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sábado, 8 de junho de 2024

Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl.,uma orquídea exótica invasora

Oeceoclades maculata_Orquídea

   Essa planta pertence a família Orchidaceae(vulgarmente chamada família das orquídeas), sendo seu nome científico válido atualmente Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl.. 

    Erva terrestre e de sombra facilmente identificada pela presença de folhas rígidas maculadas(daí seu epíteto específico, a origem do seu nome-maculata), pseudobulbo evidente, flores com pétalas levemente rosadas e labelo branco. A espécie geralmente floresce no outono.
flores da orquídea Oeceoclades maculata

   A orquídea Oeceoclades maculata é de origem africana e foi introduzida no continente americano tornando-se naturalizada, sendo considerada a orquídea africana com maior sucesso invasor no mundo. Isso porque a mesma se adaptou a diferentes tipos de habitat incluindo principalmente ambientes antropizados, dessa forma ela passou inclusive a ocupar o nicho ecológico de algumas espécies nativas. Essa espécie foi avaliada como provável biomonitora ativa de acumulação de metais pesados presentes no ar atmosférico e mostrou-se eficaz para tal função.

   Ela apresenta ampla distribuição ocorrendo por toda a África tropical e nas Américas, da Flórida ao Paraguai. No Brasil O. maculata ocorre em todas as regiões do país, incluindo uma grande variedade de fitofisionomias(geralmente em matas ribeirinhas) nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica. É importante destacar que a maioria dos registros dessa espécie no Brasil, estão presentes em ambiente litorâneo nas regiões Nordeste e Sudeste do país, exatamente onde o processo de urbanização é mais evidente e consequentemente há maior alteração do meio. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar e Agreste Potiguar, ou seja, tanto no domínio da Mata Atlântica como na Caatinga potiguar.

Referências
DIESEL, Katarine Maria Freire. Florestas urbanas em Natal, RN: florística, conectividade e viabilidade de um jardim botânico. 2018. 85f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.

HALL, C. F. Orchidaceae no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, Goiás, Brasil. 2009. 85 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Evolução) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2009.

MAMEDE, Vitor Pimenta. Um panorama das orquídeas exóticas invasoras no Brasil. 2020. 31 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2020.

MOURA, Edweslley Otaviano de. Relações florísticas e ambientais no litoral semiárido do Rio Grande do Norte, Brasil. 2017. 39f. Dissertação (Mestrado em Sistemática e Evolução) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.

RAGGI, Fernando Augusto Santos. Uso de Oeceoclades maculata (Lindley) Lindley como bioindicadora de metais pesados no ar atmosférico da cidade de Volta Redonda, RJ. 2020. 80 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental, Universidade Federal Fluminense, Volta Redonda, 2020.

STENCEL, M.A. et al. Plasticidade fenotípicovegetativa de Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. (Orchidaceae) em dois ambientes de área florestada. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, v. 9, n. 3, p. 635-655, 2016.

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