Planta conhecida popularmente como Barriguda ou Paineira branca. mas cientificamente foi denominada Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum.. Essa espécie pertence a família Malvaceae.
Árvore que atinge 18 m de altura quando adulta, com grande copa, bastante ramificada na parte superior do tronco, sendo este na região mediana entumecido ou abaulado com mais de 1 m de diâmetro, por esse motivo as pessoas a nomearam como "barriguda".
O tronco e os ramos de casca acinzentada possui acúleos cônicos de até 5 cm de comprimento. Suas folhas são do tipo palmaticompostas, com 4 à 7 folíolos, geralmente ocorrem 5. Folíolos cartáceos, glabros, com bordos levemente serrilhados na metade terminal, de 6 à 11 cm de comprimento por 2,5 à 4 cm de largura.
Suas flores brancas e grandes formam inflorescências terminais, paniculadas. Elas normalmente aparecem no final do período chuvoso nos meses de maio a junho, enquanto que os frutos amadurecem de julho a agosto, estes são do tipo cápsula elipsóide, deiscente, grandes, possuem sementes pretas envoltas por fibras lanugenosas conhecidas por lã de barriguda.
Sua madeira é moderadamente pesada, com densidade de 0,59 g / cm³, macia e "frágil", sendo usada apenas na confecção de caioxotes.
Apesar do seu grande valor ornamental quando em flor, o que as pessoas mais se interessam na barriguda são as fibras de suas sementes, a lã da barriguda, pois elas utilizam estas para encherem travesseiros, colchões e estofamento de móveis.
Sua casca é utilizada na medicina popular como anti-inflamatório, mas atenção: não tome nenhum remédio caseiro sem consultar um especialista(médico).
Ceiba glaziovii ocorre na região Nordeste do Brasil, nas caatingas hipoxerófilas(agreste) em áreas de terreno acidentado e na caatinga arbórea do médio vale do Rio São Francisco.
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, do litoral ao sertão, por enquanto só vi essa espécie no município de Monte Alegre, na região agreste do estado.
Planta decídua, heliófita, secundária, xerófita, característica e exclusiva da floresta xeromórfica do Nordeste do país, onde apresenta ampla porém descontínua dispersão. Produz anualmente moderada quantidade de sementes, dispersas pelo vento.
BIBLIOGRAFIA:
Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg: 75.
Maia, Gerda Nickel: Caatinga: arvores e arbustos e suas utilidades. São paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora. 2004.
Houve uma atualização nome e é agora d gênero Ceiba, família Malvaceae
ResponderExcluirObrigado Victor!
ExcluirMoro em Parnamirim/RN e achei algumas paineiras em uma rua de Natal. Vou tentar fazer mudas com as sementes que colhi. Creio que em Natal tem mais espalhadas pela cidade.
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