Nossa página

domingo, 29 de abril de 2018

Pacotê Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng

   Planta conhecida popularmente como Pacotê, algodão-do-mato, árvore-algodão, árvore-de-botão-de-ouro,Botão-de-ouro e Ranúnculo, entretanto seu nome científico é único, Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng.
   Espécie nativa de porte arbustivo ou arbóreo que apresenta folhas com limbo contendo 5 lobos, elípticos ou obovados, margem inteira a serreada, estípulas e inflorescências em panículas. Sua flores amarelas são muito chamativas, atraindo polinizadores que se fartam com a grande quantidade de pólen, sendo as mesmas procuradas especialmente por abelhas nativas dos gêneros Xylocopa e Centris. A beleza de suas flores qualifica ela como ornamental e como espécie pioneira de crescimento rápido é indicada para projetos de reflorestamentos. Floresce geralmente de julho a janeiro e frutifica de novembro a março.
   Sua distribuição estende-se pelas América Central e do América do Sul, ocorrendo no Brasil nas seguintes regiões e respectivos estados: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Norte (Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima) e Sudeste (Minas Gerais). Sendo assim, tem ocorrência confirmada nos biomas da Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. 

Referências
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 1. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Camila Maia-Silva...[et al.]. Guia de plantas : visitadas por abelhas na Caatinga. 1. ed. Fortaleza, CE : Editora Fundação Brasil Cidadão, 2012.

Rayane de Tasso Moreira Ribeiro e Maria Iracema Bezerra Loiola. Flora do Ceará, Brasil: Bixaceae.
Rodriguésia vol.68 no.4 Rio de Janeiro July/Sept. 2017. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602017000601313

domingo, 22 de abril de 2018

Choca-do-Nordeste Sakesphorus cristatus (Wied, 1831).

   
    Ave conhecida popularmente como Choca-do-Nordeste, porém seu nome científico é Sakesphorus cristatus (Wied, 1831).
   Um individuo adulto pode atingir 15cm de comprimento total e peso de aproximadamente 18g. Essa espécie apresenta dimorfismo sexual no qual o macho apresenta a plumagem dorsal parda,garganta,pescoço(anterior) e topete negros,este que na fêmea é ferrugínea, em ambos a parte ventral apresenta coloração esbranquiçada predominante.
   "O ninho dessa espécie tem a forma de um cesto fixado em uma forquilha, na vegetação arbustiva, tendo a entrada um diâmetro  de 60 mm x 50 mm, altura 50 mm e profundidade de 45 mm, forrado com líquen por fora.  A postura consta de dois ovos pesando em média 3,3 g, que são incubados pelos pais(Lima et al,2010)".
  A Choca-do-Nordeste(Sakesphorus cristatus) ocorre exclusivamente no Brasil, especificamente na região Nordeste e Minas Gerais, sendo considerada espécie endêmica da Caatinga. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie apenas na mesorregião Central Potiguar,sempre em meio a vegetação típica do bioma Caatinga.

Referências
Lima,Pedro Cerqueira; Rolf Grantsau; Rita de Cássia F. da Rocha Lima; Thyers N. de Cerqueira Lima Neto & Luiz E. Souza Silva. Ninhos de espécies ameaçadas, endêmicas e outras de comportamento reprodutivo pouco conhecido, na pátria da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) (Psittaciformes: Psittacidae), destacando-se novos dados sobre o comportamento reprodutivo do besourinho-de-cauda-larga (Phaethornis gounellei) (Apodiformes: Trochilidae) a descrição do ninho da choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) (Passeriformes: Thamnophilidae) e do jacucaca (Penelope jacucaca) (Galliformes: Cracidae). Atualidades Ornitológicas On-line Nº 153 - Janeiro/Fevereiro 2010 - www.ao.com.br

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves da pátria da Leari. 1.ed. - Salvador: AO, 2004

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 15 de abril de 2018

Pau-ferro Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & Barneby

  Planta conhecida popularmente como Pau-ferro ou Jaúna, entretanto seu nome científico é Chamaecrista ensiformis (Vell.) H.S.Irwin & Barneby. Pertence a família Fabaceae.  Espécie de porte arbustivo a arbóreo, podendo atingir até 6m de altura; suas folhas são compostas, paripenada e alternas; as flores dela são amarelas(corola) e seus frutos são do tipo legume que ao amadurecerem ficam amarronzados.
   O Pau-ferro(Chamaecrista ensiformis) é uma espécie nativa encontrada no Brasil principalmente nas restingas, mas também ocorre em outras formações vegetais como Cerrado, Floresta de Terra firme e Mata Ciliar. Sendo assim, ha registros dela nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado,Caatinga e Amazônia, com ocorrência confirmada nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: 
Norte (Amazonas, Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo).
   "O nome popular pau-ferro acredita-se que tenha origem pelo fato de que a sua madeira é muito dura, resistente como "ferro" ao corte, sendo assim procurada por madeireiros do interior do estado para confecção de estacas,sendo usada em cercas. É importante lembrar que o corte de árvores como esta é crime ambiental se não for feita com autorização do IBAMA".

Referência
Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

domingo, 8 de abril de 2018

Biguá Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789)


    Ave conhecida popularmente como Biguá,Biguá-una,Pata-d'água, Mergulhão, Imbiuá, , Cormorão E Miuá,entretanto seu nome científico é único, Nannopterum brasilianus (Gmelin, 1789). Um indivíduo adulto desse espécie atinge 73cm de comprimento e peso médio de 1,3Kg, sendo sua coloração geral preta, exceto a presença de saco gular que é amarelo. Enquanto que indivíduos imaturos apresentam plumagem de cor parda.
  Alimenta-se de animais aquáticos principalmente peixes e crustáceos, os quais capturam mergulhando na água, mas também incluem em sua dieta anfíbios anuros como sapos e rãs. Tanto o macho como a fêmea se revesam na construção do ninho sobre árvores em matas ciliares ou matas alagadas, podendo também o casal monogâmico ser visto em colônias mistas com garças. Após a construção do ninho a fêmea põe cerca de 4 ovos que são incubados por aproximadamente 24 dias.   Após o nascimento dos filhotes, os pais os alimentam durante onze semanas.
    Vive associada a grandes rios,estuários, rios, manguezais, açudes e na orla marítima podendo até visitar ilhas perto da costa e pescar na região de arrebentação de praias. A ave Biguá(Nannopterum brasilianus) vive em bandos, as vezes podendo ser vista aos milhares de indivíduos.
   Ocorre do México à  toda a América do Sul,inclusive em todo território brasileiro. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie principalmente nas mesorregiões Central Potiguar e Agreste Potiguar.


Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.
GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.
LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.
SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.