Ave conhecida popularmente como Golinha,Golinho,Gola,Golado, Patativa,Coleira,Coleira-garganta-branca,Papa-capim e Brejal. Entretanto para a ciência seu nome é único, seu nome científico é Sporophila albogularis (Spix, 1825). Esse pássaro atualmente pertence a família Thraupidae, a família típica de de aves como saíras, saís, tiês, sanhaçus e afins. Qual o significado do seu nome científico? Bem, o gênero Sporophila é formado por duas palavras de origem grega, sporos que significa "semente" e philos que significa "que gosta, amigo", enquanto que o termo específico albogularis é constituído por outras duas palavras de origem latina, albus que significa "branco,alvo" e gularis que significa "com garganta,garganta. Sendo assim, o nome científico Sporophila albogularis significa "com garganta branca que gosta de sementes".
Indivíduos adultos pesam cerca de 10g cada e atingem um comprimento total de aproximadamente 112 mm, sendo a asa 54 mm,a cauda 45 mm,o bico 10 mm,o tarso 13 mm (macho). o macho tem o bico amarelo, seu corpo é cinza nas partes superiores, com a cabeça enegrecida e a garganta branca, cuja tonalidade estende-se para cima, formando um colar incompleto na nuca; a fêmea e os filhotes são marrom-acinzentados nas partes superiores e amarelo-esbranquiçados nas inferiores. O bico dela é escuro. Filhotes machos adquirem a plumagem de adulto com cerca de 18 meses de idade. Seu canto é um gorjear fino, persistente, bem variado e rápido. Além da aparência, o golinha tem um canto valorizado, podendo aprender o canto de outras aves (SICK, 1997).
Espécie granívora,pois alimenta-se de pequenas sementes de vários tipos. Seu ninho tem o formato de uma pequena taça aberta,forrada com capins e garranchos, onde a fêmea faz a postura de 2 a 3 ovos de cor esverdeada com pintas cor de chocolate. Os filhotes nascem após cerca de 13 dias.
Forma pequeno grupos quando não estar no período reprodutivo, e se reúne na vegetação próxima a fontes de água, que serve tanto como bebedouro e ambiente para "banho", formando nesses locais grupos maiores que cantam empoleirados em arbustos e árvores da Caatinga.
Ave "endêmica do Nordeste" que ocorre em veredas úmidas da caatinga,em ambientes mais abertos, áreas arborizadas e campos. É considerada uma ave bem adaptada aos ambientes antropizados.
Sua distribuição é exclusiva do Brasil,tipicamente nordestina sendo encontrada nos estados do Maranhão, no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Excepcionalmente são encontrados alguns indivíduos no norte do Espírito Santo e Minas Gerais, provavelmente em migração.
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, nos últimos anos tenho observado essa espécie com menor frequência,acredito que isto ocorra principalmente devido ao fato dessa ave ser uma das preferidas dos passarinheiros que as compram em feiras livres ou as capturam na natureza por causa do seu belo canto. Meus últimos registros foram nos seguintes municípios potiguares: em Monte Alegre,em Lajes,em Jucurutu e Caicó. Por enquanto seu estado de conservação segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN 3.1) é pouco preocupante.
Lembre-se: As aves e todos os outros animais devem viver livremente em seu habitat. Não compre aves silvestres sem autorização do IBAMA, pois quando você compra um animal silvestre sem autorização de um órgão responsável, você estar incentivando ao tráfico de animais silvestres.
Referências
Araujo,Helder F. Pereira de&Vieira-Filho,Arnaldo H.&Cavalcanti,Tarsila A.&Barbosa,Maria R. de Vasconcelos. As aves e os ambientes em que elas ocorrem em uma reserva particular no Cariri paraibano, nordeste do Brasil. Revista Brasileira de Ornitologia, 20(3), 365-377 Outubro de 2012.
Coleria-de-garganta-branca. Brasil 500 pássaros. Disponível em: http://www.eln.gov.br/opencms/opencms/publicacoes/Pass500/BIRDS/1birds/p472.htm Acesso em 26 de setembro de 2014.
Freire, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.
F. Sagot-Martin, GOP. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.
LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.
Gostaria de saber qual o manejo adequado deste pássaro em gaiola, como se processa sua reprodução?
ResponderExcluirGostaria de saber qual o manejo adequado deste pássaro em gaiola, como se processa sua reprodução?
ResponderExcluirOlá Vania.
ExcluirInfelizmente eu não sei lhe informar a respeito do manejo dessa ave em gaiola.
Atenciosamente,Francisco Souza.
Olá Vania.
ExcluirComo animal da fauna brasileira, essa espécie só pode ser criada em cativeiro com autorização do IBAMA.
Att,Francisco Souza.
muito facil, se for golado preto, e ele for capturado ainda silvestre coloque ele numa gaiola nao muito grande, alimente com alpiste, senha, milleto, niger, e deixe ele avontade em um lugar claro tranquilo e ventilado, naturalmente logo logo ele irá cantar, eaí depois de 15 dias começe a andar com ele todos os dias pela a manha dando banho de sol, ate ele amansar naturalmente, e quando ele se sentir avontade irá ate cantar na sua mão. Se caso o manejo for com o golado novinho de penagem ainda marron, faça o mesmo procedimento so que ainda mais prolongado, pelo o fato dele ser novo, o processo é um pouco mais lento, mais pode acreditar que a recompensa é bem melhor pelo o fato dele ser novo, porque vc vai poder ensiná-lo a cantar de azulão deixando um azulao cantador ao seu lado durante toda a muda dele, e depois da muda com o mesmo manejo que eu falei a pouco ele vai se sentir avontade cantar naturalmente na sua mão, e com a cantoria maravilhosa do azulão ;)'
ResponderExcluirEstive em caicó - RN , e lá sim está cheio de golinha !
ResponderExcluirOlá Unknown.
ExcluirMuito obrigado pela participação no blog.
Exatamente, com maior fiscalização dos órgãos ambientais e maior conscientização das pessoas da região, cada vez mais aparentemente as populações dessa ave típica da Caatinga tem aumentado no estado.
Att,Francisco Souza.