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domingo, 18 de dezembro de 2011

Besouro Caçador de lagarta Calosoma granulatum Perty,1830; Fauna do RN.

Calosoma granulatum fotografado no município de São José do Campestre,Rio Grande do Norte.
    Besouro conhecido popularmente como Caçador de lagarta ou Carocha, mas cientificamente recebeu o nome Calosoma granulatum Perty,1830.  Essa espécie possui dorso da cabeça e tórax verde metálico escuro, élitros escuros com pequenas marcas longitudinais douradas e margens laterais verdes metálicas; cabeça prognata, olhos compostos proeminentes localizados lateralmente; antenas longas com 11 segmentos (macho), filiforme; mandíbulas arqueadas, opostas, simétricas; pernas ambulatórias.  
    C. granulatum apresenta ampla distribuição geográfica em todo Brasil, com exceção apenas a área ao norte do Rio Amazonas (GIDASPOW, 1963, apud PASINI, 1995).  Vive no solo, podendo também subir em árvores, arbustos ou culturas anuais em busca das presas. Os adultos, quando incomodados, respondem correndo rapidamente do local. É uma espécie de grande importância como agente de controle biológico, pois se alimenta de lagartas que caem ou que se lançam ao chão para pupar ou de pré-pupas e pupas.  
     É um predador voraz, e cada larva ou adulto desse carabídeo chega a consumir 90 lagartas pequenas por dia, em média.  Essa espécie tem sido bem estudada devido às suas larvas e adultos serem predadoras de Rachiplusia nu (Guenée, 1852), Pseudoplusia includens (Walker, 1857) e de Anticarsia gemmatalis Hubner,1818 (Lepidoptera: Noctuidae) cujas larvas são pragas na lavoura de soja.

BIBLIOGRAFIA:
Colen,Keila Gomes Ferreira. Biologia e Caracterização Morfológica e Morfométrica dos Estágios Imaturos e Adultos de Calosoma granulatum Petry, 1830 (Coleoptera: Carabidae). Botucatu-SP. Dezembro, 2004.
Guimarães,Ronald Rodrigues & Rodrigues,Harlan  Ronald Storti  & Guimarães, Roney Rodrigues. Coincidência no Aparacimento de Adultos de  Insetos de duas Ordens diferentes em Armação de Búzios, Rio de Janeiro, Brasil.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Inimigos naturais das pragas de milho Calosoma sp. Embrapa.

sábado, 26 de novembro de 2011

Cágado Muçuã Kinosternon scorpioides(Linaeus,1776); Fauna do RN.















       Kinosternon scorpioides é uma espécie de quelônio semi-aquático de médio a grande porte, que pertence à família Kinosternidae, atingindo de 9,2 a 27,0 cm de comprimento da carapaça quando adulto. O peso varia de 501 a 1000 g para fêmeas e 401 a 800 g para machos. Uma característica bem distinta desta espécie em relação às demais é a presença de 3 quilhas longitudinais na carapaça que também é estreita. A cabeça é um pouco larga e com um queixo arqueado e forte nos machos. A cor da carapaça varia do marrom ao verde oliva ou preto, a cabeça pode ser marrom, cinza ou preta com manchas de padrão creme, laranja, vermelho, rosa ou amarelo. As patas e cauda são cobertas por uma pele de cor cinza. Em muitos indivíduos a ponta da cauda apresenta uma unha, como um escorpião, o que denominou a espécie por Linnaeus, que o descreveu como similar ao ferrão de um escorpião. 
      Segundo Mahamoud (1967), a unha encontra-se presente apenas nos machos. Segundo Molina (1992), o dimorfismo sexual nos quelônios se expressa principalmente na diferença de porte entre machos e fêmeas. Em geral, nas espécies terrestres, os machos são maiores que as fêmeas, o que favorece na tentativa de subjugar as fêmeas durante a cópula, enquanto que nas espécies de nado ativo as fêmeas são maiores, e os machos dificilmente conseguem subjugá-las. Outras diferenças morfológicas observadas são o casco mais baixo e a cauda mais comprida nos machos, nas fêmeas o peito é plano e de cor amarelo intenso, nos machos o peito é côncavo para facilitar a cópula quando monta na fêmea.














       Como hábito o muçuã vive no fundo dos lagos, charcos e áreas alagadas e, durante o período de reprodução, é possível encontrá-lo em terra firme. Há uma época do ano em que se enterra até a cabeça e passa por uma fase de hibernação, comportamento ainda não compreendido pelos cientistas. Os Kinosternideos são carnívoros e onívoros oportunistas, comem muitos tipos de alimentos diferentes, dependendo do local onde se encontram e da espécie. Podem se alimentar de peixes vivos e mortos, girinos, insetos, outros pequenos animais, algas, pequenas quantidades de vegetais e materiais em decomposição, provavelmente constituindo muito mais do que isso em ambiente natural. Se outros quelônios estiverem presentes a competição por alimento pode aumentar.
       Para Molina (1992), o acasalamento divide-se em cinco fases: encontro do casal, perseguição à fêmea, corte, pré-cópula e cópula. Na maioria das espécies de quelônios, via de regra, o macho aproxima-se da fêmea por trás e examina através do olfato a sua região cloacal, o que parece servir para determinar o sexo do indivíduo. Uma vez localizada a fêmea, o macho normalmente passa a persegui-la, o que tem função estimulante. Há indícios de que o acasalamento pode ocorrer e qualquer época do ano. Os ninhos de algumas espécies de Kinosternon são pouco profundos e cobertos por folhas e galhos próximos a riachos, lagos e pântanos para que quando eclodirem os recém-nascidos tenham acesso mais fácil aos corpos d´água para dificultar sua descoberta por predadores.
      Segundo Rocha et AL (1990), no zoológico de São Paulo a postura dessa espécie ocorre de março a agosto,sendo postos de um a seis ovos por vez. Molina et al(1988), registrou o nascimento de um filhote de K. scorpioides após 266 dias de incubação artificial. K. scorpioides apresenta ampla distribuição geográfica ocorrendo na América central, do norte e do sul. Apesar de muitos esforços desenvolvidos e da comercialização do muçuã ser ilegal, a espécie é capturada e comercializada em dúzias, pois tem baixo peso, sendo as populações reduzidas em função da exploração (IBAMA, 1989). Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, do litoral ao sertão, por enquanto só vi(por acaso) essa espécie no município de Monte Alegre, na região agreste do estado.
BIBLIOGRAFIA:
Castro, Andréa Bezerra de. Biologia reprodutiva e crescimento do muçuã Kinosternon scorpioides(Linaeus,1776) em cativeiro. Belém, 2006. Dissertação (Mestrado)- Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências Agrárias, Núcleo de estudos em Ciências Animal.

sábado, 5 de novembro de 2011

Barriguda Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum.; Flora do RN.



















     Planta conhecida popularmente como Barriguda ou Paineira branca. mas cientificamente foi denominada Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum.. Essa espécie pertence a família Malvaceae.
    Árvore que atinge 18 m de altura quando adulta, com grande copa, bastante ramificada na parte superior do tronco, sendo este na região mediana entumecido ou abaulado com mais de 1 m de diâmetro, por esse motivo as pessoas a nomearam como "barriguda".

















      O tronco e os ramos de casca acinzentada possui acúleos cônicos de até 5 cm de comprimento. Suas folhas são do tipo palmaticompostas, com 4 à 7 folíolos, geralmente ocorrem 5. Folíolos cartáceos, glabros, com bordos levemente serrilhados na metade terminal, de 6 à 11 cm de comprimento por 2,5 à 4 cm de largura.













     Suas flores brancas e grandes formam inflorescências terminais, paniculadas. Elas normalmente aparecem no final do período chuvoso nos meses de maio a junho, enquanto que os frutos amadurecem de julho a agosto, estes são do tipo cápsula elipsóide, deiscente, grandes, possuem sementes pretas envoltas por fibras lanugenosas conhecidas por lã de barriguda.
Sua madeira é moderadamente pesada, com densidade de 0,59 g / cm³, macia e "frágil", sendo usada apenas na confecção de caioxotes.
Apesar do seu grande valor ornamental quando em flor, o que as pessoas mais se interessam na barriguda são as fibras de suas sementes, a lã da barriguda, pois elas utilizam estas para encherem travesseiros, colchões e estofamento de móveis.
Sua casca é utilizada na medicina popular como anti-inflamatório, mas atenção: não tome nenhum remédio caseiro sem consultar um especialista(médico).
Ceiba glaziovii ocorre na região Nordeste do Brasil, nas caatingas hipoxerófilas(agreste) em áreas de terreno acidentado e na caatinga arbórea do médio vale do Rio São Francisco.
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, do litoral ao sertão, por enquanto só vi essa espécie no município de Monte Alegre, na região agreste do estado.
Planta decídua, heliófita, secundária, xerófita, característica e exclusiva da floresta xeromórfica do Nordeste do país, onde apresenta ampla porém descontínua dispersão. Produz anualmente moderada quantidade de sementes, dispersas pelo vento.

BIBLIOGRAFIA:
Lorenzi,Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil.vol. 2. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum,2002. Pg:61.
Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pg: 75.
Maia, Gerda Nickel: Caatinga: arvores e arbustos e suas utilidades. São paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora. 2004.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Jurema preta Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. ; Flora do RN.

 












Nomes populares: Jurema preta, jurema, calumbi. o nome jurema é derivado de yú-r-ema,que significa o espinheiro suculento.
Nome científico: Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.
Sinonímia botânica:Acacia tenuiflora Willd. ,A. hostilis Mart., Mimosa hostilis(Mart.) Benth., M. limana Rizzini, M. nigra J. Huber, M. cabrera Karsten, M. maracasensis Harms, M. apodocarpa var. hostilis(Mart.) Hassler, M. cabrera sensu Benth., M. tenuiflora sensu Lewis.
Família e subfamília:Leguminosae-Mimosoideae.
Características morfológicas:Planta de hábito arbustivo e arbóreo, de 4 a 6 m de altura, dotada de copa rala e irregular,de ramos novos com pelos viscosos. tronco contorcido,de 20 a 30 cm de diâmetro,enrugado,espinhoso,de casca acinzentada quase negra,fendida longitudinalmente tornando exposto a parte de baixo, uma superfície vermelha.

















Folhas compostas bipinadas, com eixo comum(pecíolo e raque) de 1 a 3 cm de comprimento,com 4 a 7 pares de pinas de 2 a 4 cm de comprimento. folíolos brilhantes, em número de 15 a 33 pares, de 5-6 mm de comprimento. inflorescências subterminais, em espigas isoladas ou geminadas, de 4 a 8 cm de comprimento, com flores de cor branca. Fruto vagem tardiamente deiscente, de 2,5 a 5 mm de comprimento, com 4 a 6 sementes.
 












Ocorrência:Nativa na Região Nordeste do Brasil, nas caatingas,cerrados e matas de altitude.
Madeira: muito pesada(densidade 1,12 g/cm³), de textura média, grã direita, de alta resistência mecânica e grande durabilidade natural.
Utilidades: A madeira é empregada para obras externas,como estacas, moirões, para pequenas construções,rodas,peças de resistência,móveis rústicos, e principalmente para lenha e carvão, sendo este preferido pelos ferreiros a qualquer outra planta. As flores são apícolas(fontes de néctar e polen). Planta pioneira e rústica, é indicada para composição de reflorestamentos heterogêneos com fins preservacionistas. folhas forrageiras. Cascas sedativas,narcóticas,adstringentes e amargas. Com as raízes desta espécie, os índios faziam uma bebida usada nas cerimônias de pajelança,inspiradora de sonhos agradáveis aqueles que a tomavam.
Informações ecológicas: Planta decídua,heliófita, seletiva higrófita, pioneira, típica e exclusiva das caatingas, porém com dispersão descontínua e irregular ao longo de sua área de distribuição. Ocorre preferencialmente em formações secundárias de várzeas com bom teor de umidade, de solos profundos, alcalinos e de boa fertilidade.
Fenologia: Floresce durante um longo período do ano, ocorrendo principalmente nos meses de setembro a janeiro. enquanto que os frutos amadurecem frequentemente de fevereiro a abril.
Obtenção de sementes: Colher os frutos diretamente das plantas quando iniciarem a abertura espontânea. em seguida coloque-os no sol para completar a abertura e liberação das sementes. 1 Kg de sementes contém aproximadamente 110 mil unidades.
Produção de mudas: Colocar as sementes para germinação logo após a colheita em canteiros a pleno sol contendo substrato arenoso. Escarificar as sementes para melhorar sua geminabilidade. A emergência ocorre em 2 a 4 semanas e a taxa de germinação geralmente é alta com sementes escarificadas. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido.
REFERÊNCIAS:
Lorenzi,Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil.vol. 02. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum,2002. Pg:192.

Renato Braga. Plantas do nordeste, especialmente do Ceará. Fortaleza: coleção mossoroense-volume XLII, 1996. Pgs: 311-312.

Mendes,Benedito Vasconcelos. Biodiversidade Sustentável do Semi-árido. Fortaleza: SEMACE,1997. PG:43.

Revista da FAPERN. Ciência Sempre. ANO 5- abril/ junho 2009. O Conhecimento da Caatinga potiguar e o desafio do desenvolvimento sustentável. por Ramiro Gustavo Valera Camacho. pg:51.

Banco de dados de plantas do Nordeste. Disponível em:http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=4000Acesso em: 18/10/2011.

sábado, 1 de outubro de 2011

Aranha Olios sp. ; Fauna do RN.














     Aranha do gênero Olios pertencente a família Sparassidae. aranhas dessa família são de hábitos errantes e capturam presas esperando a aproximação de suas vítimas para em seguida subjugá-las após um rápido ataque. Elas são mais ativos durante a noite. Apresentam quelíceras do tipo labidognatas, 8 olhos dispostos em duas linhas mais ou menos curvas, patas anteriores um pouco laterígradas, abdômen oval a fusiforme,fieiras curtas e muitas juntas. sem cribelo.




Classificação científica:
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Arachnida
Ordem:Araneae
Família:Sparassidae
Gênero:Olios



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REFERÊNCIAS:

Felipe N. A. A. Rego; Eduardo M. Venticinque; Antonio D. Brescovit. Densidades de aranhas errantes (Ctenidae e Sparassidae, Araneae) em uma floresta fragmentada. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-06032005000200004 > Acesso em: 01/10/2011.
Carvalho, Tiago G. Olios sp. imaturo. Disponível em http://www.flickr.com/photos/55321611@N07/5205131905/  Acesso em:01/10/2011.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Coité Crescentia cujete Linn. ;Flora do RN.















  Planta conhecida popularmente como Coité,Cuité,Cuia,Cuieira,Cabaço,árvore de cuia,Cabaceira,Cuiteseiva,Cuitereira e Cina. Mas cientificamente foi denominada Crescentia cujete. Outros sinônimos científicos:Crescentia acuminata Kunth, Crescentia cuneifolia Gardner,Crescentia plectantha Miers,Crescentia spathulata Miers. Essa espécie pertence a família Bignoniaceae,a mesma do Jacarandá e dos Ipês.     Espécie de hábito arbóreo que atinge até 16 metros de altura,tronco tortuoso com casca acinzentada,ramos longos,formando uma copa frondosa. Suas folhas são simples,sésseis ou curto alado pecioladas,persistentes,alternas,frequentemente fasciculadas(agrupadas em pequenos feixes),inteiras e glabras(desprovido de pelos) com até 21cm de comprimento. Inflorescência única ou com duas flores reunidas ao longo dos ramos,hermafroditas(possuem os dois sexos na mesma flor) tubulosas, grandes e muito vistosas, com pétalas amareladas. Floresce de outubro a maio. O fruto dessa espécie é do tipo baga,indeiscente(fruto que não se abre na maturidade para liberar suas sementes),grande com até 30cm de diâmetro,oval ou subgloboso,de pericarpo lenhoso,delgado,leve,flexível e resistente,contendo uma polpa esbranquiçada,suculenta,envolvendo numerosas sementes chatas e de cor amarelas.















     Frutifica de julho a setembro. Espécie originária da América Central. No Brasil, ocorre desde a Amazônia até a região sudeste, onde foi introduzida para cultivo. Cultivada junto às habitações da zona rural principalmente por causa de seus frutos, que limpos da polpa interna,serrados no sentido longitudinal,constituem as cuias,comumente usadas na vida doméstica do homem do campo.  
     Os frutos depois de colhidos e secos, tornam-se desde recipientes domésticos (como vasilhas, pratos e colheres rústicos) até instrumentos musicais (chocalhos, berimbaus e corpo de violas). Também se pode obter tinturas e, possui propriedades terapêuticas, mas é preciso muito cuidado no seu uso, pois pode ser tóxico. O decocto(cozimento) e o extrato da casca são muito eficazes no tratamento da inflamação do intestino e contra o acúmulo anormal de líquidos no corpo. A polpa, quando verde, é corrosiva e usada no tratamento de doenças respiratórias, e quando madura, é abortiva. Mas atenção: não tome nenhum remédio caseiro sem consultar um especialista(médico).    
     Suas sementes podem ser consumidas cozidas ou torradas. A polpa do fruto verde,misturada com mel ou açúcar, é empregada como expectorante. Segundo o professor Alfons Balbach é também purgativa(causa forte evacuação intestinal) e febrífuga( que faz cair a febre). a infusão(líquido quente para macerar ao calor) das folhas passa por diurética(aumento da secreção urinária). O liber(floema,"casca interior") da casca substitui o papel para cigarros. A madeira do coité é dura e forte, própria para marcenaria e carpintaria.

REFERÊNCIAS:
Renato Braga. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg:204.
Balbach,Alfons. A Flora Nacional na Medicina Doméstica- vol. II. Edições"A Edificação do lar". Itaquaquecetuba-SP. 23ª edição. Pg:592-593.
 Crescentia cujete. Disponível em:
Cabaceira. Disponível em:http://eptv.globo.com/terradagente/0,0,4,148;7,cabaceira.aspx Acesso em: 23/09/2011.
Disponível em: http://www.esalq.usp.br/trilhas/medicina/am04.htm  Acesso em: 23/09/2011.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aranha Lince Peucetia sp. ; Fauna do RN.















      Araneídeo popularmente conhecido como aranha lince e pertencente ao gênero Peucetia. Aranhas do gênero Peucetia são caçadoras que não constroem teias e geralmente são encontradas associadas a plantas com pêlos glandulares(tricomas). Estudos comprovaram a redução da herbivoria na planta hospedeira devido à atuação das aranhas. Um dos substratos preferidos da aranha lince(Peucetia sp.) são as folhas de “Clidemia sp.”, isso pode ocorrer devido ao fato de que nessas são encontradas muitas presas aderidas aos pelos glandulares(tricomas).














      Essa aranha utiliza uma tática de forrageio do tipo "senta e espera" para capturar principalmente insetos. Nessa estratégia os predadores permanecem em posição de emboscada e aguardam passivamente pela aproximação de suas presas, para então capturá-las (Rersh & Cardé 2003). Não encontrei na literatura registros de acidentes graves causados por aranhas do gênero Peucetia ao ser humano,mas deve-se evitar o contato com esses animais.
registros fotográficos feitos a noite(1ªfoto) e durante o dia(2ªfoto) em bordas de matas de tabuleiros no município de Monte Alegre, Rio Grande do Norte, Brasil.
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CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:
Reino:Animalia
Filo:Arthropoda
Classe:Arachinida
Ordem:Araneae
Família:Oxyopidae
Gênero:Peucetia

REFERÊNCIAS: 
Disponível em: http://pdbff.inpa.gov.br/cursos/efa/livro/2007/pdf/igapo/ig_Peucetia_clidemia.pdf Acesso em:06/09/2011.
Disponível em: http://ecologia.ib.usp.br/curso/2011/ap_pdf/PA1-G1.pdf Acesso em:06/09/2011.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Timbaúba Enterolobium contortisiliquum Morong. ; Flora do RN.















     Planta conhecida popularmente como Timbaúba, Tamboril, Orelha de Negro, Orelha de Macaco, Pau de sabão, Vinhatico flor de algodão, Ximbo, entre tantas denominações dadas por populações de diferentes regiões do país. Timbaúba vem de timbó-yba, a árvore de espuma, alusivo à espuma que o fruto produz. Mas cientificamente foi registrada com o nome Enterolobium contortisiliquum Morong. , tendo também sido denominada por outro cientista com o nome Mimosa contortisiliqua Vell. Espécie de porte arbóreo de grande proporções(veja a 2ªfoto e compare) , com tronco relativamente curto mais bastante espesso, medindo em média de 2 a 3m de circunferência e a copa pode se estender por uma área de aproximadamente 50m.




























     As folhas da Timbaúba são bipinadas, com os folíolos dispostos em 10-20 jugos pequenos, estas persistem por bastante tempo caindo nos meses mais frios (caducifolia). As flores são esbranquiçadas, pequenas de 4 mm., em capítulos globosos, reunidos em cachos terminais ou axilares. Seu fruto é uma vargem coriácea, dura e lenhosa, indeiscente, preta, incurvo reniforme, lenbrando uma orelha, por isso recebeu alguns nomes populares fazendo referência a este.


















      A madeira é mole, esponjosa, boa para confecção de caixotes, gamelas e cochos. Suas raízes longas e grossas servem para jangadas. O fruto é amargo e tem bastante saponina, por isso as pessoas utilizam o mesmo como sabão. O fruto também é forrageiro assim como as folhas secas. A sua propagação é feita através das sementes. Enterolobium contortisiliquum é encontrada nos biomas de Caatingas, Mata Atlântica e Campos gerais e ocorre na zona climática agreste. Sua distribução geográfica estende-se do Pará ao Uruguai e Argentina. Essa espécie foi registrada no território dos seguintes estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins.

REFERÊNCIAS:

Enterolobium contortisiliquum. Disponível em: http://toptropicals.com/pics/garden/m1/Podarki5/Enterolobium_contortisiliquum805_012OlgaB.jpg

Disponível em: http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=3890

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pgs: 458-459.

Tamboril. Disponível em: http://www.arvores.brasil.nom.br/new/tamboril/index.htm

sábado, 23 de julho de 2011

Alga vermelha Gracilaria birdiae Plastino & E. C. Oliveira; Algas do RN

"As algas são organismos autótrofos,ou seja,que fabricam o seu próprio alimento, assim como as plantas a partir de um processo chamado fotossíntese. diferem das plantas por não formarem tecidos e também por não apresentarem raiz,caule,folhas e flores. além de serem a base da cadeia alimentar aquática,elas são responsáveis por liberarem aproximadamente 90% do oxigênio para a amosfera,permitindo que os seres que dependem do oxigênio vivam no planeta terra."
A alga da foto é a espécie Gracilaria birdiae que é de cor vermelho escura,apresenta talo reto,cilíndrico,ramificação subdicotômica a unilateral. Essa espécie ocorre com relativa abundância nas regiões do médio litoral e infralitoral durante todo ano. Ela vem sendo coletada e comercializada por pescadores da praia do rio do fogo, no litoral do Rio Grande do Norte para a extração de ágar. Também é aproveitada como matéria-prima para remédios, laxativos e gomas. O ágar é muito utilizado também em pesquisas, como meio de cultura para desenvolvimento de microrganismos. O ágar foi usado, na Grécia antiga, como produto rejuvenescedor e, hoje, vem sendo usado na cicatrização de queimaduras.

REFERÊNCIAS:

Soriano,Eliane Marinho&Carneiro,Marcella A. do A.&Soriano,Jean Paul. Manual de Identificação das Macroalgas Marinhas do Litoral do Rio Grande do Norte.-NATAL,RN:EDUFERN-Editora da UFRN,2008.Pgs:86 e 87.

Santos ,Liliane Barbosa dos;Davim Marcella Araújo do Amaral Carneiro;Azevedo Carolina Angélica Araújo de;Soriano,Eliane Marinho. ASPECTOS POPULACIONAIS DE Gracilaria birdiae (RHODOPHYTA, GRACILARIALES) EM UMA ÁREA RECIFAL DO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/resumos/resumos/1050.htm Acesso em: 23/07/2011.
Crédito da Foto. Disponível em:
http://www.fotolog.com.br/gracilariopsis/8589311 Sony FD MAVICA  Acesso em: 23/07/2011.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Escorpião pequeno de solo Bothriurus asper (Pocock, 1893); Fauna do RN

 













     Das 1.600 espécies de escorpiões conhecidas no mundo, apenas cerca de 25 são consideradas de interesse em saúde. No Brasil, existem cerca de 160 espécies, sendo as responsáveis pelos acidentes pertencentes ao gênero Tityus que tem como característica, entre outras, a presença de espinho sob o ferrão. Das 160 espécies que ocorrem no país, apenas 4 espécies são muito perigosas, sendo as maiores causadoras de acidentes graves, são elas: Escorpião do Nordeste(Tityus stigmurus), Escorpião amarelo(Tityus serrulatus), Escorpião preto(Tityus bahiensis) e o Escorpião preto da Amazônia(Tityus paraensis).

ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A ESPÉCIE Bothriurus asper (Pocock, 1893) :
O Escorpião pequeno de solo (Bothriurus asper) é uma espécie considerada de menor relevância para a saúde pública tendo em vista que aparentemente não provoca acidentes graves na região Nordeste (LIRA-DA-SILVA et. al.1997) de onde é originário, embora nada se saiba sobre a potencialidade de seu veneno. Principais características: 2 a 4 cm de comprimento; coloração marrom com uma faixa longitudinal amarela na região dorsal do tronco; ausência de espinho sob o ferrão. Distribuição geográfica: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Mas foi registrada recentemente(entre 2002 e 2004) no Distrito Federal como espécie introduzida provavelmente pelo homem, colonizando locais peri-urbanos do Distrito Federal. Preserve a natureza!
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CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino:Animalia

Filo:Arthropoda

Classe:Arachinida

Ordem:Scorpiones

Família:Bothriuridae

Gênero: Bothriurus

Espécie:Bothriurus asper (Pocock, 1893).

REFERÊNCIAS:
Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de Controle de Escorpiões .Brasília. MS,2009.
Disponível em: > www.natal.rn.gov.br/semurb/paginas/File/Livro_Parque.pdf < Acesso em: 11/07/2011. 
Disponível em: www.parquedasdunas.rn.gov.br/fauna.asp  Acesso em: 11/07/2011.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Aranha de Grama Lycosa erythrognatha; Fauna do RN

     Aranha conhecida popularmente como Aranha de grama,Aranha de jardim,Aranha lobo ou Tarântula. Mas seu nome científico é Lycosa erythrognatha.
Foto:Carla Reis 
     Quando adulta a espécie L. erythrognatha pode atingir de 2 a 3cm de corpo e de 6 a 8cm de envergadura das pernas, apresenta a região dorsal acinzentada, com uma faixa longitudinal clara no cefalotórax ,com estrias radiantes para os lados. No abdômen possui um desenho negro em forma de seta,apresentando ainda a região ventral negra e quelíceras com pêlos avermelhados.
Foto: Manoel Moraes Jr. 
Essa espécie é encontrada em todo território brasileiro, sendo muito comum na zona urbana e encontrada com frequência em jardins e gramados. É uma aranha de hábitos errantes, abrigando-se entre o folhiço acumulado na superfície de sub bosques e florestas, construindo seu ninho unindo folhas secas com fios de seda. Quando sente-se ameaçada pode apresentar comportamento defensivo semelhante ao da aranha armadeira,erguendo os dois primeiros pares de pernas.
     Seu veneno é pouco tóxico para o ser humano, tendo sido registrado na maioria dos acidentes apenas dor discreta e transitória no local da picada. O tratamento geralmente não é necessário, eventualmente a dor poderá ser controlada com analgésicos orais. Ela é ativa tanto durante o dia como a noite e se alimenta principalmente de insetos e outras aranhas. Quanto a reprodução é ovípara. É rápida e caçadora cursória, podendo penetrar em habitações humanas, tentando fugir quando molestadas.

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REFERÊNCIAS:


Selma Torquato da Silva... [et al.]. Escorpiões, aranhas e serpentes: aspectos gerais e espécies de interesse médico no Estado de Alagoas. Maceió: EDUFAL, 2005.
Principais aracnídeos. Disponível em:  http://www.sapienscursos.com.br/login_professor/lima/principais%20aracnideos.pdf Acesso em: 06/07/2011.
Tarântula. Disponível em:http://araneae.hdfree.com.br/tarantula.html  Acesso em: 06/07/2011.