerada, como uma característica importante na identificação de espécies de lagartos. 

   O Calango-cobra pode ser encontrada no Nordeste do Brasil, tanto no ambiente quente e seco das caatingas, como no ambiente mais fresco e úmido da Mata Atlântica, e alimenta-se principalmente de minhocas, insetos, aranhas e até mesmo de escorpiões, o que faz desse lagarto um grande aliado das pessoas. Distribuem-se geograficamente na região nordeste e sudeste do Brasil. Espécie fossorial de atividade diurna. Forrageador ativo do tipo "cruise"(desloca-se mais lentamente durante o forrageamento). Quanto a reprodução é ovípora, alcança 30cm de comprimento, e pode viver aproximadamente 10 anos.

REFERÊNCIAS
Fonte: Universidade Regional do Cariri – URCA CADERNOS DE CULTURA E CIÊNCIA Vol. 1- Nº 1 novembro de 2007.
Disponível em: http://www.zoologico.sp.gov.br/animaisdozoo/umvovomuitosacudido.htm Acesso em: 11/09/2010.

Crédito das fotos: http://www.repteisdacaatinga.hpg.ig.com.br/reprod_diploglossus.htm Acesso em: 11/09/2010.

Disponível em:http://www.repti.net/reptile_images/mediasearch/image/results_alla.php?offset=0&searchterm=Diploglossus+lessonae&family=15 Acesso em: 11/09/2010.

Cássia-do-nordeste(Senna spectabilis (DC.) H.S.Irwin & Barneby), Flora do RN

















 Estar querendo arborizar a rua onde você mora, com uma árvore pequena e de belas flores? A espécie das fotos é uma boa dica. Ela é conhecida popularmente como Cássia-do-nordeste,Canafístula-de-besouro,São-joão,Pau-de-ovelha e cientificamente como Senna spectabilis. Pertence a família Leguminoseae-Caesalpinoideae,a mesma do Pau-brasil. Essa árvore atinge de 6 a 9m de altura,suas folhas são compostas pinadas e suas flores amarelas,dispostas em inflorescências terminais. Floresce durante os meses de dezembro a abril. Já o seu fruto é do tipo legume cilíndrico indeiscente e amadurecem nos meses de agosto até setembro. A Cássia-do-nordeste como o próprio nome diz, ocorre na região nordeste do Brasil,no bioma Caatinga. Essa planta ocorre na caatinga do Rio Grande do Norte. Como sua madeira é mole e relativamente pequena,ela é aproveitada apenas para confeccionar objetos leves, como por exemplo caixotes e como lenha e carvão.

REFERÊNCIAS:
Lorenzi,Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil.vol. 1. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum,2002.
 Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996.
Crédito da Foto: http://www.plantasonya.com.br/wp-content/img/cassia_spectabilis.jpg

domingo, 5 de setembro de 2010

Rã Cachorro (Physalaemus cuvieri Fitzinger, 1826); Fauna do RN.




A espécie das fotos é a Physalaemus cuvieri,conhecida popularmente como Rã Cachorro. As fotos foram tiradas na "trilha do pagão" depois de uma chuva rápida,na RPPN Mata Estrela no município de Baía Formosa,Rio Grande do Norte. Foi a única vez que vi esse anfíbio durante minhas excursões pelo estado. A Rã cachorro ocorre desde o nordeste do Brasil ao leste do Paraguai e Argentina,mas por se adaptar com facilidade a algumas alterações ambientais pode estar ampliando sua distribuição. E uma espécie ativa à noite e ocorre em muitos habitats, desde pastagens, campos abertos em regiões de caatinga e cerrado,mas também ocorre na Mata Atlântica,ocorrendo até 2.000 m de altitude.  Alimenta-se de muitos invertebrados como insetos,aranhas,minhocas e piolhos-de-cobra por exemplo. O período reprodutivo da Physalaemus cuvieri é restrito aos períodos chuvosos. As fêmeas podem desovar duas vezes por estação, tendo preferência por ambientes temporários. São depositados de 400 a 700 ovos brancos em ninhos de espuma parcialmente presos a terra ou a gramíneas. Estes ninhos são formados com o batimento dos membros posteriores dos machos sobre a desova liberada pela fêmea. machos vocalizam a partir do ocaso até o meio da noite. Estes vocalizam em ambientes permanentes ou temporários, a partir do chão em área brejosa de água parada. Nestes ambientes assume, durante a noite, posição semiflutuante em pequenas depressões encharcadas do solo. Pode ser, inclusive, encontrado em pegadas de gado após as chuvas. Quando os machos estão próximos podem cantar em coro. Durante o dia podem ser encontrados sobre pedras e troncos. Preservar a Biodiversidade é cuidar da vida, e cuidar da vida é cuidar de nós também!!!
Palavras chave: Fauna do RN; Anfíbios no RN;Anuros no RN;Família Leiuperidae no RN;Rã Cachorro no RN;
REFERÊNCIAS:
Abraham Mijares, Miguel Trefaut Rodrigues, Diego Baldo 2008. Physalaemus cuvieri. In: IUCN 2010. IUCN Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Versão 2.010,2. www.iucnredlist.org  Acessado em 15 de agosto de 2010.

sábado, 4 de setembro de 2010

Peixe Borboleta(Chaetodon Ocellatus Bloch, 1787 ); Fauna do RN.















Esse belíssimo peixe de água salgada é conhecido popularmente como Peixe Borboleta e cientificamente como Chaetodon Ocellatus. Ele  é encontrado nas águas do litoral do Rio Grande do Norte. Ocorre também no litoral norte ao sudeste do Brasil e vive em recifes de corais de profundidades de até 30m. Na natureza, sua principal fonte de alimentação vem de organismos animais de dimensões bem reduzidas e de algas que vivem entre os corais e madreporários. Não raramente observamos estes peixes alimentando-se de pequenas poliquetas, crustáceos,moluscos, pólipos de corais, pequena anêmonas , sendo que alguns se alimentam exclusivamente de pólipos de coral.
Genericamente todas as espécies da família Chaetodontidae(a qual os peixes borboletas pertencem), apresentam certas dificuldades para serem mantidas em cativeiro, devido à alimentação. São peixes fortes, nos flancos, achatados e bastante altos, aparentando o formato de um disco. Caracterizam-se por ocelos escuros perto da nadadeira caudal e uma linha vertical escura perto dos olhos (em quase todas as espécies). Normalmente apresentas boca pequena, uns tem focinho comprido, outros nadadeiras com raios compridos ou longos filamentos. Quanto a reprodução essa espécie é ovípara. Suas principais ameaças são a destruição do seu habitat e a caça para aquariofiolia. Preserve a natureza!

REFERÊNCIAS:

Freire, Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar. Natal: EDUFRN, 1997.

peixesdobrasil.com.br
www.vivaterra.org.br/peixes_salgada.htm

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Alga verde Caulerpa racemosa (Forsskål) J. Agardh; Algas no RN.




"As algas são organismos autótrofos,ou seja,que fabricam o seu próprio alimento, assim como as plantas a partir de um processo chamado fotossíntese. diferem das plantas por não formarem tecidos e também por não apresentarem raiz,caule,folhas e flores. além de serem a base da cadeia alimentar aquática,elas são responsáveis por liberarem aproximadamente 90% do oxigênio para a amosfera,permitindo que os seres que dependem do oxigênio vivam no planeta terra."

 A espécie acima é a Caulerpa racemosa,uma alga verde do grande grupo Chlorophyta. Ela é uma alga de cor verde-clara,com estolões bem desenvolvidos,de onde partem filamentos rizoidais,que prende a alga ao substrato. Ramos assimiladores,poucos ramificados,sustentando râmulos curtos,vesiculares,dispostos em torno do eixo. Essa espécie cresce rápido e não tolera grandes oscilações de salinidade. Possui diversas variedades ao redor do mundo. Pode liberar toxinas na coluna d´água especialmente se estiverem se reproduzindo ou ao morrer. É encontrada em recifes de coral em áreas tropicais e subtropicais por todo o mundo, inclusive no litoral do Rio Grande do Norte.
Palavras chave:Algas no RN;Alga verde no RN;Caulerpa racemosa no RN;
REFERÊNCIAS:
Soriano,Eliane Marinho&Carneiro,Marcella A. do A.&Soriano,Jean Paul. Manual de Identificação das Macroalgas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Norte. NATAL,RN:EDUFERN-Editora da UFRN,2008.
Crédito da foto: https://marinelifeindia.files.wordpress.com/2013/01/sea-grapes-caulerpa-racemosa.jpg