quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Frango-d´água-azul Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766)

Indivíduo adulto da espécie Porphyrio martinicus forrageando em pântano na Fazenda Estrela,Baía Formosa,RN.

Ave conhecida popularmente como Frango-d´água-azul,  tauá-tauá-azul, entretanto seu nome científico é  Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766). Qual o significado do seu nome? O primeiro nome Porphyrio origina-se de duas palavras gregas "porphurion" ou "porphyrio" que quer dizer galinha do pântano, enquanto que o epíteto específico martinicus é uma palavra de origem latina que refere-se a ilha de "Martinica" no Caribe. Sendo assim, seu nome científico significa literalmente Galinha do pântano da Martinica(ilha americana).
Pertence a família Rallidae, da qual também fazem parte por exemplo, Saracura-do-mangue(Aramides mangle) e o frango-d'água-comum(Gallinula galeata).  Ave migratória que ocorre em todos os estados brasileiros, no sudeste dos Estados Unidos e México até o norte da Argentina.
Indivíduo jovem da espécie Porphyrio martinicus forrageando em riacho  na comunidade  Mendes, em São José do Mipibú,RN.

Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em lagoas, pântanos, riachos, rios e açudes de todas as mesorregiões do estado(Mesorregião Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo minhas últimas observações nos municípios de São José de Mipibu( janeiro de 2014), Monte Alegre( junho de 2015) e Parnamirim( agosto de 2015).

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

SIGRIST,T. Guia de Campo: Avifauna Brasileira (4ª edição). Avis Brasilis,2013.

sábado, 22 de agosto de 2015

Casaca-de-couro Pseudoseisura cristata (Spix, 1824); Fauna do RN


    Ave conhecida popularmente como Casaca-de-couro, Cajaca-de-couro, Cajaca-vermelha, Casacão, João-de-moura, Carrega-madeira-grande e Arrega-madeira-do-sertão, entretanto seu nome científico é Pseudoseisura cristata (Spix, 1824). Qual o significado desse nome? O gênero Pseudoseisura tem origem em duas palavras gregas, pseudos que significa falso e seisoura que quer dizer Alvéola, enquanto que o epíteto especifico cristata vem da palavra cristatum ou cristata e significa "com crista". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente Falso Alvéola(tipo de pássaro) com crista. Pertence a família Furnariidae, da qual também fazem parte por exemplo o casaca-de-couro-amarelo(Furnarius leucopus), o bico-virado-miúdo(Xenops minutus) e do curutié(Certhiaxis cinnamomeus).
Ninho de Casaca-de-couro Pseudoseisura cristata (Spix, 1824).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar, principalmente na mesorregião Central, na "região do Seridó". As minhas últimas observações foram nos municípios de Jucurutu( em junho de 2013) , Parelhas(em 2018) e Acari (em novembro de 2014) e Equador(2018).

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

SIGRIST,T. Guia de Campo: Avifauna Brasileira (4ª edição). Avis Brasilis,2013.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Mariposa (Automeris illustris) (Walker, 1855); Fauna do RN

   Mariposa conhecida popularmente como Olho-de-pavão-alaranjado, entretanto seu nome científico é Automeris illustris (Walker, 1855). Pertence a família Saturniidae. 
"Cada indivíduo adulto dessa espécie caracteriza-se por grande mancha ocelar de cores vivas na porção central das asas posteriores, nas fêmeas as asas anteriores são chocolate claro com uma linha transversal mais clara e uma mancha marrom escura na parte ventral da asa anterior, as asas anteriores são cor de abóbora e a mancha ocelar apresenta a íris pardo escura, marginada de amarelo. Nos machos as asas anteriores são cinza-amarelado com as linhas e manchas mais acentuadas, nas posteriores á mancha ocelar apresenta uma grande pupila branca."
    As lagartas também chamadas de taturanas(apresenta cerdas muito urticantes) representa a fase larval desses insetos, elas  "nascem" dos ovos colocados pelas fêmeas fecundadas e alimentam-se de várias espécies de plantas(são por isso consideradas polífagas), como goiabeira, mangueira, ingazeiro, várias espécies de Acacia, e em laboratório demonstraram aceitação de diversas espécies de plantas, citando-se 50 espécies de plantas hospedeiras. Após um período se alimentando, as larvas transformam-se em pupas, construindo um casulo irregular com fios de seda em gravetos, demorando essa fase cerca de 15 dias e em seguida a fase adulta(alada-com asas) rompe o casulo para dar continuidade a propagação da espécie. É citada como praga secundária na cultura do eucalipto(ZANUNCIO 1993).
   Existe na literatura registros dessa mariposa(Automeris illustris) nos arredores do Uruguai e Argentina, México, Bolívia, Honduras e grande parte do Brasil, principalmente no sudeste do país.

BIBLIOGRAFIA

Aline Carraro Formentini, Alexandre Specht (orient.). BIOLOGIA DE AUTOMERIS ILLUSTRIS (WALKER, 1855) (LEPIDOPTERA, SATURNIIDAE, HEMILEUCINAE), EM LABORATÓRIO. Resumo. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/59279/Resumo_200501276.pdf?sequence=1
 Acesso em: 24 de julho de 2015.
 Alexandre SpechtI,; Aline C. Formentini ; Elio Corseuil. Biologia de Automeris illustris (Walker) (Lepidoptera, Saturniidae, Hemileucinae). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000200029 Acesso em 24 de julho de 2015.

Geraldo Salgado-Neto. LEPIDÓPTEROS DO BRASIL(Agenda de Campo).

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Angico Anadenanthera colubrina var. cebil(Griseb.) Altshul; Flora do RN

  Planta conhecida popularmente como Angico, Angico-vermelho, Angico-branco, Angico-preto,Angico-castanho,Angico-rosa, Angico-verdadeiro, Angico-cedro,Angico-do-banhado,Angico-do-campo, Angico-manso, Angico-do-mato,Angico-dos-montes, guarapiraca, paricá e Brincos-de-sagüi, entretanto seu nome científico é Anadenanthera colubrina var. cebil(Griseb.) Altshul. Ela pertence a família Fabaceae(Leguminosae) da qual também fazem parte por exemplo, o Pau-brasil(Caelsalpinia echinata), o Mororó((Bauhinia cheilantra) e o Mulungu(Erythrina velutina).
   Árvore que pode atingir 15m de altura no Bioma das Caatingas e até 20 ou 30m em outros ecossistemas. A sua casca pode apresentar diferentes cores, como acinzentada, escura ou castanho-avermelhada e é geralmente apresenta muitos acúleos, mas pode também  ser encontrada exemplares com poucos acúleos ou mesmo sem eles. Suas folhas são do tipo compostas bipinadas, com até 30 pares de pinas opostas com tamanho variando de 4 a 8 cm. Enquanto que suas pequenas flores são brancas ou amarelo-esverdeadas e juntas constituem capítulos globosos axilares ou terminais com tamanho variando de 3 a 5 cm. O fruto do Angico é uma vagem grande(até 32cm) de cor casatanho-avermelhada, achatada e rugosa, e contém de 8 a 15 sementes de cor marrom-avermelhadas ou escuras.  A sua madeira é castanho-amarelada com pouco tempo de corte e depois torna-se castanho-avermelhada por fim ficando vermelho-queimado. É pesada(até mais de 1 g/cm³), compacta, possui grande resistência ao apodrecimento e durabilidade natural.

    A queda das folhas ocorre no começo do período seco, voltando a apresentar folhas no final desse período e ou início da estação chuvosa,enquanto que o aparecimento das flores dá-se na estação seca geralmente entre setembro e novembro,surgindo a partir desse mês os primeiros frutos(vagens). O Angico(Anadenanthera colubrina) propaga-se por meio de sementes, estaquia e rebrotamento do toco.
   "Planta ornamental de muitas utilidades, sendo sua madeira de ótima qualidade usada na construção civil e naval, para uso na marcenaria e carpintaria na confecção de portas, janelas, móveis, postes, obras hidraúlicas e expostas, esquadrias, ripas, esteios, tornearia, carrocerias, carroça, etc. Na medicina popular, a goma-resina é usada como remédio em combate a tosse, bronquite, afecções  do pulmão e das vias respiratórias. As cascas em infusão, xarope, maceração e tintura são hemostáticas, depurativas, adstringentes, antigripais e possuem propriedades anti-inflamatórias. A infusão da casca tem propriedades sedativas e é usada contra gonorréia, diarréia e disenterias. É usada também como cicatrizante nas contusões e cortes e ulcerações. Indicada para reflorestamento de áreas degradadas e reposição de mata ciliar em áreas não inundáveis. Seu pólen e néctar servem de alimentação as abelhas principalmente no período mais seco do ano. as folhas apenas em forma de feno ou secas, serve de forragem para os animais. as folhas fermentadas são usadas como inseticidas no combate de lagartas e formigas de roça(MAIA,2004, p. 110-113)."

   Apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde o Maranhão(Brasil)até o norte da Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai e de Minas Gerais até o estado de Mato Grosso,sendo encontrado nas Caatingas, Florestas decíduas altas, na Mata Atlântica, Cerrado, no Pantanal( nas partes secas calcárias), campos rupestres e florestas de altitude. 
   Apesar de ser encontrado em diferentes ecossistemas brasileiros, existe uma preocupação por partes dos conservacionistas em relação a essa espécie por causa principalmente da exploração excessiva da mesma, já que ela é utilizada para diversos fins por populações locais de maneira não planejada. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie in natura apenas na região semi-árida do estado, nas Caatingas e nas Florestas de Altitude, sendo minhas últimas observações nos municípios de São Rafael(em 2011), de Lajes(em 2013) e de Portalegre( em 2014). Além desses registros em ambiente natural, observei esta espécie também no Campus da UFRN em Natal.

BIBLIOGRAFIA

BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.

MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Garça-branca-grande Ardea alba Linnaeus, 1758; Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Garça-branca-grande e Garça-branca,entretanto seu nome científico é Ardea alba Linnaeus, 1758. O que significa esse nome? O primeiro nome Ardea origina-se da palavra de origem latina ardea que significa "garça", enquanto que a segunda palavra alba  origina-se das palavras latinas alba ou albus e quer dizer "sem brilho,branco". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente garça branca. Pertence a família Ardeidae, da qual também fazem parte por exemplo o Socó-boi(Tigrisoma lineatum), a garça-branca-pequena(Egretta thula) e o Savacu(Nycticorax nycticorax). 

   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie em todas as mesorregiões potiguares(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sempre associada a borda de corpos de água, como: rios, lagoas, açudes e banhados. As minhas últimas observações foram nos municípios de Nísia Floresta, as margens da lagoa de Alcaçuz(em dezembro de 2014) e no município de Monte Alegre(em junho de 2015), as margens do rio trairi. 


BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Andorinha-serradora Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Andorinha-serradora, Andorinha-serradora-do-sul e Andorinha-serrador, entretanto seu nome científico é Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817). O que significa esse nome? O gênero Stelgidopteryx advém das palavras de origem grega  stelgis, strigil que significa "que raspa", e pterux que quer dizer "asa", enquanto que ruficollis se origina das palavras latinas rufus que significa "castanho,vermelho", e collum,collis que quer dizer "garganta,pescoço". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente "Andorinha que raspa a asa e tem a garganta castanha". Pertence a família Hirundinidae, da qual também fazem parte outras andorinhas, por exemplo andorinha-do-rio(Tachycineta albiventer), andorinha-pequena-de-casa(Pygochelidon cyanoleuca) e andorinha-de-bando(Hirundo rustica).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie apenas duas vezes, uma na mesorregião Agreste e a outra na mesorregião Leste do estado, ambas na zona rural pousada sobre a fiação.

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Favela(Cnidoscolus quercifolius Pohl.) ; Flora do RN

   Planta conhecida popularmente como Favela ou Faveleira, mas cientificamente recebeu a denominação de Cnidoscolus quercifolius. Ela pertence a família Euphorbiaceae, a mesma a qual faz parte o Pinhão bravo e a erva conhecida como Quebra pedra. C. quercifolius é uma espécie de porte árboreo,podendo atingir de 3 a 8m de altura, irregularmente esgalhada ,lactescente , xerófita , com tronco de casca lisa a levemente rugosa, e espinhenta.
   Suas folhas são longas, grossas, lanceoladas,profundamente recortadas, com pequenos acúleos no limbo e espinhos nas nervuras. Inflorescências em cimeiras axilares, formadas por flores masculinas e ou femininas. Seu fruto é do tipo cápsula deiscente, que ao amadurecer abrem-se espontaneamente produzindo um estalo e lançando as sementes à distância. As "picadas" dos espinhos da favela provocam inflamações dolorosas, demoradas e, se atingirem uma articulação, podem até aleijar a parte afetada.
    Essa extrema virulência talvez se deva ao látex encontrado em toda a planta. Seco, o latex torna-se quebradiço e o aproveitam na iluminação e como mezinha balsâmica. As folhas maduras e a casca servem de forragem as cabras,carneiros,jumentos e até aos bovinos. As sementes servem de alimento para galinhas, porcos e ovídeos. Além disso, suas sementes são uma grande produtora de óleo alimentício e de farinha, sendo esta rica em sais minerais e principalmente em proteínas.
    Fornece madeira moderadamente pesada (densidade 0,55 g/cm3), macia ao corte, porém de baixa resistência mecânica e ao apodrecimento. Contudo é aproveitada localmente para confecção de fôrros, tamancos, embalagens e brinquedos. Muito freqüentemente uma ave das caatingas, a "casaca-de-couro" ou "joão-graveto" constrói seu ninho apoiado em bifurcações ou ponto de encontro de alguns ramos da faveleira. Essa árvore é típica do bioma Caatinga, mas também ocorre em mata de altitude, ocorrendo na região nordeste do Brasil desde o Piauí até a Bahia.

REFERÊNCIAS:

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg. 247-248.
Favela(Cnidoscolus quercifolius). Disponível em: http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=7707 Acesso em: 19/11/2010.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tiziu Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Tiziu, Saltador, Salta-toco, Bate-estaca, Veludinho, Tizirro, Serrador, Serra-serra e Alfaiate, entretanto seu nome científico é Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766). Qual o significado desse nome? O gênero Volatinia é uma palavra de origem latina derivada de "volatus" que significa voo, pequeno voo, enquanto que jacarina deriva da palavra tupi "jacarini", que quer dizer, aquele que voa para cima e para baixo. Sendo assim, seu nome significa literalmente "Pássaro de voo pequeno que voa para cima e para baixo", sendo curiosamente esse hábito observado com frequência para essa espécie. Pertence a família Thraupidae, da qual também fazem parte por exemplo o Sibite(Coereba flaveola), Galo de campina(Paroaria dominicana) e o Sanhaço-cinzento(Tangara sayaca).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar,Agreste Potiguar,Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo as minhas últimas observações nos municípios de Luís Gomes(maio de 2014), Sítio Novo(abril de 2015), Santa Cruz(abril de 2015) e em Monte Alegre(julho de 2015). 

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cobra verde Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823); Fauna do RN

Philodryas olfersii(Linchtestein, 1823) (Photo - Washington Vieira). 
   Serpente conhecida popularmente como Cobra verde ou Cobra-de-cipó, entretanto seu nome científico é Philodryas olfersii. Ela pertence à família Dipsadidae. É uma serpente diurna que se alimenta de anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. Põe de 4 a 10 ovos (Vanzoline et al, 1980), com época preferencial de reprodução de setembro a novembro. Apresenta hábitos subarborícola,preferindo habitats vegetacionais, onde se torna críptica devido a sua coloração esverdeada. Nas árvores ela alcança as partes mais altas com facilidade, mas quando estão no solo se move com rapidez e também é excelente nadadora. Ela também é vista próxima de habitações humanas, escalando nas frestas. Ocorre em todo o Brasil (Vanzolini, 1980). Sua distribuição geográfica se dá em praticamente toda a América do Sul, ocorrendo no Brasil,Peru,Bolívia,Paraguai,Uruguai,Argentina,Colômbia,Guiana Francesa e Venezuela. Espécimes adultas atingem o comprimento de 1,40 m. 
   Quando se sente ameaçada e ou manipulada se torna bastante agressiva,podendo atacar o intruso várias vezes,como sua dentição é do tipo opistóglifa(dentes inoculadores de veneno na região posterior dos maxilares superiores), dificilmente ela consegue inocular "veneno" numa "mordida rápida". É importante destacar que serpentes da família Dipsadidae(antes Colubridae) não eram consideradas uma ameaça real aos seres humanos,sendo até então classificadas como "serpentes não peçonhentas". Porém, a partir de 1999, o Ministério da Saúde passou a considerar Philodryas olfersii, P. patagoniensis, P. viridissimus e Clelia plumbea (=Boiruna sertaneja) como serpentes de importância médica. Na literatura existe um registro da morte de uma criança no Rio Grande do Sul em 1992, causada por envenenamento através da mordida dessa serpente. Portanto deve-se evitar a aproximação e ou a manipulação dessas serpentes sem autorização ou na ausência de profissionais preparados e autorizados, para manipular esses animais para fins científicos ou qualquer que seja. Deve-se também lembrar da importância desses animais para o ecossistema e para os demais seres vivos, só destacando aqui por exemplo a importância delas como controladoras das populações de roedores.

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REFERÊNCIAS:

Crédito da foto: Washington Vieira. Disponível em: http://www.ethnobiomed.com/content/8/1/27/figure/F35?highres=y Acesso em: 06 de julho de 2015.

Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar.Natal:EDUFRN,1997.

Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.

Rejâne M. Lira-da-Silva, Yukari F. Mise, Luciana L. Casais-e-Silva, Jiancarlo Ulloa, Breno Hamdan e Tania K. Brazil.SERPENTES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA DO NORDESTE DO BRASIL SNAKES OF MEDICAL IMPORTANCE IN NORTHEAST OF BRAZIL. Gaz. méd. Bahia 2009;79 (Supl.1):7-20 www.gmbahia.ufba.br.

Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823). Disponível em:file:///D:/Downloads/Philodryas%20olfersii%20%28Lichtenstein,%201823%29.htm Acesso em: 31/10/2010.

Vários autores. Envenenamento por Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) atendido no Hospital da Restauração do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil: relato de caso. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822010000300025&script=sci_arttext Acesso em: 31/10/2010.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Periquito-da-caatinga Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820); Fauna do RN

 
Ave conhecida popularmente como Periquito-da-caatinga, Periquitinha, Jandaia, Gangarra, Griguilim, Guinguirra e Grengueu,entretanto seu nome científico é Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820). O que significa seu nome científico? O gênero Eupsittula é uma palavra que se origina de duas palavras, eu(origem grega) que significa "bom" e psitta(origem latina) que quer dizer "periquito, papagaio", enquanto a segunda palavra cactorum é de origem latina e quer dizer "planta espinhosa das regiões áridas". Sendo assim, seu nome científico significa: Periquito bom que gosta de plantas espinhosas das regiões áridas, ficando subentendido principalmente aqui as plantas da família Cactaceae. Pertence a família  Psittacidae, da qual também fazem parte por exemplo, a jandaia-verdadeira(Aratinga jandaya), o tuim(Forpus xanthopterygius) e o periquito-rei(Eupsittula aurea).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie principalmente associada a áreas semi-áridas no Bioma da Caatinga, sendo os meus últimos registros nos municípios de Felipe Guerra(em abril de 2012) e Jardim do Seridó( novembro de 2014). Entretanto o Periquito-da-caatinga tem sido registrado em praticamente todo estado, sendo já confirmado sua presença até o momento nas mesorregiões Oeste Potiguar, Central Potiguar e Leste Potiguar.

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sabiá-do-campo Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Sabiá-do-campo,papa-sebo, arrebita-rabo,sabiá-levanta-rabo, galo-do-campo, calhandra,tejo-do-campo ou sabiá-conga, entretanto seu nome científico é Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823). Qual o significado do seu nome científico? A palavra Mimus(o gênero) é de origem latina "Mimus" que quer dizer imitar, mimica, enquanto que saturninus( epíteto específico) quer dizer sombrio, acinzentado ou cor de chumbo, ou seja, seu nome significa imitador cinzento, nome bem adequado para a espécie, pois parte do seu corpo é acinzentada,além de ser conhecida por imitar outras aves. O próprio nome da família(Mimidae) da qual faz parte também, mostra como a capacidade de imitar o canto de outras aves é típico das espécies desse grupo.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa ave em principalmente na região Central do RN, incluindo as áreas que fazem parte do Bioma Caatinga, tendo ocorrido meus últimos registros dessa espécie nos municípios de São Rafael,Jardim do Seridó(dezembro de 2014), Parelhas(dezembro de 2014), Carnaúba dos Dantas(dezembro de 2014) e Acari(dezembro de 2014) na região do Seridó potiguar. 


BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Freirinha Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764); Fauna do RN

Casal de Freirinha(Arundinicola leucocephala) observado em janeiro de 2015, as margens da lagoa barrenta em Monte Alegre,Rio Grande do Norte.
  Ave conhecida popularmente como Freirinha, viuvinha, viuvinha-do-brejo, cabeça-de-louça, lavadeira-de-cabeça-branca, lavadeira-de-nossa-senhora, cabeça-de-vô e maria-velhinha, entretanto seu nome científico é Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764). Pertence a família Tyrannidae, da qual também fazem parte por exemplo, bem-te-vis, suiriris e guaracavas.
Macho da espécie Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) observado em abril de 2012 as margens de um rio em Felipe Guerra, Rio Grande do Norte.
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado com frequência essa espécie associada a bordas de porções de água, como: lagoas,rios,açudes e banhados em todas as regiões do território potiguar. 

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 21 de junho de 2015

Gavião-carijó Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Gavião-carijó, Gavião-pega-pinto, Pega-pinto, Papa-pinto, Gavião-pinhel, Gavião-pinhé, Gavião-indaié,  Indaié, Anajé e Inajé, entretanto, seu nome científico é Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788). O que significa seu nome? O primeiro nome,o gênero Rupornis é a junção de duas palavras de origem grega, sendo a primeira "rhupos", que quer dizer sujeira ou sujo e a outra "ornis" que significa pássaro; enquanto que a segunda palavra do nome científico, magnirostris é formada por duas palavras de origem latina, "magnus"que significa grande e "rostris" que significa bico, ou seja seu nome cientifico literalmente significa:  "gavião" sujo de bico grande. Pertence a família Accipitridae, da qual também fazem parte por exemplo o Gavião-caramujeiro(Rostrhamus sociabilis ), Gavião-caboclo(Heterospizias meridionalis) e a águia-chilena(Geranoaetus melanoleucus).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado com grande frequência essa ave de rapina em áreas urbanas, inclusive quase todos os dias passa um individuo vocalizando sobre a residência onde moro. Mas também tenho visto em áreas de pastagens, áreas desmatadas, nos resquicíos de Mata Atlântica e de Caatinga ainda preservados aqui no estado, o que mostra que é uma espécie bem abundante.


BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ferreirinho-relógio Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como ferreirinho-relógio (seu canto parece com o som emitido ao dar corda em relógio) ,ferreirinho, sebinho-relógio, sebinho-de-dorso-cinza, relógio ou sibite, entretanto seu nome científico é Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766). Pertence a família Rhynchocyclidae, da qual também faz parte por exemplo o Sebinho-de-olho-de-ouro(Hemitriccus margaritaceiventer).
   
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie com frequência principalmente na vegetação associada a área urbana, mas também em fragmentos de Caatinga no interior do RN e nos remanescentes de Mata Atlântica, tendo sido os meus últimos registros nos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta e Natal. 

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mulungu Erythrina velutina Willd.; Flora do RN

   Planta conhecida popularmente como Mulungu,Bico-de-pássaro, Canivete, Corticeira, Pau-de-coral, Muchocho,  Sananduva,Saranduba,Sanduí e Suínã, entretanto seu nome científico é único, Erythrina velutina Willd. Essa espécie pertence a família Fabaceae, onde também se encontram por exemplo representantes como Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) e o Angico(Anadenanthera colubrina). 
   A palavra Erythrina é de origem grega "erythros", que significa vermelho, fazendo referência à cor de suas flores. O epíteto específico “velutina” é de origem latina, refere-se ao fato da folha apresentar indumento de delicados e macios pelos (CARVALHO, 2008).
   Planta de porte arbóreo com altura média variando de 6 a  12 m e apresentando um tronco variando de 40 a 70 cm de diâmetro. Suas folhas são compostas trifolioladas, alternas, de folíolos cartáceos, velutino-pubescentes, medindo de 3 a 12 cm de comprimento. 
  Enquanto que as flores são vermelho-coral, grandes, formando inflorescências em panículas terminais, formadas com a árvore totalmente despida de sua folhagem, frutos do tipo legume, deiscente, com 5 a 8 cm de comprimento, contendo 1-3 sementes reniformes de cor vermelha e brilhantes (LORENZI, 2002).
   Espécie decídua, heliófita, comum em várzeas úmidas de rios da Caatinga do Nordeste do Brasil, ocorrendo na região Semi-árida dessa região e Vale do São Francisco, na orla marítima de Pernambuco e na floresta latifoliada semidecídua de Minas Gerais e São Paulo. Apresenta dispersão descontínua,sendo encontrada principalmente em formações secundárias. Planta de grande valor ornamental, devido a beleza de suas flores, o que tem proporcionado o uso crescente dela em projetos de arborização urbana. As suas flores que surgem do final do mês de agosto até dezembro, atraem diversas espécies de aves que vem se alimentar do néctar. Seus frutos ficam maduros de janeiro até fevereiro. Essa árvore também é utilizada como cerca viva, no sombreamento de cacaueiros e a madeira leve e macia é usada na produção de tamancos e jangadas (LORENZI, 2002). "A infusão da casca dos mulungus passa por poderoso calmante  e peitoral, sendo o cozimento da mesma aplicado em apressar a maturação de abcessos das gengivas, consoante Dias da Rocha"(BRAGA, 1976, p. 376). Ela pode se reproduzir por sementes(principalmente) ou estacas e apresenta rápido desenvolvimento.
   Ocorre principalmente no Bioma Caatinga, do Ceará até Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nos municípios de Parelhas na região do Seridó, e em Luís Gomes no alto oeste potiguar.

Bibliografia

BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. 

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.
MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Borboleta-esmeralda Philaethria wernickei (Röber, 1906); Fauna do RN

    Borboleta conhecida popularmente como Borboleta-esmeralda, entretanto seu nome científico é Philaethria wernickei (Röber, 1906). Essa espécie é muito parecida com Philaethria dido (Linnaeus, 1763) e pode ser diferenciada dessa pela coloração interior de cor castanha escura com branco e com padrão de manchas esverdeadas. É solitária, voa consideravelmente alto em áreas de fragmentos de floresta, descendo para visitar flores de arbustos nas quais se alimentam de néctar e dorme individualmente em baixo das folhas mais altas da vegetação. Em geral, a fêmea põe ovos amarelos individualmente em gavinhas e estípulas. Pesquisas no Brasil e no Uruguai mostram que as suas larvas(as lagartas) são hospedeiras de plantas do gênero Passiflora, conhecidas popularmente como “maracujás”. Ocorre nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil na Mata Atlântica e também no Uruguai e norte da Argentina. 
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado a presença dessa espécie em fragmentos de vegetação do Bioma Mata Atlântica, sendo os últimos registros nos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta e Baía Formosa.

Referências

Kim R. Barão; Gilson R. P. Moreira. Morfologia externa dos estágios imaturos de heliconíneos neotropicais: VIII. Philaethria wernickei(Röber) (Lepidoptera, Nymphalidae, Heliconiinae). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0085-56262010000300008&script=sci_arttext Acesso em: 16 de maio de 2015

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Picapauzinho-anão Veniliornis passerinus (Linnaeus, 166); Fauna do RN

Ave conhecida popularmente Picapauzinho-anão ou Pica-pau-pequeno, entretanto seu nome científico é Veniliornis passerinus (Linnaeus, 1766). Pertence a família Picidae, na qual fazem parte as aves conhecidas como pica-paus. Apresenta 9 subespécies, sendo Veniliornis passerinus taenionotus (Reichenbach, 1854) a que ocorre na região Nordeste do Brasil.
Indivíduo adulto alcança 15cm de comprimento, tendo a asa 76 mm, a cauda 41 mm, o bico 15 mm e o tarso 17 mm. Seu peso é de aproximadamente 23 gramas. De cor verde-amarelada, mais clara nas partes inferiores. Possuem as coberteiras superiores das asas salpicadas de amarelo, partes inferiores barradas de cinza. A nuca e parte da cabeça são vermelhas no macho, em contraste com o restante do corpo.
Alimenta-se principalmente de insetos, mas também pode ocasionalmente comer algumas frutos, como manga e abacate. Durante a procura de alimentos macho e fêmea costumam está próximos. Eles acompanham bandos mistos na mata, explorando os troncos e apanhando insetos sob a casca. Descobre os locais onde tem insetos nos troncos das árvores através de pancadas, fazendo ausculta nestes, furam os galhos e troncos com broca, em seguida alimentam-se de larvas e ou besouros ali encontrados. 
Reproduz-se no período entre os meses de julho a novembro. Fazem seus ninhos em galhos secos, cavidades em palmeiras e colmos de bambu, onde põe seus ovos brancos e brilhantes. 
Habita as Caatingas, Cerrados, Matas de galeria, Matas de várzea e de terra firme, ocorrendo também nas bordas de matas secas, matas secundárias, clareiras e áreas abertas, podendo ser visto apenas um indivíduo, aos pares ou em grupos aparentados vocalizando "ki","Ki", "ki".
Ocorre da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Brasil amazônico e central ( até o oeste do Paraná ) e setentro-oriental ( interior do Nordeste ).
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nas mesorregiões Leste Potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar, sendo meus últimos registros nos municípios de Tibau do Sul e Monte Alegre.

Referências

F. Sagot-Martin, GOP. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003
LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.
SESC - Aves do Pantanal - disponível em http://www.avespantanal.com.br/paginas/170.htm Acesso em 08 de maio de 2015.
SICK, Helmut. Ornitologia Brasileira. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1997.
SIGRIST, T. Aves do Brasil: Uma Visão Artística, São Paulo:Editora Avis Brasilis, 2004.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Borboleta Euptoieta hegesia (Cramer, 1779); Fauna do RN

Borboleta da espécie Euptoieta hegesia (Cramer, 1779) que pertence a subfamília Heliconiinae. Sua distribuição geográfica da-se do México até a Argentina, como também nas Ilhas do Caribe, ocorrendo em ambientes abertos desde o nível do mar até 1200 m de altitude. Turnera ulmifolia é a principal espécie de planta utilizada por essa borboleta na fase larval(lagarta) como fonte de alimento.

Referência

TOURINHO, Julia Losada.; FREITAS, Andre Victor Lucci. Population biology of Euptoieta hegesia (Nymphalidae: Heliconiinae: Argynnini) in an urban area in Southeastern Brazil. Journal of Research on the Lepidoptera. 41: 40-44,2002 (2009).

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Libélula Orthemis sp.; Fauna do RN

Inseto conhecido popularmente como libélula, zig-zag, lava-bunda, lavadeira, cavalo-de-judeu e jacinta. Pertencente ao grupo Odonata, sendo seus representantes adultos tipicamente diurnos, terrestre-aéreos e as larvas aquáticas. São grandes predadores, alimentando-se os adultos de outros insetos e as larvas de artrópodes, larvas de peixes e de anfíbios. Esse exemplar pertence à família Libellulidae que apresenta distribuição cosmopolita e ao gênero Orthemis (Hagen) que possui 23 espécies na região Neotropical, das quais 15 ocorrem no Brasil.
 Este gênero inclui espécies de grande porte, geralmente com cores notáveis, caracterizadas por permanecer muito tempo  de sua atividade voando durante o dia. Estão associadas a ambientes lênticos(água parada),como lagos, poças, ou mesmo riachos com movimento lento. Também são encontradas em represamentos e tanques de piscicultura no Brasil.  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado a presença de libélulas do gênero Orthemis  em praticamente todas as regiões as regiões do estado.

Referência       
N.S. Pinto, 2011. Ocorrência de Orthemis cultriformis (Calvert) (Odonata: Libellulidae) para o Estado de Goiás (Brasil). EntomoBrasilis, 4(1): 36-37. www.periodico.ebras.bio.br/ojs

terça-feira, 14 de abril de 2015

Mariposa Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758); Fauna do RN

Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Superfamília: Noctuoidea
Família: Erebidae
Subfamília: Arctiinae
Tribo: Arctiini
Subtribo: Callimorphina
Gênero: Utetheisa
Espécie: Utetheisa ornatrix (Linnaeus, 1758)

Referências
Utetheisa ornatrix. Disponível em: > http://bugguide.net/node/view/4402  <: 27="" acesso="" em:="" o:p="">