Nossa página

domingo, 31 de julho de 2016

Jurubeba-roxa Solanum paludosum Moric.

    Planta conhecida popularmente como Jurubeba-roxa, entretanto seu nome científico é Solanum paludosum(Moric.). Pertence a família Solanaceae, da qual também faz parte por exemplo, a Jurubeba.
   S. paludosum é uma espécie nativa que apresenta ampla distribuição na América do Sul, tendo ocorrência registrada na Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela(Estado Bolivar) e no Brasil. Em território brasileiro ocorre nas seguintes regiões e respectivos biomas: Norte (RR, AP, PA, AC), Nordeste (MA, PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL, SE) e Sudeste (RJ), na Amazônia e Mata Atlântica.
   Ela apresenta importante potencial farmacológico devido a atividades curarizante apresentada pelo extrato de suas raízes, e moluscicida que foi evidenciada em seus frutos, sendo estes considerados tóxicos.

Referências

Ionaldo José Lima Diniz Basílio , Maria de Fátima Agra e Jnanabrata Bhattacharyya. Estudo farmacobotânico de folhas de Solanum paludosum Moric. (Solanaceae). Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 651-653, jul. 2007.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Reflora - Herbário Virtual. Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do?idTestemunho=2907573 Acesso em 10/7/2016

sábado, 23 de julho de 2016

Golfe Hydrocleys martii (Seub).

Macrófita aquática(Hydrocleys martii) fotografada em tanque natural em São Rafael,Rio Grande do Norte.
   Planta conhecida popularmente como Golfe que pertence a família Alismataceae, sendo seu nome científico de Hydrocleys martii (Seub).
   Erva aquática de 20 a 80 cm de comprimento que apresenta folhas flutuantes do tipo elíptica e orbicular, suas flores amarelas são actinomorfas e seus frutos são do tipo aquênio. Espécie flutuante livre encontrada em porções de água perenes.
   Ela é nativa e tem ocorrência registrada no Brasil nas seguintes regiões e respectivos biomas: Norte (PA), Nordeste(PI, CE, RN, PB, PE, BA, AL), Centro-Oeste (MT) e Sul (SC), na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Referências
Ivanilza Moreira De Andrade, Maria Francilene Souza Silva, Maria Da Conceição Alves Costa, Simon Joseph Mayo. Guia De Campo Macrófitas Do Delta Do Parnaíba. Clube de Autores, 2015.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Reflora - Herbário Virtual. Disponível em:http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVUC.do?idTestemunho=2234949 Acesso em 10/7/2016.

domingo, 17 de julho de 2016

Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris Vieillot, 1818

    Ave conhecida popularmente como Sabiá-laranjeira, Sabiá-laranja, Sabiá-amarelo, Sabiá vermelho, Sabiá-de-barriga-vermelha,Sabiá-de-peito-roxo,Sabiá-cavalo,Sabiá-ponga,Sabiá-coca,Sabiá-piranga,Sabiá-gongá,Sabiá-poca. Entretanto seu nome científico é Turdus rufiventris Vieillot, 1818. Qual o significado desse nome? A primeira palavra, o gênero Turdus é de origem latina, quer dizer "tordo" e o segundo nome rufiventris vem de rufi ou rufa em latim que quer dizer "castanho, vermelho" e ventris que quer dizer ventre. Sendo assim, seu nome científico significa literalmente "Tordo com ventre castanho".
    Pertence a família Turdidae, da qual também fazem parte por exemplo, Sabiá-barranco(Turdus leucomelas ), Sabiá-una(Turdus flavipes) e Sabiá-poca(Turdus amaurochalinus).
Indivíduos adultos atingem cerca de 25 cm cada, pesando a fêmea aproximadamente 78 gramas e o macho 68 gramas. Sua plumagem é parda, sendo a região ventral de cor ferrugínea-laranja, enquanto seu bico é amarelo-escuro, sendo esse padrão comum tanto a machos como fêmeas,pois não apresentam dimorfismo sexual. Alimenta-se de de pequenos animais como insetos, minhocas e frutos maduros. Constroem seus ninhos geralmente em árvores e arbustos ou até mesmo na parte protegida dos telhados, onde a fêmea põe cerca de 3 ovos por postura, sendo incubados por aproximadamente 13 dias.
   Nessa espécie é comum observar apenas um indivíduo ou aos pares, mas as vezes pode ser vista em bandos familiares. Vive em áreas abertas como bordas de matas, capoeiras, bordas de estradas, pomares,parques e também em outras áreas urbanas bem arborizadas e que tenha disponibilidade de água. Ave de canto belíssimo, sendo considerada ave símbolo nacional.
    Ocorre em grande parte do território brasileiro oriental e central, desde o estado do Maranhão até o Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Também é encontrada em outros países da América do Sul, como Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa ave pouquíssimas vezes. Entretanto sabe-se que há alguns poucos registros dessa espécie em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar).

Referências

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

ROMA, Júlio César. Classificação Científica dos Pássaros. In: Brasil 500 Pássaros. Centrais Elétricas
do Norte do Brasil S. A. (org) – Eletronorte. Eletrobrás. Ministério de Minas e Energia. Brasília:
Assessoria de Comunicação Empresarial da Eletronorte, 2000. 250 p.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 10 de julho de 2016

Sucupira Bowdichia virgilioides Kunth


  Planta conhecida popularmente como Sucupira, Sucupira-preta, Sucupira-branca, Sucupira-do-cerrado, Sucupira-do-campo,Sucupira-mirim, Sucupira-açu, Sucupira-amarela, Sucupira-da-praia, Cutiúba, Cutiubeira, Sebepira, Cutiubeira, Acari-açu e Paricana, entretanto seu nome científico é Bowdichia virgilioides. Ela pertence a família Fabaceae( Leguminosae-Papilionoideae) da qual também fazem parte por exemplo, Mulungu(Erythrina velutina) e Cumaru(Amburana cearensis).      Essa espécie de porte arbóreo tem altura variável de 8 a 16 m de acordo com tipo de solo e tronco apresentando casca grossa, rugosa e acinzentada. Suas folhas são compostas pinadas, com número variável de 9 a 21 folíolos pubescentes, enquanto que suas flores de cor violeta tem até 3 cm de comprimento e se dispõe em panículas terminais. Seus frutos indeiscentes do tipo legume são vagens com cerca de 5 cm de comprimento. Durante o verão quando perde quase todas as suas folhas florescem e no final do mês de outubro se desenvolvem os primeiros frutos.
   A sucupira(Bowdichia virgilioides) é uma planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, típica do cerrado. Considerada uma espécie pioneira se desenvolvendo tanto em formações primárias como secundárias e adaptada a terrenos secos e pobres(LORENZI, 2002). 
   Sua madeira de cor pardo-escura é pesada(densidade 0,91 g/cm³), fibrosa, sendo utilizada para diversos fins, como: esteios, dormentes, postes, linhas, tabuados, torno e fuso de prensas, trabalhos de marcenaria e carpintaria(BRAGA,1996). É considerada uma árvore ornamental devido a beleza das suas flores, sendo indicada para projetos paisagísticos nas cidades.

   "Segundo a medicina popular suas cascas amargas e adstringentes são empregadas com proveito nas diarréias crônicas e como depurativo. Ainda segundo o conhecimento popular as cascas das raízes passam por mais energéticas. Suas folhas são forraginosas ( p. 449,BRAGA,R., 1996)."
  Ocorre nos estados brasileiros do Pará,Amazonas,Amapá,Tocantins, Rondônia, Roraima, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e todos estados da região Nordeste, sendo encontrada nos Biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Pantanal. Há registros também nos países da Venezuela e nas Guianas.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei até o momento essa espécie, nos municípios de Natal no Parque das Dunas, em Parnamirim na Mata do Jiqui e em Baía Formosa na RPPN Mata estrela.

Referências
BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2.  Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.

sábado, 2 de julho de 2016

Polícia-inglesa-do-sul Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850)

   Ave conhecida popularmente como Polícia-inglesa-do-sul, Papa-arroz, Puxa-verão,Cheque ou Flamengo, entretanto seu nome científico é Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850).
  Pertence a família Icteridae,da qual também fazem parte por exemplo a Iraúna-de-bico-branco(Procacicus solitarius ), o xexéu(Cacicus cela), o vira-bosta(Molothrus bonariensis) e o garibaldi(Chrysomus ruficapillus).
   Indivíduos adultos atingem cerca de 18cm de comprimento e peso de aproximadamente 50g. O macho apresenta uma faixa branca sobre o olho,a plumagem do peito vermelha(intensa durante a reprodução) e na parte superior a coloração é negra, enquanto que a fêmea possui plumagem com vários tons de marrom, peito riscado e suavemente marcado de vermelho.
    Alimenta-se de insetos,larvas e sementes. Constroem os ninhos na vegetação rasteira na altura do chão, escondidos geralmente em moitas de capim, onde põe até 5 ovos.
   Habita área de várzeas e os campos úmidos de vegetação rasteira, sendo encontrado em algumas regiões em determinadas épocas do ano bandos na vegetação rasteira das margens de rios, sendo também observado frequentemente em plantações de arroz e outros campos de cultura.
   Ocorre em quase todo o território brasileiro, exceto na maioria dos estados da região Norte(sendo encontrado em Rondônia e Tocantins) e também da Argentina ao sul do Peru.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões potiguares(Mesorregião Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo as minhas últimas observações especialmente na mesorregião Leste do estado e os meus últimos registros foram no município de Monte Alegre.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.