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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rolinha-roxa Columbina talpacoti (Temminck, 1811); Fauna do RN

  Ave conhecida popularmente como Rolinha-roxa, Rolinha-vermelha,Rolinha-caldo-de-feijão, Caldo-de-feijão,Rolinha-barreirinha, Picuí-peão, Rola, Pomba-rola,Pomba-café, Rola-cabocla, Rola-grande, Rola-roxa, Rola-sangue-de-boi, Rolinha, Rolinha-comum e Rolinha-juruti. Entretanto seu nome cientifico é único, ela foi denominada cientificamente como Columbina talpacoti (Temminck, 1811). O que significa esse nome científico? O primeiro nome, o gênero "Columbina" é palavra de origem latina e se refere à família Columbidae,da qual fazem parte as aves conhecidas como pombas,pombos,rolas e rolinhas; já o segundo nome, o termo específico " talpacoti" é palavra indígena da língua tupi para essa ave.
   Cada indivíduos adulto pesa cerca de 45g e atinge cerca de 17 centímetros de comprimento, sendo a asa 85 mm,a cauda 58 mm,a bico 10 mm,o tarso 18 mm (fêmea). Existe dimorfismo sexual, tendo o macho adulto a cabeça com penas de cor cinza-clara contrastante com as penas marrom avermelhadas do corpo, enquanto que a fêmea é inteiramente marrom-clara. Em ambos os sexos, as penas das asas possuem uma série de pontos negros. Os filhotes nascem com com traços da plumagem tanto do pai como da mãe, tendo os indivíduos imaturos manchas amareladas na asa. Alimenta-se de grãos e sementes no chão.
   Na época de reprodução que pode ser durante o ano inteiro desde que tenha alimento, o casal defende a área do seu ninho de outras rolinhas. O seu ninho é em forma de tigela, feito de ramos, gravetos entre cipós ou galhos onde põe dois ovos de cor branca pura que pesam em média 3.6g e medem 24 mm x 17 mm. esses são incubados pelo casal entre 11 e 13 dias. Após cerca de 14 dias de vida os filhotes saem do ninho. Os ninhos são confeccionados em árvores, arbustos e ou construções, em calhas das casas, debaixo das telhas, em coberturas de edifícios e em galpões. O casal pode construi-lo em menos de uma semana, mas também podem reutilizar o mesmo ninho.
   Pode formar pequenos grupos, apesar de competir diretamente entre si por alimentos e lutar defendendo seus território usando uma asa em ataques a oponentes ou invasores. Sua vocalização é um canto monótono seguido "u", "u-ut", séries de 6 a 16 pios, quase durante o ano inteiro. Espécie considerada extremamente adaptada a áreas urbanas, sendo uma das espécies mais comuns das cidades brasileiras.
   Habita as áreas abertas, campos e bordas de matas na restinga e cerrado, ocorrendo em todo o Brasil, porém raramente vista em áreas densamente florestadas da Amazônia. Ocorre também no México, Bolívia, Paraguai e Argentina. 
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa ave em todas as regiões do RN, sendo muito comum nos centros das cidades arborizadas. Em Parnamirim, vejo-a diariamente sempre catando alimentos no chão,na fiação da rede elétrica ou voando em busca de poleiros mais seguros nos galhos da copa das plantas, onde se abrigam.
   Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN 3.1) seu estado de conservação é pouco preocupante. 
   Lembre-se: As aves e todos os outros animais devem viver livremente em seu habitat. Não compre aves silvestres sem autorização do IBAMA, pois quando você compra um animal silvestre sem autorização de um órgão responsável, você estar incentivando ao tráfico de animais silvestres.

Referências

Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

F. Sagot-Martin, GOP. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SANTIAGO, R. G. Rolinha-caldo-de-feijão ( Columbina talpacoti ) Guia Interativo de Aves Urbanas, 06 dec. 2006. Disponível em http://www.ib.unicamp.br/lte/giau/visualizarMaterial.php?idMaterial=363 Acesso em 18 de outubro de 2014.

SESC. Guia de aves do Pantanal. Disponível em: http://www.avespantanal.com.br/paginas/85.htm Acesso em 18 de outubro de 2014.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

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