Nossa página

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Beija-flor-de-garganta-verde Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788)


   Ave conhecida popularmente como Beija-flor-de-garganta-verde, entretanto seu nome científico é Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788). 
Pertence a família Trochilidae, da qual também fazem parte por exemplo, rabo-branco-rubro(Phaethornis ruber), balança-rabo-de-bico-torto(Glaucis hirsutus) e beija-flor-de-bico-curvo(Polytmus guainumbi).
   Ocorre em todo Brasil, tanto na região litorânea do país como no interior deste, mas também é encontrada no Paraguai e Bolívia.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte pude observar essa espécie até o momento apenas nas mesorregiões Agreste Potiguar e Leste Potiguar, sendo meus últimos registros nos municípios de Monte Alegre e Nísia Floresta.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Borboleta Junonia evarete (Cramer, 1779); Fauna do RN


   Borboleta conhecida popularmente como Olho-de-pavão-diurno e cientificamente recebeu o nome de Junonia evarete (Cramer, 1779). Pertence a família Nymphalidae.
Essa espécie é encontrada geralmente em áreas abertas voando rapidamente e baixo, pousando com as asas abertas sobre ervas,rocha ou diretamente no solo. 

   A fêmea fecundada geralmente procura as plantas do gênero Lantana, Stachytarpheta(exemplo: Stachytarpheta cayennensis)e Laguncularia(exemplo: Laguncularia racemosa), encontrando-as ela põe os ovos na parte inferior das folhas dessas plantas, de onde tempo depois sairão as larvas(lagartas) que se alimentarão por um certo período, em seguira "enclausuram-se" passando pelas fases de pupa(crisálida) de onde sairão posteriormente na fase final-adulta(alada) ou imago. A fêmea adulta tem cores mais fortes e também é mais agitada, enquanto que a característica distintiva do macho adulto é a presença de asa posterior azulada.

BIBLIOGRAFIA
Geraldo Salgado-Neto. LEPIDÓPTEROS DO BRASIL(Agenda de Campo).

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Saíra-amarela Tangara cayana (Linnaeus, 1766); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Saíra-amarela, Saíra-cabocla, Guriatã-do-coqueiro,Sanhaçuíra, Sanhaçu-íris, Sanhaçu-macaco, Sanhaço-caboclo, Saí-amarelo, Saí-de-asas-verdes,Cara-suja, Capelo e Frevicente, entretanto seu nome científico é Tangara cayana (Linnaeus, 1766). Pertence a família Thraupidae, da qual também fazem parte por exemplo o Sibite(Coereba flaveola), Sanhaço-de-coqueiro(Tangara palmarum) e o Galo-de-campina(Paroaria dominicana). 
  O indíviduo macho adulto se caracteriza pela plumagem de cor alaranjada na maior parte do corpo,sendo contrastada pela presença de uma máscara negra presente na garganta e na barriga, que varia entre entre as várias subespécies. Enquanto que a fêmea adulta diferencias-se do macho por ser mais pálida e não apresentar a máscara negra. Seu comprimento total é em média de 15 cm e pode pesar cerca de 20 gramas. "O ninho da espécie é em forma de tigela e a postura pode constar de três ovos pesando em média 1.9g e medindo 20 mm x 14 mm(LIMA,2006)". Alimenta-se de frutos e insetos.
   Geralmente é visto dois ou mais indivíduos na Mata Atlântica e Cerrado, em florestas abertas e matas ciliares, parques e jardins. Ocorre nos seguintes países sulamericanos: Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e na Guiana Francesa.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em grande parte do território potiguar, incluindo as mesorregiões Leste potiguar, Agreste Potiguar e Central Potiguar, sendo vista principalmente nos municípios litorâneos. As minhas últimas observações foram num fragmento de mata em Monte Alegre e em Nísia Floresta, em tabuleiros litorâneos próximo a lagoa de alcaçuz.

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Borboleta Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758)


    Borboleta da espécie Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758) que pertence a família Lycaenidae. 
Indivíduo adulto(alado) dessa espécie apresenta cerca de 6cm de envergadura, a face superior das asas de cor azul metálica,ocorrendo pequenas variações de tonalidade de acordo com a região,enquanto que a face inferior é esbranquiçada com detalhes em preto, prolongamentos filamentosos recurvados nas asas posteriores, que "imitam" antenas, o que proporciona redução nos ataques de predadores por trás. Por isso é comum encontrar indivíduos apresentando asas mutiladas. Ambos os sexos apresentam cauda. São ativas durante o dia e geralmente é vista isoladamente. 
Após o acasalamento, a fêmea procura fazer a postura em plantas das quais as larvas(lagartas) se alimentam, sendo estas consideradas polífagas, alimentando-se de néctar, frutos fermentados e flores. Há registros dela comendo partes de plantas do gênero Asterocarpus e da Mangifera indica L., a popular mangueira (Costa Lima, 1936). As lagartas tem o corpo inteiro de cor verde esmeralda camuflando-a com a planta hospedeira, enquanto na fase de pupa são de cor "palha" fixando-se em em folhas velhas. 
Apresenta distribuição geográfica desde a Colômbia até o Paraguai, sendo encontrada também em várias ilhas do Caribe.

BIBLIOGRAFIA
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758). Disponível em http://www.learnaboutbutterflies.com/Amazon%20-%20Pseudolycaena%20marsyas.htm Acesso em 28 de agosto de 2015.
Pseudolycaena marsyas (Linnaeus, 1758). Disponível em http://lepidopterofilo.blogspot.com.br/2012/03/pseudolycaena-marsyas-linnaeus-1758.html Acesso em 28 de agosto de 2015. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Bacurauzinho-da-caatinga Hydropsalis hirundinacea (Spix, 1825)

  Ave conhecida popularmente como Bacurauzinho-da-caatinga ou Bacurau, entretanto seu nome científico é Hydropsalis hirundinacea(Spix, 1825). 
Pertence a família Caprimulgidae, da qual também fazem parte por exemplo o Bacurau-tesoura(Hydropsalis torquata), o Bacurauzinho(Chordeiles pusillus) e João-corta-pau(Antrostomus rufus). 
   Cada indivíduo adulto dessa espécie atingem cerca de 16cm de comprimento. São insetívoros, ou seja alimentam-se de insetos, principalmente aqueles noturnos, tendo em vista que são ativos a noite, capturando-os com a boca aberta durante o voo dos insetos. Põe geralmente 2 ovos da cor do ambiente, que pode ser diretamente no solo, em formações rochosas(lajedo) ou nas imediações de plantas de porte arbustivo ou arbóreo. Habita as matas secas e nas formações vegetais das Caatingas em toda a região semi-árida do Nordeste,sendo considerada uma ave endêmica do Bioma Caatinga, apesar de  ocorrer também no estado do Espírito Santo.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte já observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar, sempre associado a afloramentos rochosos em meio a formações vegetais típicas do Bioma Caatinga, sendo os meus últimos registros nos municípios de Campo Redondo e Jardim do Seridó.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SIGRIST, T. Avifauna Brasileira: The avis brasilis field guide to the birds of Brazil, 1ª edição, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2009.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Vaga-lume Ptesimopsia sp.

Vaga-lume(Ptesimopsia sp.) observado e registrado no interior de residência, na zona urbana de Parnamirim,RN,Brasil.
   De maneira geral os besouros(Inseto,Coleoptera) bioluminescentes são conhecidos popularmente como Vaga-lume,Pirilampo ou Tec-tec e pertencem a três famílias: Lampyridae, Phengodidae e Elateridae. 
   "A bioluminescência nestas espécies é emitida por diferentes partes do corpo, na forma de diferentes padrões de sinalização e cores, para finalidades principalmente de reprodução e defesa (Lloyd 1983)." Tanto o macho como a fêmea emitem luz,entretanto a desta é mais brilhante. A luminescência é produzida por uma reação química de oxidação da luciferina com água sob a ação da enzima luciferase, resultando oxiluciferina e raios luminosos (luz fria), com eficiência estimada em 92 a 100%, ou seja, quase todo o fluxo radiante é composto por radiação luminosa, que pode ser de diferentes cores( BORROR; DELONG, 1969). "Além da beleza estética, os vaga-lumes tem adquirido importantes aplicações em diferentes campos, como em controle biológico de caramujos daninhos a agricultura (Bess 1956) e vetores de verminoses (Okada 1928, Viviani 1989a), e principalmente em biotecnologia como fonte de reagentes para análises de ATP e biomassa, e como marcadores bioluminescentes de expressão gênica (Viviani 2007)." 
   Em vários locais do mundo próximo a área urbana tem se observado o desaparecimento de vaga-lumes, devido a serem sensíveis a poluição luminosa, acredita-se que sejam bioindicadores noturnos.
   O exemplar da foto presente nesse post pertencente a família Elateridae e ao gênero Ptesimopsia (COSTA, 1975). Esse gênero apresenta 8 espécies,que tem como principal característica em comum, as antenas serreadas a partir do terceiro segmento. Todas essas espécies ocorrem na América do Sul. 

BIBLIOGRAFIA

BORROR, D. J.; DELONG, D. M. . São Paulo: E. Blücher, 1969. 653 p.

ROSA, Simone Policena. Nova espécie do gênero Ptesimopsia Costa (Coleoptera, Elateridae, Agrypninae). Rev. Bras. entomol. vol.48 no.2 São Paulo June 2004.

VIVIANI ,Vadim Ravara; Rocha ,Mayra Yamazaki & Oskar Hagen. Fauna de besouros bioluminescentes (Coleoptera: Elateroidea: Lampyridae; Phengodidae, Elateridae) nos municípios de Campinas, Sorocaba-Votorantim e Rio Claro-Limeira (SP, Brasil): biodiversidade e influência da urbanização. Biota Neotrop., vol. 10, no. 2

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Pereiro Aspidosperma pyrifolium Mart.

   Planta conhecida popularmente como Pereiro, Pau-pereiro, Pereiro-branco, Pereiro-preto,Pereiro-vermelho, Pereiro-de-saia,Pau-de-coaru, Pequiá-da-mata, Peroba-rosa e Trevo. Entretanto seu nome científico é único, Aspidosperma pyrifolium Mart. .
   O nome Pereiro é uma variação de Pereira ou Pé-de-pera, devido a semelhança que o estrangeiro percebeu ao chegar aqui na folhagem daquela planta com essa.
   Espécie de porte arbustivo a arbóreo, podendo atingir até 8m de altura, caule ereto com casca lisa, acinzentada, com lenticelas brancas;  suas folhas são simples, alternas, ovais, glabras ou pilosas, coriáceas, com tamanho variando de 4 a 9 cm; as suas flores formam cimeiras terminais variando de 10 a 15 flores alvas de cheiro agradável; O fruto é do tipo lenhoso, achatado, de 5 a 6 cm de comprimento, castanho-claro; suas sementes são aladas, planas, papiráceas, sendo facilmente dispersadas pelo vento.
   A forma de reprodução desta da-se por sementes, mas se for cortada parcialmente ela volta a se desenvolver a partir de novos brotos que surgem da parte do caule mantida. Na estação seca perde as folhas como adaptação para reduzir a perda d´água por transpiração, mas nas primeiras chuvas surgem novos brotos e flores.  Sua madeira é resistente e apresenta grande durabilidade, sendo útil para trabalhos de marcenaria e carpintaria, como por exemplo: na confecção de cadeira, portas, janelas, esquadrias, ripas, caibros e estacas. Segundo a medicina popular a casca tem efeito tônico, emético e amargo, sendo usada como remédio para o estômago. É indicada para uso ornamental devido a beleza de sua copa piramidal, além das suas flores contribuírem com pólen e néctar para as abelhas.
   Planta decídua, xerófita e heliófita, considerada espécie endêmica do Bioma Caatinga, ocorrendo em todos os estados da região Nordeste do Brasil e norte de Minas Gerais.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie exclusivamente em região Semi-árida, fazendo parte da formação vegetação da Caatinga, sendo as minhas últimas observações nos municípios de Lajes, Parelhas, Carnaúba dos Dantas e Acari.

BIBLIOGRAFIA

FERREIRA,Robério anastácio e CUNHA,Maria do carmo learth. Aspectos morfológicos de sementes, plântulas e desenvolvimento da muda de craibeira (Tabebuia caraiba (Mart.) Bur.) - bignoniaceae e pereiro (aspidosperma pyrifolium mart.) - apocynaceae.

MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Mariposa Castnia invaria Walker, 1854.; Fauna do RN

Classificação científica:
Reino: Animalia.
Filo: Arthropoda
Subfilo: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Superfamília: Castnioidea
Família: Castniidae
Subfamília: Castniinae
Tribo: Castniini
Gênero: Castnia
Espécie: Castnia invaria Walker, 1854.

sábado, 26 de setembro de 2015

Beija-flor-de-barriga-branca Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788)


Ave conhecida popularmente como Beija-flor-de-barriga-branca, entretanto seu nome científico é Amazilia leucogaster (Gmelin, 1788). 
Um indivíduo adulto apresenta cerca de 10cm de comprimento, possui pequena mancha branca atrás do olho(pós-ocular),bico reto com base da mandíbula rosada, região ventral de cor branca e dorsal predominantemente verde, com asas e cauda predominantemente escuras.
Está espécie habita em diferentes formações vegetais típicas da região litorânea do Brasil, como os ecossistemas de manguezais, restingas, tabuleiros litorâneos, jardins e áreas de cultivo, ocorrendo no país desde o estado do Espírito Santo até Roraima. Também ocorre na Venezuela e nas Guianas.

Referências
FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Abelha Apis mellifera Linnaeus, 1758

 
   A abelha Apis mellifera (Linnaeus, 1758) é um inseto hymenoptera pertencente a família Apidae. É a única espécie dessa família no Brasil, sendo exótica introduzida nesse país em 1839 pelo Padre Antonio Carneiro, em colônias vindas do Porto, em Portugal com o objetivo principal de proporcionar a produção do mel para o consumo humano.
   Com a introdução da abelha africana Apis mellifera scutellata no país em 1956 e a perca do controle de alguns enxames desta, houve o cruzamento dela com as subespécies européias:  a italiana Apis mellifera ligustica,a alemã Apis mellifera mellifera e  e a austríaca Apis mellifera carnica que foram introduzidas no Brasil no século XIX. A partir desses cruzamentos iniciais surgiram as populações polí-hibridas conhecidas como africanizadas, devido ao predomínio de características da subespécie africana(Kerr, 1967). 
   Alimentam-se de água, néctar e pólen das flores de diversas espécies de plantas(alimento coletado pelas operárias), sendo considerada por isso generalista em relação a sua dieta e útil como polinizadora de diversas espécies cultivadas, tais como melão, maçã, café, etc. Mas também forrageiam em busca de nutrientes em outras fontes alimentares, como: caldo da cana-de-açúcar, sumo de caju, xarope de açúcar, goma de mandioca, vagem de algaroba, farelo de soja, entre outros.
   É uma espécie eussocial ou seja apresentam por exemplo, a cooperação na construção do ninho, divisão do trabalho e 3 castas de indivíduos: rainha(fêmea reprodutiva, função exclusiva de colocar ovos), operárias(fêmeas que não se reproduzem) e zangões(macho que tem apenas a função principal de fecundar a fêmea).  Todas essas castas passam por 4 fases (ovo/  larva/ pupa/ adulto) para atingir a forma adulta. As operárias atingem aproximadamente 1cm de comprimento, enquanto que as rainhas(uma por comunidade) e os zangões são um pouco maiores. São consideradas insetos peçonhentos, pois as fêmeas possuem o ferrão, órgão de defesa encontrado no final do abdome que tem associado uma pequena bolsa com veneno sendo acionado através de músculos quando necessário, sendo consideradas muito agressivas quando molestadas.
    "Elas constroem seus ninhos preferencialmente em cavidades grandes, como ocos de árvores, cupinzeiros abandonados e cavidades em estruturas construídas pelo homem, como postes e telhados. Podem, também, fazer ninhos expostos sob galhos de árvores ou em saliências externas em troncos, paredões de pedra, etc. Suas células são organizadas em favos verticais e são usadas tanto para postura de ovos, quanto para armazenamento de alimento (mel e pólen). Armazenam grandes quantidades de mel, que é utilizado comercialmente (PIRES,V. C et al.,2014)." Suas colmeias podem ter mais de 50.000 indivíduos.
     Apresenta ampla distribuição geográfica devido a sua introdução em várias partes do mundo, ocorrendo em todos os estados brasileiros tanto em ecossistemas naturais como em ecossistemas urbanos ou antropizados, entretanto é menos frequente em ambientes bem preservados. Habita as florestas tropicais, savanas, deserto, regiões litorâneas e montanhosas.
    Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado com muita frequência colmeias dessa abelha em ambientes antropizados e em áreas com vegetação secundária de transição entre Mata Atlântica e Caatinga no interior do estado, principalmente na mesorregião Agreste do estado. Ainda é comum em municípios interioranos a cultura da retirada do mel de maneira artesanal fazendo uso da fumaça para "forçar o abandono do ninho por parte das abelhas" facilitando a extração do mel dos favos produzidos pelas abelhas. Entretanto, o risco dessas pessoas que realizam essa atividade rudimentar é grande, pois as abelhas se defendem tentando ferroar aqueles que estão gerando aquela fumaça, e se estiver alguém alérgico  envolvido poderá sofre graves consequências se não procurar atendimento médico. Entretanto é importante lembrar que a atividade de remoção de enxames de abelhas deve ser feita por pessoas especializadas, que realizam a retirada delas de áreas de risco para as populações do entorno, e geralmente fazem o translocamento para áreas propícias onde as abelhas possam viver naturalmente.

    Dica de leitura: O Fenômeno das Abelhas do autor Jürg TautzUma leitura obrigatória para todos aqueles que desejam compreender a fascinante biologia das abelhas, seu papel crucial no meio ambiente e a importância de sua preservação para o futuro da humanidade. Adquira com desconto especial no link: https://amzn.to/3xMmxdK 

   Desvende os segredos dos animais peçonhentos e salve vidas! Torne-se um especialista em animais peçonhentos com o MAIOR CURSO DE ANIMAIS PEÇONHENTOS ministrado por um Biólogo e Mestre pela USP! Aprenda a diferenciar peçonhentos de venenosos, manuseio seguro e primeiros socorros. Identifique com maestria cobras, aranhas, escorpiões e outros animais peçonhentos. Tem bônus e certificado para você, Clique aqui https://go.hotmart.com/S93919279K?ap=6873 e inscreva-se agora! Vagas limitadas!

BIBLIOGRAFIA
Juliana Mistroni RAMOS e Naiara Cristina de CARVALHO. ESTUDO MORFOLÓGICO E BIOLÓGICO DAS FASES DE DESENVOLVIMENTO DE Apis mellifera. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/h4KxXMNL19aDCab_2013-4-26-15-37-3.pdf Acesso em 28 de agosto de 2015.

Luiz Carlos MINUSSI, Isabel ALVES-DOS-SANTOS. ABELHAS NATIVAS VERSUS Apis mellifera LINNAEUS, ESPÉCIE EXÓTICA (Hymenoptera: Apidae) Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/biosciencejournal/article/viewFile/6806/4498 Acesso em 28 de agosto de 2015.
Nogueira-Neto, Paulo. Vida e Criação de Abelhas indígenas sem ferrão. São Paulo: Editora Nogueirapis, 1997.

Viviane C. Pires [et al.]. Abelhas em áreas de cultivo de algodoeiro no Brasil. Brasília, DF : Embrapa, 2014.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Besourinho-de-bico-vermelho Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812)


   Ave conhecida popularmente como Besourinho-de-bico-vermelho,Beija-flor-besourinho-de-bico-vermelho, Beija-flor-de-bico-vermelho ou Esmeralda-de-bico-vermelho. Entretanto seu nome científico é único,Chlorostilbon lucidus (Shaw, 1812). O que esse nome significa? O gênero Chlorostilbon é a junção de duas palavras de origem grega, khlöros e  stlibön, stilbë que querem dizer verde e brilhante,respectivamente, enquanto que lucidus é de origem latina, lucidus,lucis e quer dizer brilhante, luminoso, luz. Sendo assim, seu nome científico literalmente significa "Ave" verde luminosa ou ave verde brilhante.

   Pertence a família Trochilidae, da qual também fazem parte por exemplo, beija-flor-de-garganta-verde(Amazilia fimbriata), beija-flor-tesoura(Eupetomena macroura) e bico-reto-de-banda-branca(Heliomaster squamosus).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa ave em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo meus últimos registros nos municípios de Acari e Parelhas.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Frango-d´água-azul Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766)

Indivíduo adulto da espécie Porphyrio martinicus forrageando em pântano na Fazenda Estrela,Baía Formosa,RN.

Ave conhecida popularmente como Frango-d´água-azul,  tauá-tauá-azul, entretanto seu nome científico é  Porphyrio martinicus (Linnaeus, 1766). Qual o significado do seu nome? O primeiro nome Porphyrio origina-se de duas palavras gregas "porphurion" ou "porphyrio" que quer dizer galinha do pântano, enquanto que o epíteto específico martinicus é uma palavra de origem latina que refere-se a ilha de "Martinica" no Caribe. Sendo assim, seu nome científico significa literalmente Galinha do pântano da Martinica(ilha americana).
Pertence a família Rallidae, da qual também fazem parte por exemplo, Saracura-do-mangue(Aramides mangle) e o frango-d'água-comum(Gallinula galeata).  Ave migratória que ocorre em todos os estados brasileiros, no sudeste dos Estados Unidos e México até o norte da Argentina.
Indivíduo jovem da espécie Porphyrio martinicus forrageando em riacho  na comunidade  Mendes, em São José do Mipibú,RN.

Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em lagoas, pântanos, riachos, rios e açudes de todas as mesorregiões do estado(Mesorregião Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo minhas últimas observações nos municípios de São José de Mipibu( janeiro de 2014), Monte Alegre( junho de 2015) e Parnamirim( agosto de 2015).

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

SIGRIST,T. Guia de Campo: Avifauna Brasileira (4ª edição). Avis Brasilis,2013.

sábado, 22 de agosto de 2015

Casaca-de-couro Pseudoseisura cristata (Spix, 1824); Fauna do RN


    Ave conhecida popularmente como Casaca-de-couro, Cajaca-de-couro, Cajaca-vermelha, Casacão, João-de-moura, Carrega-madeira-grande e Arrega-madeira-do-sertão, entretanto seu nome científico é Pseudoseisura cristata (Spix, 1824). Qual o significado desse nome? O gênero Pseudoseisura tem origem em duas palavras gregas, pseudos que significa falso e seisoura que quer dizer Alvéola, enquanto que o epíteto especifico cristata vem da palavra cristatum ou cristata e significa "com crista". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente Falso Alvéola(tipo de pássaro) com crista. Pertence a família Furnariidae, da qual também fazem parte por exemplo o casaca-de-couro-amarelo(Furnarius leucopus), o bico-virado-miúdo(Xenops minutus) e do curutié(Certhiaxis cinnamomeus).
Ninho de Casaca-de-couro Pseudoseisura cristata (Spix, 1824).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar, principalmente na mesorregião Central, na "região do Seridó". As minhas últimas observações foram nos municípios de Jucurutu( em junho de 2013) , Parelhas(em 2018) e Acari (em novembro de 2014) e Equador(2018).

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

SIGRIST,T. Guia de Campo: Avifauna Brasileira (4ª edição). Avis Brasilis,2013.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Mariposa (Automeris illustris) (Walker, 1855); Fauna do RN

   Mariposa conhecida popularmente como Olho-de-pavão-alaranjado, entretanto seu nome científico é Automeris illustris (Walker, 1855). Pertence a família Saturniidae. 
"Cada indivíduo adulto dessa espécie caracteriza-se por grande mancha ocelar de cores vivas na porção central das asas posteriores, nas fêmeas as asas anteriores são chocolate claro com uma linha transversal mais clara e uma mancha marrom escura na parte ventral da asa anterior, as asas anteriores são cor de abóbora e a mancha ocelar apresenta a íris pardo escura, marginada de amarelo. Nos machos as asas anteriores são cinza-amarelado com as linhas e manchas mais acentuadas, nas posteriores á mancha ocelar apresenta uma grande pupila branca."
    As lagartas também chamadas de taturanas(apresenta cerdas muito urticantes) representa a fase larval desses insetos, elas  "nascem" dos ovos colocados pelas fêmeas fecundadas e alimentam-se de várias espécies de plantas(são por isso consideradas polífagas), como goiabeira, mangueira, ingazeiro, várias espécies de Acacia, e em laboratório demonstraram aceitação de diversas espécies de plantas, citando-se 50 espécies de plantas hospedeiras. Após um período se alimentando, as larvas transformam-se em pupas, construindo um casulo irregular com fios de seda em gravetos, demorando essa fase cerca de 15 dias e em seguida a fase adulta(alada-com asas) rompe o casulo para dar continuidade a propagação da espécie. É citada como praga secundária na cultura do eucalipto(ZANUNCIO 1993).
   Existe na literatura registros dessa mariposa(Automeris illustris) nos arredores do Uruguai e Argentina, México, Bolívia, Honduras e grande parte do Brasil, principalmente no sudeste do país.

BIBLIOGRAFIA

Aline Carraro Formentini, Alexandre Specht (orient.). BIOLOGIA DE AUTOMERIS ILLUSTRIS (WALKER, 1855) (LEPIDOPTERA, SATURNIIDAE, HEMILEUCINAE), EM LABORATÓRIO. Resumo. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/59279/Resumo_200501276.pdf?sequence=1
 Acesso em: 24 de julho de 2015.
 Alexandre SpechtI,; Aline C. Formentini ; Elio Corseuil. Biologia de Automeris illustris (Walker) (Lepidoptera, Saturniidae, Hemileucinae). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81752006000200029 Acesso em 24 de julho de 2015.

Geraldo Salgado-Neto. LEPIDÓPTEROS DO BRASIL(Agenda de Campo).

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Angico Anadenanthera colubrina var. cebil(Griseb.) Altshul; Flora do RN

  Planta conhecida popularmente como Angico, Angico-vermelho, Angico-branco, Angico-preto,Angico-castanho,Angico-rosa, Angico-verdadeiro, Angico-cedro,Angico-do-banhado,Angico-do-campo, Angico-manso, Angico-do-mato,Angico-dos-montes, guarapiraca, paricá e Brincos-de-sagüi, entretanto seu nome científico é Anadenanthera colubrina var. cebil(Griseb.) Altshul. Ela pertence a família Fabaceae(Leguminosae) da qual também fazem parte por exemplo, o Pau-brasil(Caelsalpinia echinata), o Mororó((Bauhinia cheilantra) e o Mulungu(Erythrina velutina).
   Árvore que pode atingir 15m de altura no Bioma das Caatingas e até 20 ou 30m em outros ecossistemas. A sua casca pode apresentar diferentes cores, como acinzentada, escura ou castanho-avermelhada e é geralmente apresenta muitos acúleos, mas pode também  ser encontrada exemplares com poucos acúleos ou mesmo sem eles. Suas folhas são do tipo compostas bipinadas, com até 30 pares de pinas opostas com tamanho variando de 4 a 8 cm. Enquanto que suas pequenas flores são brancas ou amarelo-esverdeadas e juntas constituem capítulos globosos axilares ou terminais com tamanho variando de 3 a 5 cm. O fruto do Angico é uma vagem grande(até 32cm) de cor casatanho-avermelhada, achatada e rugosa, e contém de 8 a 15 sementes de cor marrom-avermelhadas ou escuras.  A sua madeira é castanho-amarelada com pouco tempo de corte e depois torna-se castanho-avermelhada por fim ficando vermelho-queimado. É pesada(até mais de 1 g/cm³), compacta, possui grande resistência ao apodrecimento e durabilidade natural.

    A queda das folhas ocorre no começo do período seco, voltando a apresentar folhas no final desse período e ou início da estação chuvosa,enquanto que o aparecimento das flores dá-se na estação seca geralmente entre setembro e novembro,surgindo a partir desse mês os primeiros frutos(vagens). O Angico(Anadenanthera colubrina) propaga-se por meio de sementes, estaquia e rebrotamento do toco.
   "Planta ornamental de muitas utilidades, sendo sua madeira de ótima qualidade usada na construção civil e naval, para uso na marcenaria e carpintaria na confecção de portas, janelas, móveis, postes, obras hidraúlicas e expostas, esquadrias, ripas, esteios, tornearia, carrocerias, carroça, etc. Na medicina popular, a goma-resina é usada como remédio em combate a tosse, bronquite, afecções  do pulmão e das vias respiratórias. As cascas em infusão, xarope, maceração e tintura são hemostáticas, depurativas, adstringentes, antigripais e possuem propriedades anti-inflamatórias. A infusão da casca tem propriedades sedativas e é usada contra gonorréia, diarréia e disenterias. É usada também como cicatrizante nas contusões e cortes e ulcerações. Indicada para reflorestamento de áreas degradadas e reposição de mata ciliar em áreas não inundáveis. Seu pólen e néctar servem de alimentação as abelhas principalmente no período mais seco do ano. as folhas apenas em forma de feno ou secas, serve de forragem para os animais. as folhas fermentadas são usadas como inseticidas no combate de lagartas e formigas de roça(MAIA,2004, p. 110-113)."

   Apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo desde o Maranhão(Brasil)até o norte da Argentina, Peru, Bolívia, Paraguai e de Minas Gerais até o estado de Mato Grosso,sendo encontrado nas Caatingas, Florestas decíduas altas, na Mata Atlântica, Cerrado, no Pantanal( nas partes secas calcárias), campos rupestres e florestas de altitude. 
   Apesar de ser encontrado em diferentes ecossistemas brasileiros, existe uma preocupação por partes dos conservacionistas em relação a essa espécie por causa principalmente da exploração excessiva da mesma, já que ela é utilizada para diversos fins por populações locais de maneira não planejada. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie in natura apenas na região semi-árida do estado, nas Caatingas e nas Florestas de Altitude, sendo minhas últimas observações nos municípios de São Rafael(em 2011), de Lajes(em 2013) e de Portalegre( em 2014). Além desses registros em ambiente natural, observei esta espécie também no Campus da UFRN em Natal.

BIBLIOGRAFIA

BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996.

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.

MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Garça-branca-grande Ardea alba Linnaeus, 1758; Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Garça-branca-grande e Garça-branca,entretanto seu nome científico é Ardea alba Linnaeus, 1758. O que significa esse nome? O primeiro nome Ardea origina-se da palavra de origem latina ardea que significa "garça", enquanto que a segunda palavra alba  origina-se das palavras latinas alba ou albus e quer dizer "sem brilho,branco". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente garça branca. Pertence a família Ardeidae, da qual também fazem parte por exemplo o Socó-boi(Tigrisoma lineatum), a garça-branca-pequena(Egretta thula) e o Savacu(Nycticorax nycticorax). 

   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie em todas as mesorregiões potiguares(Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar), sempre associada a borda de corpos de água, como: rios, lagoas, açudes e banhados. As minhas últimas observações foram nos municípios de Nísia Floresta, as margens da lagoa de Alcaçuz(em dezembro de 2014) e no município de Monte Alegre(em junho de 2015), as margens do rio trairi. 


BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Andorinha-serradora Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Andorinha-serradora, Andorinha-serradora-do-sul e Andorinha-serrador, entretanto seu nome científico é Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817). O que significa esse nome? O gênero Stelgidopteryx advém das palavras de origem grega  stelgis, strigil que significa "que raspa", e pterux que quer dizer "asa", enquanto que ruficollis se origina das palavras latinas rufus que significa "castanho,vermelho", e collum,collis que quer dizer "garganta,pescoço". Sendo assim, seu nome científico significa literalmente "Andorinha que raspa a asa e tem a garganta castanha". Pertence a família Hirundinidae, da qual também fazem parte outras andorinhas, por exemplo andorinha-do-rio(Tachycineta albiventer), andorinha-pequena-de-casa(Pygochelidon cyanoleuca) e andorinha-de-bando(Hirundo rustica).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte observei essa espécie apenas duas vezes, uma na mesorregião Agreste e a outra na mesorregião Leste do estado, ambas na zona rural pousada sobre a fiação.

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Favela(Cnidoscolus quercifolius Pohl.) ; Flora do RN

   Planta conhecida popularmente como Favela ou Faveleira, mas cientificamente recebeu a denominação de Cnidoscolus quercifolius. Ela pertence a família Euphorbiaceae, a mesma a qual faz parte o Pinhão bravo e a erva conhecida como Quebra pedra. C. quercifolius é uma espécie de porte árboreo,podendo atingir de 3 a 8m de altura, irregularmente esgalhada ,lactescente , xerófita , com tronco de casca lisa a levemente rugosa, e espinhenta.
   Suas folhas são longas, grossas, lanceoladas,profundamente recortadas, com pequenos acúleos no limbo e espinhos nas nervuras. Inflorescências em cimeiras axilares, formadas por flores masculinas e ou femininas. Seu fruto é do tipo cápsula deiscente, que ao amadurecer abrem-se espontaneamente produzindo um estalo e lançando as sementes à distância. As "picadas" dos espinhos da favela provocam inflamações dolorosas, demoradas e, se atingirem uma articulação, podem até aleijar a parte afetada.
    Essa extrema virulência talvez se deva ao látex encontrado em toda a planta. Seco, o latex torna-se quebradiço e o aproveitam na iluminação e como mezinha balsâmica. As folhas maduras e a casca servem de forragem as cabras,carneiros,jumentos e até aos bovinos. As sementes servem de alimento para galinhas, porcos e ovídeos. Além disso, suas sementes são uma grande produtora de óleo alimentício e de farinha, sendo esta rica em sais minerais e principalmente em proteínas.
    Fornece madeira moderadamente pesada (densidade 0,55 g/cm3), macia ao corte, porém de baixa resistência mecânica e ao apodrecimento. Contudo é aproveitada localmente para confecção de fôrros, tamancos, embalagens e brinquedos. Muito freqüentemente uma ave das caatingas, a "casaca-de-couro" ou "joão-graveto" constrói seu ninho apoiado em bifurcações ou ponto de encontro de alguns ramos da faveleira. Essa árvore é típica do bioma Caatinga, mas também ocorre em mata de altitude, ocorrendo na região nordeste do Brasil desde o Piauí até a Bahia.

REFERÊNCIAS:

Renato Braga.Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. Pg. 247-248.
Favela(Cnidoscolus quercifolius). Disponível em: http://www.cnip.org.br/bdpn/ficha.php?cookieBD=cnip7&taxon=7707 Acesso em: 19/11/2010.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tiziu Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Tiziu, Saltador, Salta-toco, Bate-estaca, Veludinho, Tizirro, Serrador, Serra-serra e Alfaiate, entretanto seu nome científico é Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766). Qual o significado desse nome? O gênero Volatinia é uma palavra de origem latina derivada de "volatus" que significa voo, pequeno voo, enquanto que jacarina deriva da palavra tupi "jacarini", que quer dizer, aquele que voa para cima e para baixo. Sendo assim, seu nome significa literalmente "Pássaro de voo pequeno que voa para cima e para baixo", sendo curiosamente esse hábito observado com frequência para essa espécie. Pertence a família Thraupidae, da qual também fazem parte por exemplo o Sibite(Coereba flaveola), Galo de campina(Paroaria dominicana) e o Sanhaço-cinzento(Tangara sayaca).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie em todas as mesorregiões do estado(Leste Potiguar,Agreste Potiguar,Central Potiguar e Oeste Potiguar), sendo as minhas últimas observações nos municípios de Luís Gomes(maio de 2014), Sítio Novo(abril de 2015), Santa Cruz(abril de 2015) e em Monte Alegre(julho de 2015). 

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cobra verde Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823); Fauna do RN

Philodryas olfersii(Linchtestein, 1823) (Photo - Washington Vieira). 
   Serpente conhecida popularmente como Cobra verde ou Cobra-de-cipó, entretanto seu nome científico é Philodryas olfersii. Ela pertence à família Dipsadidae. É uma serpente diurna que se alimenta de anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. Põe de 4 a 10 ovos (Vanzoline et al, 1980), com época preferencial de reprodução de setembro a novembro. Apresenta hábitos subarborícola,preferindo habitats vegetacionais, onde se torna críptica devido a sua coloração esverdeada. Nas árvores ela alcança as partes mais altas com facilidade, mas quando estão no solo se move com rapidez e também é excelente nadadora. Ela também é vista próxima de habitações humanas, escalando nas frestas. Ocorre em todo o Brasil (Vanzolini, 1980). Sua distribuição geográfica se dá em praticamente toda a América do Sul, ocorrendo no Brasil,Peru,Bolívia,Paraguai,Uruguai,Argentina,Colômbia,Guiana Francesa e Venezuela. Espécimes adultas atingem o comprimento de 1,40 m. 
   Quando se sente ameaçada e ou manipulada se torna bastante agressiva,podendo atacar o intruso várias vezes,como sua dentição é do tipo opistóglifa(dentes inoculadores de veneno na região posterior dos maxilares superiores), dificilmente ela consegue inocular "veneno" numa "mordida rápida". É importante destacar que serpentes da família Dipsadidae(antes Colubridae) não eram consideradas uma ameaça real aos seres humanos,sendo até então classificadas como "serpentes não peçonhentas". Porém, a partir de 1999, o Ministério da Saúde passou a considerar Philodryas olfersii, P. patagoniensis, P. viridissimus e Clelia plumbea (=Boiruna sertaneja) como serpentes de importância médica. Na literatura existe um registro da morte de uma criança no Rio Grande do Sul em 1992, causada por envenenamento através da mordida dessa serpente. Portanto deve-se evitar a aproximação e ou a manipulação dessas serpentes sem autorização ou na ausência de profissionais preparados e autorizados, para manipular esses animais para fins científicos ou qualquer que seja. Deve-se também lembrar da importância desses animais para o ecossistema e para os demais seres vivos, só destacando aqui por exemplo a importância delas como controladoras das populações de roedores.

   Desvende os segredos para uma trilha segura com o curso "Tem Cobra na Trilha"! Aprenda a identificar cobras, prevenir acidentes e dominar os primeiros socorros para salvar vidas com um Biólogo, especialista em serpentes e PhD em Medicina Tropical. Com videoaulas ilustradas e material em PDF, capacite-se sem conhecimento prévio e proteja a vida de quem você ama. Tem certificado! Clique aqui https://go.hotmart.com/N93917997F e inscreva-se!


REFERÊNCIAS:

Crédito da foto: Washington Vieira. Disponível em: http://www.ethnobiomed.com/content/8/1/27/figure/F35?highres=y Acesso em: 06 de julho de 2015.

Freire,Adauberto Antônio Valera. Fauna Potiguar.Natal:EDUFRN,1997.

Neto,Miguel Rocha. Guia ilustrado:fauna da escola das dunas de pitangui-ecossistemas terrestre. Natal: moura ramos,2001.

Rejâne M. Lira-da-Silva, Yukari F. Mise, Luciana L. Casais-e-Silva, Jiancarlo Ulloa, Breno Hamdan e Tania K. Brazil.SERPENTES DE IMPORTÂNCIA MÉDICA DO NORDESTE DO BRASIL SNAKES OF MEDICAL IMPORTANCE IN NORTHEAST OF BRAZIL. Gaz. méd. Bahia 2009;79 (Supl.1):7-20 www.gmbahia.ufba.br.

Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823). Disponível em:file:///D:/Downloads/Philodryas%20olfersii%20%28Lichtenstein,%201823%29.htm Acesso em: 31/10/2010.

Vários autores. Envenenamento por Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) atendido no Hospital da Restauração do Recife, Estado de Pernambuco, Brasil: relato de caso. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822010000300025&script=sci_arttext Acesso em: 31/10/2010.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Periquito-da-caatinga Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820); Fauna do RN

 
Ave conhecida popularmente como Periquito-da-caatinga, Periquitinha, Jandaia, Gangarra, Griguilim, Guinguirra e Grengueu,entretanto seu nome científico é Eupsittula cactorum (Kuhl, 1820). O que significa seu nome científico? O gênero Eupsittula é uma palavra que se origina de duas palavras, eu(origem grega) que significa "bom" e psitta(origem latina) que quer dizer "periquito, papagaio", enquanto a segunda palavra cactorum é de origem latina e quer dizer "planta espinhosa das regiões áridas". Sendo assim, seu nome científico significa: Periquito bom que gosta de plantas espinhosas das regiões áridas, ficando subentendido principalmente aqui as plantas da família Cactaceae. Pertence a família  Psittacidae, da qual também fazem parte por exemplo, a jandaia-verdadeira(Aratinga jandaya), o tuim(Forpus xanthopterygius) e o periquito-rei(Eupsittula aurea).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie principalmente associada a áreas semi-áridas no Bioma da Caatinga, sendo os meus últimos registros nos municípios de Felipe Guerra(em abril de 2012) e Jardim do Seridó( novembro de 2014). Entretanto o Periquito-da-caatinga tem sido registrado em praticamente todo estado, sendo já confirmado sua presença até o momento nas mesorregiões Oeste Potiguar, Central Potiguar e Leste Potiguar.

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Sabiá-do-campo Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Sabiá-do-campo,papa-sebo, arrebita-rabo,sabiá-levanta-rabo, galo-do-campo, calhandra,tejo-do-campo ou sabiá-conga, entretanto seu nome científico é Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823). Qual o significado do seu nome científico? A palavra Mimus(o gênero) é de origem latina "Mimus" que quer dizer imitar, mimica, enquanto que saturninus( epíteto específico) quer dizer sombrio, acinzentado ou cor de chumbo, ou seja, seu nome significa imitador cinzento, nome bem adequado para a espécie, pois parte do seu corpo é acinzentada,além de ser conhecida por imitar outras aves. O próprio nome da família(Mimidae) da qual faz parte também, mostra como a capacidade de imitar o canto de outras aves é típico das espécies desse grupo.
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa ave em principalmente na região Central do RN, incluindo as áreas que fazem parte do Bioma Caatinga, tendo ocorrido meus últimos registros dessa espécie nos municípios de São Rafael,Jardim do Seridó(dezembro de 2014), Parelhas(dezembro de 2014), Carnaúba dos Dantas(dezembro de 2014) e Acari(dezembro de 2014) na região do Seridó potiguar. 


BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Freirinha Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764); Fauna do RN

Casal de Freirinha(Arundinicola leucocephala) observado em janeiro de 2015, as margens da lagoa barrenta em Monte Alegre,Rio Grande do Norte.
  Ave conhecida popularmente como Freirinha, viuvinha, viuvinha-do-brejo, cabeça-de-louça, lavadeira-de-cabeça-branca, lavadeira-de-nossa-senhora, cabeça-de-vô e maria-velhinha, entretanto seu nome científico é Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764). Pertence a família Tyrannidae, da qual também fazem parte por exemplo, bem-te-vis, suiriris e guaracavas.
Macho da espécie Arundinicola leucocephala (Linnaeus, 1764) observado em abril de 2012 as margens de um rio em Felipe Guerra, Rio Grande do Norte.
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado com frequência essa espécie associada a bordas de porções de água, como: lagoas,rios,açudes e banhados em todas as regiões do território potiguar. 

BIBLIOGRAFIA 

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

domingo, 21 de junho de 2015

Gavião-carijó Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como Gavião-carijó, Gavião-pega-pinto, Pega-pinto, Papa-pinto, Gavião-pinhel, Gavião-pinhé, Gavião-indaié,  Indaié, Anajé e Inajé, entretanto, seu nome científico é Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788). O que significa seu nome? O primeiro nome,o gênero Rupornis é a junção de duas palavras de origem grega, sendo a primeira "rhupos", que quer dizer sujeira ou sujo e a outra "ornis" que significa pássaro; enquanto que a segunda palavra do nome científico, magnirostris é formada por duas palavras de origem latina, "magnus"que significa grande e "rostris" que significa bico, ou seja seu nome cientifico literalmente significa:  "gavião" sujo de bico grande. Pertence a família Accipitridae, da qual também fazem parte por exemplo o Gavião-caramujeiro(Rostrhamus sociabilis ), Gavião-caboclo(Heterospizias meridionalis) e a águia-chilena(Geranoaetus melanoleucus).
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado com grande frequência essa ave de rapina em áreas urbanas, inclusive quase todos os dias passa um individuo vocalizando sobre a residência onde moro. Mas também tenho visto em áreas de pastagens, áreas desmatadas, nos resquicíos de Mata Atlântica e de Caatinga ainda preservados aqui no estado, o que mostra que é uma espécie bem abundante.


BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ferreirinho-relógio Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766); Fauna do RN

   Ave conhecida popularmente como ferreirinho-relógio (seu canto parece com o som emitido ao dar corda em relógio) ,ferreirinho, sebinho-relógio, sebinho-de-dorso-cinza, relógio ou sibite, entretanto seu nome científico é Todirostrum cinereum (Linnaeus, 1766). Pertence a família Rhynchocyclidae, da qual também faz parte por exemplo o Sebinho-de-olho-de-ouro(Hemitriccus margaritaceiventer).
   
   Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie com frequência principalmente na vegetação associada a área urbana, mas também em fragmentos de Caatinga no interior do RN e nos remanescentes de Mata Atlântica, tendo sido os meus últimos registros nos municípios de Parnamirim, Nísia Floresta e Natal. 

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, A. A. 1999. Lista Atualizada de Aves do Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte-IDEMA. 20 p.

GOP, F. Sagot-Martin. Lista I aves RN-arquipélagos extr. NE Brasil. Táxeus | Listas de espécies. 10/01/2003.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. – 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1997. 863p.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mulungu Erythrina velutina Willd.; Flora do RN

   Planta conhecida popularmente como Mulungu,Bico-de-pássaro, Canivete, Corticeira, Pau-de-coral, Muchocho,  Sananduva,Saranduba,Sanduí e Suínã, entretanto seu nome científico é único, Erythrina velutina Willd. Essa espécie pertence a família Fabaceae, onde também se encontram por exemplo representantes como Pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) e o Angico(Anadenanthera colubrina). 
   A palavra Erythrina é de origem grega "erythros", que significa vermelho, fazendo referência à cor de suas flores. O epíteto específico “velutina” é de origem latina, refere-se ao fato da folha apresentar indumento de delicados e macios pelos (CARVALHO, 2008).
   Planta de porte arbóreo com altura média variando de 6 a  12 m e apresentando um tronco variando de 40 a 70 cm de diâmetro. Suas folhas são compostas trifolioladas, alternas, de folíolos cartáceos, velutino-pubescentes, medindo de 3 a 12 cm de comprimento. 
  Enquanto que as flores são vermelho-coral, grandes, formando inflorescências em panículas terminais, formadas com a árvore totalmente despida de sua folhagem, frutos do tipo legume, deiscente, com 5 a 8 cm de comprimento, contendo 1-3 sementes reniformes de cor vermelha e brilhantes (LORENZI, 2002).
   Espécie decídua, heliófita, comum em várzeas úmidas de rios da Caatinga do Nordeste do Brasil, ocorrendo na região Semi-árida dessa região e Vale do São Francisco, na orla marítima de Pernambuco e na floresta latifoliada semidecídua de Minas Gerais e São Paulo. Apresenta dispersão descontínua,sendo encontrada principalmente em formações secundárias. Planta de grande valor ornamental, devido a beleza de suas flores, o que tem proporcionado o uso crescente dela em projetos de arborização urbana. As suas flores que surgem do final do mês de agosto até dezembro, atraem diversas espécies de aves que vem se alimentar do néctar. Seus frutos ficam maduros de janeiro até fevereiro. Essa árvore também é utilizada como cerca viva, no sombreamento de cacaueiros e a madeira leve e macia é usada na produção de tamancos e jangadas (LORENZI, 2002). "A infusão da casca dos mulungus passa por poderoso calmante  e peitoral, sendo o cozimento da mesma aplicado em apressar a maturação de abcessos das gengivas, consoante Dias da Rocha"(BRAGA, 1976, p. 376). Ela pode se reproduzir por sementes(principalmente) ou estacas e apresenta rápido desenvolvimento.
   Ocorre principalmente no Bioma Caatinga, do Ceará até Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, observei essa espécie nos municípios de Parelhas na região do Seridó, e em Luís Gomes no alto oeste potiguar.

Bibliografia

BRAGA ,R. Plantas do nordeste,especialmente do Ceará. Fortaleza:coleção mossoroense-volume XLII,1996. 

LORENZI, H.: Árvores Brasileiras – Manual de Identificação e Cultivo de Plantas e Árvores Nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, Vol. I, 2002.
MAIA, G. N. Caatinga: árvores e arbustos e suas utilidades. São Paulo: D & Z Computação Gráfica e Editora, 2004.