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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Imburana Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett; Flora do RN















      Planta conhecida popularmente como Imburana,Amburana,espinho,Amburana de cambao, entre outros nomes dados pelo povo. Mas cientificamente recebeceu o nome científico de Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett, pertencendo a família Burseraceae, a mesma família da Amescla de cheiro. A título de curiosidade, o nome Imburana significa imbu falso.











Árvore com espinhos;folhas opostas e pinadas. Suas flores em cachos florescem nos meses de novembro e dezembro. O fruto é do tipo drupa, acre doce, mas comestível, quando bem maduro. Os frutos da Imburana aparecem nos meses de janeiro,março,abril e dezembro geralmente. 



















O tronco quando sofre uma incisão,libera um bálsamo verde-alourado, sucedânio da terebentina, entre os sertanejos. Sua madeira é utilizada como lenha,carvão, na construção de caixotaria,esquadrias,forros e entalhados. Tem utilidade medicinal,atuando como cicatrizante, anti inflamatório e analgésico. também usada para tratar alguns distúrbios do sistema respiratório e no aparelho geniturinário. Mas atenção: não tome nenhum remédio caseiro sem consultar um especialista(médico).

Planta nativa do nordeste do Brasil que possui ampla distribuição geográfica nessa região, ocorrendo nos seguintes estados do país: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e no Mato Grosso.

REFERÊNCIAS:

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pgs:286-287. 
Disponível em:http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=1182 Acesso em: 30/12/10.   
Disponível em:http://www.cnip.org.br/bdpn/fotosdb/1923084358.JPG  Acesso em: 30/12/10. 

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Peixe Boi Marinho Trichechus manatus (Linnaeus,1758); Fauna do RN
















Mamífero aquático conhecido popularmente como Peixe boi marinho e cientificamente como Trichechus manatus. mamífero da ordem Sirenia e da família Trichechidade. Trichechus manatus é uma espécie relativamente grande, e semelhante a espécie Trichechus inunguis,peixe boi da Amazônia, sendo maior que este, podendo atingir até 4,5m e podendo pesar 1590 kg. Trichechus manatus é um animal de movimentos lentos e letárgicos, são normalmente vistos sozinhos ou em grupos de até seis indivíduos. Corpos robustos e pesados e cauda achatada, larga e disposta de forma horizontal. Cabeça pequena, sem pescoço definido, o corpo exibe numerosas dobras e rugas. Focinho largo, lábios bastante flexíveis com pêlos na parte superior. Dois orifícios respiratórios na parte da frente do focinho. Possui pêlos finos distribuídos por toda a superfície do corpo. Cada nadadeira peitoral possui 3 a 4 unhas nas pontas. A pele é geralmente cinza ou marrom, com manchas esverdeadas devido à presença de algas. Dentadura reduzida e molares, que se regeneram constantemente.
 





Alimenta-se de plantas aquáticas, algas e partes da vegetação de mangues. Possui baixa taxa reprodutiva: a fêmea tem geralmente um filhote a cada três anos, sendo um ano de gestação e dois anos de amamentação. Nasce apenas um filhote após doze meses de gestação. Espécie de hábitos costeiros e estuarinos de regiões tropicais e subtropicais do sudeste dos Estados Unidos, Golfo do México, Mar do Caribe e costa do Atlântico (Nordeste do Brasil). No Brasil, considera-se o peixe boi marinho como desaparecido nos estados do Espírito Santo,Bahia(ALBUQUERQUE; MARCOVALDI, 1982; BOROBIA; LODI, 1992) e Sergipe (LIMA et al., 1992). As atuais áreas de ocorrência da espécie abrangem os estados de Alagoas até o Amapá,porém, com áreas de descontinuidade em Pernambuco, Ceará (LIMA,1997), Maranhão e Pará (LUNA, 2001). Áreas de importante ocorrência estâo sendo monitoradas a partir da Base de Pesquisa e Conservação do CMA/IBAMA em Itamaracá-PE, responsável pelo resgate, reabilitação e reintrodução monitorada de filhotes encalhados oa longo do litoral. existem bases implantadas atuando nos estados de Alagoas, Paraíba e Piauí. Outras áreas de ocorrência significativa são a praia do Sagi (RN), litoral leste do Ceará, Golfão Maranhense e baía de Tubarão (MA), região das reentrâncias (MA,PA) e entre a ilha de Maracá e foz do Oiapoque( AP) (LIMA;1997; PALUDO,1997; LUNA,2001).
 








A estimativa da população total é de aproximadamente 500 animais (LIMA,1997; LUNA, 2001). O peixe boi marinho é a espécie de mamífero aquático mais ameaçada no Brasil, por estar sujeito tanto à mortalidade intencional quanto à acidental(OLIVEIRA et al., 1990; LIMA,1997; LUNA,2001). No litoral do Nordeste, as principais ameaças são o encalhe de filhotes e a captura acidental em redes de emalhe,tapagem,arrasto camaroeiro e currais de pesca,seguidos de morte intencional(LIMA,1997). A degradação dos hábitats constitui outra ameaça e atinge o litoral nordestino, como implantação de projetos de carcinocultura, o assoreamento dos estuários e a grande concentração de barcos motorizados, impedem o acesso dos peixes bois a locais importantes de alimentação,reprodução e suprimento de água doce.

REFERÊNCIAS:
Edições IBAMA. Mamíferos aquáticos do Brasil: plano de ação,versão II. 2. Ed. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis,2001. Pgs:33-34.
Crédito das Fotos. 
Disponível em: http://nature.ca/notebooks/english/florman_p0.htm  Acesso em: 27/12/2010. 

sábado, 25 de dezembro de 2010

Cumaru( Amburana cearensis A. Smith.); Flora do RN










Planta conhecida popularmente como Cumaru,Cumaru do Ceará,Cumaru de cheiro,Cerejeira,Emburana,Amburana,Cumbaru,Imburana entre outros nomes. Mas seu nome científico é Amburana cearensis e ela pertence a família Fabaceae, a mesma família do Jiquiriti e do Angico do litoral. 
 
















Árvore que pode atingir 10m de altura, revestida por uma casca vermelho-pardacenta,suberosa, que se destaca em lâminas finas. 
 
















Folhas alternas, com 7-12 folíolos ovados. 
 









 As flores são brancas, pequenas e muito aromáticas, e formam lindos racemos axilares, que cobrem inteiramente os galhos despidos de folhas durante a floração. Seu fruto é uma vagem achatada e rugosa,preta, de cheiro ativo e agradável. Sua madeira é de cor cstanho-clara,leve,porosa,elástica,fácil de empenar,porém estimada para portas,obras internas e especialmente móveis, por ser refratária ao ataque de insetos. As sementes servem para aromatizar o rapé e as roupas, substituindo o camuru verdadeiro(Dipteryx odorata Willd.) e por largo tempo conservam o cheiro caracaterístico de cumarina. Cascas e sementes peitorais, antispasmódicas, emenagogas- ajudam e tratam muitas das desordens especiais do sistema reprodutivo feminino, como TPM, tumores uterinos ou infecções. o banho das casca usam nas dores reumáticas. A floração ocorre de abril a junho e a frutificação de agosto a outubro. A distribuição geográfica dessa espécie no Brasil se dá nos seguintes estados brasileiros:Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Para, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Ocorre nos Biomas de Caatinga e Mata Atlântica nas regiões de agreste e sertão.

REFERÊNCIAS:
Renato Braga. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pgs:219-220. 
Revista da FAPERN. Ciência Sempre. ANO 5- abril/ junho 2009. O Conhecimento da Caatinga potiguar e o desafio do desenvolvimento sustentável. por Ramiro Gustavo Valera Camacho. pg:51.
Disponível em:> http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=2541 < Acesso em: 25/12/2010.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alga parda Sargassum filipendula C. Agardh



Foto: Newman,Randy
As macroalgas marinhas constituem um fascinante e diverso grupo de organismos que podem ser encontados em todos os mares do planeta. O papel ecológico que desempenham no ambiente marinho é muito diverso. Elas atuam como uma cobertura natural contra a erosão costeira;fornecem abrigo e alimentação para inúmeros organismo;participam na formação dos atóis,recifes e barreiras de corais;contribuem como biofiltros na depuração de águas contaminadas e constituem depois de mortas,detrito orgânico que serve como alimento aos organismos detritívoros (ROUND,1983). 
A espécie das fotos é alga parda Sargassum filipendula. Ela apresenta talo ereto,ramos principais pouco numerosos,fixo ao substrato por um apressório forte. Filóides simples,lanceolados a lineares, com base afilada, margem serreada e nervura central evidente. Vesículas flutuadoras numerosas,distribuídas por toda a alga. Dentre os inumeros biossorventes capazes de reter metais, a alga marinha marrom Sargassum filipendula tem-se mostrado eficiente para tal proposito, por se tratar de uma biomassa de facil obtencão e presente em grande quantidade em toda a costa brasileira (DAVIS et al., 2000; SEOLATTO, 2009). 
Em comparação com outros materiais biologicos como fungos, bacterias e leveduras, a capacidade de remoção de metais pesados por algas marinhas demonstrou ser a mais eficiente (SCHIEWER; VOLESKY, 2000; TUZUN et al., 2005).

REFERÊNCIAS:

Soriano,Eliane Marinho&Carneiro,Marcella A. do A.&Soriano,Jean Paul. Manual de Identificação das Macroalgas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Norte.-NATAL,RN:EDUFERN-Editora da UFRN,2008.Pgs:11,62-63.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Aroeira Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl.; Flora do RN



Planta conhecida popularmente como: Aroeira, Aroeira preta, Aroeira da Serra, Aroeira do Campo, Aroeira do sertão, Aroeira Verdadeira, Aroeira do Campo, Aroeira do Ceará, Aroeira vermelha, Árvore da arara, entre outros. Mas cientificamente ela recebeu o nome de Astronium urundeuva (M.Allemão) Engl. Essa espécie pertence a família Anacardiaceae, que possui representantes bem conhecidos por nós, como Cajueiro, Mangueira, Cajá, Imbuzeiro, entre outros.
A distribuição geográfica dessa espécie no Brasil, se dá nos seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. A Aroeira é uma árvore de tronco alto, linheiro, às vezes com mais de 1m de diâmetro, encimada por larga copa, formada de ramos flácidos. Apresenta folhas alternas, imparipinadas, com 5-7 pares de folíolos. Suas flores formam inflorescências do tipo panícula. Seus frutos são drupas pequenas.

 É uma planta perenifólia, ou seja, suas folhas são perenes, mantendo-se durante todo o ano, sendo considerada uma planta resistente a seca. Sua madeira de cerne roxo-escuro, difícil de ser trabalhada, para construção civil, esteios, dormentes, vigamentos, postes, estacas, caibros, também serve como lenha para fazer carvão. 
 Cascas balsâmicas e hemostáticas, usadas contra as doenças das vias respiratórias, do aparelho urinário, nas hemoptises e metrorragias. Pelo seu elevado teor em tanino, são aproveitáveis na indústria de curtume. A resina é medicamento muito utilizado pelos sertanejos, como tônico e nos casos em que se usam as cascas. As folhas maduras passam por forrageiras. A Aroeira é típica de vegetação de Caatinga, Caatinga árborea, Cerradão e Cerrado, sendo encontrada principalmente nas regiões agreste e sertão do nosso estado, Rio Grande do Norte.

REFERÊNCIAS:
Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg. 49.

Disponível em:>http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=124 < Acesso em: 23/12/2010.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Veado Catingueiro Mazama gouazoubira (Fischer 1814); Fauna do RN












    Mamífero conhecido popularmente como Veado Catingueiro,Veado da Caatinga,Virote ou Veado Virá, e cientificamente como Mazama gouazoubira. Essa espécie pertence a família Cervidae, a mesma família a que pertencem os cervos. O veado-catingueiro é relativamente pequeno, possuindo de 97 a 140 cm de comprimento e pesa entre 11 e 23 kg. A cabeça e o dorso são marrom-acinzentados e as orelhas são grandes com alguns pêlos brancos no interior, enquanto a garganta, o ventre e a parte inferior da cauda são esbranquiçados. A pelagem dessa espécie é bastante variável, podendo ser encontrados individuo acinzentados, marrons, avermelhados ou pardos numa mesma população. Apresenta uma mancha branca na região supra-orbital que pode constituir um anel perioftálmico e é característica dessa espécie, estando presente mesmo nos filhotes recém-nascidos. Apenas o macho possui chifre simples, medindo nos adultos de 7 a 15 cm (Dellafiore & Maceira, 2001). Geralmente é de hábito diurno e solitário, embora indivíduos possam ser vistos se alimentando muito próximos em épocas de baixa disponibilidade de alimento. Machos e fêmeas mostram um comportamento fortemente territorialista, com marcação de território feita principalmente pelos machos através do uso de sinais odoríferos e visuais. Essas marcações incluem a retirada de cascas de árvores com os incisivos inferiores, a deposição de fezes e urina, ou a sinalização através de glândulas odoríferas orbitais, frontais e interdigitais (Dellafiore & Maceira, 2001).
 Ao final de sete meses de gestação nasce apenas um filhote (Nowak, 1991), podendo a mesma fêmea parir duas vezes em um mesmo ano. Os filhotes nascem pintados e as manchas começam a desaparecer do quarto até o sexto mês (Dellafiore & Maceira, 2001). Ficam escondidos na vegetação densa nas primeiras semanas de vida e permanecem com a mãe durante oito meses ou até o nascimento da próxima cria.
   Alimenta-se de frutas, flores,fungos,gramíneas,leguminosas e outros tipos de arbustos e ervas.  Sua capacidade adaptativa é provavelmente alta, pois a espécie parece ocupar com bastante sucesso áreas desmatadas e agrícolas, mesmo quando próximas ao homem. Apresenta ampla distribuição no Brasil, ocorrendo em todas as regiões do país. Vive tanto em áreas florestais quanto em formações abertas de campos, cerrados, caatingas, além de áreas degradadas e capoeira. Essa espécie ainda é encontrado em algumas regiões do estado do Rio Grande do Norte, como por exemplo na área do Complexo Espeleológico Furna Feia no território do município de Mossoró. Apesar da caça a esses animais e da destruição de seus habitats naturais, parece que ainda ocorre em outros municípios como Carnaúba dos Dantas, pois quando estive lá em junho 2009, conversando com alguns moradores da área rural, eles disseram que depois de muito tempo sem ver essa espécie, voltaram a vê-la pouco semanas antes de nossa estada em excursão a esse município. Eles afirmaram que isso deve-se principalmente ao medo de alguns caçadores de serem denunciados ao IBAMA e ou Polícia Ambiental.

REFERÊNCIAS:
Jocy Brandão CRUZ,Diego de Medeiros BENTO,Darcy José dos SANTOS,José Iatagan Mendes de FREITAS,Uilson Paulo CAMPOS. COMPLEXO ESPELEOLÓGICO DA FURNA FEIA (RN): UMA PROPOSTA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. ANAIS do XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia . Montes Claros MG, 09-12 de julho de 2009 - Sociedade Brasileira de Espeleologia. Pg:5.
 
REIS, dos R. R.; PERACCHI, A. L.; PEDRO, W. A.; LIMA, de I. P. Mamíferos do Brasil – Londrina, 2006. Pgs:288,293-294.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cutia(Dasyprocta prymnolopha Wagler, 1841) ; fauna do RN

FotoMichal Sloviak 


 A cutia é um mamífero roedor encontrado em todas as regiões do Brasil, sendo a espécie Dasyprocta primnolopha a que ocorre em 6 dos 9 estados da região nordeste, sendo eles: Maranhão,Ceará,Rio Grande do Norte,Pernambuco, Alagoas e Bahia. Mas ocorre também nos estado do Pará e norte de Minas Gerais. Aqui no estado(RN), só encontrei registro dessa espécie na área do Complexo espeleológico da furna feia em Mossoró, mas acredito que ela ainda ocorre em outros municípios do estado, como por exemplo em Baía Formosa na RPPN Mata Estrela, pois nativos dizem que ainda tem, apesar de ser um animal muito caçado na região. Inclusive saindo da Mata Estrela pela guarita em direção ao litoral a primeira praia que se vê é denominada praia da cutia, acredito que fazendo alusão ao animal que já foi bastante comum naquela mata. Também a moradores do município de Goianinha que dizem que na mata Pau-ferro,que esta inserida nesse município, esse animal ainda é encontrado.
As cutias são roedores relativamente grandes, com patas longas e finas, dorso posterior longo e fortemente curvado, além de cauda vestigial nua. Patas anteriores com quatro dígitos e posteriores com três, estes munidos de garras parecidas com cascos. Coloração da pelagem do dorso posterior (garupa) varia nas diferentes espécies, sendo Dasyprocta primnolopha de coloração laranja-avermelhada. A cutia é um animal de hábito terrestre, que habita nas florestas pluviais- Mata Atlântica e Amazônia, como também nas florestas semidecíduas, cerrados e Caatingas, geralmente com distribuição associada a cursos de água. 
REFERÊNCIAS:
Jocy Brandão CRUZ,Diego de Medeiros BENTO,Darcy José dos SANTOS,José Iatagan Mendes de FREITAS,Uilson Paulo CAMPOS. COMPLEXO ESPELEOLÓGICO DA FURNA FEIA (RN): UMA PROPOSTA DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. ANAIS do XXX Congresso Brasileiro de Espeleologia . Montes Claros MG, 09-12 de julho de 2009 - Sociedade Brasileira de Espeleologia. Pg:5.
C. R. Bonvicino, J. A. Oliveira, P. S. D’Andrea. Guia dos Roedores do Brasil, com chaves para gêneros baseadas em caracteres externos - Rio de Janeiro: Centro Pan-Americano de Febre Aftosa - OPAS/OMS, 2008 . pg: 83.

CréditoFoto: Disponível em: http://www.biolib.cz/en/taxonimage/id128536/?taxonid=37032&type=1 Acesso em: 04/12/2010.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Rolinha branca Columbina picui (Temminck, 1813) ; Fauna do RN














 Ave conhecida popularmente como Rolinha branca ou Rolinha picui, mas recebeu o nome científico de Columbina picui. A rolinha branca pertence a ordem Columbiforme e a família Columbidae, que inclui rolas,rolinhas,pombos e pombas. Enquanto que na região nordeste do Brasil essa espécie tem a plumagem toda branca, no bioma Pantanal ela apresenta a coloração pardo-amarronzada predominante. Partindo da região externa do olho, apresenta uma fina listra escura até o bico característica. Na asa, a listra escura (iridescente, sob ótimas condições de luz) é característica. Ao voar, destaca-se a grande área branca da asa e outra área branca na cauda. Ao levantar vôo, tais áreas brancas podem confundi-la com a Fogo-apagou. Alimenta-se de uma grande variedade de grãos e frutos, sendo encontrada facilmente em locais de grande cultivo. 

 










Esta ave não se incomoda com a presença humana sendo encontrada também na área urbana, sendo comum em nossas avenidas e ruas a procura de sementes. No período reprodutivo, constrói a pequena plataforma de galhos mal ajambrados característica da família. Os machos cantam intensamente e o som produzido é origem do seu segundo nome comum, também originário do nordeste. Dois ovos são postos, chocados pelo casal, que alimenta os filhotes até depois de sua saída do ninho. É comum em regiões semi-abertas, capoeiras, beiras de matas mesófilas, matas secas, cerrados, plantações, campos e pastos sujos ou “tigüeras”. Aparece nas proximidades da orla marítima nos campos litorâneos. Vive em casais ou pequenos grupos, algumas vezes misturando-se às outras rolinhas. Ocupa ambientes abertos. Apresenta uma ampla distribuição no Brasil, sendo encontrado nos seguintes biomas: Mata Atlântica,Caatinga,Cerrado,Pantanal e nos Pampas. O segundo registro fotográfico foi feito durante uma aula de campo na UFRN em 2009.
REFERÊNCIAS:
Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar.Natal:EDUFRN,1997
Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande doNorte-IDEMA. 20p.

Neto, Miguel Rocha. Guia ilustrado: fauna da escola das dunas de Pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos, 2001.

Disponível em:> http://www.wikiaves.com.br/rolinha-picui < Acesso em: 04/12/2010.

sábado, 20 de novembro de 2010

Tantilla melanocephala(Lineu, 1758); Fauna do RN

©2008 Edgar A. Wefer






Serpente denominada popularmente por alguns como falsa coral, mas recebeu o nome científico de Tantilla melanocephala pertencendo a família Dipsadidae (antes Colubridae), a mesma família da Caninana e da Cobra cipó verde. É considerada uma serpente não peçonhenta, apesar de matar suas presas como por exemplo, lacraias por envenenamento. Tem uma ampla distribuição geográfica na América do Sul,(sul par ao norte da Argentina), Trinidad e Tobago, inclusive no Brasil. No Rio Grande do Norte, só encontrei registros na literatura dessa espécie, nas dunas costeiras de Natal, como por exemplo no Parque da cidade Dom Nivaldo Monte, mas fotografei(últimas fotos) essa espécie na RPPN Mata Estrela,Baía Formosa,Rio Grande do Norte.
 Você sabe como herpetólogos reconhecem essa espécie? através da seguinte descrição: Esta cobra pode ser identificada pela ausência da loreal e por ter 15 fileiras de escamas dorsais, do pescoço ao ânus. Descrição: Pupila redonda. Rostral mais larga que alta, visível de cima; internasais largas, menores que as préfrontais, que são menores que a frontal; frontal mais alta que larga, menor que as parietais; 1 pré-ocular; 2 pós-oculares; temporais 1+1; supralabiais 7, 3ª e 4ª em contato com o olho; infralabiais 7, as 4 anteriores em contato com o 1º par de pós-mentais, que são mais largos que o 2º par. Dorsais em 15 fileiras longitudinais no pescoço, 15 no meio do corpo, 15 próximo ao ânus; lisas, fosseta apical ausente. Ventrais 131. Anal dividida. Subcaudais duplas, 62 pares. Colorido dorsal pardo avermelhado, com três linhas longitudinais estreitas e escuras, do pescoço à cauda, a vertebral mais expressiva. Ventralmente amarelo.
 Cabeça negra, com duas manchas amarelas nas parietais; supralabiais com manchas negras e amarelas intercaladas, infralabiais amareladas com as suturas escuras. Faixa preta 4-5 escamas de largura atrás das parietais.
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REFERÊNCIAS:
Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar.Natal:EDUFRN,1997
Biol. Geral Exper., São Cristóvão, SE 7(2): 41-59 30.xii.2007. Celso Morato de Carvalho; Inês Cristina de Souza Alencar; Jeane Carvalho Vilar. SERPENTES DA REGIÃO DE MANAUS, AMAZÔNIA CENTRAL, BRASIL. Biologia Geral e Experimental Universidade Federal de Sergipe.
Disponível em: en.wikipedia.org/wiki/Tantilla_melanocephala Acesso em: 20/11/2010.
Foto:http://calphotos.berkeley.edu/cgi/img_query?enlarge=0000+0000+1208+0300

sábado, 23 de outubro de 2010

Alga vermelha Bryothamnion triquetrum(S.G.Gmelin) M. Howe

Foto: Enrique Peña
Foto: Ryan Fikes
"Alga de cor verde vermelho-vinácea,com ramos principais irregularmente ramificados,râmulos espinescentes curtos e dispostos em três fileiras longitudinais,dando a alga um aspecto triangular". Essa alga marinha pertence ao Filo(grupo) Rhodophyta(algas vermelhas). Bryothamnion triquetrum habita o litoral de calcário irregulares na direção do mar,em áreas protegidas e outras superfícies duras com até 5m de profundidade(Cabrera & Peña,PASI 2009). Apresenta uma ampla distribuição geográfica pelo o mundo,veja:Ilhas do Atlântico (Cabo Verde), América do Norte (Flórida, México), América Central (Costa Rica, Panamá), Ilhas do Caribe (Bahamas, Barbados, Cuba, Antilhas Hispaniola, Jamaica, Antilhas, Holanda, Porto Rico, Trinidad & Tobago , Ilhas Virgens), América do Sul (Brasil-inclusive em nosso litoral, Venezuela), África (Angola, São Tomé e Príncipe). Trabalhos realizados com alga da espécie Bryothamnion triquetrum (Gmelin) Howe, demonstraram que a mesma apresenta ação antioxidante, tendo sido eficiente no sequestro do radical DPPH, além de inibição da peroxidação lipídica, com uma atividade comparável ao ácido ascórbico e ao α-tocoferol. Outro estudo também mostrou que proteínas da classe das Lectinas(bs-lec, e bt-lec) que foram extraídas dessa espécie de Alga,apresentam atividade analgésica comprovada. Com a utilização de práticas possíveis de engenharia genética, estariam abertos os caminhos para o isolamento e clonagem dos genes que codificam para estas proteínas, e desta forma, estas drogas poderiam ser produzidas em grandes quantidades e a baixo custo. Novas formulações seriam preparadas e utilizadas como potentes analgésicos.
REFERÊNCIAS:
Soriano,Eliane Marinho&Carneiro,Marcella A. do A.&Soriano,Jean Paul. Manual de Identificação das Macroalgas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Norte.-NATAL,RN:EDUFERN-Editora da UFRN,2008.