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domingo, 20 de outubro de 2019

Beldroega-da-praia Sesuvium portulacastrum (L.) L.

  Planta conhecida popularmente como Beldroega-da-praia, Beldroega-miúda, Beldro-da-praia, Capim-salgado ou Vídrio, entretanto seu nome científico é único,Sesuvium portulacastrum (L.) L..  Ela pertence a família Aizoaceae.
   Espécie perene de porte herbáceo, podendo atingir em média 5cm de altura, apresentando folhas oposta lineares ou oblanceoladas, gineceu com 2 a 5 estiletes, flores de cor variando de vermelho a rosa, incluindo lilás, seu fruto é do tipo pixídio. Sua floração e frutificação geralmente ocorre de janeiro a outubro.
   Beldroega-da-praia(S. portulacastrum) é nativa, porém não é endêmica do Brasil, apresentando ampla distribuição geográfica em quase todas as regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil ocorre em diversas formações vegetais desde a Restinga até a Caatinga, sendo mais comum em solos arenosos e bem salinos e ou solos úmidos ou frequentemente inundados, mas também pode ser encontrada em solos mais secos. Sendo assim, já foi confirmada sua presença nos biomas da Amazônia, Caatinga e Mata Atlântica, ocorrendo nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Norte (Amazonas, Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina).
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar e Central Potiguar.

Referências
Couto, R.S.; Cardoso, L.J.T. Aizoaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB4256>. Acesso em: 05 Out. 2019.

Dores Melo, Maria das & Berta Lange de Morretes. ANATOMIA ECOLÓGICA DE Sesuvium portulacastrum L. (AIZOACEAE) OCORRENTE NA RESERVA BIOLÓGICA DO ATOL DAS ROCAS, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em: https://periodicos.unifacex.com.br/Revista/article/view/27/8 Acesso em 05 de out. 2019.

Lima ,Laura Cristina Pires; Reyjane Patrícia de Oliveira & Ana Maria Giulietti. Flora da Bahia: Aizoaceae. Sitientibus série Ciências Biológicas 12(2): 189–192. 2012.

Couto,Ricardo Sousa; Aluisio José Fernandes Junior & Rosana Conrado Lopes. Flora do Rio de Janeiro: Aizoaceae. Rodriguésia 68(1): 013-015. 2017.

sábado, 5 de outubro de 2019

Casaca-de-couro-amarelo Furnarius leucopus Swainson, 1838

  Ave conhecida popularmente como Casaca-de-couro-amarelo,Amassa-barro,Oleiro,Maria-de-barro,João-de-barro e Maria-de-barro-de-pés-brancos, entretanto seu nome científico é único, Furnarius leucopus Swainson, 1838. 
  Essa espécie quando na fase adulta atinge comprimento total médio de 17cm e peso de aproximadamente 35 gramas. Apresenta uma faixa branca do loro até a nuca, plumagem da cabeça marrom escura, enquanto que no dorso geral é marrom-avermelhada, a garganta esbranquiçada, pernas e bico geralmente rosados, diferença de Casaca-de-couro-da-lama(Furnarius figulus) que tem pernas e bico geralmente acinzentados. Casaca-de-couro-amarelo(F. leucopus) alimenta-se principalmente de insetos e ocasionalmente de anfíbios anuros(sapos).
   Constrói um ninho parecido com um forno, mas também ocasionalmente ocupa ninho de Furnarius rufus e de Pseudoseisura cristata, neste põe em média dois ovos. Ela ocorre principalmente em capões, áreas semiabertas, florestas de galeria, interior de matas próximo à água, como riachos, bordas de rios e lagos, onde geralmente é visto apenas um individuo ou dois andando no chão a procura de alimento.
   Sua distribuição geográfica estende-se pela Bolívia, Equador, Guiana, Peru e Brasil, neste ocorre em áreas abertas da Amazônia(mais ao oeste), parte da região Central do país, Minas Gerais e em todos os estados da região Nordeste. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste potiguar.

Hoje,05 de Outubro é comemorado no Brasil o dia das AVES! Vamos ajudar a preservar a nossa avifauna?

Referências
BirdLife International 2016. Furnarius leucopus. The IUCN Red List of Threatened Species 2016: e.T103670881A95026700. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T103670881A95026700.en. Downloaded on 18 August 2019.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PIACENTINI, V. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.