Réptil conhecido popularmente como Jacaré do papo amarelo e cientificamente como Caiman latirostris. Ele pertence a ordem Crocodylia e a família Alligatoridae. Sua distribuição geográfica no Brasil vai desde o estado do Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, ocorrendo entre outros países da América do sul como Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia. No estado do Rio Grande do Norte, encontrei registros dessa espécie no rio Pitimbu, lagoa de Genipabu e recentemente mais um espécime foi flagrado atravessando a BR-101, próximo a entrada de Pium, em Parnamirim. Esta é a segunda vez, em menos de 60 dias, que aparece jacaré em Parnamirim. Isso é causado devido a expansão da cidade de Parnamirim sem um planejamento prévio, não deixando nenhuma grande área preservada onde passa os principais riachos e lagoas da cidade, fazendo com que os animais fiquem isolados em pequenas lagoas, e tenham que atravessar pistas algumas vezes em busca de outras porções de água, onde possam encontrar alimento e refúgio. Espécie altamente aquática que habita lagos, rios, riachos, brejos, mangues, represas,diques,canais, associada com vegetação aquática, preferindo correntes lenta com abundante vegetação ciliar. machos adultos geralmente chegam a 2m de comprimento, enquanto as fêmeas são menores, atingindo 1,5 m em média, mas já registraram um individuo adulto com 3,5m.
Animal carnívoro que se alimenta de peixes,aves,pequenos mamíferos e invertebrados como caranguejos, caramujos e insetos. Desova entre 17 e 50 ovos por postura, que eclodem após 70 a 80 dias de incubação. Pode viver aproximadamente 50 anos. Os jacarés, juntamente com seus primos crocodilos e aligátores, surgiram na face da Terra há pelo menos 200 milhões de anos. Contemporâneos dos grandes dinossauros, também atingiram tamanhos gigantescos. O Purussaurus brasiliensis, um jacaré que viveu a 20 milhões de anos atrás, na região onde hoje fica a Bacia Amazônica, atingia cerca de 14 metros de comprimento, rivalizando em tamanho com o famoso Tyranossaurus rex. O jacaré-do-papo amarelo, juntamente com os outros crocodilianos, se destaca entre os répteis por apresentar cuidados com a sua prole. O macho forma uma harém e após a cópula, que ocorre no verão, a fêmea constrói o ninho próximo à água usando folhas secas e fragmentos de plantas, cobrindo-o com folhas e areia. Em média são postos de 25 a 30 ovos, e nesta época, a fêmea se torna mais agressiva permanecendo perto do ninho para evitar o ataque de predadores como o lagarto teiú e o quati. O sol e a fermentação dos vegetais no ninho proporcionam o calor necessário à incubação que varia de 70 a 90 dias. Próximo à eclosão é possível ouvir a vocalização dos filhotes, ainda dentro dos ovos, chamando a mãe. Ela então, desmancha o ninho usando os membros anteriores e posteriores, e o focinho.
Foto: De-Carvalho |
Caso algum filhote tenha dificuldade ao nascer, a mãe o ajuda e posteriormente ela carrega cada um na boca até a água, cuidadosamente. O macho cuida dos recém-nascidos que já estão na água e ambos os pais permanecem próximos aos filhotes, protegendo-os, ainda por um período de tempo. Apesar de toda essa proteção, os filhotes precisam se alimentar sozinhos e quando pequenos comem insetos e invertebrados. Ao contrário dos mamíferos, quanto mais velho, torna-se maior e mais forte. Embora os jacarés assustem as pessoas pelo seu tamanho e aspecto pré-histórico, são animais extremamente importantes para o equilíbrio ecológico, pois agem na cadeia alimentar controlando as espécies que fazem parte da sua dieta, além de controlarem a população dos caramujos transmissores de doenças, como a esquistossomose (barriga d’ água). Além disso, suas fezes servem de alimento a peixes e a outros seres aquáticos. A caça ilegal e a perda de habitat são as principais ameaças a sua sobrevivência.
REFERÊNCIAS:
Rueda-Almonacid, J.V., L. Carr, R. A. Mittermeier, J. V. Rodrígues-Mahecha, R. B. Mast; R. C. Vogt, A. G. J. Rhodin, J de la Ossa-Veláquez, J. N. Rueda & C. G.Mittermeier. 2007. Las tortugas y los cocodrilianos de los países andinos del trópico. Serie de guías tropicales de campo Nº 6.Cpnservación Internacional Editorial Panamericana, Fomas e Impresos. Bogotá, Colombia.Pgs:215-216.
Aldan Nóbrega Borges. IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PITIMBU (RN) DECORRENTES DAS DIVERSAS FORMAS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NATAL(RN). MARÇO DE 2002.
Disponível em:> www.zoologico.sp.gov.br/.../jacaredepapoamarelo.htm
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Acesso em: 07/01/2011.
Disponível em: http://blogfm87.blogspot.com/2010_03_01_archive.html Acesso em: 07/01/2011.
Crédito das Fotos:
Disponível em: http://blogfm87.blogspot.com/2010_03_01_archive.html Acesso em: 07/01/2011.
Crédito das Fotos:
icmbio.gov.br;
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