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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Língua-de-vaca Echinodorus subalatus (Mart.) Griseb.; Flora do RN.

   Planta conhecida popularmente como língua-de-vaca, golfe ou golfo, mas cientificamente seu nome é Echinodorus subalatus. O gênero Echinodorus é representado por macrófitas aquáticas emergentes (raro imersas). Pertence a família Alismataceae que está representada por 12 gêneros e cerca de 80 espécies de macrófitas aquáticas com distribuição subcosmopolita (Haynes et al. 1998).  As plantas perenes alcançar alturas de 25 a 60 centímetros. Apresenta folhas simples, basais e pecioladas. As flores de cor branca formam inflorescência do tipo panícula.
   A Lingua-de-vaca(Echinodorus subalatus) é amplamente distribuída nas regiões tropicais da América, encontrada nos pântanos e nas margens dos rios, lagoas e margens de lagos temporário e planícies de inundação do México à Argentina, incluindo países como Brasil, Venezuela e Panamá.  Durante a estação chuvosa, é muitas vezes completamente submerso. 
   Echinodorus subalatus é nativa do Brasil, sendo considerada uma das espécies mais comumente encontrada no Bioma Caatinga, habitando diferentes tipos de recursos hídricos, sejam eles intermitentes ou não.  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei por enquanto essa planta apenas em Campo Grande.
  E. subalatus pode ser utilizado no fundo dos aquários com temperaturas de água de 20 a 28 ° C. A água deve ser suave para o meio de disco, o valor de pH deve ser entre 5 a 8. Na literatura é citada como uma espécie comercialmente disponível.
DESCRIÇÃO TAXONÔMICA DA ESPÉCIE: Echinodorus subalatus (Mart.) Griseb.
“Plantas criptófitas, robustas, 6–73cm alt.,glabrescentes a glabras; tricomas unicelulares,atenuados. Sistema subterrâneo multiforme;rizomas paquimórficos, plagiótropos,subfusiformes a fusiformes, 1,5–5,5 × 1–5,5cm. Folhas submersas linear-lanceoladas, 10-16 × 1–2 cm; folhas emersas com lâmina foliar elíptica ou ovalada, 12–27 × 1–15 cm, ápice agudo ou obtuso, base atenuada ou cuneada, deflexa ou ereta, estendida a levemente conduplicada, ductos secretores translúcidos, conspícuos ou inconspícuos, apresentando-se como marcas translúcidas lineares, delgadas, nervação acródroma basal, raro suprabasal, 5–11 nervadas (em plantas reduzidas, com 6-10 cm de altura, folhas emersas 2,5–7 × 0,7–3 cm, ápice agudo a acuminado, base atenuada,3–5 nervadas); pecíolo triangular a hexagonal em secção transversal, 6–70 × 0,4–0,8 cm larg. (em plantas reduzidas, 0,5–3 cm compr.), superfície lisa a levemente costelada ou canaliculado-costelada, internamente com 1 arco de feixes vasculares; bainha 10–38 cm compr. (em plantas reduzidas, 0,4–1cm). Escapo 7–73 cm. (em plantas reduzidas, 4–7 cm compr.), semicircular em secção transversal, 0,5–1,7 mm larg., superfície costelada, internamente com córtex e cilindro central distintos. Inflorescências tirso homocládico ou heterocládico; eixo 6–80 cm compr. (em plantas reduzidas, 2–5 cm compr.), triangular em secção transversal, não alado a alado, alas com 0,46–2 mm larg., ereto a decumbente, 3–25 zonas de ramificação, 1–2 zonas de ramificação com eixos secundários, eixos secundários com 7–28 cm compr., pseudoviviparidade presente; brácteas ovaladas, 1–40 × 2–8 mm larg., glabras a glabrescentes, coriáceas, 5–15 nervadas, ápice caudado, base parcialmente conata, rompendo-se nos segmentos proximais da inflorescência.
Flores curto a longo-pediceladas; pedicelos 2– 28 mm compr., triangulares em secção transversal, compressos a estendidos no segmento distal, superfície lisa, faces planas a levemente côncavas, glabros a glabrescentes; sépalas ovaladas, 4–7 × 4–5 mm, 9–16 nervadas, glabrescentes, tricomas sobre as nervuras centrais, persistentes, reflexas, não apresentando crescimento contínuo ao desenvolvimento do infrutescência; pétalas ovaladas, 7–16 × 4.5–10 mm, não ungüiculadas; estames 12, raro 11, filetes lineares 15–22 mm compr., anteras dorsifixas, ápice obtuso, 1,5–2,1 mm compr., estruturas secretoras ausentes; carpelos numerosos, superior a 20. Aquênios obovados, 1,4–2,45 mm compr., 0,6–2,44 mm larg., 4–7 costelados, tricomas presentes sobre as costelas ou ausentes, glandulares; glândulas uma a duas, discóides, rostro 0,5–1,56 mm compr., ereto ou inclinado, ápice geralmente uncinado. Sementes obovaladas, ca. 1,2 mm compr., castanhas, superfície ornamentada, reticular tênue-foveolada(Matias, L. Q.,2007).”

REFERÊNCIAS:
Matias, Lígia Queiroz. O GÊNERO ECHINODORUS (ALISMATACEAE) NO DOMÍNIO
DA CAATINGA BRASILEIRA. Rodriguésia 58 (4): 743-774. 2007.
Det.: J. Jardim, set.2013.
Echinodorus subalatus . Disponível em: http://www.flowgrow.de/db/aquaticplants/echinodorus-subalatus Acesso em 11 de abril de 2014.
Echinodorus subalatus . Disponível em: http://en.hortipedia.com/wiki/Echinodorus_subalatus Acesso em 11 de abril de 2014.
Echinodorus subalatus . Disponível em: http://rybicky.net/atlasrostlin/echinodorus_subalatus Acesso em 11 de abril de 2014.

2 comentários:

  1. Observei ela recentemente, me chamou a atençao, porem sem as flores, bom saber mais detalhes, parabens pelo site, vou passar a acessa-lo

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  2. Encontrei alguns exemplares num pequeno barreiro à beira da PB293, entre Brejo do Cruz e Belém do Brejo do Cruz, ambas na Paraíba.

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