Nossa página

domingo, 27 de julho de 2014

Percevejo-do-mato Edessa rufomarginata (De Geer, 1773); Fauna do RN

   Percevejo conhecido popularmente como Maria-fedida, Maria-peidona ou Fede-fede,Percevejo-do-mato,Percevejo-de-plantas,Percevejo-fedorento,Frade, entretanto seu nome científico é único,Edessa rufomarginata (De Geer, 1773). Essa espécie pertence a família Pentatomidae, sendo esta representada por muitos insetos considerados pestes agrícolas, pois podem causar danos diretos e indiretos às plantações e consequentemente a economia. Todos os representantes dessa família produzirem um odor desagradável por meio de glândulas odoríferas que nos adultos se abrem na região das metacoxas e nas ninfas no dorso do abdome (PANIZZI et al., 2000). 
   Estes insetos podem ser facilmente reconhecíveis por suas antenas geralmente com cinco segmentos, escutelo comumente plano e triangular estendendo-se até a base da membrana, hemiélitros sempre mais ou menos visíveis, ângulos umerais por vezes desenvolvidos (LIMA, 1940; MOORE, 2005).
  Maria-fedida(Edessa rufomarginata) é exclusivamente terrestre,tem hábito fitófago,alimentando-se de diversas partes da planta, podendo ser uma importante praga de culturas, em particular de espécies da família das Solanáceas (batata, tabaco e berinjela, por exemplo). Atinge em média o comprimento total de 18,2 milímetros(corpo). Os adultos têm vários métodos de defesa, incluindo uma exposição bastante agitada das antenas, recuo para um local abrigado, caindo e se escondendo na serapilheira ou voando,e segregando produtos químicos tóxicos. 
  As fêmeas de E. rufomarginata não apresentam cuidado maternal(não guarda os ovos) e depositam cerca de 14 ovos em duas fileiras de 7 sobre as plantas hospedeiras. A incubação dura de 7 a 10 dias. Ninfas são gregárias até o terceiro instar,a partir do qual elas se dispersam através da planta hospedeira (Silva e Oliveira, 2010).
   Algumas pesquisas comprovaram que formigas constantemente antenavam o abdômen de ninfas de terceiro a quinto ínstar de E. rufomarginata, e por duas vezes, foram observadas consumindo seu exsudato(Silva,2010).Até o presente foram registrados como seus predadores, o percevejo reduvídeo Heniartes sp. alimentando-se tanto das ninfas como de indivíduos adultos de E. rufomarginata. Também foram observadas formigas alimentando-se dos seus ovos e vespas Scelionine parasitando os ovos de E. rufomarginata .
   E. rufomarginata  ocorre do México ao norte da Argentina. As fotos dessa postagem foram feitas em Florânia, no Rio Grande do Norte em 2011.

REVISÃO DO GÊNERO Edessa e CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO Edessa rufomarginata.

"O gênero Edessa, proposto por FABRICIUS (1803), é o maior de Pentatomidae, com cerca de 260 espécies descritas até o momento. Devido à grande quantidade de espécies já conhecidas, além daquelas ainda não descritas (cerca de 300, J. A. M. Fernandes, comun. pess.), torna-se impraticável revisar todo o gênero de uma única vez. Como forma de resolver o problema, FERNANDES & VAN DOESBURG (2000a) propuseram revisar o gênero Edessa, dividindo-o em pequenos grupos de espécies com características morfológicas semelhantes, especialmente na morfologia da genitália. Até o momento,já foram descritos quatro grupos de espécies.
O grupo Edessa rufomarginata se caracteriza por apresentar corpo ovalado; jugas, em vista lateral, inclinadas; distância entre os olhos maior que a metade da largura da cabeça; ângulos umerais obtusos, não-desenvolvidos; ápice do escutelo não alcança o sexto segmento do conexivo; área central na superfície ventral do abdome sem quilha; ângulos póstero-laterais do sétimo segmento abdominal curtos, menores que a metade do comprimento do laterotergito 8 nas fêmeas; comprimento dos laterotergitos 9 subiguais aos laterotergitos 8; coloração da face texturizada da cabeça do parâmero diferente da coloração do parâmero. O grupo E. rufomarginata possui 15 espécies de tamanho médio de 11,2 a 20,7 mm(Silva&Fernandes&Grazia)."

Referências
Eduardo J. Ely e Silva, José A. M. Fernandes & Jocélia Grazia. Caracterização do grupo Edessa rufomarginata e descrição de sete novas espécies (Heteroptera, Pentatomidae, Edessinae). Iheringia, Sér. Zool., Porto Alegre, 96(3):345-362, 30 de setembro de 2006.

Thereza de Almeida Garbelotto.  PENTATOMINAE (HETEROPTERA, PENTATOMIDAE) NO SUL DE SANTA CATARINA. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Biológicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense. CRICIÚMA, SC ,2008.

Edessa rufomarginata. Disponível em: http://www.americaninsects.net/ht/edessa-rufomarginata.html  Acesso em 27 de julho de 2014.

domingo, 13 de julho de 2014

Ninféia Nymphoides humboldtiana (Kunh) Kuntze; Flora do RN

  Planta conhecida popularmente como Ninféia,Coração-flutuante,Estrela-branca,Golfo, Guapeua, Mureré,Soldanela-d’água,Apérana e Lagartixa, entretanto cientificamente seu nome é único,Nymphoides humboldtiana (Kunh) Kuntze.  Ela pertence a família Menyanthaceae, sendo a única espécie dessa família que ocorre de forma espontânea no Brasil (Kissmann & Groth, 1995). Erva aquática flutuante fixa, ocorrendo em áreas alagadas com água doce, parada ou com pouca movimentação (Kissmann & Groth, 1995).          
   Ocorre em solos férteis e argilosos (Pott & Pott, 2000). Lê Cointe (1947) menciona que habita regos, terrenos baixos e nos campos de várzea. A planta acompanha a subida da cheia, crescendo 30 cm por dia até 3,5 m de profundidade, daí morre (Pott & Pott, 2000).
   Em locais de água parada ou de pouca movimentação, pode se tornar uma infestante,cobrindo grandes extensões (Kissmann & Groth, 1995). Em áreas perturbadas pode aumentar o número de plantas. É tida como invasora do arroz irrigado na índia e no Rio Grande do Sul (Pott & Pott, 2000).
   Produz flor durante a maior parte do ano, em maior quantidade durante e no final da cheia. Cada flor dura um dia. O fruto submerge e amadurece na água (Pott & Pott, 2000).
   Propaga-se por semente, pedaços de rizoma com folha (Pott & Pott, 2000) ou folha. As sementes germinam no lodo. Normalmente a multiplicação é vegetativa. Quando uma lâmina foliar permanece dentro da água, em pouco tempo se formam, no ápice do pedúnculo, plantas adventícias que desenvolvem raízes e podem ser separadas quando alcançam um tamanho que permita a auto-sustentação (Kissmann & Groth, 1995). Necessita de muita luz, sob pleno sol ou sombra leve (POtt & Pott, 2000).
   Essa espécie é utilizada como ornamental, medicinal, forrageira e na alimentação humana. A forragem serve para o gado (Pott & Pott, 2000), sendo considerada de qualidade regular (Lê Cointe, 1947). É usada como amarga, digestiva, tônica, vermífuga, contra febres (Pott & Pott,2000) e dispepsia (Machado & Ribeiro, 1951). Planta atraente, que pode ser usada em aquários (Kissmann & Groth, 1995). Planta apícola, ou seja, é visitada por abelhas (Pott & Pott, 2000).
 
  N. humboldtiana é espécie exclusiva do continente americano, sendo encontrada em praticamente todo o território brasileiro e em todos os biomas do Brasil. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa planta em todas as regiões do território norte-rio-grandense,sempre associada a ambientes aquáticos doce,sendo as últimas observações em um riacho no município de São José de Mipibu e na lagoa barrenta em Monte Alegre, suponho que ela ocorra em todos os municípios potiguares.

Referências
CÔRREA, M.P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Colaboração de PENNA, L. de A. Rio de Janeiro: IBDF, 1984. 6v.

Giulietti, A.M.; Santa Izabel, T.S. & Oliveira, R. P. 2015. Flora da Bahia: Menyanthaceae. Sitientibus, Série Ciências Biológicas 754:1-5.

KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. São Paulo: BASF, 1995. 683p. (Tomo III).

LÊ COINTE, P. Árvores e plantas úteis (indígenas e aclimadas): nomes vernáculos e nomes vulgares, classificação botânica, habitat, principais aplicações e propriedades. São Paulo: Companhia editora Nacional, 1947. 506p. (A Amazônia Brasileira, 3).

MACHADO, A.; RIBEIRO, O. Estudo químico da aperana, ‘Limnanthemum humboldtianum’ Griseb. Boletim do Instituto de Química Agrícola, n.22, p. 7-9, 1951.

MISSOURI BOTANICAL GARDEN – MBG. MOBOT. W3 TROPICOS. Specimen database. St. Louis, 2003. Disponível em: http://mobot.mobot.org/W3T/Search/vast.html Acesso: 18/2/2005.

ORNDUFF, R. Neotropical Nymphoides (Menyanthaceae): Meso-american and west indian species. Brittonia, v. 21, oct./dec. 1969.

POTT, V.J.; POTT, A. Plantas aquáticas do pantanal. Brasília: Centro de Pesquisas Agropecuárias do Pantanal, 2000. 404p.: il.

PROJETO: “EXTRATIVISMO NÃO-MADEIREIRO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA AMAZÔNIA (ITTO – PD 31/99 Ver. 3 (I)”. BANCO DE DADOS “NON WOOD”.

ROYAL BOTANIC GARDENS, KEW. World checklist of monocotyledons. Disponível em: http://www.kew.org/epic/ Acesso: 18/04/2005.

THE NEW YORK BOTANICAL GARDEN – NYBG. International Plant Science Center.
The virtual herbarium of the New York Botanical Garden. Nymphoides indica. New York, 1996-2002. Disponivel em: http://nybg.org.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Beija-flor-tesoura Eupetomena macroura (Gmelin, 1788); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Beija-flor-tesoura, beija-flor-rabo-de-tesoura ou tesourão, mas científicamente seu nome é único, Eupetomena macroura. O que significa seu nome científico? do (grego) eu = divindade, deus; e petonemos = sempre sustentado pelas asas, voando; e do (grego) makros = longo, comprido; e ouros, oura = cauda, sendo assim seu nome significa: divindade sustentada pelas asas e que tem a cauda longa ou ave divina com a cauda longa que está sempre voando). Ele pertence à família Trochilidae, essa é a família típica dos beija-flores. A sua vocalização varia de um “Tsak” forte a um chilrear fraco entremeado de “tja-tja-tja”. 

   O beija-flor-tesoura é o maior dos nossos beija-flores. Um indivíduo adulto pesa cerca de 10g e atinge de 15 cm a 19 cm de comprimento, da ponta do bico até a ponta da sua longa cauda bifurcada, que equivale a quase 2/3 do tamanho total. Aliás, essa imensa cauda bifurcada é a sua principal característica. O comprimento da asa é de 72 mm,da cauda 107 mm e do bico 22 mm. 

   Dependendo da iluminação, de longe ele parece todo negro ou de cor azul-marinho, mas em condições perfeitas de iluminação suas cores iridescentes aparecem assim distribuídas pelo corpo: Cabeça, pescoço e parte superior do tórax de um profundo azul violeta; resto da plumagem verde-escuro iridescente. Pequena mancha branca atrás dos olhos; as penas das asas, chamadas rêmiges de cor castanho-escuro; raques das primárias externas alargadas, embora sejam bem menos evidentes que as espécies do gênero Campylopterus; cauda azul-escuro; calções brancos; bico ligeiramente curvado para baixo e preto. Eventualmente apresenta as penas azuladas da fronte tingidas de branco, amarelo, ou de cores diversas, em virtude do acúmulo de pólen proveniente das flores que poliniza. A fêmea é igual ao macho, mas é um pouco menor e mais pálida. Imaturo é igual à fêmea, mas a cabeça é particularmente mais pálida e tingida de marrom.
   Alimenta-se de néctar de flores e também artrópodes (insetos e aracnídeos) que garantem aos beija-flores as proteínas necessárias, absolutamente indispensáveis ao crescimento dos jovens. Pegam insetos em teias de aranha, em frestas de buracos de paredes, em fendas de árvores. É um déspota generalista. Déspota porque ele é dominante sobre qualquer outro beija-flor e os desloca do seu território de alimentação com alto grau de agressividade. Generalista porque ele consegue coletar néctar de praticamente qualquer flor, seja uma minúscula cambará-de-cheiro ou uma enorme flor de pequi, passando por flores de eucaliptos, de goiabeiras, de mangueiras e até a sua preferida flor de malvavisco, sendo importante na polinização de muitas plantas. 

   Na época do acasalamento, o macho faz a corte pairando em pleno voo em frente da fêmea empoleirada. Depois macho e fêmea realizam voos de zigue-zague, ocorrendo voos rasantes do macho sobre a fêmea. O macho separa-se da fêmea imediatamente após a cópula. Um macho pode acasalar com várias fêmeas e com toda a probabilidade, a fêmea também vai acasalar com vários machos. A fêmea é a responsável pela escolha do local e pela construção do ninho. 

   O ninho desta espécie é construído em forma de tigela aberta sobre um ramo mais ou menos horizontal ou em uma forquilha de arbusto ou árvore, a cerca de 2 a 3 metros do solo. Ele é composto por fibras vegetais macias incluindo painas, fiapos de lâminas de xaxim, fragmentos de folhas, liquens, musgo, entre outros, utilizando de líquido (podendo ser saliva, seiva ou néctar regurgitado) que são aderidos extremamente com teias de aranha. 

   Põe de dois a três ovos brancos e alongados nos meses de janeiro e fevereiro. Somente a fêmea incuba os ovos e os filhotes nascem após 15 a 16 dias e são alimentados pela fêmea principalmente com insetos, enquanto o macho defende seu território e as flores com que e alimenta. Os filhotes deixam o ninho com 22 a 24 dias.

   O beija-flor tesoura (Eupetomena macroura) forma leks, ou grandes grupos de machos que cantam em conjunto para atrair o maior número de fêmeas possível para a área. Marco A. Pizo e Wesley R. Silva estudaram leks de beija-flores por 22 meses, observando que os leks ocorrem pouco antes do amanhecer, e o número de machos cantando por manhã variou de seis a 15.
   É freqüentemente o beija-flor mais comum do Brasil centro-oriental. Não costuma ter medo do ser humano, aproximando-se das pessoas para se alimentar nas garrafas com água e açúcar, ou nas flores de seus jardins. É territorialista e extremamente agressivo, principalmente na época da reprodução, quando é capaz de atacar outras aves muito maiores,inclusive gaviões e tucanos e pequenos mamíferos quando se aproximam do ninho. Em algumas épocas do ano quando há menos disponibilidade de néctar, adota uma única árvore, que pode ser um mulungu ou um ipê como a sede de seu território e a defende ferozmente contra qualquer outra ave, principalmente contra outros beija-flores e contra o cambacica ou sebinhos. Ocorrem lutas ritualísticas intraespecíficas em voo em defesa do território. Antes de fazer os voos de ataque, emite um dois estalos rápidos e sai em perseguição. Se o outro beija-flor pousa, fica rodeando-o até esse retomar o voo, escoltando-o para fora do território imaginário. Ágil, mete-se no meio dos arbustos nessas lutas rápidas; chega a acompanhar a fuga do opositor. Nas horas mais quentes do dia, pousa no interior de arbustos ou árvores e pode ficar chilreando longamente. 
   O metabolismo dos beija-flores é considerado o mais acelerado entre as aves. À noite, quando não pode voar, reduz o metabolismo, o coração desacelera, de uma média de 1000 batimentos por minuto para apenas 30.

   Vive em áreas semiabertas, bordas de florestas, capoeiras, cerrados, cerradões, parques e jardins, sendo comum também em ambientes urbanos, como nas grandes cidades. Essa espécie ocorre das Guiana à Bolívia e Paraguai, todo o Brasil, exceto certas regiões da Amazônia. Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), seu estado de conservação atual é pouco preocupante.

   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa ave em todas as regiões do território norte-rio-grandense, sendo as últimas observações nos municípios de Campo Redondo, no interior de um rio seco, e em Parnamirim, pousado na fiação da cidade.

Referências

Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

F. Sagot-Martin, GOP. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

FRISCH, Johan Dalgas&FRISCH, Chistian Dalgas. Aves Brasileiras e Plantas que as Atraem 3ª edição; Ed. Dalgas Ecoltec - Ecologia Técnica Ltda Pág. 214.
LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

Sick, Helrnut. Ornitologia Brasileira; pranchas coloridas Paul Barruel e [ohn P.O'Neill ; coordenação e atualização José F. Pacheco. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

Sigrist, Tomas, Guia de Campo Avis Brasilis, Avifauna Brasileira. Editora Avisbrasilis, Vinhedo, São Paulo, 2009.

Beija-flor-tesoura. Terra da Gente. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/terra-da-gente/platb/fauna/aves/beija-flor-tesoura/ Acesso em 04 de agosto de 2014.

Tesourão. Disponível em: http://www.avespantanal.com.br/paginas/137.htm Acesso em 04 de agosto de 2014.

Beija-flores despostas, paineiras e baobás. Disponível em: http://www.oeco.org.br/convidados/28231-beija-flores-despotas-paineiras-e-baobas Acesso em 04 de agosto de 2014.

Comportamento de cortejo do beija-flor. Disponível em: http://www.ehow.com.br/comportamento-cortejo-beijaflor-sobre_244035/ Acesso em 04 de agosto de 2014.