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domingo, 26 de junho de 2016

Pinhão-bravo Jatropha mollissima (Pohl) Baill

   Planta conhecida popularmente como Pinhão-bravo,Pinhão-branco entretanto seu nome científico é Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pertence a família Euphorbiaceae, da qual também fazem parte por exemplo a Favela(Cnidoscolus quercifolius) e a Urtiga(Cnidoscolus urens).
    Espécie de porte herbáceo a arbustivo podendo atingir 3m de altura,lactescente (leitoso), caule de casca lisa,fina e esfoliante. Suas folhas são grandes e apresentam cinco lobos com margem denteada. Ela possui flores masculinas e femininas, sendo as primeiras avermelhadas e as últimas alvo-amareladas. As flores masculinas possuem pólen e néctar enquanto que as flores femininas possuem apenas  néctar, servindo estes de alimentos para diversos insetos, como vespas, abelhas e borboletas. Floresce tanto na estação chuvosa como seca, podendo assim ser utilizada como planta ornamental. O fruto (3 cm) é um cápsula com 3 sementes e apresenta deiscência explosiva.
  O látex avermelhado que pode ser extraído do caule é empregado na "medicina popular" no combate a úlceras, além de ser usado pelas abelhas como fonte de resina. Ainda segundo a medicina tradicional o látex e as folhas atuam como cicatrizantes em cortes ou feridas e as folhas ainda tem propriedades antirreumáticas. Enquanto que o óleo extraído das sementes tem propriedade purgante, pode ser usado na fabricação de sabões, tintas, lubrificante e como combustível. Já as raízes possuem substâncias que ajudam no combate a tumores e a leucemia.
    Espécie nativa que ocorre na região Semi-árida no bioma Caatinga e na Mata de altitude.

Referências
Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Castro, Antonio Sérgio e Arnóbio Cavalcante. Flores da caatinga. Campina Grande: Instituto Nacional do Semiárido, 2010.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg. 413.

sábado, 18 de junho de 2016

Bico-de-lacre Estrilda astrild (Linnaeus, 1758)


   Ave conhecida popularmente como Bico-de-lacre, Bico-de-lata, Beijo-de-moça e Bombeirinho, entretanto seu nome científico é único, Estrilda astrild. 
 Espécie exótica introduzida, originária da África que alcança comprimento total de 105 mm e peso de 8 gramas. Os indivíduos adultos machos são semelhantes as fêmeas, entretanto naqueles o crisso(parte terminal do abdômen das aves) e as coberteiras inferiores(tetrizes-"penas de cobertura" que recobrem as penas da cauda) da cauda são negras, enquanto que são pardo-escuros nos indivíduos do sexo feminino. Além disso ambos possuem bico e máscara encarnada(daí o nome lacre), porém os imaturos apresentam o bico negro como principal característica distintiva dos adultos.
   Ave gregária da família Estrildidae que podem ser visto formando bandos em áreas campestres com variedades da espécie de gramínea Panicum maximum, que também é originária da África, sendo as sementes desses capins a alimentação exclusiva dos indivíduos adultos de Estrilda astrild. Não brigam por alimentos com aves brasileiras quando estão comendo juntos em capinzais.Durante o período reprodutivo o macho realiza cerimônias pré-nupciais, inclusive o canto do macho faz parte destas. O ninho é construído pelo casal com hastes de capins e algumas penas de galinha ou algodão e apresenta forma esférica ou oval, onde a fêmea põe em média 3 pequenos ovos branco-uniformes, que são incubados pelo casal durante cerca de 11 dias (SICK,H.,1997). Após o nascimento os filhotes ficam cerca de 18 dias ainda no ninho. 
   No Brasil apresenta ampla distribuição, não tendo sido registrado sua ocorrência ainda apenas nos estados de Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em terrenos baldios na área urbana e em campos mais afastados de residências de todas as mesorregiões do estado(Mesorregião Leste Potiguar(maior ocorrência), Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo minhas últimas observações nos municípios de São José de Mipibu, Monte Alegre, Parnamirim,Natal e Baía Formosa. Na região Metropolitana de Natal hoje é sem dúvida uma das aves mais facilmente observada, podendo ser vista ás vezes formando bandos de pelo menos 4 a 20 indivíduos.

Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

ROMA, Júlio César. Classificação Científica dos Pássaros. In: Brasil 500 Pássaros. Centrais Elétricas
do Norte do Brasil S. A. (org) – Eletronorte. Eletrobrás. Ministério de Minas e Energia. Brasília:
Assessoria de Comunicação Empresarial da Eletronorte, 2000. 250 p.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 11 de junho de 2016

Quixabeira Sideroxylon obtusifolium

   Planta conhecida popularmente como Quixabeira, Quixaba, Sapotiaba, Sacutiaba, Coronilha, Coca, Maçaranduba-da-praia, Miri e Rompe-gibão, entretanto seu nome científico é Sideroxylon obtusifolium.
  Espécie de porte árboreo, podendo chegar atingir de 7 até 18m de altura, bastante ramificada, apresentando muitos espinhos em seus galhos, folhas inteiras,simples alternadas e coriáceas. Suas flores hermafroditas são pequenas, de coloração creme e são visitadas principalmente por abelhas, moscas, vespas e borboletas. Seu fruto comestível é do tipo baga e apresenta coloração de roxo-escura a negra quando madura com uma semente. A sua madeira pode ser usada na construção civil e na marcenaria. É considerada uma espécie de grande potencial pela medicina popular, sendo a sua "casca usada para dores em geral, úlcera duodenal, gastrite, azia, inflamação crônica, lesão genital, inflamação dos ovários, cólicas, problemas renais e cardíacos, diabetes e como expectorante" (Beltrão et al. 2008). Devido principalmente a extração excessiva e descontrolada dessa espécie para uso medicinal, ela encontra-se atualmente ameaçada de extinção.
   Espécie nativa encontrada atualmente nas seguintes regiões brasileiras e biomas: Nordeste(MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE),Norte (TO), Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS), Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR, SC, RS) nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata atlântica e Pantanal. 

Referências
BELTRÃO, A.E.S., TOMAZ, A.C.A., BELTRÃO, F.A.S. & MARINHO, P. 2008. In vitro biomass production of Sideroxylon obtusifolium (Roem & Schult). Revista Brasileira de Farmacognosia, 18(1): 696-698.

LORENZI, H., BACHER, L., LACERDA, M. & SARTORI, S. 2006. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: (de consumo in natura). São Paulo: Plantarum. 640 p.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

sábado, 4 de junho de 2016

Marimbondo Polybia occidentalis occidentalis (OLIVIER, 1791)

  Vespa social conhecida popularmente como Marimbondo-estrela, Marimbondo-farinha-seca ou Marimbondo-fura-olho, entretanto seu nome científico é Polybia occidentalis occidentalis.
  Essa espécie apresenta coloração preta com várias marcas e listras amarelas sobre o corpo. Ela apresenta ampla distribuição geográfica, tendo sido registrada sua ocorrência em boa parte da América tropical, sendo relativamente comum em vários estados brasileiros(AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RR, RS e SP.), inclusive é abundante aqui no Rio Grande do Norte. 
  Apesar de ser considerado um animal peçonhento, essa vespa é pouco agressiva, atacando geralmente apenas quando perturbada e assim como outras vespas, ela é importante como agente controladora de outros insetos. Além disso, pesquisadores já isolaram substâncias da sua glândula de veneno, que nos primeiros testes demonstraram grande potencial anestésico até maior que a da morfina.
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Referências
Henrique-Simões et al. . Social wasps of Unilavras/Boqueirão Biological Reserve, Brazil. Check List | Volume 7 | Issue 5 | 2011.

O, DONNELL, S. & R.L. JEANNE. 1990. Forager specialization and the control of nest repair in Polybia occidentalis Olivier (Hymenoptera: Vespidae). Behav. Ecol. Sociobiol, 27:.359-364.

RICHARDS, O.W. 1978. The social wasps of the Americas (excluding the Vespinae). London, British Museum (Natural History). 580p