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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Capitãozinho Strychnos parvifolia A. DC.; Flora do RN

    Planta conhecida popularmente como Capitãozinho, Capitãozinho-preto, Capitão, Carrasco-preto, Carrasco-roxo,Gulari e Pau-pereira. Entretanto seu nome científico é único sendo atualmente denominado como Strychnos parvifolia. Essa espécie pertence a família Loganiaceae que apresenta 420 espécies com ampla distribuição, ocorrendo principalmente nas regiões tropicais e subtropicais.
   Capitãozinho(Strychnos parvifolia) é de porte arbustivo, possui distribuição exclusiva na América do Sul, ocorrendo na Bolívia, Paraguai, Peru e Brasil (Krukoff & Barneby 1969a). De acordo com Krukoff (1972), ela ocorre no seguintes estados brasileiros: Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. No território Paraibano tem sido observada em áreas abertas de remanescentes de Mata Atlântica e brejos de altitude. Amostras floridas foram coletadas nos meses de março, junho e outubro. Amostras frutificadas foram coletadas em fevereiro.
   Durante minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado e fotografado essa espécie nas regiões " litorânea" e "agreste", tendo-a encontrada em áreas abertas de tabuleiros fixada em solo arenoso no Bioma da Mata Atlântica. 
Informações Técnicas da Espécie Strychnos parvifolia
"Arbusto escandente, glabrescente; ramos cilíndricos, divaricados, estriados, armados com espinhos axilares, aciculares, 1,5-2,5 cm compr.; estípulas presentes nos ramos jovens, decíduas nos ramos adultos, 0,2-0,3 cm compr., lineares; gavinhas ca. 1,5 cm compr., espiraladas no ápice. Folhas opostas; pecíolo 0,5-1,0 cm compr., cilíndrico; lâmina 4,014×2,74,0 cm, lanceolada a elíptica, cartácea a coriácea, trinérvea, margem ciliada, base cuneada, ápice agudo, pilosa ao longo da venação, tricomas simples, unicelulares e pluricelulares. Inflorescências em cimeiras terminais, laxas, pedunculadas (2,04,0 mm compr.); brácteas 2, elípticas a lanceoladas, pilosas, 1,0-2,0 mm compr., ápice agudo a acuminado. Flores 20-40, pedicelos 0,9-1,0 mm compr.; cálice tubuloso, 1,9-2,5 mm compr., soldado até metade, lobos triangulares, pubescentes internamente; corola campanulada, 2,5-3,0 mm compr., soldada no 1/4 basal, amarelo-pálido, vilosa na parte mediana interna, lacínios lanceolados. Estames 5, exsertos; filetes cilíndricos, ca. 1,0 mm compr., anteras ca. 0,5 mm compr., elípticas. Ovário globoso, ca. 1,0 mm diâm.; estilete 0,9-1,0 mm compr., filiforme; estigma capitado. Baga globosa, ca. 2,0 cm diâm., epicarpo liso, brilhante; 1-3-sementes, 1,5×1,2 cm, suborbiculares, testa crustácea."

Referências
Freire, Maria Socorro Borges, Levantamento Florístico do Parque Estadual Dunas de Natal, Acta Botânica Brasílica. 4(2): 1990.
Kiriaki Nurit; Maria de Fátima Agra; Ionaldo J.L.D. Basílio; George Sidney Baracho. Flora da Paraíba, Brasil: Loganiaceae. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-33062005000200024&script=sci_arttext Acesso em 12 de agosto de 2014. Acta Bot. Bras. vol.19 no.2 São Paulo Apr./June 2005.
Ionaldo José Lima Diniz BASÍLIO, Kiriaki NURIT & Maria de Fátima AGRA. Estudo Farmacobotânico das Folhas de três Espécies do Gênero Strychnos L. (Loganiaceae) do Nordeste do Brasil.  Acta Farm. Bonaerense 24 (3): 356-65 (2005).
Det.: J. Jardim, set.2013    

2 comentários:

  1. Então não é comestível pode fazer mal se comer ?

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    1. Olá.
      Eu nunca consumi porque sempre ouvi dizer que o fruto é tóxico.
      Como não encontrei na literatura informações a respeito, eu evito comer, portanto também não recomendo...

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