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domingo, 17 de outubro de 2010

Barbeiro(Triatoma brasiliensis Neiva,1911.); Fauna do RN

Autor da foto: Rodrigo Mexas.
   Inseto conhecido popularmente como Barbeiro e cientificamente como Triatoma brasiliensis, essa espécie foi descrita, em 1911,por Neiva que examinou espécimes provenientes de Caicó, Rio Grande do Norte. Triatoma brasiliensis mede de 22 a 25mm de comprimento. Sua cor varia de quase preto, com manchas amareladas. Essa espécie é encontrada na região nordeste do Brasil e também em Minas Gerais. No ambiente silvestre, o Triatomínio vive nas rochas e se alimenta do sangue de roedores. O ciclo de vida de ovo a adulto leva em média 120 dias e os adultos podem viver cerca de um ano. O Triatomínio, em qualquer estágio depois da eclosão do ovo, se alimenta de sangue. Por isso, tem um rostro do tipo picador-sugador, que fica em repouso dobrado em baixo da cabeça quando não estar se alimentando. Como nas outras espécies do gênero Triatoma, a fêmea tem a extremidade do abdômen aguda, enquanto o macho a tem redonda. Já estar provado que muitas espécies de barbeiros são parasitados por um protozoário denominado inicialmente como Schizotrypanum cruzi e posteriormente de Trypanosoma cruzi, que é causador de uma doença denominada esquizatripanose, que por ser descoberta pelo Dr Carlos Chagas, ficou conhecida como Doença de Chagas. T. brasiliensis, que era considerada de importância secundária no que diz respeito à capacidade vetorial e às medidas de controle, tornou-se, atualmente, uma das prioridades dos órgãos executivos do Ministério da Saúde, por ser considerada o principal vetor da doença de Chagas nas zonas semi-
áridas do Nordeste do Brasil. O grande motivo dela ser considerada o principal vetor da região, é devido a sua capacidade de infestar o peridomicílio(galinheiro, curral, etc) e colonizar o interior das casas geralmente de barro. A transmissão do protozoário não se dá através da picada do percevejo, mas através de suas fezes.



REFERÊNCIAS:

Crédito da foto: Rodrigo Mexas. Disponível em: http://www.ioc.fiocruz.br/ce/index_arquivos/image154.jpg Acesso em: 06 de julho de 2015.

JURBERG,JOSÉ...[ et al.]. Uma Iconografia dos Triatomíneos.-Rio de Janeiro: Co-edição IRD Editions e Editora Gama Filho,2005. pgs:7-8;16.

SANTOS,EURICO. Os Insetos(Vida e Costumes) tomo 1.-Belo Horizonte. Itatiaia,1982. pg:135.

Jane Costa. Distribuição e caracterização de diferentes populações de Triatoma brasiliensis Neiva, 1911 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae). Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 16(Sup. 2):93-95, 2000.

6 comentários:

  1. Encontrei anti-ontem um desses na casa da minha amiga e fiquei curiosa para saber o que era. Ele estava perto da churrascaria do prédio dela, próximo a piscina. E quem nos avisou que era realmente um barbeiro foi o pai de uma das meninas que estavam conosco. Então por nao sabermos como reagir, apenas jogamos ele no lixo! Será que colocará o risco de alguma pessoa lá?

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  2. Olá, fico feliz pela sua participação nesse blog!respondendo sua pergunta: como existe muitas espécies de "barbeiros",é difícil afirmar se o que que a senhora viu seja exatamente essa espécie. mas o problema é que muitas espécies de barbeiros são parasitados pelo protozoário Trypanosoma cruzi, causador da "doença de chagas", portanto existe a possibilidade dessa espécie que a senhora viu estar parasita e poder assim transmitir a doença. assim,se for realmente um barbeiro o ideal seria eliminá-lo e procurar descobrir se existe mais nas proximidades,para destruir o "foco" através da vigilância sanitária.
    Votos de Paz,Saúde e Sucesso para a senhora e família!!!Atenciosamente
    Francisco V. de Souza,Graduando em Ciências Biológicas

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  3. Encontrei um barbeiro em minha casa na área onde dormem meus animais de estimação. Eles podem picá-los e deixá-los doentes?

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  4. Olá senhora Mariah, fico feliz com sua participação nesse blog. Além do homem, mamíferos domésticos e silvestres têm sido naturalmente encontrados infectados pelo Trypanosoma cruzi, tais como: gato, cão, porco doméstico, rato de esgoto, rato doméstico, macaco de cheiro, sagüi, tatu, gambá, cuíca, morcego, dentre outros. Entretanto a espécie canina é a única capaz de desenvolver alterações patológicas crônicas semelhantes àquelas detectadas em humanos, podendo apresentar insuficiência cardíaca congestiva (BARR et al., 1995; GÜRTLER et al., 2007). Os cães clinicamente afetados podem desenvolver tanto doença aguda como crônica (BARR et al.,1995). A principal forma de transmissão na espécie canina parece ocorrer através da ingestão dos vetores infectados, enquanto que humanos adquirem a infecção após serem picados pelo inseto e o mesmo depositar suas fezes, contendo os protozoários, próximo ao local da picada(BARR, 2006). Se o inseto que a senhora encontrou for realmente um barbeiro o ideal seria eliminá-lo e procurar descobrir se existe mais nas proximidades,para destruir o "foco" através da vigilância sanitária.
    Votos de Paz, Saúde e Sucesso para a senhora e família! Atenciosamente
    Francisco V. de Souza, Graduando em Ciências Biológicas.

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  5. Olá, fui picada por um bicho tem semelhança com o barbeiro mais n sei se é tenho a foto dele aki .. me ajude por favor

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  6. Hoje a tarde encontrei um aqui na minha garagem geralmente onde dorme meus cães a noite, mas percebi q ao mata-lo saiu sangue dele umas 3 vezes após pisa-lo, será q ele picou alguém aqui em casa ou meus cães ou já veio da rua com o sangue? Sei q era um deles pq enviei a foto para um amigo meu q trabalha na epidemiologia aqui da cidade e ele me confirmou

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