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domingo, 28 de novembro de 2021

Piolho-de-Cobra Vanzosaura multiscutata (Amaral, 1933), lagarto inofensivo para o ser humano

   Lagarto conhecido popularmente como Piolho-de-Cobra, Calango-do-Rabo-Vermelho, Calanguinho-do-Rabo-Vermelho, Lagarto-de-Rabo-Vermelho e Lagartinho, entretanto seu nome científico é único, Vanzosaura multiscutata (Amaral, 1933).

   O Piolho-de-Cobra(Vanzosaura multiscutata) é uma espécie de pequeno porte, apresentando dimorfismo sexual, sendo as fêmeas em média levemente maior do que os machos, estes possuem a cabeça significativamente maior e os membros mais longos do que nas fêmeas. De maneira geral, apresentam padrão de coloração bem polimórfico. 

   Essa espécie vive em ambiente aberto, sendo encontrada em grande diversidade de habitats, incluindo a serrapilheira sobre o solo arenoso(na qual se enterram facilmente)  e também sobre solos rochosos expostos. Nesses microhabitats encontra seu alimento que incluem pequenos animais artrópodes, como baratas, cupins, formigas, grilhos, besouros e aranhas.  Apresenta reprodução contínua com oviposição durante o ano inteiro, na qual a fêmea produz várias ninhadas em média com dois ovos cada.

  Piolho-de-Cobra(V. multiscutata) apresenta ampla distribuição no domínio da Caatinga do Nordeste brasileiro, e em áreas de contato com a restinga, além da confirmação de uma população em área de Cerrado na Bahia, possivelmente uma área de transição.

  Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar. Ela atualmente não está ameaçada de extinção em nível global(IUCN) e também em nível nacional(ICMBio,2018).

Referências

COLLI, G.R., Fenker, J., Tedeschi, L., Bataus, Y.S.L., Uhlig, V.M., Silveira, A.L., da Rocha, C., Nogueira, C. de C., Werneck, F., de Moura, G.J.B., Winck, G., Kiefer, M., de Freitas, M.A., Ribeiro Junior, M.A., Hoogmoed, M.S., Tinôco, M.S.T., Valadão, R., Cardoso Vieira, R., Perez Maciel, R., Gomes Faria, R., Recoder, R., Ávila, R., Torquato da Silva, S., de Barcelos Ribeiro, S. & Avila-Pires, T.C.S. 2019. Vanzosaura multiscutata. The IUCN Red List of Threatened Species 2019: e.T59092521A59092527. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2019-1.RLTS.T59092521A59092527.pt. Downloaded on 28 November 2021.

GONALEZ, R. C. ; Abegg,A. D. ; Mendes, D. M. de M.; Silva, M. B. da ; Machado-Filho, P.R.; Mario-da-Rosa ,C.;  Passos, D. C.; Ribeiro, M.V.; Benício, R. A. ; Oliveira, J. C. F.. LISTA DOS NOMES POPULARES DOS RÉPTEIS NO BRASIL – PRIMEIRA VERSÃO. Herpetologia Brasileira vol. 9 no . 2 - Listas de Anfibios e Répteis.

ICMBio -Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.

LIMA, Ana Maria Cristina Malta Araújo. Ecologia comparativa das espécies do gênero Vanzosaura (Squamata: Gymnophthalmidae) da Caatinga e do Cerrado. 2014. 71 f. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Monitoramento Ambiental) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2014.

RECODER, R.S., F.P. Werneck, M. Teixeira, G.R. Colli, J.W. Sites e M.T. Rodrigues. 2014. Geographic variation and systematic review of the lizard genus Vanzosaura (Squamata, Gymnophthalmidae), with the description of a new species. Zoological Journal of the Linnean Society 171:206-225.

RIBEIRO, Matheus Meira. Ecologia e história natural de lagartos Gymnophthalmidae em área serrana do semiárido brasileiro. 2015. 57f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.

domingo, 3 de outubro de 2021

Barbatimão-branco Abarema filamentosa (Benth.) Pittier

   Planta da família Fabaceae, sendo seu nome popular Barbatimão-branco e seu nome científico Abarema filamentosa (Benth.) Pittier.

   Essa espécie é de porte arbustivo ou arbóreo, podendo em alguns ambientes atingir tamanho máximo de 10m de altura. Suas flores formam inflorescências do tipo racemo, as quais são visitadas por alguns animais como por exemplo, abelhas. Ela possui potencial como espécie ornamental, medicinal e melífera.

  Barbatimão-branco(Abarema filamentosa) é nativa e ocorre exclusivamente no Brasil(espécie endêmica do país), sendo encontrada na restinga e floresta ombrófila mista no bioma ou domínio fitogeográfico Mata Atlântica. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na Mesorregião Leste Potiguar, principalmente de Natal até Baía Formosa.

Referências 
José Marcos de Castro Nunes e Mara Rojane Barros de Matos. Litoral norte da Bahia: caracterização ambiental, biodiversidade e conservação. Salvador: EDUFBA, 2017.

MELO, Marceu de. Classificação de dunas em áreas urbanas a partir do valor de relevância de suas funções ambientais - estudo empírico em Natal/RN. 2020. 180f. Tese (Doutorado em Geografia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.

Morim, M.P.; Iganci, J.R.V.; Guerra, E. 2020. Abarema in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB17975>. Acesso em: 03 out. 2021.

domingo, 15 de agosto de 2021

Maria-fita(Coryphospingus pileatus), espécie frequente em nossas Caatingas

Nomenclatura e taxonomia

Nome vernacular(CBRO,2021): tico-tico-rei-cinza.
Outros nomes populares: Maria-fita, Primavera, Abre-fecha, Tico-tico-rei, Galinho-da-serra, Cravina, Galo-de-campina-dos-mirins.
Nome científico: Coryphospingus pileatus (Wied, 1821).
Família: Thraupidae.

Quais as principais características da Maria-fita(Coryphospingus pileatus)?
Essa espécie apresenta dimorfismo sexual, onde de maneira geral o macho apresenta coloração da plumagem dorsal acinzentada, enquanto que na fêmea ela é pardo-acinzentada. Além disso, o macho possui um topete vermelho(visto apenas quando excitado) de base preta, esta é uma faixa  negra no alto da cabeça, que se destaca quando o topete não está em evidência.


Qual o tamanho e peso da Maria-fita(Coryphospingus pileatus)?
Espécie relativamente pequena, podendo atingir cerca de 13,5 cm de comprimento e peso de aproximadamente 15 gramas. 

A Maria-fita(Coryphospingus pileatus) alimenta-se de que?
Ela é considerada uma espécie granívora, ou seja, alimenta-se principalmente de sementes(encontradas na planta ou no solo), porém eventualmente inclui pequenos artrópodes(ex.: insetos) em sua dieta.

Onde vive a Maria-fita(Coryphospingus pileatus)?
Espécie residente, semi-dependente de ambientes florestais, sendo encontrada geralmente em bosques abertos e matas secas nas regiões áridas. No Brasil, vive na borda de diferentes formações vegetais como caatinga, cerrado e restinga, além de áreas abertas com vegetação arbustiva e também em ambientes alterados, sendo assim considerada como espécie de baixa sensitividade aos distúrbios humanos.

Como é o ninho e os hábitos reprodutivos da Maria-fita(Coryphospingus pileatus)?
Seu ninho é semi-esférico forrado com material vegetal macio, no qual a fêmea da espécie põe de 3 a 5 ovos que são incubados por cerca de 13 dias, em seguida nascem os filhotes.
Qual a distribuição geográfica da Maria-fita(Coryphospingus pileatus)?
Essa ave neotropical tem ocorrência confirmada no Brasil, Colômbia, Guiana Francesa e Venezuela. Em território brasileiro, ela ocorre principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, mas já há registro dela também no Sudeste do país.

Qual o status de conservação da Maria-fita(Coryphospingus pileatus) em nível global(IUCN) e nacional(ICMbio)?
Maria-fita(Coryphospingus pileatus) não está ameaçada de extinção em nível mundial de acordo com a lista vermelha da IUCN(2018), e também em nível nacional de acordo como o Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. Em ambas as avaliações ela foi classificada na categoria “LC”-Menos Preocupante (IUCN,2018; ICMBio,2018), onde sua população apresenta certa estabilidade na área de sua distribuição. 

Quais seriam as principais ameaças a conservação da Maria-fita(Coryphospingus pileatus) em nível regional?
Maria-fita(Coryphospingus pileatus) é considerada uma espécie semi-dependente de ambientes florestais, sendo assim, de certa forma ela é afetada pelo avanço do desmatamento das áreas florestais onde vive. Além disso, ela é capturada e comercializada de maneira ilegal como animal de estimação, ou seja, suas populações principalmente na região do Nordeste Brasileiro, sofrem o impacto da cultura de criação em gaiolas.

Em quais unidades de conservação(federal e estadual) no Rio Grande do Norte a Maria-fita(Coryphospingus pileatus) já foi registrada(documentada)? Onde observei essa espécie no estado?
O Tico-tico-rei já foi confirmado no Parque Nacional da Furna Feia(localizado nos municípios de Baraúna e Mossoró, RN), na Estação Ecológica do Seridó(Serra Negra do Norte), na Floresta Nacional de Açu(Assú, RN), no Parque Ecológico Pico do Cabugi(observação pessoal), no Parque Estadual Dunas do Natal “Jornalista Luiz Maria Alves(por Mauro Pichorim), na Área de Proteção Ambiental Piquiri-Una(observação pessoal), na Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíra(observação pessoal). Além desses registros, há confirmação dessa espécie também na RPPN Fazenda Salobro(Jucurutu, RN), na futura RPPN Refúgio Jamacaii(Equador, RN; observação pessoal). 
Durante as minhas excursões pelo estado do Rio Grande do Norte, tenho observado essa espécie nas mesorregiões Agreste Potiguar, Central Potiguar e Oeste Potiguar.

Referências
Adriano Rodrigues Lagos ... [et al.] . Guia de aves: da área de influência da Usina Hidrelétrica de Batalha. Rio de Janeiro : FURNAS, 2018.

BirdLife International. 2018. Coryphospingus pileatus. The IUCN Red List of Threatened Species 2018: e.T22723047A132021233. https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2018-2.RLTS.T22723047A132021233.en. Downloaded on 08 August 2021.

Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas-CECAV/RN vinculado ao ICMbio. PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO FEDERAL PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.gpme.org.br/bd/proposta-de-criacao-de-unidade-de-conservacao-federal-parque-nacional-da-furna-feia/ Acesso em 15 de ago. 2021.

GOP, F. Sagot-Martin. Preliminar FloNa de Açu, Assú, RN. Táxeus | Listas de espécies. 18/12/2008. Disponível em: https://www.taxeus.com.br/lista/147 

GOP, F. Sagot-Martin. Preliminar aves RPPN S. de Britto, Jucurutu, RN. Táxeus | Listas de espécies. 06/01/2009. Disponível em:https://www.taxeus.com.br/lista/148 

ICMBio -Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 2018. Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Brasília: ICMBio. 4162 p.

LIMA MdC, Mariano EF, Brito WJB, Souza JG, Carreiro AN. 2019. Anatomia e morfometria cranianas de Coryphospingus pileatus (Wied, 1821) (Passeriformes: Thraupidae). Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Nat 14: 245–53.

LIMA, Pedro Cerqueira. Aves do litoral norte da Bahia. 1 ed. – Bahia: AO, 2006.

PACHECO, J.F.; Silveira, L.F.; Aleixo, A.; Agne, C.E.; Bencke, G.A.; Bravo, G.A; Brito, G.R.R.; Cohn-Haft, M.; Maurício, G.N.; Naka, L.N.; Olmos, F.; Posso, S.; Lees, A.C.; Figueiredo, L.F.A.; Carrano, E.; Guedes, R.C.; Cesari, E.; Franz, I.; Schunck, F. & Piacentini, V.Q. 2021. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee – second edition. Ornithology Research, 29(2). https://doi.org/10.1007/s43388-021-00058-x 

PICHORIM, Mauro et al. Guia de Aves da Estação Ecológica do Seridó. Natal: Caule de Papiro, 2016.

PICHORIM M, Oliveira DV, Oliveira-Júnior TM, Câmara TPF, Nascimento EPG (2016) Pristine semi-arid areas in northeastern Brazil remain mainly on slopes of mountain ranges: a case study based on bird community of Serra de Santana. Trop Zool 29:189–204. https://doi.org/10.1080/03946975.2016.1235426

POLICARPO, I. da S. Uso de aves silvestres no Brasil: aspectos entomológicos e conservação. 2013. 67f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)- Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2013.

SAGOT-MARTIN, F.; Lima, R.D.; Pacheco, J.F.; Irusta, J.B.; Pichorim, M. & Hassett, D.M. 2020. An updated checklist of the birds of Rio Grande do Norte, Brazil, with comments on new, rare, and unconfirmed species. Bulletin of the British Ornithologists’ Club, 140(3): 218-298.
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 2001. 863p.

SILVA, M. da et al. Aves de treze áreas de caatinga no Rio Grande do Norte, Brasil,. Revista Brasileira de Ornitologia. n.20, p.312-328, 2012.

SILVA, J.M.C.; SOUZA, M.A.; BIEBER, A.G.D. & CARLOS, C.J. 2003. Aves da Caatinga: status, uso do hábitat e sensitividade. In: LEAL, I.R; TABARELLI, M. & SILVA, J.M.C. (eds.). Ecologia e Conservação da Caatinga: Recife, Ed. Universitária da UFPE.

SOUZA, Francisco V. & DANTAS,J.; Aves em Equador,RN, Brasil. 11 e 12 de maio de 2019.  Disponível em: https://www.taxeus.com.br/lista/13520 Acesso em 15 de ago. de 2021.

sábado, 10 de julho de 2021

Rabo-de-calango Kallstroemia sp. tribuloides (Mart.) Steud.

  Planta que pertence a família Zygophyllaceae e ao gênero Kallstroemia, sendo possivelmente da espécie Kallstroemia tribuloides (Mart.) Steud..  Ela é conhecida popularmente como Rabo-de-calango, Abrolho-terrestre e Tribulo.

   Rabo-de-calango(Kallstroemia tribuloides) é uma planta de porte herbáceo, considerado erva anual/perene. Esta apresenta folhas compostas paripinadas com 4 a 6 pares de folíolos. Suas flores são compostas por 5 pétalas amarelas ou alaranjadas, as quais são muito visitadas por abelhas que buscam nelas o néctar e pólen, principalmente a abelha africanizada(Apis melifera).

    Ela não é endêmica(exclusiva) do Brasil, mas é considerada nativa e neste país tem registro confirmado apenas na Região Nordeste, ocorrendo no domínio fitogeográfico ou bioma Caatinga, sendo frequentemente encontrada em áreas alteradas como próximo a rodovias, áreas de pasto, de cultivo de frutas e em lavouras. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte, observei essa espécie na mesorregião Agreste Potiguar, em área de vagem, próximo ao rio trairi. 

Referências

Lucena, D.S.; Lucena, M.F.A.; Sousa, J.M.; Silva, R.F.L.; Souza, P.F. Flora vascular de um inselbergue na mesorregião do sertão paraibano, nordeste do Brasil. Scientia Plena, v. 11, n. 01, p. 02-11, 2015.

Maria Iracema Bezerra Loiola et al. (Orgs.). Diversidade de angiospermas do Ceará. Herbário Prisco Bezerra: 80 anos de história [recurso eletrônico]. E-Book: PDF- Sobral: Edições UVA, 2020. 

Moreira, Henrique José da Costa & Bragança, Horlandezan Belirdes Nippes.  Manual de identificação de plantas infestantes: hortifrúti . São Paulo: FMC Agricultural Products, 2011.

Ribeiro, R.S. 2020. Zygophyllaceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB26183>. Acesso em: 27 jun. 2021.

domingo, 13 de junho de 2021

Borboleta Anthanassa cf. hermas Hewitson, 1864

  Essa borboleta faz parte da família Nymphalidae, pertencendo a mesma ao gênero Anthanassa (Scudder, 1875), que incluem diversas espécies nativas no continente americano. O exemplar da foto é da espécie Anthanassa hermas Hewitson, 1864. Ela foi fotografada no interior de mata na comunidade/Sítio Timbaúba, município de Monte Alegre, RN.

Referências
Anthanassa hermas Hewitson, 1864 in GBIF Secretariat (2021). GBIF Backbone Taxonomy. Checklist dataset https://doi.org/10.15468/39omei accessed via GBIF.org on 2021-06-13.
Nymphalidae. Disponível em: https://www.butterfliesofamerica.com/L/Nymphalidae.htm Acesso em: 13 de jun. de 2021.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Árvores da Caatinga: Lista das principais espécies e sua importância.

A importância das árvores


   As árvores são seres fascinantes que estão presentes em nosso cotidiano de maneira extremamente significativa. É impossível imaginar um casa tradicional sem a presença delas, seja através do madeiramento, das portas, das janelas, das mesas, das cadeiras, das camas e etc. Mas a relevância das árvores do ponto de vista utilitário não fica apenas restrita a estrutura das residências e de seus móveis, elas estão presentes em nossa alimentação diariamente por exemplo através dos frutos, assim como também por meio do uso  de medicamentos que apresenta moléculas de origem arbórea ou partes delas na medicina popular e também suas essências e óleos para limpar e perfumar nossas casas, entre outros benefícios. 


  Além disso, grande diversidade de animais dependem direta ou indiretamente das árvores para sobreviverem, pois muitos se abrigam e ou se reproduzem nelas, como também alimentam-se de diferentes partes delas(folhas, flores, frutos, resinas e etc). Usando o grupo das aves para exemplificar a importância das árvores através de apenas dois fatores(abrigo e alimentação), sabe-se que: de acordo com nativos-sertanejos da região da Serra de Santana(Seridó Potiguar), aves como o Pica-pau-de-topete-vermelho(Campephilus melanoleucos), o papagaio-verdadeira(Amazona aestiva) e a Maracanã-verdadeira(Primolius maracana), nidificam nas cavidades de árvores conhecidas como Mulungu(Erythrina velutina)Craibeira(Tabebuia aurea) e Cumaru(Amburana cearensis), estando esta quase ameaçada de extinção(CNCFlora). Outra ave dependente das florestas, esta inclusive ameaçada de extinção- a jacucaca(Penelope jacucaca), ela foi observada na Caatinga alimentando-se de frutos de árvores conhecidas como Imbu(Spondias tuberosa) e Juazeiro(Sarcomphalus joazeiro) (M. Pichorim et al.,2016). 
   Outros exemplos rápidos de animais vertebrados que dependem de alguma maneira das árvores são: alguns lagartos como a iguana(Iguana iguana) e a bibrinha-da-caatinga(Lygodactylus klugei), algumas serpentes como a Cobra de cipó(Leptophis ahaetulla) e a Cobra-cipó-bicuda(Oxybelis aeneus), corujas como a corujinha-do-mato(Megascops choliba) e o caburé(Glaucidium brasilianum) , guaxinim(Procyon cancrivorus),  morcegos, etc. Além disso, uma imensa diversidade de animais invertebrados também apresentam algum grau de dependência das árvores, como por exemplos, cupins, formigas, marimbondos, diversas espécies de abelhas, como a jandaíra(Melipona subnitida) que na Caatinga nidifica principalmente nas árvores imburana e catingueira... 

   Sendo assim, fica evidente a importância da preservação dessas árvores e de outras, para sobrevivência desses e dos demais animais, os quais dependem diretamente da existência das florestas, incluindo plantas de diferentes tamanhos, nesse caso de porte arbóreo. Aliás, assim como os diversos animais dependem de alguma forma da preservação das árvores para sobreviverem, elas também dependem direta ou indiretamente da preservação da fauna para continuarem a se perpetuar na Caatinga ou em qualquer outro bioma. E aquela sombra acolhedora por exemplo do juazeiro, com temperatura e umidade mais amena sob sua copa? isso é sem dúvida um benefício vivificador para homens e bichos. Outro sim, as espécies nativas contribuem para a proteção do solo e realimentação dos lençóis freáticos, em grande quantidade junto com outras plantas formam florestas, estas ajudam na regulação do clima local, através da evaporação de água e consequentemente a formação de chuvas.

Exploração não sustentável das árvores na Caatinga contribuíram para a raridade de algumas espécies  


   Apesar de inúmeros benefícios, em algumas áreas da Caatinga muitas árvores foram( e ainda são) derrubadas de maneira não sustentável(sem manejo florestal) , onde a terra desmatada é usada principalmente na agricultura e a madeira é usada para diversos fins, como: lenha em uso doméstico, para confecção de mourões, estacas, artesanatos ou outros objetos e provavelmente deve ter outros fins na indústria madeireira. Esses acontecimentos devem ter contribuído para que no início do século XXI, a aroeira-do-sertão(Myracrodruon urundeuva) e a baraúna (Schinopsis brasiliensis) fossem na época consideradas ameaçadas de extinção em nível nacional e, recentemente o Cumaru(Amburana cearensis) foi classificada como “quase ameaçada de extinção" de acordo com a CNCFlora(avaliei apenas as espécies arbóreas que ocorrem no RN). 

Nomes de árvores em lugares e corpos de água: uma relação respeitosa do sertanejo com as árvores 


   No entanto, de maneira geral a relação dos sertanejos com as árvores é relativamente respeitosa, onde estes  com muita sabedoria fazem uso das árvores até na nomenclatura de lugares e corpos de água. Isso provavelmente indica uma associação da presença significativa de uma determinada espécie de árvore em um local, e quem sabe numa maneira de enaltecer, homenagear a tal vegetal, tornando a espécie um símbolo local na região. Nas Caatingas do Rio Grande do Norte, temos alguns exemplos, tais como os nomes dos municípios de Angicos, Baraúna e Timbaúba dos Batistas, Sítio Juazeiro, Riacho das Craibeiras, Várzea do Mulungu, Poço do Cedro, entre outros.

Que características uma planta deve ter pra ser considerada uma árvore?


   Mas afinal o que pode ser considerado uma árvore(forma de vida da planta)? bem, para isso vamos considerar 3 características principais, a altura, consistência e nível de ramificação conforme Fernandes (1998), Font-Quer(1985), Mori et al.(1985) e Vidal e Vidal(1984). De acordo com esses autores, árvore é o vegetal lenhoso com "mínimo" de 5m de altura na fase adulta, com tronco bem definido e ramificado na parte superior, constituindo essa ramificação a copa. Porém na caatinga do tipo Hiperxerófila- a mais comum na região Nordeste brasileira, muitas espécies de plantas que geralmente apresentam um porte arbóreo em outro(s) bioma(s), as vezes apresentam porte arbustivo em algumas regiões de Caatinga, devido a alguns fatores, como por exemplo, a profundidade do solo e o regime climático.   
   Considerando parte dessas informações prévias e a lista de árvores de Lorenzi(1992), disponibilizo a seguir uma lista das principais árvores encontradas no bioma Caatinga que observei nos últimos 10 anos durante expedições, principalmente no domínio das Caatingas no Rio Grande do Norte. A sua elaboração levou em consideração apenas as espécies de porte arbóreo que observei e fotografei em terras potiguares, portanto não tem a pretensão de ser uma lista definitiva.

Lista de árvores da Caatinga


   A lista será atualizada conforme novas observações, e cada espécie pode ser conhecida em detalhes clicando no nome de cada árvore, onde encontram-se as diversas utilidades das mesmas.

01-Algaroba(Prosopis juliflora)-- Espécie exótica introduzida*.
02-Angico(Anandenanthera colubrina)
03-Aroeira-do-sertão(Astronium urundeuva)
04-Baraúna(Schinopsis brasiliensis)
05-Barriguda(Ceiba glaziovii)
06-**Catingueira(Cenostigma bracteosum)
07-Cajueiro(Anacardium occidentale)
08-Cássia-do-nordeste(Senna spectabilis)
09-Catanduva(Pityrocarpa moniliformis)
10-Craibeira(Tabebuia aurea)
11-Cumaru(Amburana cearensis)
12-**Embiratanha(Pseudobombax marginatum)
13-Espinheiro-bravo(Pithecellobium diversifolium)
14-Faveleira(Cnidoscolus quercifolius)
15-Fedegoso(Senna macranthera)
16-Feijão-bravo(Cynophalla hastata)
17-Imbu(Spondias tuberosa)
18-Imburana(Commiphora leptophloeos)
19-Ipê-roxo(Handroanthus impetiginosus)
20-Juazeiro(Sarcomphalus joazeiro)
21-Jucá(Libidibia ferrea)
22-Jurema-preta(Mimosa tenuiflora)
23-Limãozinho(Zanthoxylum syncarpum)
24-Louro-preto(Cordia glabrata)
25-Maniçoba(Manihot carthagenensis)
26-Mofumbo(Combretum leprosum)
27-Mulungu(Erythrina velutina)
31-Pau-branco(Cordia glazioviana)
32-Pau-de-leite(Sebastiania macrocarpa)
  
*A única espécie exótica introduzida citada na lista, devido a relevância socioeconômica e biológica na Caatinga.
**Com esse nome há mais de uma espécie conhecida para o estado do RN.

Referências
Cascudo, L. da C. Nomes da Terra: história, geografia e toponímia do Rio Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto, 1968.
 
CNCFlora-Centro Nacional de Conservação da Flora. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: cncflora.jbrj.gov.br

Fernandes, A. Fitogeografia Brasileira. Fortaleza: Multigraf, 1998. 339 p.

Fonte-Quer, PF. Dicionário de Botânica. Barcelona, Labor, 9ªedição, 1985, 1244 p.

Lorenzi, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 

Macedo, Helder Alexandre Medeiros de. Plantas do Sertão. Galante-Scriotorin Candinha Bezerra/ Fundação Hélio Galvão. Nº01, volume 03, agosto de 2003. Projeto Nação Potiguar.

Mauro Pichorim, Damião Valdenor de Oliveira, Tonny Marques de Oliveira Júnior, Thanyria Pollyneide França Câmara & Érica Patrícia Galvão do Nascimento (2016): Pristine semi-arid areas in northeastern Brazil remain mainly on slopes of mountain ranges: a case study based on bird community of Serra de Santana, Tropical Zoology, DOI: 10.1080/03946975.2016.1235426

Moris, S. A.; sILVA, L. A. M. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. Ilhéus-Itabuna, Centro de Pesquisa do Cacau, 1985, 97p. il.

Vidal, W.N.; Vidal, M.R.R. Botânica-Organografia. 3ªedição. Imprensa da Universidade Federal de Viçosa, 1984, 114 p. il.

Citação recomendada: 
Souza, Francisco V. Árvores da Caatinga: Lista das principais espécies e sua importância. Fauna e Flora do RN, Parnamirim, 28 de abril de 2021. Disponível em: https://faunaefloradorn.blogspot.com/2021/04/arvores-da-caatinga-lista-das.html Acesso em:  .

domingo, 21 de março de 2021

Bom-nome Monteverdia erythroxyla (Reissek) Biral

   Essa planta pertence a família Celastraceae, sendo a mesma conhecida popularmente como Bom-nome, enquanto que seu nome científico atualmente válido é Monteverdia erythroxyla (Reissek) Biral.

   Bom-nome(M. erythroxyla) é uma espécie de porte geralmente arbustivo, na qual pode ser diferenciada das demais do gênero Monteverdia pela presença de "Lenticelas salientes(saliência visível na casca), pecíolo(parte da folha que prende o limbo ao caule) 0-5 cm de comprimento, lâmina foliar predominantemente ovalada, 4,3-9,3 x 2,1-6 cm, ápice obtuso (raro agudo),plana(Santos,2016). Floresce frequentemente entre fevereiro e outubro, as vezes também em dezembro, enquanto que frutifica de janeiro a maio, mas também há registros da presença de frutos de agosto a dezembro. Já observei algumas espécies de vespas e abelhas visitando suas flores.

  Bom-nome(M. erythroxyla) é   uma espécie nativa que ocorre exclusivamente no Brasil, com ocorrência confirmada apenas na região Nordeste do país nos biomas da Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. A sua presença é mais frequente em áreas de solo arenoso como dunas, ocorrendo principalmente nas restingas no domínio da Mata Atlântica.  Inclusive, as minhas observações dessa espécie no território potiguar, foram exatamente nos "tabuleiros litorâneos" da costa norte-rio-grandense, desde Natal até Baía Formosa.

Referências

Biral, L.; Lombardi, J.A. 2020. Celastraceae in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB604554>. Acesso em: 21 mar. 2021

Coutinho, Joaquim Custódio. Conhecimento florístico atual e avaliação do uso do solo na APA Bonfim-Guaraíra, Rio Grande do Norte. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais. Macaíba, RN, 2020.

Det.: J. Jardim, set.2013. 

Santos, Leonardo Biral dos. Sistemática e filogenia de Maytenus Molina (Celastraceae) na região neotropical. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro. Rio Claro, 2016.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Serra-pau Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790), o devorador da planta invasora Cambará(Lantana camara)


   Besouro(Coleoptera) da família Cerambycidae, conhecido popularmente como Serra-pau, Serra-pau-de-gravata ou Serrador, sendo seu nome científico Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790).

   Essa espécie mede cerca de 3cm de comprimento(corpo), de coloração geral amarronzada ou escura na região dorsal, está apresenta uma "linha amarela" na parte central (quando as asas estão fechadas), isso é na verdade os bordos internos dos élitros(asas); os tarsos e peças bucais, assim como o tufo de pelos na inserção de cada antena também são amarelos.

   O ciclo biológico(ovo, larva, pupa e adulto) do Serra-pau(Dorcacerus barbatus) é de aproximadamente 1 ano e essa espécie alimenta-se de partes vegetais de algumas plantas como das espécies Prosopis flexuosa e Lantana camara, mas também inclui espécies de valor econômico, como goiabeira, cajueiro e jabuticabeira. Em princípio D. barbatus é considerado como um potencial agente para o controle biológico de L. camara, uma espécie invasora.

   O Serra-pau(D. barbatus) tem ampla distribuição geográfica no continente americano com ocorrência confirmada no México, Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia, Guiana Francesa e Brasil. Em território brasileiro já foi encontrado nos estados do Amazonas, Pará, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie nas Mesorregiões Agreste Potiguar e Central Potiguar.

Referências
Antonio Lindemberg Martins Mesquita; Gabriel Teles Portela Policarpo; José Emilson Cardoso; Maria do Socorro Cavalcante de Souza Mota (2017). Novas Ocorrências de Cerambycidae (Insecta: Coleoptera) em Cajueiro no Brasil e Recomendações de Manejo(PDF). Embrapa, Comunicado Técnico 231, Fortaleza,CE.

BARRETO, M.R., MACHINER, R. & SMIDERLE, E.C. Cerambycinae (Coleoptera, Cerambycidae) in Mato Grosso, Brazil. Biota Neotrop. 13(1): http://www.biotaneotropica.org.br/v13n1/en/abstract?inventory+ bn04213012013.

Fernandes,G. W. & Santos, J. C. Feeding and mating behavior of Dorcacerus barbatus (Olivier, 1790) (Coleoptera: Cerambycidae) on Lantana camara L. (Verbenaceae). Lundiana 9(2):155-158, 2008.

Machado ,V. S.; Botero ,J. P.; Carelli, A.; Cupello, M.; Quintino ,H. Y.; Simões, M.V. P.. Host plants of Cerambycidae and Vesperidae (Coleoptera, Chrysomeloidea) from South America. Rev. Bras. entomol. vol.56 no.2 São Paulo Apr./June 2012 Epub June 19, 2012.

domingo, 3 de janeiro de 2021

Cipó Lundia longa (Vell.) DC. uma planta de grande valor ornamental


   Essa planta é conhecida popularmente como Cipó-d´alho, enquanto que seu nome científico válido atualmente é Lundia longa (Vell.) DC.. Ela pertence a família Bignoniaceae, da qual também fazem parte por exemplo, a Craibeira, o Ipê-roxo e o Cipó-bugi.

  A espécie é terrestre e trepadeira(cipó), suas folhas opostas se apresentam em 2 ou 3 folíolos, no qual o folíolo terminal é uma gavinha e não forma copa definida. Suas flores avermelhadas formam inflorescências terminais ou axilares, as quais atraem diversos animais polinizadores(aves) e ou pilhadores. Devido a beleza destas flores, a mesma é indicada como espécie ornamental. Seus frutos são cápsulas de cor verde quando imaturos e amarronzado quando amadurecidos. 

  A relevância de ser indicada como ornamental em projetos florísticos, deve-se a beleza das flores de cores fortes e também por ser capaz de florescer e frutificar durante todo o ano, além de possuir potencial de uso como cerca-viva devido as suas grandes folhas e por ser trepadeira.

   Lundia longa é espécie nativa e endêmica do Brasil, ou seja, ocorre apenas nesse país. Sua distribuição estende-se pelos biomas ou domínios da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga nas seguintes regiões e respectivos estados brasileiros: Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo). Durante as minhas expedições pelo Rio Grande do Norte tenho observado essa espécie apenas na Mesorregião Leste Potiguar, principalmente de São Gonçalo do Amarante até Baía Formosa.

Referências
Antunes, Tainá J. , Cristiana B. N. Costa , Vinícius C. Santos & Jorge Antonio S. Costa. Plantas ornamentais no Jardim Botânico FLORAS. Paubrasilia, Vol. 3 Nº. 2 Ano 2020.

Kaehler, M. Lundia in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB113463>. Acesso em: 23 dez. 2020.

Mattos, Juliana Ribeiro de & Lúcia G. Lohmann, Marcus A. Nadruz Coelho. Bignoniaceae, cultivada no arboreto do Jardim Botânico do Rio de Janeiro : a família do ipê[livro eletrônico]. 1. ed. – Rio de Janeiro : Vertente edições, 2019. pdf. 

Sousa, Valdeci Fontes de. Levantamento florístico e potencial ornamental de plantas da restinga do Rio Grande do Norte, Brasil: subsídios para um paisagismo sustentável. 2016. 101f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.