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domingo, 9 de dezembro de 2018

Sapo-de-verruga Rhinella granulosa (Spix, 1824)

   Anfíbio anuro conhecido popularmente como Sapo-de-verruga, Sapo granuloso ou Sapo cururu pequeno, entretanto seu nome científico é Rhinella granulosa (Spix, 1824). Pertence a família Bufonidae, da qual também faz parte o famoso Sapo cururu(Rhinella jimi).
   O macho da espécie Rhinella granulosa atinge em média 48,1mm de comprimento rostro-cloacal enquanto que a fêmea é maior alcançando em média 52,9mm. A origem do nome(granuloso) deve-se a presença de grânulos na região dorsal do corpo, esta apresenta ao fundo diferentes tons de marrom com algumas manchas mais escuras. Enquanto que a coloração da região ventral do corpo varia de esbranquiçada a creme com pontos negros, sendo que nos machos a região gular fica amarela-esverdeada na época reprodutiva. Suas glândulas de veneno(paratóides) são pouco aparentes. Apesar de apresentar essas glândulas(pequenas), se as pessoas não manusearem e nem apertarem elas não haverá risco  de envenenamento em contato com mucosas, sendo essa espécie importante predadora de insetos assim como outros sapos que ajudam a manter o "equilíbrio ambiental", não devem ser perseguidos ou mortos pelo ser humano.
   Espécie terrestre de hábito noturno que vive em lagoas, margens de riachos e poças. Ela apresenta reprodução explosiva, podendo em uma desova conter cerca de 900 ovos que são depositados na superfície d’água em um cordão gelatinoso. Havendo corpos de água pode se reproduzir durante todo ano, porém na estação chuvosa há um aumento na taxa reprodutiva. Alimenta-se de insetos como formigas e cupins, colaborando assim no controle das populações desses animais.
   O Sapo-de-verruga(R. granulosa) é encontrado principalmente na Caatinga, mas também ocorre em áreas do bioma Mata Atlântica, sendo sua distribuição restrita ao Nordeste e parte do Sudeste do Brasil. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte já observei essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar e, acredito que também ocorra na mesorregião Oeste do estado.

Referências
Albertina Pimentel Lima ...[et al.]. Guia de sapos da Reserva Adolpho Ducke, Amazônia Central. Manaus : Áttema Design Editorial, 2005.

Ednilza Maranhao dos Santos , Geane Limeira da Silva & Thamires Freitas Campos. Predação de Rhinella granulosa (Anura, Bufonidae) por Liophis poecilogyrus (Serpentes, Dipsadidae) na Caatinga, Pernambuco, Brasil. Revista Brasileira de Zoociências 12 (2): 195-198. 2010.

Hauanny Rodrigues Oliveira& Fernanda A. S. Cassemiro. Potenciais efeitos das mudanças climáticas futuras sobre a distribuição de um anuro da Caatinga Rhinella granulosa (Anura, Bufonidae). Iheringia, Série Zoologia, Porto Alegre, 103(3):272-279, 30 de setembro de 2013.

 Tavares, Robson Victor Ecologia e diversidade da herpetofauna associada à bromélia Encholirium spectabile Mart. ex Schult. & Schult. f. em uma área de Caatinga, Nordeste do Brasil – Patos, 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais).

domingo, 2 de dezembro de 2018

Guabiraba Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.

   Planta conhecida popularmente como Guabiraba,Guabiraba-de-rama,Guabiroba ou Candeia-brava, entretanto seu nome científico é único, Campomanesia aromatica (Aubl.) Griseb.. Pertence a família Myrtaceae, da qual também fazem parte por exemplo, a Jabuticabeira, a Ubaia azeda e o Camboim.
    A Guabiraba(Campomanesia aromatica) é uma espécie nativa de porte arbustivo podendo atingir cerca de 5m de altura,ela apresenta flores brancas e seus frutos maduros são arroxeados e comestíveis. Geralmente floresce em novembro e frutifica de fevereiro a setembro. De acordo com a literatura na medicina popular a infusão das folhas do "olho da planta" é usada contra diarréia, dor na barriga, catarro no peito, pneumonia e gripe no Piauí.
   Sua distribuição geográfica é disjunta desde Trinidad e Tobago ao Brasil e também na Bolívia.  Em território brasileiro tem registros nos biomas da Caatinga, Mata Atlântica e Amazônia, ocorrendo nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. 

Referências
CHAVES, E.M.F.; BARROS, R.F.M. Diversidade e uso de recursos medicinais do carrasco na APA da Serra da Ibiapaba, Piauí, Nordeste do Brasil. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v.14, n.3, p.476-486, 2012.

Marla Ibrahim U. de Oliveira, Ligia Silveira Funch & Leslie R. Landrum. Flora da Bahia: Campomanesia (Myrtaceae). Sitientibus série Ciências Biológicas 12(1): 91– 107. 2012.

Organizador Rafaela Campostrini Forzza... et al. Catálogo de plantas e fungos do Brasil, volume 2. Rio de Janeiro : Andrea Jakobsson Estúdio : Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

Renato Braga. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1976.