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domingo, 23 de outubro de 2016

Mofumbo Combretum leprosum Mart.

    Planta conhecida popularmente como Mofumbo, Mufumbo,Carne-de-vaca,Graxama-branca,Vaqueta,Marmeleiro ou Cipoaba, entretanto seu nome científico é Combretum leprosum Mart.
    Espécie nativa de porte arbustivo ou arbóreo, podendo atingir cerca 6m de altura. Apresenta "folhas opostas,pecioladas,inteiras,ovadas ou oblongas, agudas na base, membranosas, escabrosas. Suas flores pequenas formam inflorescências do tipo panículas terminais,amarelas. Seu fruto é do tipo sâmara aveludada ( p. 372,BRAGA,R., 1996)."
   Segundo a literatura tem valor medicinal, sendo por exemplo suas folhas e entrecasca hemostáticas, sudoríficas e calmantes. Além disso, sua madeira é usada como lenha(quando de maneira descontrolada é uma ameaçada a espécie), na confecção de utensílios domésticos e suas flores são importantes fontes de néctar e pólen para alguns animais, especialmente abelhas.
    No Brasil,ela se desenvolve em diferentes formações vegetais, como: Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual,Caatinga (stricto sensu), Carrasco, Cerrado (lato sensu), no biomas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica. Nesse país, sua distribuição estende-se pelas seguintes regiões e respectivos estado brasileiros: Norte (PA, AM, TO), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA), Centro-Oeste (MT, GO, MS) e Sudeste (ES,MG).
  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, já observei essa espécie principalmente nas mesorregiões Central Potiguar e Oeste Potiguar, sendo as fotos acima feitas no município de Luís Gomes, na região conhecida como "Relo".

Referências

Marquete, N.; Loiola, M.I.B. Combretaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB6906 Acesso em: 18 Out. 2016.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg:372.

domingo, 16 de outubro de 2016

Pitiguari Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789)

    Ave conhecida popularmente como Pitiguari, Vira-folha, Gente-de-fora-vem e Tem-cachaça-aí, entretanto seu nome científico é Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789).
    Cada indivíduo adulto pode alcançar 16cm de comprimento e 28 gramas de peso. Apresenta cabeça relativamente grande, bico adunco, cabeça acinzentada, a cor da íris varia de amarelo a vermelho, fronte e as sobrancelhas marrom-ferrugíneas, dorso pardo-esverdeado e peito verde-amarelado.
   Alimenta-se de animais invertebrados e alguns frutos. Durante o período reprodutivo(julho a novembro) os casais cantam muito. A fêmea constrói um ninho pequeno com fibras vegetais, onde põe três ovos em média, sendo incubado tanto pelo macho como pela fêmea durante aproximadamente 14 dias.
  Vive em meio a vegetação densa em bordas e clareiras de florestas, em capoeiras, plantações, cerrados, caatingas, campos, mangues e ambiente urbano bem arborizado. Comum em quase todo o Brasil, ocorrendo em todas as regiões do país, exceto em pequena área da Amazônia ocidental. Ocorre também do México à Bolívia e Argentina.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Leste Potiguar, mas ela é relativamente comum em todo território potiguar. Geralmente ouvimos ela vocalizar, porém não é fácil de vê-la, pois geralmente canta no meio da copa de arbustos e árvores, estando escondida entre as folhas, desse fato surgiu um dos seus nomes vulgares aqui no interior do RN, "Vira-folha". 

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

Sigrist,Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis: Avifauna Brasileira. São Paulo: Avis Brasilis,2014.

domingo, 9 de outubro de 2016

Maria-preta Vitex cf. rufescens A.Juss.


     A Maria-preta(Vitex rufescens) é uma planta terrestre que pertence a família Lamiaceae.
   Ela apresenta flor azul ou lilás, fruto do tipo drupa com  que quando maduro é de cor arroxeada. Espécie de porte arbustivo(arbusto) a arbóreo(árvore), variando sua altura de 2 a 8m, é de origem nativa sendo endêmica do Brasil, ou seja, ocorre exclusivamente nesse país. 

   Ocorre em diferentes formações vegetais e biomas, tais como: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga. Sendo assim, é encontrada nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, tendo sido sua ocorrência confirmada pela literatura científica até o momento, nas seguintes regiões e estados brasileiros: Norte (Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais).

Referências

França, F. 2020. Vitex in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8373>. Acesso em: 28 fev. 2021.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg:113.

domingo, 2 de outubro de 2016

Asa-de-telha-pálido Agelaioides fringillarius (Spix, 1824)

    Ave conhecida popularmente como Asa-de-telha-pálido, Cajaca e Casaca-de-couro, entretanto seu nome científico é Agelaioides fringillarius (Spix, 1824). Pertence a família Icteridae,da qual também fazem parte por exemplo a Polícia-inglesa-do-sul(Sturnella superciliaris), o xexéu(Cacicus cela), o vira-bosta(Molothrus bonariensis) e o garibaldi(Chrysomus ruficapillus).
    Indivíduos adultos alcançam cerca de 18cm de comprimento. Essa espécie é considerada parasita, pois geralmente usa ninhos construídos por outras aves, principalmente da espécie Pseudoseisura cristata, entretanto constrói seu ninho(câmera de incubação) dentro do ninho da espécie parasitada, no qual colocam seus ovos brancos. 
   Tem ocorrência confirmada até o momento na região Nordeste do Brasil e norte de Minas Gerais, habitando a Caatinga e os carnaubais.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar, principalmente na "microrregião Seridó".
Referência
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Sigrist,Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis: Avifauna Brasileira. São Paulo: Avis Brasilis,2014.