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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Bacurauzinho-da-caatinga Hydropsalis hirundinacea (Spix, 1825)

  Ave conhecida popularmente como Bacurauzinho-da-caatinga ou Bacurau, entretanto seu nome científico é Hydropsalis hirundinacea(Spix, 1825). 
Pertence a família Caprimulgidae, da qual também fazem parte por exemplo o Bacurau-tesoura(Hydropsalis torquata), o Bacurauzinho(Chordeiles pusillus) e João-corta-pau(Antrostomus rufus). 
   Cada indivíduo adulto dessa espécie atingem cerca de 16cm de comprimento. São insetívoros, ou seja alimentam-se de insetos, principalmente aqueles noturnos, tendo em vista que são ativos a noite, capturando-os com a boca aberta durante o voo dos insetos. Põe geralmente 2 ovos da cor do ambiente, que pode ser diretamente no solo, em formações rochosas(lajedo) ou nas imediações de plantas de porte arbustivo ou arbóreo. Habita as matas secas e nas formações vegetais das Caatingas em toda a região semi-árida do Nordeste,sendo considerada uma ave endêmica do Bioma Caatinga, apesar de  ocorrer também no estado do Espírito Santo.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte já observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar, sempre associado a afloramentos rochosos em meio a formações vegetais típicas do Bioma Caatinga, sendo os meus últimos registros nos municípios de Campo Redondo e Jardim do Seridó.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vaga-lume Ptesimopsia sp.

Vaga-lume(Ptesimopsia sp.) observado e registrado no interior de residência, na zona urbana de Parnamirim,RN,Brasil.
   De maneira geral os besouros(Inseto,Coleoptera) bioluminescentes são conhecidos popularmente como Vaga-lume,Pirilampo ou Tec-tec e pertencem a três famílias: Lampyridae, Phengodidae e Elateridae. 
   "A bioluminescência nestas espécies é emitida por diferentes partes do corpo, na forma de diferentes padrões de sinalização e cores, para finalidades principalmente de reprodução e defesa (Lloyd 1983)." Tanto o macho como a fêmea emitem luz,entretanto a desta é mais brilhante. A luminescência é produzida por uma reação química de oxidação da luciferina com água sob a ação da enzima luciferase, resultando oxiluciferina e raios luminosos (luz fria), com eficiência estimada em 92 a 100%, ou seja, quase todo o fluxo radiante é composto por radiação luminosa, que pode ser de diferentes cores( BORROR; DELONG, 1969). "Além da beleza estética, os vaga-lumes tem adquirido importantes aplicações em diferentes campos, como em controle biológico de caramujos daninhos a agricultura (Bess 1956) e vetores de verminoses (Okada 1928, Viviani 1989a), e principalmente em biotecnologia como fonte de reagentes para análises de ATP e biomassa, e como marcadores bioluminescentes de expressão gênica (Viviani 2007)." 
   Em vários locais do mundo próximo a área urbana tem se observado o desaparecimento de vaga-lumes, devido a serem sensíveis a poluição luminosa, acredita-se que sejam bioindicadores noturnos.
   O exemplar da foto presente nesse post pertencente a família Elateridae e ao gênero Ptesimopsia (COSTA, 1975). Esse gênero apresenta 8 espécies,que tem como principal característica em comum, as antenas serreadas a partir do terceiro segmento. Todas essas espécies ocorrem na América do Sul. 

BIBLIOGRAFIA

BORROR, D. J.; DELONG, D. M. . São Paulo: E. Blücher, 1969. 653 p.

ROSA, Simone Policena. Nova espécie do gênero Ptesimopsia Costa (Coleoptera, Elateridae, Agrypninae). Rev. Bras. entomol. vol.48 no.2 São Paulo June 2004.

VIVIANI ,Vadim Ravara; Rocha ,Mayra Yamazaki & Oskar Hagen. Fauna de besouros bioluminescentes (Coleoptera: Elateroidea: Lampyridae; Phengodidae, Elateridae) nos municípios de Campinas, Sorocaba-Votorantim e Rio Claro-Limeira (SP, Brasil): biodiversidade e influência da urbanização. Biota Neotrop., vol. 10, no. 2

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pereiro Aspidosperma pyrifolium Mart.

   Planta conhecida popularmente como Pereiro, Pau-pereiro, Pereiro-branco, Pereiro-preto,Pereiro-vermelho, Pereiro-de-saia,Pau-de-coaru, Pequiá-da-mata, Peroba-rosa e Trevo. Entretanto seu nome científico é único, Aspidosperma pyrifolium Mart. .
   O nome Pereiro é uma variação de Pereira ou Pé-de-pera, devido a semelhança que o estrangeiro percebeu ao chegar aqui na folhagem daquela planta com essa.
   Espécie de porte arbustivo a arbóreo, podendo atingir até 8m de altura, caule ereto com casca lisa, acinzentada, com lenticelas brancas;  suas folhas são simples, alternas, ovais, glabras ou pilosas, coriáceas, com tamanho variando de 4 a 9 cm; as suas flores formam cimeiras terminais variando de 10 a 15 flores alvas de cheiro agradável; O fruto é do tipo lenhoso, achatado, de 5 a 6 cm de comprimento, castanho-claro; suas sementes são aladas, planas, papiráceas, sendo facilmente dispersadas pelo vento.
   A forma de reprodução desta da-se por sementes, mas se for cortada parcialmente ela volta a se desenvolver a partir de novos brotos que surgem da parte do caule mantida. Na estação seca perde as folhas como adaptação para reduzir a perda d´água por transpiração, mas nas primeiras chuvas surgem novos brotos e flores.  Sua madeira é resistente e apresenta grande durabilidade, sendo útil para trabalhos de marcenaria e carpintaria, como por exemplo: na confecção de cadeira, portas, janelas, esquadrias, ripas, caibros e estacas. Segundo a medicina popular a casca tem efeito tônico, emético e amargo, sendo usada como remédio para o estômago. É indicada para uso ornamental devido a beleza de sua copa piramidal, além das suas flores contribuírem com pólen e néctar para as abelhas.
   Planta decídua, xerófita e heliófita, considerada espécie endêmica do Bioma Caatinga, ocorrendo em todos os estados da região Nordeste do Brasil e norte de Minas Gerais.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie exclusivamente em região Semi-árida, fazendo parte da formação vegetação da Caatinga, sendo as minhas últimas observações nos municípios de Lajes, Parelhas, Carnaúba dos Dantas e Acari.

BIBLIOGRAFIA

FERREIRA,Robério anastácio e CUNHA,Maria do carmo learth. Aspectos morfológicos de sementes, plântulas e desenvolvimento da muda de craibeira (Tabebuia caraiba (Mart.) Bur.) - bignoniaceae e pereiro (aspidosperma pyrifolium mart.) - apocynaceae.

MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Mariposa Castnia invaria Walker, 1854.; Fauna do RN

Classificação científica:
Reino: Animalia.
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Superfamília: Castnioidea
Família: Castniidae
Subfamília: Castniinae
Tribo: Castniini
Gênero: Castnia
Espécie: Castnia invaria Walker, 1854.