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domingo, 25 de dezembro de 2016

Baunilha Vanilla bahiana Hoehne

   Planta conhecida popularmente como Baunilha, entretanto seu nome científico é Vanilla bahiana Hoehne. Ela pertence a família Orchidaceae.
    É considerada uma espécie hemiepífita secundária, pois germinam no solo, mas podem viver tanto neste como sobre o tronco de outra planta. 
    Vanilla bahiana é uma orquídea de origem nativa e endêmica do Brasil, ou seja só ocorre nesse país, tendo sido sua ocorrência registrada até o momento para as seguintes regiões e estados respectivamente: Nordeste (Alagoas, Bahia-onde foi descrita em 1950, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo) e Centro-oeste (Distrito Federal). Ela é encontrada nas formações vegetais das Restingas,Florestas Ombrófilas, Floresta Ciliar ou de Galeria nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, sendo frequentemente observada em bordas de mata ou interior das restingas e também nos tabuleiros aqui no Rio Grande do Norte.
   Durante as minhas excursões em solo potiguar tenho observado essa espécie principalmente em nossas restingas, tendo visto-a na RPPN Mata Estrela em Baía Formosa, no Parque Estadual das Dunas do Natal, no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, no Santuário Ecológico de Pipa, em fragmentos de Mata Atlântica de Nísia Floresta e de Goianinha.

Referências
Lopez, Estibaliz Hermoso. Padrão de distribuição espacial de Vanilla bahiana Hoehne (Orchidaceae) no Parque das Dunas, Salvador, Brasil. / Estibaliz Lopez Hermoso; – Salvador, BA, 2015.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.
Vanilla in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB12349 Acesso em: 24 Dez. 2016.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Choca-barrada-do-nordeste Thamnophilus capistratus Lesson, 1840

Indivíduo adulto macho, observado em área de restinga as margens da lagoa de alcaçuz, município de Nísia Floresta,RN.

    Ave conhecida popularmente como Choca-barrada-do-nordeste, entretanto seu nome científico é Thamnophilus capistratus. Ela pertence a família Thamnophilidae, da qual também fazem parte por exemplos, o papa-formiga-vermelho(Formicivora rufa), o chorozinho-da-caatinga(Herpsilochmus sellowi), a choca-do-nordeste(Sakesphorus cristatus) e o choró-boi(Taraba major). 
    Choca-barrada-do-nordeste(T. capistratus) pode ser identificada por exemplo pela presença da íris avermelhada, característica que não ocorre na espécie choca-barrada(Thamnophilus doliatus) da qual foi separada. Ela apresenta dimorfismo sexual, ou seja, o macho é diferente da fêmea, onde o macho tem o corpo todo barrado com preto e branco e tem coroa totalmente preta, enquanto a fêmea tem a plumagem predominantemente castanho-avermelhada, com listras na garganta clara, barriga e coroa castanho-avermelhada. Essa espécie alimenta-se principalmente de insetos que geralmente são capturados em meio a folhagens da vegetação.
    Seu ninho tem formato de taça, no qual a fêmea põe geralmente dois ovos, estes são incubados pelos pais durante aproximadamente duas semanas. Após o nascimento dos filhotes, os pais se revezam para alimentar os filhotes, os quais abandonaram o ninho em cerca de duas semanas.
   Thamnophilus capistratus ocorre em diferentes formações vegetais das Caatingas e também nas restingas do litoral nordestino, sendo uma espécie endêmica do Brasil, com distribuição em toda região do Nordeste do país e norte de Minas Gerais.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo as minhas últimas observações nos municípios de Monte Alegre e Nísia Floresta.

Referências
Avifauna endêmica do brasil. Disponível em: http://www.savebrasil.org.br/1454-2/ Acesso em 18 de dezembro de 2016.

Claydson P. Assis, Marcos A. Raposo, Renata Stopglia e Ricardo Parrini. Validation of Thamnophilus capistratus Lesson, 1840 (Passeriformes : Thamnophilidae). The Auk 124(2):665–676, The American Ornithologists’ Union, 2007.  

SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Feijão-da-praia Canavalia rosea (Sw.) DC.

    Planta conhecida popularmente como Feijão-da-praia, entretanto seu nome científico é Canavalia rosea (Sw.) DC e ela pertence a família Fabaceae.
    Espécie nativa, terrestre de porte herbáceo, trepadeira com caule rastejante, sendo encontrada na vegetação de Restinga no Bioma Mata Atlântica, mas também ocorre na Amazônia, além de encontrada também nas ilhas de Fernando de Noronha e Trindade. 
    No Brasil, sua distribuição estende-se pelas seguintes regiões e respectivos estados: Norte (Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo).
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Leste Potiguar, presente em dunas e praias do litoral, desempenhando importante papel na fixação das dunas da região costeira.

Referências

Canavalia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB82745>. Acesso em: 11 Dez. 2016.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.





domingo, 4 de dezembro de 2016

Borboleta Biblis hyperia Cramer, 1779

Registro no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte,Natal,RN. Mas já observei-a em outros locais do estado.
     A borboleta da espécie Biblis hyperia não apresenta dimorfismo sexual, ou seja, ambos os sexos são idênticos aparentemente. Ela é encontrada na região neotropical desde o México até o Paraguai, estando presente também  nas ilhas do Caribe. Pode ser facilmente encontrada vivendo em em ambientes alterados como clareiras nas florestas, pastagens, margens de estradas e rios, mas também ocorre em fragmentos de florestas. 
  Essa espécie geralmente é observada sozinha, seu voo é relativamente lento,permitindo que a faixa rosa brilhante na parte inferior das asas, fique quase sempre visível, alertando as aves(predadores) que ela não é "palatável". O sabor "desagradável" deve-se provavelmente a presença de toxinas em seu corpo, oriundas de plantas da família Euphorbiaceae que é a principal fonte de alimento das lagartas(fase larval) da espécie.

Referência
Biblis hyperia CRAMER, 1779. Disponível em http://www.learnaboutbutterflies.com/Andes%20-%20Biblis%20hyperia.htm Acesso em 03 de dezembro de 2016.




domingo, 27 de novembro de 2016

Macambira-de-flecha Encholirium spectabile Mart. ex Schult. & Schult.f.

  Encholirium spectabile é uma espécie de bromélia(família Bromeliaceae) de porte herbáceo(erva), que se desenvolve em afloramentos rochosos nos biomas da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.
    É uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ou seja, só ocorre nesse país, sendo registrada apenas em território dos estados da região Nordeste(exceto no Maranhão).
    Ela serve de abrigo para alguns animais como lagartos, aves e até a abelha Xylocopa (Monoxylocopa) abbreviata , que constroem seu ninho nas hastes das inflorescências dessa bromélia, que também serve de alimento para outras espécies típicas da região semi-árida.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar, sempre se desenvolvendo sobre ou entre afloramentos rochosos.


Referências
Forzza, R.C.; Costa, A.; Siqueira Filho, J.A.; Martinelli, G.; Monteiro, R.F.; Santos-Silva, F.; Saraiva, D. P.; Paixão-Souza, B.; Louzada, R.B.; Versieux, L. 2015 Bromeliaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB16601.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Ramalho, Mauro; Milson A. Batista; Maise Silva. Xylocopa (Monoxylocopa) abbreviata Hurd & Moure (Hymenoptera: Apidae) e Encholirium spectabile (Bromeliaceae): uma associação estreita no semi-árido do Brasil tropical.  Neotrop. Entomol. vol.33 no.4 Londrina July/Aug. 2004

domingo, 20 de novembro de 2016

Chorozinho-da-caatinga Herpsilochmus sellowi Whitney & Pacheco, 2000

   Ave conhecida popularmente como Chorozinho-da-caatinga, entretanto seu nome científico é Herpsilochmus sellowi, sendo descrita no ano 2000 pelos cientistas Bret M. Whitney e José Fernando Pacheco. 
    Ela atinge cerca de 12cm de comprimento, sendo a aparência do macho diferente da fêmea, ou seja a espécie apresenta dimorfismo sexual. Enquanto que o macho tem o dorso acinzentado e o ventre esbranquiçado, a fêmea tem o dorso oliváceo e o ventre é amarelado. Mas ambos apresentam uma pequena faixa atrás do globo ocular. Alimenta-se de insetos.
    Espécie endêmica do Brasil(só ocorre nesse país) que ocorre em toda região Nordeste do país, sendo registrada também para os estados de Tocantins e Minas Gerais. Vive na floresta da Caatinga,na Floresta Estacional Semidecídua e Decídua, na Restinga e em áreas de transição entre Caatinga e Cerrado. Suspeita-se de que as populações dessa espécie estejam em declínio devido principalmente a perda de habitat.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na Mesorregião Leste Potiguar(maior ocorrência),sendo minhas últimas observações nos municípios de Natal,Tibau do Sul e Nísia Floresta, porém sabe-se que ela também ocorre no interior do estado.

Referências


BirdLife International. 2012. Herpsilochmus sellowi. The IUCN Red List of Threatened Species 2012: e.T22701558A39145936. http://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2012-1.RLTS.T22701558A39145936.en. Downloaded on 20 November 2016.

Silva, Marcelo da. Aspectos ecológicos de Herpsilochmus (Passeriformes, Thamnophilidae) no domínio da mata atlântica no Rio Grande do Norte. – Natal [RN], 2007. 62 f.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Craibeira Tabebuia aurea (Manso) Benth. & Hook.

     Planta conhecida popularmente como Craibeira, Craiba, Caraúba, Caraíba, Pau d´arco, Ipê-amarelo, Ipê, Caraíba, Paratudo, Paratudo-do-campo e Cinco-folhas-do-campo, entretanto seu nome científico é Tabebuia aureaPertence a família Bignoniaceae, da qual também fazem parte por exemplo, o Ipê-roxo e o Ipê-branco.
   Árvore com "folhas opostas, longas-pecioladas, 5 a 7 digitadas de folíolos oblongos ou lanceolado-oblongos, coriáceos. Flores com estrias vermelho-escuras no lábio inferior,amarelas, grandes, aromáticas e dispostas em inflorescências do tipo panícula terminal. Seu fruto é uma cápsula lanceolada, de cor cinzento-ferrugínea, com sementes aladas(p. 157; BRAGA,R.; 1996)".
   Sua madeira apresenta alta durabilidade, usada na construção civil, como vigas e traves, na construção naval através de tábuas para embarcação, cabos de ferramenta. Essa espécie também é usada com valor medicinal, ornamental, apícola(visitada por abelhas) e em reflorestamento.
   No Brasil, se desenvolve em diferentes formações vegetais, tais como: Floresta Estacional Decidual, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial),Carrasco, Cerrado (lato sensu) e Área Antrópica, nos biomas da Caatinga, Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Sua distribuição nesse país estende-se pelas seguintes regiões e respectivos estados:Norte (AP, PA, AM, TO), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE),Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS), Sudeste (MG, SP) e Sul (PR).

Referências

Lohmann, L.G. Bignoniaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB114257 Acesso em: 18 Out. 2016.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg:157.

domingo, 23 de outubro de 2016

Mofumbo Combretum leprosum Mart.

    Planta conhecida popularmente como Mofumbo, Mufumbo,Carne-de-vaca,Graxama-branca,Vaqueta,Marmeleiro ou Cipoaba, entretanto seu nome científico é Combretum leprosum Mart.
    Espécie nativa de porte arbustivo ou arbóreo, podendo atingir cerca 6m de altura. Apresenta "folhas opostas,pecioladas,inteiras,ovadas ou oblongas, agudas na base, membranosas, escabrosas. Suas flores pequenas formam inflorescências do tipo panículas terminais,amarelas. Seu fruto é do tipo sâmara aveludada ( p. 372,BRAGA,R., 1996)."
   Segundo a literatura tem valor medicinal, sendo por exemplo suas folhas e entrecasca hemostáticas, sudoríficas e calmantes. Além disso, sua madeira é usada como lenha(quando de maneira descontrolada é uma ameaçada a espécie), na confecção de utensílios domésticos e suas flores são importantes fontes de néctar e pólen para alguns animais, especialmente abelhas.
    No Brasil,ela se desenvolve em diferentes formações vegetais, como: Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual,Caatinga (stricto sensu), Carrasco, Cerrado (lato sensu), no biomas da Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica. Nesse país, sua distribuição estende-se pelas seguintes regiões e respectivos estado brasileiros: Norte (PA, AM, TO), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA), Centro-Oeste (MT, GO, MS) e Sudeste (ES,MG).
  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, já observei essa espécie principalmente nas mesorregiões Central Potiguar e Oeste Potiguar, sendo as fotos acima feitas no município de Luís Gomes, na região conhecida como "Relo".

Referências

Marquete, N.; Loiola, M.I.B. Combretaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB6906 Acesso em: 18 Out. 2016.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg:372.

domingo, 16 de outubro de 2016

Pitiguari Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789)

    Ave conhecida popularmente como Pitiguari, Vira-folha, Gente-de-fora-vem e Tem-cachaça-aí, entretanto seu nome científico é Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789).
    Cada indivíduo adulto pode alcançar 16cm de comprimento e 28 gramas de peso. Apresenta cabeça relativamente grande, bico adunco, cabeça acinzentada, a cor da íris varia de amarelo a vermelho, fronte e as sobrancelhas marrom-ferrugíneas, dorso pardo-esverdeado e peito verde-amarelado.
   Alimenta-se de animais invertebrados e alguns frutos. Durante o período reprodutivo(julho a novembro) os casais cantam muito. A fêmea constrói um ninho pequeno com fibras vegetais, onde põe três ovos em média, sendo incubado tanto pelo macho como pela fêmea durante aproximadamente 14 dias.
  Vive em meio a vegetação densa em bordas e clareiras de florestas, em capoeiras, plantações, cerrados, caatingas, campos, mangues e ambiente urbano bem arborizado. Comum em quase todo o Brasil, ocorrendo em todas as regiões do país, exceto em pequena área da Amazônia ocidental. Ocorre também do México à Bolívia e Argentina.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Leste Potiguar, mas ela é relativamente comum em todo território potiguar. Geralmente ouvimos ela vocalizar, porém não é fácil de vê-la, pois geralmente canta no meio da copa de arbustos e árvores, estando escondida entre as folhas, desse fato surgiu um dos seus nomes vulgares aqui no interior do RN, "Vira-folha". 

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

Sigrist,Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis: Avifauna Brasileira. São Paulo: Avis Brasilis,2014.

domingo, 9 de outubro de 2016

Maria-preta Vitex cf. rufescens A.Juss.


     A Maria-preta(Vitex rufescens) é uma planta terrestre que pertence a família Lamiaceae.
   Ela apresenta flor azul ou lilás, fruto do tipo drupa com  que quando maduro é de cor arroxeada. Espécie de porte arbustivo(arbusto) a arbóreo(árvore), variando sua altura de 2 a 8m, é de origem nativa sendo endêmica do Brasil, ou seja, ocorre exclusivamente nesse país. 

   Ocorre em diferentes formações vegetais e biomas, tais como: Campo Rupestre, Cerrado (lato sensu), Floresta Ciliar ou Galeria, Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Restinga. Sendo assim, é encontrada nos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, tendo sido sua ocorrência confirmada pela literatura científica até o momento, nas seguintes regiões e estados brasileiros: Norte (Pará), Nordeste (Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais).

Referências

França, F. 2020. Vitex in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB8373>. Acesso em: 28 fev. 2021.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg:113.

domingo, 2 de outubro de 2016

Asa-de-telha-pálido Agelaioides fringillarius (Spix, 1824)

    Ave conhecida popularmente como Asa-de-telha-pálido, Cajaca e Casaca-de-couro, entretanto seu nome científico é Agelaioides fringillarius (Spix, 1824). Pertence a família Icteridae,da qual também fazem parte por exemplo a Polícia-inglesa-do-sul(Sturnella superciliaris), o xexéu(Cacicus cela), o vira-bosta(Molothrus bonariensis) e o garibaldi(Chrysomus ruficapillus).
    Indivíduos adultos alcançam cerca de 18cm de comprimento. Essa espécie é considerada parasita, pois geralmente usa ninhos construídos por outras aves, principalmente da espécie Pseudoseisura cristata, entretanto constrói seu ninho(câmera de incubação) dentro do ninho da espécie parasitada, no qual colocam seus ovos brancos. 
   Tem ocorrência confirmada até o momento na região Nordeste do Brasil e norte de Minas Gerais, habitando a Caatinga e os carnaubais.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar, principalmente na "microrregião Seridó".
Referência
CLEMENTS, J. F.; The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell: Cornell University Press, 2005.

Sigrist,Tomas. Guia de Campo Avis Brasilis: Avifauna Brasileira. São Paulo: Avis Brasilis,2014.

domingo, 25 de setembro de 2016

Cajarana-de-macaco Homalolepis bahiensis (Moric.) Devecchi & Pirani

  Planta conhecida popularmente como Cajarana-de-macaco, Calunga ou Fel-da-terra, entretanto seu nome científico é Homalolepis bahiensis (Moric.) Devecchi & Pirani.
  Espécie de porte arbustivo a arbóreo com copa densa, e que pode apresentar altura variando de 2m a 6m de altura. Suas flores são esverdeada e apresentam cheiro forte adocicado, enquanto que os frutos imaturos são verde-ferrugíneos.  De acordo com alguns moradores de Baía Formosa essa planta é  utilizada tradicionalmente no tratamento de diarreias, dores, inflamações,úlceras gástricas e para diabete.
   Espécie de origem nativa, endêmica(exclusiva) do Brasil, encontrada na vegetação de restinga(tabuleiro litorâneo) que faz parte do "bioma Mata Atlântica", tendo a ocorrência confirmada apenas para a região Nordeste(Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe) do país. 

Referências
Devecchi, M.F.; Pirani, J.R.; Thomas, W.W. Simaroubaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB604259>. Acesso em: 29 Set. 2019.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Guracava-de-topete-uniforme Elaenia cristata Pelzeln, 1868

  Ave conhecida popularmente como Guracava-de-topete-uniforme,Guaracava-de-topete,Maria-é-dia,papa-enxeico ,cocuruta, curucutado-topetudo, entretanto seu nome científico é único,Elaenia cristata Pelzeln, 1868. 
  Indivíduos adultos dessa espécie alcançam cerca de 15cm de comprimento e 18g de peso,apresentam topete com penas escuras mais eretas,asas com duas faixas esbranquiçadas, barriga acinzentada, exceto no período pós muda(janeiro a março) quando ficam um pouco amarelada. 
Geralmente se reproduz no período de setembro a dezembro, sendo o ninho construído em forquilha, no qual a fêmea põe em média dois ovos brancos com algumas manchinhas de cor vermelha.
   Habita a vegetação de restinga e cerrados,onde alimenta-se de frutos e insetos, ocorrendo no Brasil(em todas as regiões, exceto Sul), Bolívia, Colômbia,Guiana, Guiana Francesa,Peru, Suriname e Venezuela.



Referências

BirdLife International (2016) Species factsheet: Elaenia cristata. Disponível em http://www.birdlife.org/datazone/species/factsheet/22699289/additional Acesso em 11/09/2016.

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 11 de setembro de 2016

Borboleta Heliopetes arsalte Linnaeus, 1758

    Borboleta da família Hesperiidae que pertence a espécie Heliopetes arsalte(Linnaeus, 1758). Ela vive principalmente em ambientes naturais de vegetação aberta e áreas antropizadas, mas também é observada em florestas, entre zero e 1500m de altitude. 

Referências
Neuza A. P. SILVA ; Eliezer B. ARAÚJO; Olaf H. H. MIELKE; Helena C. MORAIS. ASPECTOS BIOLÓGICOS DE Heliopetes arsalte (LINNAEUS, 1758) (Hesperiidae, Pyrginae) EM CERRADO DO DISTRITO FEDERAL. Biosci. J., Uberlândia, v. 28, n. 1, p. 114-117, Jan./Feb. 2012

domingo, 4 de setembro de 2016

Maracujá Passiflora cf. foetida L.

    Planta nativa da família Passifloraceae, conhecida popularmente como Maracujá, entretanto seu nome científico é Passiflora foetida L.
  Espécie trepadeira que ocorre na vegetação em floresta pluvial,campos, áreas antrópicas e caatinga, apresentando distribuição em todos os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, tendo sua ocorrência confirmada nas cinco regiões do Brasil: Norte (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo) e Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina). 

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Passiflora in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB12529>. Acesso em: 04 Set. 2016






domingo, 28 de agosto de 2016

Aracuã-de-barriga-branca Ortalis araucuan (Spix, 1825)

  Ave conhecida popularmente como Aracuã ou Aracuã-de-barriga-branca, entretanto seu nome científico é Ortalis araucuan (Spix, 1825). 
   Pertence a família Cracidae, onde se encontram aves conhecidas vulgarmente como jacus e mutuns além dos aracuãs. 
  Tem ocorrência confirmada nos seguintes estados brasileiros: Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. É  considerada  como uma espécie endêmica da Mata Atlântica.
   Aqui no Rio Grande do Norte, é encontrada na vegetação de restinga arbustiva e "tabuleiros litorâneos," que estão inseridos no Bioma Mata Atlântica. Já observei a espécie nos municípios de Natal(Parque Municipal da Cidade do Natal Dom Nivaldo Monte e Parque Estadual das Dunas), Monte Alegre, Nísia Floresta(Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guarairas), tabuleiros da Mata do Pilão em Espírito Santo.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 21 de agosto de 2016

Ludwigia helminthorrhiza (Mart.) H.Hara


   Ludwigia helminthorrhiza (Mart.) H.Hara é uma espécie de planta da família Onagraceae.
   Erva aquática nativa, que tem ocorrência registrada no Brasil nas seguintes regiões e respectivos biomas: Norte (PA), Nordeste (CE, BA) e Centro-Oeste (MS), na Amazônia, Caatinga e Pantanal.

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Reflora - Herbário Virtual. Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do?idTestemunho=2679661 Acesso em 10/7/2016

domingo, 14 de agosto de 2016

Saí-azul Dacnis cayana

    Ave conhecida popularmente como Saí-azul, Saí-bicudo, Bico-fino e Azulego, entretanto seu nome científico é único, Dacnis cayana(Linnaeus, 1766). 
   Cada indivíduo adulto dessa espécie atinge cerca de 13cm de comprimento e peso aproximado de 16g. O macho apresenta diferença visível da fêmea, ou seja dimorfismo sexual, enquanto o macho é predominantemente azulado, com o mento e o dorso em negro e pernas em vermelho claro, a fêmea é principalmente esverdeada com a cabeça um pouco azulada e tem pernas alaranjadas. 
   Durante o período reprodutivo ocorre divisão de tarefas pelo casal, enquanto a fêmea constrói o ninho, o macho defende o território. O ninho tem o formato de uma taça profunda, geralmente fixada com teias de aranha a uma forquilha. Nesse, a fêmea põe de 2 a 3 ovos que também são incubados por ela. Ao nascerem, os filhotes são alimentados pelos pais e se mantém no ninho por aproximadamente 13 dias.
   Habita bordas de florestas, tabuleiros com árvores esparsas, copas de mata alta, florestas de galeria. Alimenta-se de frutos,néctar, insetos e outros pequenos artrópodes. As vezes é observado em pequenos bandos mistos com espécies dos gêneros Cyanerpes e Tangara.
  Apresenta ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em todas as regiões do país, além de ser encontrado também nos demais países da América do Sul(exceto no Chile e Uruguai) e de Honduras ao Panamá.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Leste Potiguar, sendo as minhas últimas observações nos município de São José de Mipibu e Tibau do Sul.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 7 de agosto de 2016

Borboleta Hylephila cf. phyleus (Drury, 1773)

     Essa borboleta pertence a família Hesperiidae, sendo da espécie Hylephila phyleus (Drury, 1773). Ela é encontrada geralmente em áreas abertas, como campos e bordas de matas, ou seja, em ambiente ensolarado.

domingo, 31 de julho de 2016

Jurubeba-roxa Solanum paludosum Moric.

    Planta conhecida popularmente como Jurubeba-roxa, entretanto seu nome científico é Solanum paludosum(Moric.). Pertence a família Solanaceae, da qual também faz parte por exemplo, a Jurubeba.
   S. paludosum é uma espécie nativa que apresenta ampla distribuição na América do Sul, tendo ocorrência registrada na Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela(Estado Bolivar) e no Brasil. Em território brasileiro ocorre nas seguintes regiões e respectivos biomas: Norte (RR, AP, PA, AC), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE) e Sudeste (RJ), na Amazônia e Mata Atlântica.
   Ela apresenta importante potencial farmacológico devido a atividades curarizante apresentada pelo extrato de suas raízes, e moluscicida que foi evidenciada em seus frutos, sendo estes considerados tóxicos.

Referências

Ionaldo José Lima Diniz Basílio , Maria de Fátima Agra e Jnanabrata Bhattacharyya. Estudo farmacobotânico de folhas de Solanum paludosum Moric. (Solanaceae). Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 651-653, jul. 2007.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Reflora - Herbário Virtual. Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do?idTestemunho=2907573 Acesso em 10/7/2016

sábado, 23 de julho de 2016

Golfe Hydrocleys martii (Seub).

Macrófita aquática(Hydrocleys martii) fotografada em tanque natural em São Rafael,Rio Grande do Norte.
   Planta conhecida popularmente como Golfe que pertence a família Alismataceae, sendo seu nome científico de Hydrocleys martii (Seub).
   Erva aquática de 20 a 80 cm de comprimento que apresenta folhas flutuantes do tipo elíptica e orbicular, suas flores amarelas são actinomorfas e seus frutos são do tipo aquênio. Espécie flutuante livre encontrada em porções de água perenes.
   Ela é nativa e tem ocorrência registrada no Brasil nas seguintes regiões e respectivos biomas: Norte (PA), Nordeste(PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL), Centro-Oeste (MT) e Sul (SC), na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Referências
Ivanilza Moreira De Andrade, Maria Francilene Souza Silva, Maria Da Conceição Alves Costa, Simon Joseph Mayo. Guia De Campo Macrófitas Do Delta Do Parnaíba. Clube de Autores, 2015.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Reflora - Herbário Virtual. Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do?idTestemunho=2234949 Acesso em 10/7/2016.

domingo, 17 de julho de 2016

Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris Vieillot, 1818

    Ave conhecida popularmente como Sabiá-laranjeira, Sabiá-laranja, Sabiá-amarelo, Sabiá vermelho, Sabiá-de-barriga-vermelha,Sabiá-de-peito-roxo,Sabiá-cavalo,Sabiá-ponga,Sabiá-coca,Sabiá-piranga,Sabiá-gongá,Sabiá-poca. Entretanto seu nome científico é Turdus rufiventris Vieillot, 1818. Qual o significado desse nome? A primeira palavra, o gênero Turdus é de origem latina, quer dizer "tordo" e o segundo nome rufiventris vem de rufi ou rufa em latim que quer dizer "castanho, vermelho" e ventris que quer dizer ventre. Sendo assim, seu nome científico significa literalmente "Tordo com ventre castanho".
    Pertence a família Turdidae, da qual também fazem parte por exemplo, Sabiá-barranco(Turdus leucomelas ), Sabiá-una(Turdus flavipes) e Sabiá-poca(Turdus amaurochalinus).
Indivíduos adultos atingem cerca de 25 cm cada, pesando a fêmea aproximadamente 78 gramas e o macho 68 gramas. Sua plumagem é parda, sendo a região ventral de cor ferrugínea-laranja, enquanto seu bico é amarelo-escuro, sendo esse padrão comum tanto a machos como fêmeas,pois não apresentam dimorfismo sexual. Alimenta-se de de pequenos animais como insetos, minhocas e frutos maduros. Constroem seus ninhos geralmente em árvores e arbustos ou até mesmo na parte protegida dos telhados, onde a fêmea põe cerca de 3 ovos por postura, sendo incubados por aproximadamente 13 dias.
   Nessa espécie é comum observar apenas um indivíduo ou aos pares, mas as vezes pode ser vista em bandos familiares. Vive em áreas abertas como bordas de matas, capoeiras, bordas de estradas, pomares,parques e também em outras áreas urbanas bem arborizadas e que tenha disponibilidade de água. Ave de canto belíssimo, sendo considerada ave símbolo nacional.
    Ocorre em grande parte do território brasileiro oriental e central, desde o estado do Maranhão até o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Também é encontrada em outros países da América do Sul, como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa ave pouquíssimas vezes. Entretanto sabe-se que há alguns poucos registros dessa espécie em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar).

Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

ROMA, Júlio César. Classificação Científica dos Pássaros. In: Brasil 500 Pássaros. Centrais Elétricas
do Norte do Brasil S. A. (org) – Eletronorte. Eletrobrás. Ministério de Minas e Energia. Brasília:
Assessoria de Comunicação Empresarial da Eletronorte, 2000. 250 p.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 10 de julho de 2016

Sucupira Bowdichia virgilioides Kunth


  Planta conhecida popularmente como Sucupira, Sucupira-preta, Sucupira-branca, Sucupira-do-cerrado, Sucupira-do-campo,Sucupira-mirim, Sucupira-açu, Sucupira-amarela, Sucupira-da-praia, Cutiúba, Cutiubeira, Sebepira, Cutiubeira, Acari-açu e Paricana, entretanto seu nome científico é Bowdichia virgilioides. Ela pertence a família Fabaceae( Leguminosae-Papilionoideae) da qual também fazem parte por exemplo, Mulungu(Erythrina velutina) e Cumaru(Amburana cearensis).      Essa espécie de porte arbóreo tem altura variável de 8 a 16 m de acordo com tipo de solo e tronco apresentando casca grossa, rugosa e acinzentada. Suas folhas são compostas pinadas, com número variável de 9 a 21 folíolos pubescentes, enquanto que suas flores de cor violeta tem até 3 cm de comprimento e se dispõe em panículas terminais. Seus frutos indeiscentes do tipo legume são vagens com cerca de 5 cm de comprimento. Durante o verão quando perde quase todas as suas folhas florescem e no final do mês de outubro se desenvolvem os primeiros frutos.
   A sucupira(Bowdichia virgilioides) é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, típica do cerrado. Considerada uma espécie pioneira se desenvolvendo tanto em formações primárias como secundárias e adaptada a terrenos secos e pobres(LORENZI, 2002). 
   Sua madeira de cor pardo-escura é pesada(densidade 0,91 g/cm³), fibrosa, sendo utilizada para diversos fins, como: esteios, dormentes, postes, linhas, tabuados, torno e fuso de prensas, trabalhos de marcenaria e carpintaria(BRAGA,1996). É considerada uma árvore ornamental devido a beleza das suas flores, sendo indicada para projetos paisagísticos nas cidades.

   "Segundo a medicina popular suas cascas amargas e adstringentes são empregadas com proveito nas diarréias crônicas e como depurativo. Ainda segundo o conhecimento popular as cascas das raízes passam por mais energéticas. Suas folhas são forraginosas ( p. 449,BRAGA,R., 1996)."
  Ocorre nos estados brasileiros do Pará,Amazonas,Amapá,Tocantins, Rondônia, Roraima, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e todos estados da região Nordeste, sendo encontrada nos Biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Pantanal. Há registros também nos países da Venezuela e nas Guianas.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei até o momento essa espécie, nos municípios de Natal no Parque das Dunas, em Parnamirim na Mata do Jiqui e em Baía Formosa na RPPN Mata estrela.

Referências
BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2.  Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.

sábado, 2 de julho de 2016

Polícia-inglesa-do-sul Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850)

   Ave conhecida popularmente como Polícia-inglesa-do-sul, Papa-arroz, Puxa-verão,Cheque ou Flamengo, entretanto seu nome científico é Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850).
  Pertence a família Icteridae,da qual também fazem parte por exemplo a Iraúna-de-bico-branco(Procacicus solitarius ), o xexéu(Cacicus cela), o vira-bosta(Molothrus bonariensis) e o garibaldi(Chrysomus ruficapillus).
   Indivíduos adultos atingem cerca de 18cm de comprimento e peso de aproximadamente 50g. O macho apresenta uma faixa branca sobre o olho,a plumagem do peito vermelha(intensa durante a reprodução) e na parte superior a coloração é negra, enquanto que a fêmea possui plumagem com vários tons de marrom, peito riscado e suavemente marcado de vermelho.
    Alimenta-se de insetos,larvas e sementes. Constroem os ninhos na vegetação rasteira na altura do chão, escondidos geralmente em moitas de capim, onde põe até 5 ovos.
   Habita área de várzeas e os campos úmidos de vegetação rasteira, sendo encontrado em algumas regiões em determinadas épocas do ano bandos na vegetação rasteira das margens de rios, sendo também observado frequentemente em plantações de arroz e outros campos de cultura.
   Ocorre em quase todo o território brasileiro, exceto na maioria dos estados da região Norte(sendo encontrado em Rondônia e Tocantins) e também da Argentina ao sul do Peru.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões potiguares(Mesorregião Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo as minhas últimas observações especialmente na mesorregião Leste do estado e os meus últimos registros foram no município de Monte Alegre.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 26 de junho de 2016

Pinhão-bravo Jatropha mollissima (Pohl) Baill

   Planta conhecida popularmente como Pinhão-bravo,Pinhão-branco entretanto seu nome científico é Jatropha mollissima (Pohl) Baill. Pertence a família Euphorbiaceae, da qual também fazem parte por exemplo a Favela(Cnidoscolus quercifolius) e a Urtiga(Cnidoscolus urens).
    Espécie de porte herbáceo a arbustivo podendo atingir 3m de altura,lactescente (leitoso), caule de casca lisa,fina e esfoliante. Suas folhas são grandes e apresentam cinco lobos com margem denteada. Ela possui flores masculinas e femininas, sendo as primeiras avermelhadas e as últimas alvo-amareladas. As flores masculinas possuem pólen e néctar enquanto que as flores femininas possuem apenas  néctar, servindo estes de alimentos para diversos insetos, como vespas, abelhas e borboletas. Floresce tanto na estação chuvosa como seca, podendo assim ser utilizada como planta ornamental. O fruto (3 cm) é um cápsula com 3 sementes e apresenta deiscência explosiva.
  O látex avermelhado que pode ser extraído do caule é empregado na "medicina popular" no combate a úlceras, além de ser usado pelas abelhas como fonte de resina. Ainda segundo a medicina tradicional o látex e as folhas atuam como cicatrizantes em cortes ou feridas e as folhas ainda tem propriedades antirreumáticas. Enquanto que o óleo extraído das sementes tem propriedade purgante, pode ser usado na fabricação de sabões, tintas, lubrificante e como combustível. Já as raízes possuem substâncias que ajudam no combate a tumores e a leucemia.
    Espécie nativa que ocorre na região Semi-árida no bioma Caatinga e na Mata de altitude.

Referências
Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Castro, Antonio Sérgio e Arnóbio Cavalcante. Flores da caatinga. Campina Grande: Instituto Nacional do Semiárido, 2010.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg. 413.

sábado, 18 de junho de 2016

Bico-de-lacre Estrilda astrild (Linnaeus, 1758)


   Ave conhecida popularmente como Bico-de-lacre, Bico-de-lata, Beijo-de-moça e Bombeirinho, entretanto seu nome científico é único, Estrilda astrild. 
 Espécie exótica introduzida, originária da África que alcança comprimento total de 105 mm e peso de 8 gramas. Os indivíduos adultos machos são semelhantes as fêmeas, entretanto naqueles o crisso(parte terminal do abdômen das aves) e as coberteiras inferiores(tetrizes-"penas de cobertura" que recobrem as penas da cauda) da cauda são negras, enquanto que são pardo-escuros nos indivíduos do sexo feminino. Além disso ambos possuem bico e máscara encarnada(daí o nome lacre), porém os imaturos apresentam o bico negro como principal característica distintiva dos adultos.
   Ave gregária da família Estrildidae que podem ser visto formando bandos em áreas campestres com variedades da espécie de gramínea Panicum maximum, que também é originária da África, sendo as sementes desses capins a alimentação exclusiva dos indivíduos adultos de Estrilda astrild. Não brigam por alimentos com aves brasileiras quando estão comendo juntos em capinzais.Durante o período reprodutivo o macho realiza cerimônias pré-nupciais, inclusive o canto do macho faz parte destas. O ninho é construído pelo casal com hastes de capins e algumas penas de galinha ou algodão e apresenta forma esférica ou oval, onde a fêmea põe em média 3 pequenos ovos branco-uniformes, que são incubados pelo casal durante cerca de 11 dias (SICK,H.,1997). Após o nascimento os filhotes ficam cerca de 18 dias ainda no ninho. 
   No Brasil apresenta ampla distribuição, não tendo sido registrado sua ocorrência ainda apenas nos estados de Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em terrenos baldios na área urbana e em campos mais afastados de residências de todas as mesorregiões do estado(Mesorregião Leste Potiguar(maior ocorrência), Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo minhas últimas observações nos municípios de São José de Mipibu, Monte Alegre, Parnamirim,Natal e Baía Formosa. Na região Metropolitana de Natal hoje é sem dúvida uma das aves mais facilmente observada, podendo ser vista ás vezes formando bandos de pelo menos 4 a 20 indivíduos.

Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

ROMA, Júlio César. Classificação Científica dos Pássaros. In: Brasil 500 Pássaros. Centrais Elétricas
do Norte do Brasil S. A. (org) – Eletronorte. Eletrobrás. Ministério de Minas e Energia. Brasília:
Assessoria de Comunicação Empresarial da Eletronorte, 2000. 250 p.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sábado, 11 de junho de 2016

Quixabeira Sideroxylon obtusifolium

   Planta conhecida popularmente como Quixabeira, Quixaba, Sapotiaba, Sacutiaba, Coronilha, Coca, Maçaranduba-da-praia, Miri e Rompe-gibão, entretanto seu nome científico é Sideroxylon obtusifolium.
  Espécie de porte árboreo, podendo chegar atingir de 7 até 18m de altura, bastante ramificada, apresentando muitos espinhos em seus galhos, folhas inteiras,simples alternadas e coriáceas. Suas flores hermafroditas são pequenas, de coloração creme e são visitadas principalmente por abelhas, moscas, vespas e borboletas. Seu fruto comestível é do tipo baga e apresenta coloração de roxo-escura a negra quando madura com uma semente. A sua madeira pode ser usada na construção civil e na marcenaria. É considerada uma espécie de grande potencial pela medicina popular, sendo a sua "casca usada para dores em geral, úlcera duodenal, gastrite, azia, inflamação crônica, lesão genital, inflamação dos ovários, cólicas, problemas renais e cardíacos, diabetes e como expectorante" (Beltrão et al. 2008). Devido principalmente a extração excessiva e descontrolada dessa espécie para uso medicinal, ela encontra-se atualmente ameaçada de extinção.
   Espécie nativa encontrada atualmente nas seguintes regiões brasileiras e biomas: Nordeste(MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE),Norte (TO), Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS), Sudeste (MG, ES, SP, RJ) e Sul (PR, SC, RS) nos biomas Caatinga, Cerrado, Mata atlântica e Pantanal. 

Referências
BELTRÃO, A.E.S., TOMAZ, A.C.A., BELTRÃO, F.A.S. & MARINHO, P. 2008. In vitro biomass production of Sideroxylon obtusifolium (Roem & Schult). Revista Brasileira de Farmacognosia, 18(1): 696-698.

LORENZI, H., BACHER, L., LACERDA, M. & SARTORI, S. 2006. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: (de consumo in natura). São Paulo: Plantarum. 640 p.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

sábado, 4 de junho de 2016

Marimbondo Polybia occidentalis occidentalis (OLIVIER, 1791)

  Vespa social conhecida popularmente como Marimbondo-estrela, Marimbondo-farinha-seca ou Marimbondo-fura-olho, entretanto seu nome científico é Polybia occidentalis occidentalis.
  Essa espécie apresenta coloração preta com várias marcas e listras amarelas sobre o corpo. Ela apresenta ampla distribuição geográfica, tendo sido registrada sua ocorrência em boa parte da América tropical, sendo relativamente comum em vários estados brasileiros(AM, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MT, PA, PB, PE, PR, RJ, RN, RO, RR, RS e SP.), inclusive é abundante aqui no Rio Grande do Norte. 
  Apesar de ser considerado um animal peçonhento, essa vespa é pouco agressiva, atacando geralmente apenas quando perturbada e assim como outras vespas, ela é importante como agente controladora de outros insetos. Além disso, pesquisadores já isolaram substâncias da sua glândula de veneno, que nos primeiros testes demonstraram grande potencial anestésico até maior que a da morfina. 


Referências
Henrique-Simões et al. . Social wasps of Unilavras/Boqueirão Biological Reserve, Brazil. Check List | Volume 7 | Issue 5 | 2011.

O, DONNELL, S. & R.L. JEANNE. 1990. Forager specialization and the control of nest repair in Polybia occidentalis Olivier (Hymenoptera: Vespidae). Behav. Ecol. Sociobiol, 27:.359-364.

RICHARDS, O.W. 1978. The social wasps of the Americas (excluding the Vespinae). London, British Museum (Natural History). 580p

domingo, 29 de maio de 2016

Eichhornia cf. diversifolia (Vahl) Urb.

  Planta da família Pontederiaceae que pertence ao gênero Eichhornia, sendo provavelmente da espécie Eichhornia diversifolia.
   Espécie aquática de hábito flutuante fixa, nativa,originária da América do Sul e Central que no Brasil ocorre nas seguintes regiões e biomas respectivamente: Norte (PA, TO, AC), Nordeste (MA, CE, PB, PE), Centro-Oeste (MT, GO), Sudeste (MG, RJ); Amazônia, Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.

Referência
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 22 de maio de 2016

Catucá Salzmannia nitida DC.

   Planta conhecida popularmente como Catucá , entretanto seu nome científico é Salzmannia nitida. Pertence a família Rubiaceae, da qual também fazem parte por exemplo, o Jenipapo(Genipa americana),a Angélica(Guettarda angelica) e Poaia-rasteira(Richardia grandiflora).
  Espécie de porte arbustivo(0,5-2m de altura), nativa, endêmica do Domínio da Mata Atlântica. Até o momento foi registrada sua ocorrência apenas na vegetação da restinga da região Nordeste, nos estados da Paraíba, Pernambuco,Bahia, Alagoas, Sergipe e no Rio Grande do Norte.

Referências

Guia de Plantas. Salzmannia nitida DC. Disponível em: http://www.cepan.org.br/guia-plantas-detalhe.php?id=139 acesso em 22 de maio de 2016.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 15 de maio de 2016

Tico-tico-do-campo Ammodramus humeralis (Bosc, 1792)

   Ave conhecida popularmente Tico-tico-do-campo, Tico-tico-do-campo-verdadeiro ou Tico-tico-rato, entretanto seu nome científico é Ammodramus humeralis (Bosc, 1792).Pertence a família Passerellidae da qual também faz parte por exemplo o Tico-tico(Zonotrichia capensis ).
   Indivíduos adultos medem cerca de 13cm de comprimento e pesam aproximadamente 18 e não apresentam dimorfismo sexual, ou seja, machos e fêmeas são idênticos aparentemente. Apresenta coloração da plumagem predominantemente cinza, com dorso de cor marrom escura e negra, as vezes lembrando um pouco um indivíduo jovem de Sicalis flaveola, sendo a principal característica que identifica a espécie a presença de uma mancha amarela acima do olho.
  Alimenta-se de sementes e pequenos invertebrados, principalmente insetos.
  Nidifica no chão, sendo seu ninho em forma de tigela, onde a fêmea põe ovos azulados. Habita áreas abertas com vegetação rasteira, vivendo no solo no interior da vegetação rasteira, incluindo áreas de cultivo,campos, cerrados e restinga.
   Ocorre em quase todo território brasileiro, exceto no estado do Acre(ainda não há registro oficial da espécie), assim como também em quase todos os outros países da América do Sul, salvo no Chile e Equador.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste,Leste e Central Potiguar, sendo meus últimos registros nos municípios de Monte Alegre e Natal, sendo este último no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

Tico-tico-do-campo Ammodramus humeralis (Bosc, 1792). Disponível em: http://www.avescatarinenses.com.br/animais/1-aves/318-tico-tico-campo/www.youtube.com Acesso em 08 de fevereiro de 2016.

domingo, 8 de maio de 2016

Malva Sida galheirensis Ulbr.

   Planta conhecida popularmente como Malva ou Ervaço, entretanto seu nome científico é Sida galheirensis Ulbr.. Pertence a família Malvaceae.
   "Espécie subarbustiva perene que apresenta caule ereto, às vezes decumbente, ramificado desde a base, que é lenhosa, ramos cilíndricos revestidos por densa pubescência. Folhas simples, pecíolo tomentoso, estípulas lineares quase do tamanho do pecíolo. Limbo lanceolado ou ovalado, de base subcordata e ápice agudo ou arredondado,consistência carnosa, percorrido por um nervo central e veias oblíquas, pubescente em ambas as faces e com as margens denteadas em toda a sua extensão. Inflorescência axilar constituída por um fascículo de poucas flores, combinadas com flores isoladas. Flores volumosas constituídas por pedúnculo maior que o pecíolo, articulado próximo ao ápice, cálice com 5 sépalas soldadas, corola de 5 pétalas amarelo-ouro com manchas avermelhadas na base, androceu com numerosos estames soldados em tubo e gineceu pluricarpelar com estigmas também avermelhados. Fruto seco do tipo esquizocarpáceo, constituído por mericarpos(Moreira, Henrique José da Costa,p. 289)". 
   Ela é encontrada frequentemente em áreas abertas,nas margens de estradas, floresce na estação chuvosa, sendo suas flores procuradas por insetos, principalmente abelhas nativas que a procuram em busca de pólen, sendo portanto considerada uma espécie melífera, ou seja, que contribui para a produção de mel. Na medicina popular é usada para ajudar na cura de problemas estomacais, tosses, coqueluche, febre, reumatismo e dores nas articulações. Já foi comprovado através de estudos com extratos dessa espécie que ela apresenta atividade antioxidante. Na zona rural ainda há comunidades que aproveitando da característica de suas fibras serem bem resistentes,  utilizam-na em feixes como vassouras artesanais.
   Espécie nativa e endêmica que ocorre na região Nordeste do Brasil, nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado.

Referências
Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas: visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Castro, Antonio Sérgio e Arnóbio Cavalcante. Flores da caatinga. Campina Grande: Instituto Nacional do Semiárido, 2010.

Moreira, Henrique José da Costa & Bragança,Horlandezan Belirdes Nippes. Manual de identificação de plantas infestantes: hortifrúti. São Paulo: FMC Agricultural Products, 2011.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.